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Diarreia na pediatria

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-Diarreia na crianca-
-Diarreia Aguda
 
• Diarreia: é o aumento do volume, da freqüência de evacuações, urgência e 
desconforto abdominal, fezes nao moldadas ou anormalmente liquidas. Evacua três 
ou mais vezes em 24h; há aumento de água e eletrólitos nas fezes.
• Crianças em aleitamento materno podem evacuar varias vezes ao dia por reflexo 
gastrocolico exacerbado; e quando há mudança (aumento da frequencia, volume 
da evacuação, e quando há alteração da conscistencia das evacuacoes) é a diarreia
• Aguda (ate 14 dias); persistente (15 a 28 dias); cronica (> 28 dias)
• Aquosa: principais agentes -> rotavírus (principal agente de diarreia aguda grave 
em menores de 2 anos (6meses a 2 anos). Há vomitos associados no inicio do 
quadro), E.coli enterotoxigenica (principal bacteria associada a diarreia aquosa, 
em nosso meio. Responsável por diarreia dos viajantes) e E.coli 
enteropatogenica (agente importante de diarreia persistente nos primeiros 2 anos 
de vida), vibrião colérico (diarreia profusa) -> esses agentes nao causam 
disenteria
• Disenteria: com sangue e pus nas fezes. Costuma ser associado com tenesmo e 
urgencia fecal, pela inflamacao do cólon. Principal agente da disenteria é a 
Shiguella (além de causar disenteria, pode estar associada a manifestações 
neurológicas -> cefaleia, confusão mental, convulsão, meningismo, alucinações). 
Outros: Campylobacter (guillain barre); salmonela (pode fazer bacteremia 
potencialmente grave); E.coli enteroinvasiva e enterohemorrágica (disenteria sem 
febre) -> todos os agentes que causam disenteria, podem causar diarréia aquosa 
também; mas os que causam diarreia aquosa nao vão levar a um quadro de 
disenteria. 
•A Shiguella e a E.coli enterohemorrágica podem levar a SHU (anemia 
microangiopatica, IRA, plaquetopenia)
•Sempre quando tiver infecção por Shiguella, devemos usar antimicrobiano
• Principais sinais de avaliar nível de desidratação: condicao geral, sede, olhos, 
sinal da prega. Se 2 ou mais sinais de desidratação -> crianca desidratada
• Diarreia aguda aquosa
• Dois sinais de desidratação: criança tem desidratação
• Dois sinais de desidratação grave: criança tem desidratava grave
Nível de 
hidratação
Sem 
desidratação
Desidratado Desidratação 
grave
Classificação Desidratação 
mínima ou sem 
desidratação
Leve ou 
moderado
Grave
Condição Alerta Irritada Letárgica/
torporosa
• Tratamento
• Plano B: TRO na unidade de saude - pesar 8kg
• Aqui a criança está desidratada, e o seu tratamento é na unidade de saude 
com solução de reidratacao oral (TRO)
• SRO: solução glicosalina com 75 mEq/litro de sodio e 75 mEq/L de glicose 
(5g/dl de glicose ou 5% de glicose) -> 50-100 ml/kg (media de 75ml/kg em 4 
horas; sao 400-800 ml) em 4-6h ou 3-4h. Faz na unidade de saude que esta 
atendendo o paciente, mas nao precisa internar.
• Fornecer em pequenas alíquotas (colheradas)
• Enquanto esta fazendo plano B, nao pode comer nem beber nada (suspender 
a dieta), a nao ser que a mae ainda esteja amamentando (pode dar leite 
materno)
• A presença de vômitos nao contraindica TRO!!!
• Reavaliação contínua -> quando tiver hidratada, ela vai embora para casa 
fazendo o plano A
• Quando o plano B parece que está falhando (crianças esta com dificuldade de 
ingerir a SRO (lesão a cavidade oral); vômitos persistentes (4 ou mais 
episodios por hora após inicio da TRO); distensão abdominal acentuada com 
peristalse presente; perda de peso após 2h de TRO)-> faz gastróclise (passa 
SNG e oferece SRO pela sonda -> 20-30 ml/kg/h).
Sede Normal Sedenta Incapaz
FC/pulso Normal, cheio Taquicardica e 
pulso débil/fino
Muito 
Taquicardica e 
pulso muito 
débil/fino/
impalpável 
Enchimento 
capilar
 < 3 segundos 3-5 segundos > 5 segundos
Sinal da prega Rapidamente Lentamente < 2 
seg
Mt lentamente > 
2seg
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lagrimas Presentes Diminuídas Ausentes
Mucosas Úmidas Secas Muito secas
Debito urinario Normal Diminuído Mínimo
Nível de 
hidratação
Sem 
desidratação
Desidratado Desidratação 
grave
•Criança com rotavirus que começa a receber TRO, e esta vomitando, 
começo a fornecer TRO em pequenas alíquotas, mais pausadamente. Se 
a criança começar a ter 4 ou mais episódio de vômitos -> tenta gastroclise
• Da alta com plano A 
• Plano A: é para diarreia sem desidratacao; criança é tratada em casa. Evita que 
