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Memória - Resumo

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Prévia do material em texto

Memória Aula 1 Bárbara Matos 
MEMÓRIA 
 Mecanismos dinâmicos de armazenamento, retenção e recuperação de informações sobre experiências 
passadas. 
 Três operações usais da memória: 
 Codificação: transformação de dados sensoriais em uma representação mental 
 Armazenamento: manutenção de informações codificadas na memória 
 Recuperação: acesso ou uso de informações armazenadas 
 
TAREFAS USADAS NA AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA 
Recordação vs Reconhecimento 
 Tarefas de recordação: resgate de um fato, uma palavra ou outro item da memória. Por exemplo: responder 
uma questão discursiva. 
 Tarefas de reconhecimento: seleção ou identificação de um item como um já aprendido anteriormente. Por 
exemplo: responder uma questão de múltipla escolha/verdadeiro-falso 
 
Três tipos principais de tarefas de rememoração são usados em experiências: 
 Recordação serial: recordação de itens na forma exata em que foram apresentados 
 Recordação livre: inicialmente, mostra-se itens em pares, porém, durante a rememoração, o paciente recebe 
informação de somente um componente de cada par e é solicitado a lembrar-se do outro componente. 
Exemplo: apresenta-se “cachorro-gato”. Ao falar “cachorro”, o paciente deve lembrar-se do gato. 
 Reaprendizado: número de tentativas necessárias para aprender novamente itens que foram aprendidos em 
alguma ocasião no passado. 
 
A memória de reconhecimento é muito melhor eu a de recordação, no entanto, testes de recordação trazem à 
tona níveis mais profundos de processamento da informação do que testes de reconhecimento. 
 
 
Memória implícita vs Memória explícita 
 Memoria explícita (declarativa) → lembranças conscientes 
 Memória implícita (não declarativa) → lembranças inconscientes 
 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
Existem diferenças na memória explícita ao longo da vida; a memória implícita, entretanto, não apresenta as 
mesmas alterações. 
 
Obs.: Memória operacional é um subtipo da implícita. Exemplos: andar de bicicleta, dirigir. 
 
Priming/Efeito de pré-ativação: ocorre na memória implícita. É quando a performance do indivíduo pode ser 
facilitada ou enviesada por informações apresentadas previamente, sem que o sujeito perceba. Por exemplo: 
Complete a palavra _ e _ ó_ i _. É muito provável que você tenha preenchido com a palavra “memória” devido à 
quantidade de exposições a essa palavra durante o texto. 
 
MODELO TRADICIONAL DE MEMÓRIA 
 Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968) 
Modelo de memória em três sistemas de armazenamento: 
(1) um armazenamento sensorial, capaz de estocar quantidades de informação relativamente limitadas 
durante períodos muito breves; 
(2) um armazenamento de curto prazo, capaz de estocar informações por períodos mais longos, mas 
também com capacidade relativamente limitada; 
(3) um armazenamento de longo prazo, de grande capacidade, capaz de estocar informações por períodos 
muito longos, talvez mesmo indefinidamente 
 
 As informações ambientais são, de início, recebidas pelos armazenamentos sensoriais (visão, audição) 
 As informações são retidas por um breve período de tempo. Alguns recebem mais atenção que outras e são 
processadas pelo armazenamento de curto prazo. 
 Algumas informações processadas pelo armazenamento de curto prazo são transferidas para o 
armazenamento de longo prazo. 
 O armazenamento de longo prazo com frequência depende da recitação (rehearsal), havendo relação direta 
com a quantidade de recitação na memória de curto prazo e a força do traço de memória armazenado. 
 
