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22 FASE PROBATÓRIA TEORIA GERAL DAS PROVAS 1. INTRODUÇÃO – Chama-se Instrução do Processo a fase em que as partes devem produzir as provas de suas alegações. Conceitua-se prova como o instrumento processual adequado a levar ao conhecimento do juiz os fatos que envolvem a relação jurídica objeto da atuação jurisdicional. Prova é o modo pelo qual o magistrado forma convencimento sobre as alegações de fatos qie embasam a pretensão das partes. O direito, ordinariamente não se prova, pois jura novit curia. Mas, quando a parte alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, poderá o juiz exigir-lhe a respectiva prova. Prova Direta é a que demonstra a existência do próprio fato narrativo nos autos. Prova Indireta, a que evidencia um outro fato, do qual, por raciocino lógico se chega a uma conclusão a respeito dos fatos dos autos. É o que se denomina também prova indiciaria ou por presunção Sem ter a exata noção dos fatos é impossível ao juiz dizer a solução jurídica que a situação reclama. Ao juiz, para garantia das próprias partes, só é licito julgar segundo o alegado e provado nos autos. O que não se encontra no processo, para julgamento não existe. Provar é demonstrar de algum modo a certeza de um fato ou a veracidade de uma afirmação, ou seja, é o modo pelo qual o magistrado toma conhecimento dos fatos que embasam a pretensão das partes. Provas são os elementos de convicção do julgador, produzidos nos autos para tentar demonstrar a veracidade dos fatos alegados pelas partes (CPC, art. 332). Além dos exemplos de meios de prova elencados pelo Código (documental, oral, pericial e inspeção judicial), todos os legais ou moralmente legítimos são admitidos no processo civil. Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. Neste aspecto, o estudo referente à prova obtida de forma ilícita é de fácil interpretação no processo civil. Se hoje é pacífica a aplicação da teoria da proporcionalidade às provas obtidas de forma ilícita no direito penal, através da análise dos bens em jogo e conclusão pela sua admissibilidade ou não conforme mais relevante for o interesse tutelado pela prova, no processo civil, considerando ser esse 23 instrumento de composição de litígios privados, sempre a ilicitude da prova será superior ao interesse que ela pretende tutelar. Nem mesmo diante da coletivização dos interesses (consumidor) ou em caso de indisponibilidade do direito (incapazes) mostra-se possível utilizar prova obtida mediante a violação das garantias constitucionais do cidadão. 2. OBJETO DA PROVA – O direito, ordinariamente não se prova, pois jura novit curia. (Art. 337 do CPC). Como regra quase absoluta deve a prova ter como objeto os fatos alegados pelas partes. Entretanto, a lei dispensa, por desnecessária, a prova relativa aos fatos notórios (de conhecimento do homem médio), os afIrmados por uma parte e confessados pela parte contrária (a confissão é o reconhecimento da veracidade dos fatos alegados pela parte adversa), os admitidos como incontroversos no processo (seja em decorrência da confissão real, seja através dos efeitos da revelia ou inobservância da impugnação específica) e os em cujo favor milita presunção de existência ou veracidade (sistema de prova legal, em que a lei estipula qual aprova a ser feita na espécie) (CPC, art. 334). Não dependem de prova os fatos (art. 334 CPC): 1) Notórios; Os acontecimentos ou situações de conhecimento geral (ex.: datas históricas, os fatos históricos, as situações geográficas) 2) Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 3) Admitidos, no processo, como incontroversos; São aqueles sobre os quais as partes não discutem, não necessitam de prova, pois seria de todo inócuo exigir que seja provado um fato sobre o qual não se discute a ocorrência. 