a criança evolua com desidratação 
• Criança sem desidratação -> aumentar ingesta hídrica 
• Pode ser feita com soro caseiro ou SRO
• Soro caseiro após cada evacuação liquida/diarreica
• É uma solução glicossalina com 40-50 mEq de sodio
• Quanto após cada evacuação? 
•< 2 anos (ou < 1 ano): 50-100 ml 
•> 2 anos (ou > 1 ano): 100-200 ml 
• Nao é capaz de tratar desidratação. Ele só mantém a criança que esta hidrata
• Devemos manter alimentação habitual
• Esta liberada dieta habitual
• Orientar sobre sinais de gravidade
• Prescrever zinco: criança com diarreia aguda deve receber zinco por 10-14 
dias
• Diarreia aguda desinterica
• Etiologia
• Shiguella
• Campylobacter
• E.coli enteroinfecciosa
• E.coli enterohemorrágica
• Salmonella
• Tratamento
• Plano C : para desidratação grave ou falha do plano B
•Em > 1 anos
•Primeira meia hora: 30ml/kg RL ou SF
•Próximas 2 h e meia: 70ml/kg RL ou SF
•Tão logo possível: 5 ml/kg/h de TRO; nao modifica hidratação venosa
•Plano C < 1 ano (o que muda):
•Primeira hora: 30ml/kg RL ou SF 
•Próximas 5h: 70ml/kg RL ou SF
• Repor com RL ou SF 0,9%
• TRO logo que possível 
• Se a criança nao tem mais sinais de desidratação -> plano A com SRO 
ainda na unidade
• Mas se terminou o plano C e continuou desidratado -> faz plano B
• Se ao fim da plano C, e ele continua com desidratação grave -> plano C
• Criança com desidratação grave evoluindo com choque hipovolemico -> 
faz direto 20ml/kg de RL o mais rápido possível (nao precisa esperar meia 
hora) por acesso periférico, e se nao conseguir faz por acesso intra-ósseo 
(o mais rápido possível). Faz varias vezes ate a criança melhorar / urinar, 
qnts vezes forem necessário. Se nao melhorar usa aminas vasoativas.
• Antimicrobianos
• Indicações
• Shiguelose: qualquer shiguelose ou se shiguelose + queda do estado 
geral. Principal causa de disenteria no Brasil. Pode causar SHU. 
Tratamento: ciprofloxacin ou sulfametoxazol-trimetoprim ou acido 
nalidixico 
• Paciente com fator de risco para doenca sistêmica por Salmonella (esta 
tem maior probabilidade de fazer bacteremia). Pacientes com anemia 
falciforme, imunoimaturos (< 3 meses) e imunodeprimidos tem maior 
risco de fazer doença sistêmica por Salmonella -> tratar com Atb -> 
Ceftriaxona ou ciprofloxacin 
• Cólera: nao usar tetraciclina em crianças < 8 anos; para cólera faz 
sulfametoxazol-trimetoprim 
• SHU
• IRA + anemia microangiopática (esquizócitos) + trombocitopenia
-/-QUESTOES DE RESIDÊNCIA-/-
• Criança com diarréia ganho pondero-estatural insatisfatório a principal causa é 
má absorção por insuficiencia pancreática. E a principal representante é a Fibrose 
cística!!!!!
• SRO (segundo a OMS em 2005): 
• A SRO usada hoje tem menor teor de sódio, glicose e menor osmolaridade. Suas 
vantagens em relação a formula anterior sao: 
• Menor taxa de perda fecal
• Menor frequencia de vômitos
• Menor duração da diarreia
• Menor necessidade de terapia de hidratação venosa após inicio da terapia de 
reidratacao oral
• Menor teor de sódio: 75 mEq/L
• Teor de sódio e glicose equivalentes: 75 mEq/L
• Osmolaridade mais baixa: 245mOsm/L
• Tem também potássio, cloro e citrato
• O acesso intra-ósseo mais usado é na porção proximal da tíbia, e por ele podem 
ser administrados cristaloides, hemoderivados e adrenalina.
• Lactente faz diarreia aguda e faz desidratação isotonica -> perde sódio e água -> 
então perdevolume -> hipovolemia -> pode fazer choque hipovolemico -> choque 
é hipoperfusao tecidual -> acidose latica / acidose metabolica. Só em condições 
extremas de acidose que precisamos fornecer bicarbonato; o que devemos fazer é 
reposição volemica para restaurar a volemia.
• Se para esse lactente em acidose, fazemos HV e BIC, o que acontece -> ao 
fazer HV o corpo restaura volemia e para o metabolismo anaeróbio, e começa a 
metabolizar o acido latico em bicarbonato; aí se eu forneço bicarbonato 
erroneamente (pensando que seria necessário para converter a acidose) -> 
cálcio se liga a albumina, pois o H+ esta se ligando ao bicarbonato -> gerando 
hipocalcemia que gera -> crise convulsiva. Então, nao deve fazer bicarbonato 
para paciente com acidose metabólica, a nao ser que o ph esteja muito baixo -> 
pois há risco de hipocalcemia!!!!!!!!
• A maioria das gastroenterites na infancia é por rotavirus, mas se for por um DNA-
vírus é o adenovirus!!!!! O rotavirus é um RNA vírus!!!!!

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