ARMAZENAMENTO SENSORIAL 
 Bombardeio inicial de informações (visuais, olfativas...) que no final passam a fazer parte do armazenamento 
de curto e longo prazo; 
 A maioria dessas informações não recebe nenhuma atenção 
 As informações de toda modalidade sensorial persistem por breve tempo depois do final da estimulação, 
ajudando a tarefa de extrair seus aspectos fundamentais para uma análise posterior; 
 
Armazenamento icônico: registro de natureza visual e descontínua que retém informações por períodos muito 
breves. 
 Armazenamento visual 
 As informações declinam em cerca de 1/2 segundo 
 É extremamente importante: os mecanismos responsáveis pela percepção visual sempre operam no ícone, em 
vez de diretamente no ambiente visual 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
 Experimento de Sperling 
 
Armazenamento ecóico 
 Armazenamento auditivo transitório (retêm informações relativamente não processadas) 
 Duração temporal de informações auditivas não absorvidas é de cerca de 2 segundos 
 Exemplo: Suponha que se faça uma pergunta a alguém que está lendo um jornal. A pessoa em questão às vezes 
pergunta "O que?", mas depois percebe que sabe o que foi dito. 
 Experimento de Treisman 
ARMAZENAMENTO DE CURTO PRAZO 
 Armazena poucos itens: apenas 7 por vez 
Obs.: Um item pode ser algo simples, como um algarismo, ou algo mais complexo, como uma palavra. Se juntarmos 
um conjunto de, por exemplo, 20 palavras ou números em sete itens significativos, conseguimos relembrá-los. 
 Fragilidade no armazenamento → qualquer distração provoca o esquecimento 
 Efeito de recência: refere-se ao fato de que os últimos itens em uma lista são em geral mais bem lembrados 
na recordação imediata do que os itens do meio da lista. 
 Também possui disponíveis alguns processos de controle que regulam o fluxo de informações dirigido e 
originado do armazenamento de longo prazo. 
 
Avaliação – modelo de multiarmazenamento 
 Supôs-se que os armazenamentos de curto e longo prazo operam sempre de forma uniforme; 
 Além disso, nesse modelo o armazenamento de curto prazo atua como uma passagem dos armazenamentos 
sensoriais para a memória de longo prazo; 
 Supôs-se que o principal meio das informações serem transferidas para a memória de longo prazo era por meio 
da recitação na memória de curto prazo, no entanto o papel da recitação no cotidiano é bem mais limitado. 
 Segundo o modelo padrão, a memória de curto prazo deve ser melhor para as palavras que podem ser recitadas 
rapidamente do que para as palavras que demoram mais tempo para serem recitadas: a recitação rápida 
mantém a ativação e por isso evita o decaimento; 
 O esquecimento da memória de curto prazo se deve ao decaimento. Entretanto, a interferência proativa 
(destruição da aprendizagem e memória atuais pela aprendizagem prévia) também desempenha um 
importante papel no esquecimento da memória de curto prazo; 
 
Obs.: Interferência proativa ocorre quando você está tentando se lembrar de algo que memorizou há relativamente 
pouco tempo e uma memória passada e separada o atrapalha nesse processo. 
 
 A lembrança da memória de curto prazo depende da natureza da pista ou indício de recuperação. 
 
MEMÓRIA DE TRABALHO (OPERACIONAL) 
 Divida em quatro componentes de capacidade limitada e relativamente independentes: 
 Executivo Central 
 Alça Fonológica 
 Esboço Visuoespacial 
 Buffer Episódico 
 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
 
Alça fonológica 
 Listas de palavras com similaridade fonológica são mais difíceis de lembrar. Exemplo: tabela, panela, capela. 
 Efeito do comprimento da palavra: palavras longas são ocupam mais memória; 
 Palavras apresentadas auditivamente produzem acesso direto ao armazenamento fonológico; 
 Palavras apresentadas visualmente produzem acesso indireto por meio da articulação subvocal (recitação). 
 
Esboço visuoespacial 
 Usado no armazenamento temporário e manipulação de informação visual e espacial; 
 Dividida em dois componentes: 
 Cache Visual: armazena informações sobre forma visual e cor; 
 Scribe interna: lida com informações espaciais e de movimento. Ela repeteas informações da cache visual, 
envia informações para o executivo central e está envolvida no planejamento e na execução dos 
movimentos do corpo e dos membros. 
 Algumas tarefas exigem o uso combinado dos dois componentes; 
Executivo central 
 Componente mais importante e versátil da memória de trabalho. 
 Funções: 
 Mudança nos planos de resgate de informação/ Mudança na atenção entre tarefas; 
 Compartilhamento nos estudos de tarefa dupla/ Planejamento de subtarefas para atingir um objetivo; 
 Atenção seletiva a alguns estímulos enquanto ignora outros; 
 Ativação temporária da memória de longo prazo. 
 