4) Em cujo favor militar presunção de existência ou veracidade. São inteiramente desnecessárias e inúteis as provas em relação aos fatos m cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. (ex.: o filho nascido na constância do casamento do pais não precisa demonstrar a legitimidade de sua filiação). São notórios os fatos de conhecimento geral, como as histórias, ou os acontecimentos relevantes (o impeachment do Presidente da República, por exemplo). Outros autores restringem o conceito de fotos notórios à região e época em que i litígio se instaurou, afirmado que são aqueles de conhecimento do homem de cultura mediana no local onde caberá o julgamento. Uma terceira vertente é aquela que diz que são notórios os fatos sobre os quais nenhum dos sujeitos processuais (ou seja, naqueles específicos processo, não em outro) possui qualquer duvida. Art. 334. Não dependem de prova os fatos: I - notórios; II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III - admitidos, no processo, como incontroversos; 24 IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz. 3. FINALIDADE E DESTINATÁRIO DA PROVA – O processo moderno procura solucionar os litígios à luz da verdade real e é, na prova dos autos, que o juiz busca localizar essa verdade. Toda a prova produzida nos autos tem como destinatário o juiz da causa e como finalidade a formação de seu convencimento. A ampla defesa visa justamente assegurar a utilização pelas partes de todos os meios legais à obtenção de uma sentença favorável, passando rigorosamente pela produção das provas necessárias à consecução desse fim. Essa qualidade de destinatário exige do juiz a análise da pertinência, relevância e necessidade da prova a ser realizada, impondo, por outro lado, que o julgamento seja proferido apenas com base naquelas produzidas nos autos, vedada a decisão pelo conhecimento próprio do julgador dos fatos em litígio que não está nos autos não está no mundo). O Juiz não pode eternizar a pesquisa da verdade, sob pena de inutilizar o processo e de sonegar a justiça postulada pelas partes. Ao juiz, para garantia das próprias partes, só é lícito julgar segundo o alegado e provado nos autos. O que não se encontra no processo, para o julgador não existe. Deve-se reconhecer que o direito processual se contenta com a verdade processual, ou seja, aquela que aparenta ser, segundo os elementos do processo, a realidade. O destinatário da prova, é sempre, o juiz. A prova não se destina ao seu autor nem à parte adversa, e uma vez produzida passa a integrar o processo, pouco importando quem teve a iniciativa de requerer sua produção. 4. VALORAÇÃO DA PROVA – A prova se destina a produzir a certeza ou convicção do julgador a respeito dos fatos litigiosos. Três são os sistemas conhecidos na história do direito processual: 1) Critério Legal; O juiz apenas afere as provas seguindo uma hierarquia legal e o resultado é automático, 2) O da Livre Convicção; o que deve prevalecer é a intima convicção do juiz, que é soberano para investigar a verdade e a apreciar as provas. 3) O da Persuasão Racional.o julgamento é fruto de uma operação lógica armada com base nos elementos de convicção existente no processo. Adotou o Código o sistema da Persuasão racional, ou Livre Convencimento Motivada. (131 CPC) Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deveráindicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. 25 Prova legal. É a própria lei quem fornece o valor da prova, não outorgando ao juiz discricionariedade ao julgar. Muito embora seja um sistema em desuso, nosso Código de Processo Civil ainda traz alguns resquícios de prova legal quando impede a prova exclusivamente testemunhal em contratos verbais com valor superior a dez salários mínimos, fixa limite máximo de dez testemunhas por processo etc. Convicção Íntima. Nosso sistema constitucional veda expressamente o julgamento não fundamentado, com base apenas na convicção íntima. Por isso a existência do impedimento previsto no art. 134, III, e o contido no art. 409, I. A única exceção, também de nível constitucional, é o julgamento soberano do Tribunal do Júri, em que o jurado não é obrigado a fundamentar o porquê de sua conclusão quanto à autoria e materialidade do delito doloso contra a vida. Livre convencimento motivado (persuasão racional). É exigência constitucional que toda decisão seja devidamente motivada pelo que consta dos autos, limitada ao pedido formulado pela parte, e obtida mediante a aplicação das regras processuais formais. É o sistema adotado pelo ordenamento pátrio. 