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DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL
PROF. LUCY FIGUEIREDO
2012.1
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1 A PESSOA NATURAL
1.1  Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas.
1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda.
1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno
1.3 Natureza jurídica do nascituro.
1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião.
 
DIREITO CIVIL I – Semana 2
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Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas
A ordem jurídica reconhece duas espécies de pessoas que podem ser sujeitos de uma relação jurídica: 
PESSOA
a pessoa natural (o ser humano, também chamado pessoa física), 
a pessoa jurídica ou pessoa moral ou pessoa coletiva (agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar um interesse comum).
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Pessoa Natural
Pessoa Natural é o ser humano, também chamado pessoa física considerado como sujeito de direitos e deveres. 
Para qualquer pessoa ser assim designada, basta nascer com vida e, desse modo, adquirir personalidade.
Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas
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Pessoa Jurídica
Agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar um interesse comum, também denominadas, em outros países, pessoa moral e pessoa coletiva.
Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas
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 A PESSOA NATURAL
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Pessoa = do latim persona = máscara teatral 
Pessoa é o ente capaz de exercer direitos e submeter-se a deveres na órbita jurídica; 
é aquele que poderá compor o pólo ativo ou passivo na relação jurídica.
PESSOA É O SUJEITO DE DIREITO
Art. 1º Código Civil - “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”.
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Para o Direito: personalidade é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações e deveres na ordem civil. 
A personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado ao ser humano, se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade.
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Para a Psicologia: personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. 
 Personalidade
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 A personalidade jurídica
Art. 2o do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
Personalidade Jurídica é o atributo reconhecido a uma pessoa para que possa atuar no plano jurídico, titularizando relações diversas, e reclamar a proteção jurídica dedicada a pessoa pelos direitos da personalidade.
 Personalidade é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações e deveres na ordem civil.
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Modos de aquisição e perda da personalidade 
jurídica.
Aquisição da personalidade jurídica: dá-se com o nascimento com vida.
Ocorre o nascimento com vida quando a criança é separada do ventre materno, não importando tenha sido o parto natural, mesmo que não tenha sido cortado o cordão umbilical. (Para Washington de Barros Monteiro, somente após cortado o cordão umbilical).
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Nascimento com vida: é necessário que haja respirado, ainda que tenha perecido em seguida, lavrando-se nesse caso, dois assentos, o de nascimento e o de óbito (LRP, art 3°,§ 2°).
A comprovação de que tenha ou não respirado é feita através de exame médico legal denominado Docimasia Hidrostática de Galeno.
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A pessoa natural se extingue com a morte, e, não poderia ser diferente, com a personalidade, pois a mesma acompanha o indivíduo durante toda sua vida, tendo início com o nascimento e logicamente tendo fim com sua morte. 
A personalidade do indivíduo extingue-se com a morte. A das pessoas jurídicas, com a sua dissolução.
Fim da personalidade jurídica
C.C.- Art. 6º (primeira parte) “A existência da pessoa natural termina com a morte;...”
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A palavra docimasia tem origem no grego dokimasia e no francês docimasie (experiência, prova).
Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasce viva ou morta e, portanto, se chega a respirar.
 
Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados numa vasilhame com água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Se afundarem, é porque não houve respiração; se não afundarem é porque houve respiração e, conseqüentemente, vida. Daí, a denominação docimasia pulmonar hidrostática de Galeno.
Docimasia hidrostática de Galeno
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Relevância Jurídica
No âmbito jurídico a docimasia é relevante porque contribui para a determinação do momento da morte, pois se a pessoa vem à luz viva ou morta, as conseqüências jurídicas serão diferentes em cada caso.
Tem muita importância no campo do direito sucessório, 
Docimasia hidrostática de Galeno
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Por exemplo, se o pai da criança falecer enquanto sua esposa está grávida. Se a criança nascer com vida, esta terá direito à sucessão. Caso contrário (se não nascer com vida), opera-se a sucessão normalmente.
Docimasia hidrostática de Galeno
Relevância Jurídica
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Uma implicação importante: e se o bebê morrer pouco após o nascimento? 
Neste caso, a criança fará jus a sucessão e, logo em seguida, também será autora de herança. Situação diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina. 
Docimasia hidrostática de Galeno
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Natureza jurídica do nascituro
Nascituro é aquele "que há de nascer,(...) o ser humano já concebido, cujo nascimento se espera como fato futuro certo", Dicionário Aurélio.
É aquele que já está concebido, mas ainda não nasceu, é aquele que ainda está no corpo da genitora 
O NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica.
Art. 2o do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
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Natureza jurídica do nascituro
Há duas teorias que buscam estabelecer qual o momento em que se inicia a personalidade jurídica:
Teoria Concepcionista: assegura ao nascituro personalidade, desde a concepção, possuindo, assim, direito à personalidade antes mesmo de nascer. Para esta teoria a personalidade jurídica se iniciaria no momento da concepção, ou seja, quando o espermatozóide se funde ao óvulo (há quem defenda que a aquisição da personalidade ocorra algum tempo depois).