Observação 
Pacientes com síndrome disexecutiva: 
 Atenção prejudicada; 
 Tendência a se distrair aumentada; 
 Dificuldade na captação da totalidade de um estado; 
 Capaz de atuar nas velhas rotinas; 
 Não consegue dominar novos tipos de tarefa e situações. 
 
 
Buffer episódico 
 Integra informações de uma série de fontes em uma única estrutura ou episódio complexo; 
 Atua como um buffer entre os demais componentes (alça fonológica e esboço visuoespacial) que usam códigos 
diferentes combinando-os em uma representação multidimensional unitária; 
 Esse processo de união exige muito do sistema atencional de capacidade limitada que constitui o Executivo 
Central; 
 
PROCESSOS DA MEMÓRIA 
 Analisa os efeitos do processamento de estímulos sobre a recordação; 
 Processos de atenção e percepção na aprendizagem determinam quais informações são armazenadas na 
memória de longo prazo; 
 Capacidade de memorização é influenciada pelo nível de processamento; 
Níveis de processamento: 
Análise superficial/física/estrutural (o que parece) 
Análise fonética (como soa) 
Análise profunda/semântica (significado) 
 
 Níveis de análise mais profundos produzem traços de memória mais elaborados, mais fortes, e de mais longa 
duração que os níveis superficiais; 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
 A memória de longo prazo também depende do tipo e intensidade da elaboração; 
 Traços de memória distintivos ou singulares são mais facilmente recuperados do que aqueles que se 
assemelham; 
 O processamento profundo (semântico) é essencial para uma boa memória de longa duração, porém não é 
suficiente 
 Boa memória de longo prazo envolve um processamento profundo e um processo de consolidação; 
 
Obs.: Pacientes amnésicos apresentam processamento profundo (semântico) quase intacto, porém a memória de 
logo prazo geralmente é muito deficiente, porque o processo de consolidação é deficiente. 
 
APRENDIZAGEM IMPLÍCITA 
 É a aprendizagem de informações complexas sem um conhecimento verbalizável completo do que é aprendido 
→ o aprendiz não tem percepção consciente do que foi aprendido; 
 
Implícita x Explícita 
 Robustez: os sistemas implícitos relativamente pouco afetados pelos transtornos que afetam os sistemas 
explícitos (amnésia) 
 Independência da idade: é pouco influenciada pela idade ou pelo nível de desenvolvimento 
 Baixa variabilidade: há diferenças individuais menores na aprendizagem e na memória implícitas do que na 
aprendizagem e memória explícita 
 Independência de QI: o desempenho nas tarefas implícitas é relativamente pouco afetado pelo QI 
 Atributos comuns do processo: os sistemas implícitos são comuns à maioria das espécies 
 
 O que acontece durante o desenvolvimento das habilidades automáticas é que as representações conscientes 
são gradualmente transformadas em representações inconscientes; ou seja, um processo inicial de 
aprendizagem explícita é seguido pela aprendizagem implícita; 
 
ESQUECIMENTO 
 
TEORIAS DO ESQUECIMENTO 
Teoria da Repressão - Freud (1915): 
 Incapacidade de se obter acesso à percepção consciente diante de: 
 Algo muito ameaçador; 
 Provocador de ansiedade; 
 Eventos traumáticos. 
 
Teoria da interferência 
 A capacidade de aprendizado pode ser destruída ou sofrer interferência daquilo que aprendemos previamente 
ou no futuro 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
 O esquecimento é uma consequência da aquisição e do armazenamento de novas lembranças. 
 
 Interferência proativa - Quando a informação que já foi aprendida interfere sobre uma aprendizagem 
posterior. Ex. Aprender um conjunto de tarefas similares dentro de um curto período de tempo. 
 