5. PODER DE INSTRUÇÃO DO JUIZ – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferimento as diligências inúteis ou meramente protelatórias. (130 CPC). Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Quando o réu deixa de contestar ação e esta não versa sobre direitos indisponíveis, ou quando, na contestação, deixa de impugnar precisamente os fatos ou algum fato narrado na inicial, ocorre presunção legal de veracidade dos fatos que se tornaram incontroversos e ao juiz não será dado produzir prova de sua iniciativa para contrariar a presunção. (319 e 320). Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente: I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato. Na verdade, somente nas causa que versam sobre direitos indisponíveis, ou naquelas em que as partes se disincumbiram de forma incompleta do ônus probandi, é que o juiz terá oportunidade de tomar iniciativa na instrução, determinando a coleta de prova que ele mesmo julgar conveniente e necessária para evitar julgamento em estado de perplexidade ou de incerteza de justiça. 26 6. SISTEMA LEGAL DO ÔNUS DA PROVA – Ônus significa cargo, fardo. A inobservância do ônus gera uma desvantagem à parte, ou seja, uma conseqüência negativa. Difere-se da obrigação, visto que a inobservância desta provoca uma sanção. No que tange ao ônus da prova, devem-se observar duas questões básicas: a quem cabe provar e qual a conseqüência para aquele que deveria provar e não o fez, ou o fez de modo insuficiente. O artigo 333 do CPC reparte o ônus da prova entre os litigantes da seguinte maneira: 1) Ao autor incumbe o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito; 2) Ao réu, o de provar o fato impeditivo, modificativo ou extensivo do direito do autor; Ex. Se o réu na ação de despejo por falta de pagamento nega a existência da relação jurídica ex locato, o ônus da prova será do autor. Mas, se a defesa basear-se no prévio pagamento dos aluguéis reclamados ou inexibilidade deles, o ônus probandi será do todo do réu. Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito O parágrafo único do artigo 333 declara nula a convenção das partes que distribua o ônus da prova de forma diversa daquela prevista em seu caput, quando: 1) Recair sobre direito indisponível da parte; 2) Tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. O art. 333 estabelece as regras gerais relativas à distribuição do ônus da prova, partindo da premissa básica de que quem alega deve provar a veracidade do fato. Dessa forma, impõe-se ao autor a comprovação dos fatos constitutivos de seu direito, enquanto do réu exige-se a prova dos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor. O Código de Processo Civil possibilita a convenção das partes em contrato a respeito da distribuição do ônus da prova, salvo se recair o acordo sobre direito indisponível ou tomar excessivamente difícil o exercício do direito pela parte (prova diabólica). Não raramente estipula o legislador a inversão das regras do ônus da prova, procurando facilitar a defesa do direito de uma das partes em litígio, tais como no Código de Defesa do Consumidor ou em diversos casos de responsabilidade civil (p.ex.: transporte ferroviário). A inversão do ônus da prova está prevista no Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6.º, VIII. Essa inversão é possível para beneficiar o consumidor e pode ocorrer quando o consumidor for hipossuficiente (econômica, jurídica e moralmente) e quando for verossímil a sua alegação. Essa inversão ocorre por obra do Juiz, que poderá determiná-la no momento do despacho da petição 27 inicial ou no momento do despacho saneador. O que deve nortear o Juiz quando ele determina a inversão do ônus da prova é a noção de quem tem mais condições de provar o fato. Haverá também a inversão do ônus da prova na situação da presunção relativa. Aquele, em favor de quem milita a presunção relativa, está liberado da prova, ou seja, a prova em contrário caberá à parte contrária. LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 (CDC) Art. 6º São direitos básicos do consumidor: ... VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 7. MEIOS DE PROVA – São as diversas modalidades pelas quais a ocorrência dos fatos chegam ao conhecimento do juiz, portanto, são as diversas modalidades pelas quais a constatação sobre a ocorrência ou inocorrência dos fatos chega até o juiz. