Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESQUIZOFRENIA Psicose: perda do juízo da realidade, conjunto de regras de entendimento cuja partilha permite a comunicação entre as pessoas. A Esquizofrenia é a mais importante das psicoses. Distúrbios nas funções Psicológicas Fragmentação do Pensamento e Emoções ANTIPSICÓTICOS ou NEUROLÉPTICOS Início do Séc. passado: Revolução Farmacológica da Psiquiatria - Medicamentos Psicoterapêuticos França/1952 - Henri Laborit e cols. FENOTIAZINA CLORPROMAZINA Intensifica os efeitos dos ANESTÉSICOS GERAIS J. Delay, P. Deniker, J.M. Hart – Melhora dos Sintomas RAUWOLFIA SERPENTINA - RESERPINA Efeitos Colaterais: Hipotensão Arterial, Depressão Afetiva Efeitos Farmacológicos: Atenuar/Eliminar Sintomas Positivos: delírios, pensamento incoerente, alucinações, agitação psicomotora Mimetizam Sintomas: indiferença, perda iniciativa, expressão emocional Após minutos ou horas - calma, comportamento menos impulsivo e agressivo Várias semanas - desaparecem as alucinações, delírios Efeitos Colaterais: SNC • Sínd. Parkinsoniana • Acatísia - incapacidade de se manter quieto acompanhada de sensação de intranquilidade (corpo), sem chegar à angústia. • Discinesia Tardia - movimentos incontroláveis da face, olhos e língua. Pode afetar o corpo inteiro • Hipotensão Arterial • Distonia Aguda/Sínd. Coelho Sist. Neuroendócrino • Ginecomastia • Galactorréia • Amenorréia Sonolência/Sedação Intensif. Drogas Depressoras Álcool Etílico, Anestésicos Gerais SNA (bloqueio receptores de AchM) Secura da Boca, Midríase, Taquicardia, Constipação Intestinal e Retenção Urinária Epilépticos - Não Usar Pode Produzir: • Sínd. Neuroléptica Maligna - Febre, Rigidez, Delírios (melhora c/ agonista DA – BROMOCRIPTINA) Meia Vida - 20 - 40 horas Não causa: Dependência e Tolerância EFEITOS COLATERAIS DOS ANTIPSICÓTICOS CLÁSSICOS Sistema Extrapiramidal • Distonia Aguda – movimentos incontroláveis da face, pescoço e língua • Crise Oculomotora – movimentos incontroláveis dos olhos • Acatisia – inquietação/agitação • Parkinsonismo Farmacológico – hipocinesia, tremores em repouso, rigidez muscular Discinesia Tardia: movimentos incontroláveis da face, olhos e língua. Pode afetar o corpo inteiro NEUROLÉPTICOS + UTILIZADOS: • Clorpromazina (Amplictil, Clorpromaz, Longactil) • Haloperidol (Haldol, Halo) • Sulpiride (Dogmatil, Equilid, Socian) Trifluoperazina (Stelazine) • Tioridazina (Melleril) • Pimozide • Flufenazina (Flufenan) • Quetiapina (Seroquel) Antipsicóticos Atípicos • Clozapina (Leponex) • Zuclopentixol (clopixol) • Olanzapina (Zyprexa) Ritanserina Risperidona (Risperdal, Viverdal, Zargus) ZIPRAZIDONE Efeitos Colaterais: sintomas Parkinsonianos (tremor, rigidez e bradicinesia), distonia e discinesia tardia Hipoatividade dopaminérgica na região nigroestriatal Fenotiazinas Butirofenonas Outros Clozapina Risperidona Haloperidol Flufenazina Clorpromazina Tioridazina Prometazina Transmissão Sináptica Dopamina Corresponde a mais da metade das catecolaminas circulantes DOPA=dihidroxifenialanina Dopamina Síntese Telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo No sistema nervoso autônomo: Mesentério intestinal (tônus vascular) Dopamina Dopamina Via Nigro-Estriatal - Contem 75% da dopamina do encéfalo - Mais comprometida em pacientes com Mal de Parkinson (Dopamina) Vias Mesolímbica/Mesocortical - Moduladoras das emoções e dependência de drogas drogas. Via Tubero-Infundibular - Secreção de hormônios hipofisários (inibe cél. Prolactina) Dopamina RECEPTORES: Identificados 5 subtipos de receptores: D1, D2, D3, D4 e D5 Dopamina Influência sobre: - Psicopatologia da Esquizofrenia - Abuso de drogas - Mal de Parkinson - Sensação de Prazer Mecanismo de Ação dos Antipsicóticos Arvid Carlson ácido dihidroxifenilácetico (DOPAC) ácido homovanílico (HVA) COMT MAO D2 D1 Vesículas com o NT Dopamina Sinapse Passagem da mensagem A) ATIVAÇÃO receptores D2 pela DOPAMINA promove : ATIVAÇÃO da subunidade alfa da proteína G que se desloca e se liga à adenilciclase inibindo-a. Consequentemente ocorre o BLOQUEIO da conversão do ATP em AMPc e a sinalização de 2os mensageiros (proteína cinase C - PKC). A cascata de eventos mantém os canais de K+ abertos causando HIPERPOLARIZAÇÃO celular. B) BlOQUEIO de receptores D2 promove BLOQUEIO da Ativação da subunidade alfa da proteína G e ligação da subunidade alfa à adenilciclase. O ATP passa a ser convertido em AMPc causando da PKC. A PKC fosforila os canais de íons K+, promovendo fechamento e despolarização da membrana. A despolarização da membrana está relacionada a inibição dos SINTOMAS POSITIVOS da doença. OUTROS NTs ENVOLVIDOS NA ESQUIZOFRENIA GLU, excitatório = + GABA, inibitório = - Diminuição GLU e aumento DA = SINTOMAS POSITIVOS + + + + + + + + + - - - - - a)Hipofunção Cortical – GLU/NMDA d) Sintomas Negativos Deficits Cognitivos c) Sintomas Positivos Desinibição sistema DOPA mesolímbico RECEPTOR DOPAMINÉRGICO 24 25 RECEPTOR DOPAMINÉRGICO Família D1 (D1 e D5) Família D2 (D2, D3 e D4) Metabotrópicos Proteína G inibitória Proteína G excitatória 26 RECEPTOR DOPAMINÉRGICO Família D1 (D1 e D5) 27 RECEPTOR DOPAMINÉRGICO Família D2 (D2, D3 e D4) 28 CASCATA INTRACELULAR RECEPTOR LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO D1 Estriado, Núcleo Acumbens, Bulbo Olfatório formação AMPC atividade da adenilato ciclase D2 Núcleo Accumbens Retina atividade da adenilato ciclase Localização e Função dos Receptores Dopaminérgicos Gânglios da Base Conexão entre o córtex motor e outras regiões do córtex cerebral Planejamento e programação dos movimentos Brandão, 2004 Os neurolépticos atípicos apresentam efeito nos receptores serotoninérgicos 5-HT-2A Ação nos sintomas negativos da esquizofrenia: isolamento social, apatia, indiferença emocional e pobreza de pensamento. Diminuição dos efeitos extrapiramidais: acatisia e parkinsonismo. Efeitos benéficos ocorrem pela atividade desses fármacos nas vias nigroestriatal e mesocortical. Vias Dopaminérgicas: MESOTELENCEFÁLICA Nigro-Estriatal Subst. Nigra N. Caudado e Putamen Mesolímbica - Teg. Ventral Mesencefálico N. Subcorticais Telencef. – Sist. Límbico (Accumbens, Septo Lateral, Amídala, Tubérculo Olfatório) Mesocortical – Teg. Ventral Mesencefálico Córtex Frontal Medial Córtex Temporal Medial VTA DIENCEFÁLICA Túbero-Infundibular N. Arqueado Eminência Média do Hipotálamo Hiperatividade ATV - NaC sintomas positivos Hipoatividade ATV - CPF sintomas negativos DOPAMINA Substância Negra Grupos A9 no mesencéfalo:Parkinson é caracterizado pela perda dos neurônios dopaminérgicos nessa região Área tegmental ventral A hiperatividade desse núcleo (A10) pode estar associado à esquizofrenia Sistema infundibular (A12), sofre ação de antipsicóticos: galactorréia 1- Subst.Negra 2- VTA 3- Sist. Infundibular MODELOS ANIMAIS Na esquizofrenia, grande parte dos modelos não preenche todos os critérios de validade propostos, sendo eles: (a) validade de correlação ou preditiva – correlação entre os efeitos da droga na situação clínica e no modelo; (b) analogia – semelhança entre o comportamento do animal no teste e a apresentação clínica do distúrbio e (c) homologia – semelhança entre a neurobiologia subjacente ao distúrbio e o comportamento observado no modelo. MODELOS ANIMAIS ESQUIVA CONDICIONADA – rato + plataforma = CHOQUE rato + plataforma + TOM = SEM CHOQUE CLORPROMAZINA – INIBE a ESQUIVA sem afetar FUGA BLOQUEIO DE ESTEREOTIPIAS – repertório normal do animal. Ex: lamber as patas, cheirar e morder as barras da gaiola. Apomorfina e Anfetamina INIBIÇÃO PRÉ-PULSO – déficit de processamento das informações SOM ALTO = Resposta Sobressalto SOM BAIXO + SOM ALTO = Resposta Sobressalto A IPP oferece uma medida operacional do filtro sensório-motor refletida pela capacidade de inibição de um reflexo de sobressalto, quando um estímulo sensorial é precedido por outro de menor intensidade Esse reflexo pode ser observado: humanos, primatas e roedores Drogas que induzem sintomas da esquizofrenia em humanos: anfetamina, cocaína e a apomorfina reduzem o IPP Efeito pode ser diminuído com antipsicóticos típicos e atípicos INIBIÇÃO LATENTE – efeito deletério na aquisição do condicionamento clássico provocado pela pré-exposição ao estímulo anteriormente utilizado como condicionado. TESTE DE CATALEPSIA Avaliar o tempo de manutenção do animal em posições não- anatômicas após o tratamento com Antipsicóticos ou Neurolépticos Sujeitos – camundongos, machos da cepa Suíco-albino, provenientes do Biotério Central da UFSCar. Fármaco – HALOPERIDOL 4,0 mg/kg, Salina (0.9% NaCl) Bibliografia Bear, MF; Connors, BW & Paradiso, MA. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso, 2° Edição, Artmed, Porto Alegre, 2002. DeLucia, R., Oliveira-Filho, R.M., Planeta, C.S., Gallaci, M. e Avellar, M.C.W. Farmacologia Integrada. 3ª edição, REVINTER, Rio de Janeiro, 2007. GILMAN, A. G. As Bases farmacológicas da Terapêutica. 10 edição. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 2005. Graeff,FG. e Guimarães, F.S. Fundamentos de Psicofarmacologia. Lemos, São Paulo, 1999. Graeff,FG. e Brandão, M.L. Neurobiologia das Doenças Mentais. 2ª edição, Lemos, São Paulo, 1993. Graeff,FG. Drogas Psicotrópicas e Seu Modo de Ação. 2ª edição, /EDUSP/CNPq, São Paulo, SP, 1990. RANG, H. P. et al. Farmacologia. 4 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Compartilhar