 Interferência retroativa - Quando a informação adquirida posteriormente interfere na lembrança de material 
previamente aprendido. Ex. Um jogador de tênis que se dedica ao squash pode notar, por algum tempo, uma 
piora no seu tênis. 
 
RAZÕES PARA O ESQUECIMENTO 
 Esquecimento dependente do traço → as informações não são mais armazenas na memória; é definitivo 
 
 Esquecimento dependente de indícios → a informação está na memória, mas não pode ser acessada; é 
transitória 
A dificuldade de acesso deve-se à ausência de indicador ou pista adequada. 
Dependem dos: 
 Indícios externos 
Ex. Quando o aluno conversa durante a apresentação da aula 
 
 Indícios Internos 
Ex. Estado de humor 
 
NEUROANATOMIA DA MEMÓRIA 
 
 
 
Processamento da memória de curto a longo prazo: hipocampo e região circunjacente (entorrinal, perirrinal e 
parahipocampal). 
 
Obs.: Memórias explícitas precisam ser processadas por mais tempo no hipocampo para serem “retidas” e 
dependem da organização e contexto. Memórias implícitas (como habilidades linguísticas e manuais) não precisam 
de contexto específico e são estatisticamente mais resistentes à amnésia retrógada. 
 
Memória sensorial 
Audição → lobo temporal 
Olfação, gustação, tato → parietal 
Visão → occipital 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
Explícita: 
Fatos e eventos → Lobo temporal medial – diencéfalo 
Evocação episódica → lobo temporal direito 
Evocação semântica → lobo temporal esquerdo e lobo parietal esquerdo 
 
Implícita: 
Habilidades e hábitos → Núcleo estriado 
Respostas emocionais → Amigdala 
Respostas motoras → Cerebelo 
Priming → córtex occipital direito (se for perceptual visual); córtex frontal, temporal e parietal (se for semântico); 
 
 
 
Memória de trabalho 
Executivo ventral → lobos frontais 
Alça fonológica → giro supra marginal e angular 
Esboço visuoespacial → Região occipital e parietal 
Buffer episódico → hipocampo 
 
Memória procedural → área motora suplementar, córtex motor, putamen 
 
 
Memória Aula 1 Bárbara Matos 
 
AMNÉSIAS 
Síndrome amnésica: basicamente severa amnésia anterógrada, podendo ser acompanhada de amnésia retrógada 
em graus variados e restrita a dias, meses ou poucos anos que antecederam o “agente amnésico”. 
 
Podem ter alteração na memória de curto prazo e principalmente de longo prazo (anterógrada ou retrógada), mas 
a memória operacional se mantêm intacta. 
 
1. Amnésia do lobo temporal medial: 
Capacidade preservada de aprender tarefas que envolvem apenas habilidades motoras, perceptuais ou cognitivas. 
Ex: traçado bimanual, solucionar o jogo da torre de Hanói, etc. 
Amnésia anterógrada e pode ser também retrógada. 
 
Lesões focais do lobo temporal direito e esquerdo revelaram, respectivamente, que o hipocampo direito tem papel 
na memorização de material de difícil verbalização (rostos, sons não-familiares, figuras abstratas) e materiais 
dispostos espacialmente, enquanto o hipocampo esquerdo está relacionado ao material verbal. 
 
 
2. Amnésia diencefálica (de Korsakoff) 
 Deficiência de tiamina, secundária a desnutrição associada a alcoolismo crônico 
 Lesão em estruturas do diencéfalo, principalmente núcleo medial dorsal do tálamo e corpos mamilares no 
hipotálamo 
 Quadro: amnésia global anterógrada persistente, amnésia retrógada (principalmente de eventos logo 
antes do início da doença), déficits cognitivos(resolução de problemas, por exemplo) 
 Tem natureza seletiva → pacientes capazes de se beneficiarem pelo efeito de pré-ativação e de 
aprenderem habilidades percepto-motoras. 
 Diferenças com a amnesia temporal: esses pacientes não percebem que tem problemas de memória; 
amnésia retrógada mais notável; presença de sintomas tópicos de danos ao lobo frontal;

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