Teoria Natalista, a personalidade começa com o nascimento com vida; afirma que o nascituro possui mera expectativa de direito, só fazendo jus à personalidade após o nascimento com vida (art.2º, 1ª parte do CC/02); 
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A parte final deste artigo diz que: "mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro“.
 A doutrina majoritária entende que esta disposição não se refere ao início da personalidade jurídica. Esta só ocorre com o nascimento com vida. Neste caso, a Lei busca proteger um ser que pode vir a se tornar pessoa (se nascer com vida). 
Tem muita importância no campo do direito sucessório, por exemplo, se o pai da criança falecer enquanto sua esposa está grávida. Se a criança nascer com vida, esta terá direito à sucessão. Caso contrário (se não nascer com vida), opera-se a sucessão normalmente.
Natureza jurídica do nascituro
Art. 2o do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
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O objetivo do Código é o de resguardar preventivamente os eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o nascituro nasça com vida. 
Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna-se inoperante a ressalva contida no Código Civil. 
Portanto, o NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica.
Natureza jurídica do nascituro
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A maior parte dos civilistas entende ser a teoria natalistaa adotada pelo Código Civil, que preconiza no art. 2º, primeira parte: "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida". Ou seja, partir deste momento, começa a existência da pessoa natural e esta pode ser titular de direitos e obrigações. 
Natureza jurídica do nascituro
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É reconhecido ao nascituro o direito ao reconhecimento de sua filiação garantindo-lhe a perfilhação, como expressão da sua própria personalidade.
Também é reconhecida ao nascituro a capacidade de ser parte ativa em uma relação jurídico-processual (ser autor de um processo) para propor ação de alimentos (alimentos gravídicos) contra o seu genitor reclamando o seu próprio direito à vida. É por isso que Maria Helena Diniz reconhece ao nascituro uma verdadeira “personalidade jurídica formal”, de modo a viabilizar o exercício e proteção dos direitos da personalidade.
Observação
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A natureza jurídica do embrião
Embrião é o feto até nove semanas de gestação
A necessidade de definir a partir de que momento um embrião passa a ser considerado ser humano influencia na legalidade do próprio processo de procriação artificial e das pesquisas com células-tronco embrionárias, vez que a vida e a dignidade da pessoa humana são bem jurídicos de relevância singular.
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Não há consenso na doutrina nacional e internacional no que tange à natureza jurídica do embrião humano excedentário. Apesar de todo o dissenso, em uma coisa se afinam as diversas opiniões: há necessidade de uma tutela jurídica para esta entidade. Entretanto, o tipo de tutela é variável, ora mais, ora menos abrangente, dependendo de quando se constata a presença do ente personificado.
A natureza jurídica do embrião
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Se ao embrião fosse imputado o status de pessoa, legítima não seria a permissão da prática da fertilização in vitro pois esta, encerra a possibilidade de destruir embriões, seja porque é um risco do próprio procedimento, ou porque, quando constatada a inviabilidade, haverá impossibilidade de implantá-los. Logo, se a opção legislativa primasse por tratar o embrião como pessoa natural, deveria proibir a prática da fertilização in vitro, em prol de não sujeitar o embrião (enquanto pessoa) a nenhum risco de destruição, inviabilidade ou congelamento. 
A natureza jurídica do embrião
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A compreensão que melhor se desvincula dos ditames da Medicina (com as teorias desenvolvimentistas) e da categorização criada pelo Direito (com a exegese do artigo 2o do Código Civil), é a que atribui a ele a característica de potencialidade de pessoa, ou ser em potencial, observando que a sua existência não configura a imediata existência de uma pessoa, mas a capacidade para se tornar tal. 
A natureza jurídica do embrião
Embrião: potencialidade de pessoa
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O Projeto de Lei 6.960/2002 do deputado Ricardo Fiuza (PP-PE) 276/2007, atual Projeto de Lei 276/2007 do deputado Léo Alcântara PSDB-CE, propõe a modificação de160 artigos do CC/2002, entre estas, a que propõe a ampliação da tutela contemplada no art. 2º, CC, resguardando, desde a concepção, não só os direitos do nascituro, mas também do embrião.
Obs. Projeto de Lei arquivado em 31/01/2011 conforme despacho no site da Câmara dos Deputados
A natureza jurídica do embrião
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O deputado cita vários juristas que o auxiliaram na elaboração do projeto, entre eles a professora Maria Helena Diniz, que propôs mudanças na chamada parte geral do código. Uma delas inclui o termo "nascituro" no artigo 2º, que passaria a vigorar com a seguinte redação: 
"A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do embrião e os do nascituro". 
A natureza jurídica do embrião
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