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. (Art. 332 CPC). Entre os meios não previstos no CPC: indícios e presunções, bem como a prova emprestada. Entre os meios de prova não há hierarquia, pois o sistema pátrio aditado o princípio do livre convencimento motivado do juiz (131) – Exceção: 366 do CPC (instrumento público) Os especificados pelo estatuto processual civil foram os seguintes: 1) Depoimento Pessoal; 2) Confissão; 3) Exibição de documento ou coisa; 4) Prova documental; 5) Prova testemunhal; 6) Prova pericial; 7) Inspeção judicial. Art 336 CPC. O momento processual adequado à produção da prova oral é normalmente, audiência de instrução e julgamento. Ocorre variação 283 e 297 do CPC. Os documentos são produzidos no processo mediante sua juntada aosautos. Isto ocorre normalmente, fora da audiência e, ainda, na fase postulatória (arts. 396 e 397). Princípio de direito público, o dever de colaborar com o Poder Judiciário na busca da verdade. (art. 339 CPC) e Art 14 c/c 340). 28 8. DEVER DE COLABORAÇÃO COM A JUSTIÇA – A realização da justiça é um dos objetivos primaciais do Estado moderno. Nesse sentido dispõe expressamente o art. 339 que “ninguém se exime do dever de colaboração com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade”. Complementando a regra do art. 339, o art. 340 impõe à parte, além dos deveres da verdade e da lealdade, especificados no art. 14, mais os seguintes, em matéria de instrução do processo: 1. comparecer em juízo, respondendo ao que Ihe for interrogado; 2. submeter-se à inspeção judicial, que for julgada necessária; 3. praticar o ato que Ihe for determinado. Em relação aos terceiros, isto é, aqueles que não são partes do processo, o art. 341 impõe o dever de: 1. informar ao juiz os fatos e as circunstâncias, de que tenha conhecimento; 2. exibir coisa ou documento, que esteja em seu poder. Art. 339. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade. Art. 340. Além dos deveres enumerados no art. 14, compete à parte: I - comparecer em juízo, respondendo ao que Ihe for interrogado; II - submeter-se à inspeção judicial, que for julgada necessária; III - praticar o ato que Ihe for determinado. Aqueles que são terceiros em relação ao processo têm o dever de colaborar com a instrução probatória. Por exemplo, se uma testemunha, devidamente intimada, recusa-se a comparecer à audiência, além de ser forçadamente conduzida a juízo, responderá inclusive penalmente. Já as partes têm o ônus de colaborar com a instrução probatória. Se a parte se negar a prestar depoimento pessoal, ficará caracterizada a conficção ficta. 9. MOMENTOS DA PROVA – O processo de requerimento e deferimento das provas apresenta-se da seguinte maneira: a) Proposição ou requerimento da prova. Como regra, para o autor a prova deve ser requerida na inicial e para o réu, na contestação. Exceções ocorrem quando é trazido fato novo em contestação, possibilitando ao autor requerer provas em réplica, ou no surgimento de fato superveniente no curso do processo. Questiona-se muito na doutrina quanto à atividade probatória do juiz no processo. A resposta situa- se entre a necessária imparcialidade do juiz e a busca da justiça pelo processo. 29 Quanto mais o juiz age de ofício na atividade probatória, mais se afasta da imparcialidade, na medida em que supre os ônus impostos às partes. De outro lado, quanto mais inerte permanece, mais se distancia da verdade real e da justiça de sua decisão. A conclusão atual é a demanda de um juiz mais ativo que outrora, muito embora deva agir com extrema cautela para não violar a exigida eqüidistância daquele que irá julgar as pretensões das partes, atuando sobretudo numa atividade supletiva a estas (determinação de segunda perícia, oitiva de testemunhas referidas etc.), e não só determinando de ofício realização de prova não requerida pela parte. b) Admissão. Juízo quanto ao cabimento, pertinência, relevância e necessidade da prova. Como regra tem lugar na fase do saneamento do processo, muito embora a admissibilidade dos quesitos ao perito ocorra quando da sua formulação pelas partes nos autos e cada repergunta