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11/6/2014 1 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Nutrição Nutrição Materna ANATOMIA DA MAMA E FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO Profa Marília Alfenas de Oliveira Semana Mundial do Aleitamento Materno 1 a 7 de agosto/2013 Glândulas de Montgomery A N A T O M I A D A M A M A Anatomia da mama Lóbulos Alvéolos Lobo 15 a 25 lobos Cada lobo com 20 a 40 lóbulos Cada lóbulo com 10 a 100 alvéolos 11/6/2014 2 Mamogênese e modificações gravídicas • Período embrionário: linha mamária que se estende da base axilar à região inguinal. A maior parte dela se atrofia e desaparece. • Período puberal: inicia o desenvolvimento do tecido mamário, com crescimento dos tecidos glandulares (alongamento de ductos, formação de tecido fibroso e adiposo) e tumescência areolar (telarca). Após cerca de 2 anos, ocorre a menarca, aumento do conteúdo de gordura das mamas e aplainamento da aréola. • Adolescência: crescimento dos lóbulos e lobos • Fase adulta: mama constituída de lobos (unidades funcionalmente independentes entre si) que se subdividem em lóbulos (20 a 40) cada um composto por 10 a 100 alvéolos. • Gestação: desenvolvimento tubular e proliferação/diferenciação alveolar. – Estrogênio placentário, hormônio de crescimento e insulina: proliferação dos ductos (a partir da 3ª semana). – Progesterona: diferenciação das células terminais dos pequenos ductos em células acinosas (alvéolos) – Prolactina: torna as células acinosas diferenciadas em células maduras, capazes de produzir os diferentes componentes do leite humano. Na 16ª sem. Já pode ocorrer a produção do pré-colostro. (hormônio lactogênio placentário humano + progesterona limitam a ação da prolactina) – 3º trimestre: desenvolvimento mais pronunciado das unidades lóbulos-alveolares • Lactação: • Nova proliferação alveolar • Hiperpigmentação da aréola • Rede de Haller • Inervação extremamente abundante • Tubérculos de Montgomery (gl. sebáceas) ONDE E COMO O LEITE MATERNO É PRODUZIDO ALVÉOLO GLÂNDULA DE MONTGOMERY ARÉOLA MAMILO “SEIO” LACTÍFERO DUCTO LACTÍFERO CÉLULAS ALVEOLARES CÉLULAS MIOEPITELIAIS TECIDO ADIPOSO Anatomia da mamaLIGAMENTO DECOOPER 11/6/2014 3 Anatomia da mama Alvéolos Lúmen do Alvéolo Capilares Células mioepiteliais Ducto Mulheres com próteses mamárias podem amamentar? PARA AMAMENTAR É NECESSÁRIO: � uma mama que produza e libere leite. � um bebê capaz de retirar leite da mama por meio de sucção eficaz. A produção de leite materno depende de: • níveis hormonais adequados. � PROLACTINA � OCITOCINA • esvaziamento completo ou adequado das mamas. 11/6/2014 4 Reflexos Neuroendócrinos da Lactação PROLACTINA OCITOCINA SUCÇAÕ ESTÍMULO HIPÓFISE HIPOTÁLAMO OCITOCINA EJEÇÃO PROLACTINA PRODUÇÃO Fisiologia da lactação Fisiologia da lactação PROLACTINA � é uma glicoproteína secretada pelas células mamotróficas da adeno-hipófise (hipófise anterior) em resposta a estímulos do hipotálamo. �Atua em sinergismo com a progesterona e o estrógeno e promove o crescimento e funcionamento das glândulas mamárias. PROLACTINA • Faz os alvéolos produzirem leite. • Faz a mãe sentir-se relaxada e confortável. • Os níveis sobem quando o bebê suga. • Mais prolactina é produzida à noite. • Suprime a ovulação. REFLEXO DE PRODUÇÃO DE LEITE PROLACTINA • Os níveis sobem cerca de 20 minutos após o início da sucção do bebê, levando à produção de leite para a próxima mamada. • Os níveis devem ser mantidos altos para que os alvéolos produzam leite. 11/6/2014 5 6 OCITOCINA � é um peptídeo sintetizado no hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. � Quando liberada perifericamente pela neurohipófise, atua como um hormônio e promove a liberação do leite durante a lactação (EJEÇÃO) e a contração uterina. � No entanto, quando liberada centralmente, age como um neurotransmissor ou neuromodulador de diversos processos (modulação da ansiedade, regulação das respostas neuroendócrina e cardiovascular). 9 PROMOVE A EJEÇÃO DO LEITE OCITOCINA • Contrai as células mioepiteliais ao redor dos alvéolos e faz o leite escoar pelos ductos tornando-se DISPONÍVEL. REFLEXO DE EJEÇÃO OU DESCIDA DE LEITE Pensar no bebê com amor Ouvir os sons do bebê Olhar para o bebê Ser confiante Preocupação Estresse Dor Dúvidas Como facilitar ou dificultar o reflexo da ocitocina 3/5 Isto AJUDA o reflexo Isto BLOQUEIA o reflexo Fatores que podem auxiliar na liberação de ocitocina • Sentir-se contente com o bebê. • Pensar no bebê com carinho. • Ouvir os sons do bebê. • Sentir o cheiro do bebê • Tocar o bebê. 11/6/2014 6 • Contrações uterinas ou sede repentina. • Vazamento de leite quando pensa ou ouve sons do bebê. • Pressão ou sensação de formigamento ou “fisgada” nas mamas antes ou durante uma mamada. • Sucções lentas e profundas seguidas de deglutição indicam que o leite está fluindo para a boca do bebê. Sinais e sintomas de um reflexo de ocitocina ativo Fatores que podem inibir a liberação de ocitocina • Dor, estresse • Dúvida, insegurança, vergonha, medo ou ansiedade • Nicotina, álcool e alguns medicamentos 12 Como reduzir essa inibição de liberação de ocitocina • Relaxar e acomodar-se confortavelmente para amamentar. • Evitar situações embaraçosas ou estressantes durante a mamada. • Realizar expressão de um pouco de leite, estimulando suavemente o mamilo. • Massagear a parte superior das costas. 13 Ajudando o Reflexo da Ocitocina Controle Autócrino da Lactação • Prováveis mecanismos: – Pressão intra-mamária – Remoção do leite – Fatores bioativos no leite humano • FIL – Feedback Inibidor of Lactation (glicoproteína) (Inibidor por feedback da lactação) A proteína se liga aos receptores dos alvéolos sinalizando que a mama está cheia. Quando internalizada, inibe a síntese de proteínas e lactose. • Receptores de prolactina: conformação alterada quando a mama está cheia, inibindo a síntese láctea. FIL 14 * FATOR INIBIDOR = POLIPEPTIDEO contido no próprio leite 11/6/2014 7 “Não alimente Não alimente Não alimente Não alimente simplesmente. simplesmente. simplesmente. simplesmente. Acresça Amor,Acresça Amor,Acresça Amor,Acresça Amor, AmamenteAmamenteAmamenteAmamente!” Meire Natália Figueiredo Hosp. Monsenhor Horta Mariana - MG “Peito: algo que eu dava muita bola! Bola: hoje eu levo no peito.”
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