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A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL CÓDIGO CIVIL DE 2002 A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Art. 6º do Código Civil A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Morte: “corresponde ao término das funções vitais do indivíduo (Carlos Ducci Claro). Art. 3º da Lei de Transplante: morte encefálica (Conselho Federal de Medicina) A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL MORTE REAL (regra geral): Comprovação pelo atestado de óbito Efeitos: finalização das relações jurídicas Extinção do Poder Familiar Dissolução do vínculo conjugal Abertura da sucessão Fim dos contratos personalíssimos Art. 80 - Parágrafo único. O oficial de registro civil comunicará o óbito à Receita Federal e à Secretaria de Segurança Pública da unidade da Federação que tenha emitido a cédula de identidade, exceto se, em razão da idade do falecido, essa informação for manifestamente desnecessária. A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL 2) A MORTE REAL SEM CADÁVER (MORTE PRESUMIDA SEM A DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA): morte em situações excepcionais atípicas – não é possível a localização do cadáver. Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência. I- se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. A morte é presumida quando, embora não sendo possível encontrar-se o cadáver, nas circunstâncias previstas na lei, o óbito foi considerado provável. A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL EX: Pessoas de quem não se tem notícias: naufrágios, incêndios, maremotos, terremotos (grandes catástrofes ou eventos que produzem perigo de morte) Reconhecimento judicial Art. 88. Poderão os Juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar-se o cadáver para exame. II) se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não foi encontrado até dois anos após o término da guerra. Síntese: São requisitos para declaração de óbito, sem decretação de ausência: Desaparecimento da pessoa; Não ter sido encontrado o cadáver para exame Prova da presença no local em que ocorreu o perigo; Circunstância que identifique a probabilidade da morte. Lei 10.536/02: pessoas desaparecidas em virtude de participação em atividades políticas no período da ditadura militar. Casos em que não declaração médica: procedimento justificatório em juízo (justificação de óbito) – procedimento especial de jurisdição voluntária – testemunha (que presenciaram o funeral) ou documentos – morte. AUSÊNCIA Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho “ Um estado de fato em que uma pessoa desaparece de seu domicílio, sem deixar qualquer notícia.” Código Civil de 1916 – incapacidade relativa “Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes”. (art. 23 CC) O curador, por ele nomeado, deverá desempenhar suas funções administrativas relativamente aos bens do ausente. CURADORIA DOS BENS Se após o prazo de um ou três anos, conforme o caso, não houver interessados na sucessão provisória, ou também, se mesmo havendo interessados, nenhum deles a requerer, cabe ao Ministério Público requerê-la ao juiz competente. (§1º do art. 28 do Código Civil ) Por mais que se queira preservar o patrimônio do ausente, o certo é que a existência de um longo lapso temporal, sem qualquer sinal de vida, reforça as fundadas suspeitas de seu falecimento. Por isso, presumindo efetivamente o seu falecimento, estabelece a lei o momento próprio e os efeitos da sucessão definitiva” (Pablo Stolze). Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. RETORNO DO AUSENTE Fase de arrecadação dos bens: não há prejuízo ao patrimônio do ausente – goza plenamente dos bens Sucessão provisória: ausência voluntária e injustificada, o ausente perde sua parte nos frutos e rendimentos em favor do sucessor provisório. Sucessão definitiva: receberá os bens da forma em que estão 25
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