à testemunha passe pelo crivo de admissão do juiz presidente da audiência. c) Produção. Momento em que a prova adentra ao processo, visando formar o convencimento do juízo. A prova pericial é produzida por escrito, mediante a apresentação de um laudo pelo expert. Já a testemunhal é produzida em audiência. Embora o art. 336 contenha previsão no sentido de que o momento adequado para a produção da prova seja a audiência de instrução e julgamento, há, na própria lei, hipótese em que se prevêem outros momentos, dependendo do meio de prova de que se trate. Assim, a prova documental deve ser produzida, em regra, por ocasião da propositura da ação (art. 283) e da respostado réu (art. 297), somente por exceção se admitindo a apresentação de documentos fora dessa ocasião procedimental (art. 397). Art. 336. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas em audiência. Parágrafo único. Quando a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la. Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção. Art. 397. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. 30 EXERCÍCIO: 1. Qual o conceito de prova? 2. Segundo o CPC quais fatos não dependem de prova? Explique. 3. Quanto ao sistema de valoração da prova, quais os conhecidos na história do direito e qual o adotado pelo nosso CPC? Explique. 4. Pode o juiz de ofício determinar provas? Explique. 5. Como se reparte o ônus da prova? Explique. 6. Quais os meios de prova especificados no CPC? 7. Deve se provar os fatos ou também o direito? Explique. 8. Marque a alternativa Correta: a) Todos os meios legais, desde que especificados no CPC, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. b) Prova Indireta é a que demonstra a existência do próprio fato narrativo nos autos e Prova Direta, a que evidencia um outro fato, do qual, por raciocino lógico se chega a uma conclusão a respeito dos fatos dos autos. É o que se denomina também prova indiciaria ou por presunção. c) O direito, ordinariamente não se prova. Mas, quando a parte alegar direito municipal, estadual, federal, estrangeiro ou consuetudinário, poderá o juiz exigir-lhe a respectiva prova. d) A prova se destina a produzir a certeza ou convicção do julgador a respeito dos fatos litigiosos. Três são os sistemas conhecidos na história do direito processual: O da Livre Convicção; O juiz apenas afere as provas seguindo uma hierarquia legal e o resultado é automático, Critério Legal; o que deve prevalecer é a intima convicção do juiz, que é soberano para investigar a verdade e a apreciar as provas. O da Persuasão Racional.o julgamento é fruto de uma operação lógica armada com base nos elementos de convicção existente no processo. e) NDR 9. Marque a alternativa incorreta: a) O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. b) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo. c) Sempre que o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. d) O Juiz poderá indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. 10. Marque a alternativa incorreta a) O ônus da prova incumbe: ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; b) O ônus da prova incumbe:ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. c) Não é nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando recair sobre direito indisponível da parte; d) as regras gerais relativas àdistribuição do ônus da prova, partindo da premissa básica de que quem alega deve provar a veracidade do fato. Dessa forma, impõe-se ao autor a comprovação dos fatos constitutivos de seu direito, enquanto do réu exige-se a prova dos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor. 11. Marque a alternativa incorreta a) Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade. b) Compete à parte: comparecer em juízo, respondendo ao que Ihe for interrogado; c) Se uma parte, devidamente intimada, recusa-se a comparecer à audiência, além de ser forçadamente conduzida a juízo, responderá inclusive penalmente. d) Como regra, para o autor a prova deve ser requerida na inicial e para o réu, na contestação. Exceções ocorrem quando é trazido fato novo em contestação, possibilitando ao autor requerer provas em réplica, ou no surgimento de fato superveniente no curso do processo.