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TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Contrato: é o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas.
Princípios:
1. Aplicabilidade ou Operabilidade: princípio pelo qual o operador do direito se apoiaria para interpretar a norma jurídica. Ex. Art. 944 CC.
- Interpretação do negócio jurídico.
- Prescrição e Decadência: art. 206 CC.
2. Sociabilidade: dispões sobre a função social trazendo ao código civil 2 princípios: princípio da função social da propriedade (art. 2035, parágrafo 8º) e princípio da função social do contrato (art. 421).
3. Eticidade: princípio onde as pessoas devem seguir as regras do código civil com ética sendo probas. Art. 422 CC – Boa fé e probidade. As relações contratuais deve ter por base esses 2 princípios. Arts. 113 e 187 CC.
Inovações do Código Civil: 
1º Positivar novos princípios contratuais: 
Boa Fé objetiva
Probidade
Função social do contrato
2º O surgimento de novos contratos nominados (aqueles tipificados pela lei). Arts. 481 até 853 CC. Ex: contrato de agência e distribuição.
3º A retirada dos institutos da transação e do compromisso da parte de obrigações do código de 1916 para inclusão na parte de contratos tipificados no código de 2002. Arts. 840 a 843.
Contrato de Compromisso: extingue a obrigação de levar o litígio ao judiciário para resolvê-lo via arbitragem. Art. 851, 853.
4º Introdução da interpretação específica do contrato de adesão: arts. 423 e 424.
	Código Civil 1916
	Código Civil 2002
	O enfoque do cód. 1916 está pautado em uma sociedade pluralista, patriacarlista com ideais do século XIX.
	Está pautado em uma sociedade urbana, igualitária com ideais do século XX, inclusive tendo unificado as obrigações seguindo o modelo do código civil italiano de 1942.
Conceito de Contratos: é o acordo de vontades entre 2 ou mais partes tendo objeto lícito, possível, determinado ou determinável sob a forma prescrita ou não defesa em lei gerando assim uma obrigação.
TODO contrato é negócio jurídico bilateral, mas nem todo negócio jurídico é contrato. Arts. 104 a 232 CC.
O contrato é fonte obrigacional – arts. 233 a 388 CC.
Bem Principal: os bens principais são os que existem em si e por si, abstrata ou concretamente.
Bem Acessório: bens acessórios são aqueles que seguem a sorte do bem principal.
Requisito Subjetivo Contratual: 2 ou mais partes capazes (18 anos) é igual no negócio jurídico. 
Art. 104, I
Art. 5º - capacidade
Art. 3º - incapacidade absoluta: nulidade art. 166, I.
Art. 4º - incapacidade relativa: anulação art. 171, II.
Importância da Incapacidade: dar direitos e resguardar a pessoa.
OBS: O direito civil traz algumas sanções:
1º Prisão Civil: depositário infiel e pensão alimentícia.
2º Responsabilidade Civil: obrigacional (compensatória e sancionatória).
3º Invalidade: forma do negócio jurídico onde a regra é não gerar efeitos. Prejudica a sociedade como um todo e o próprio estado. Subdivide-se em: Nulidade e Anulação.
Requisito subjetivo trabalha a individualização da pessoa natural e se dá por:
Nome completo
Nacionalidade
Estado civil
Profissão
Domicílio (individualiza a pessoa natural ou jurídica, é o lugar onde o indivíduo é encontrado).
Requisito Objetivo do Contrato: aquele que expressará o objeto do contrato que deve ser lícito, possível, determinado ou determinável. A determinação do objeto se dá pela própria classificação do bem, inclusive qualificando-o. Arts. 104, II CC; 166, II (nulidade); 171 (anulação).
Requisito Formal do Contrato: dispõe que a forma do contrato deve estar prescrita ou não defesa em lei. Art. 108 CC.
Direitos Pessoais (são aqueles que recaem sobre as pessoas) são divididos em:
Direito Personalidade: são os direitos irrenunciáveis, intransmissíveis e imprescritíveis, estão dentro do direito das pessoas, por exemplo, direito de voz de um cantor.
Direito Personalíssimo: o que adimple o contrato é a pessoa que foi contratada.
Direitos Reais: são os direitos sobre a propriedade.
Autonomia da Vontade: poder das partes em pactuar estruturado pelo principio da liberdade sendo sempre delimitado pela ordem pública.
Princípio da Liberdade: possibilidade de fazer contratos.
Efeitos do Contrato: uma ou mais obrigações. Arts. 233 a 388. Contrato gera obrigação pois é uma fonte obrigacional podendo extinguir e modificar uma obrigação.
Negócio Jurídico Unilateral – Testamento
Negócio Jurídico Bilateral – Contrato (2 ou + obrigações)
Contrato Unilateral – só possui uma obrigação.
Contrato Bilateral – possui duas ou mais obrigações.
Contratos: 
- Civil: gera obrigações entre as pessoas
- Comercial: característica mercantil
- Consumo: onde as partes serão consumidores. Lei. 8.078/90. Consumidor – art. 2º, caput. Fornecedor – art. 3º, caput.
Civil e Comercial são contratos privados.
Consumidor: é sempre o destinatário final que utiliza-se de um certo produto ou serviço (pode ser pessoa física ou jurídica).
Fornecedor: é aquela pessoa que vende ou presta algum tipo de serviço ou produto (pessoa física ou jurídica, internacional ou nacional...).
Serviço: visa lucro. É obrigação de dar (dar resultado) e fazer (meio).
Todo contrato deve ter 2 ou MAIS partes.
Ex: fornecedor compra a massa do pão de queijo e vende. Consumidor é quem compra o pão de queijo já pronto para comer (consumidor final).
O contrato de consumo é caracterizado verificando se há relação de consumo entre fornecedor e consumidor devendo ter o seu objeto produto ou serviço. Já o contrato privado responderá pelas outras obrigações civis e comerciais não trazidas em leis especificas, ou seja, obrigações privadas de modo geral.
			
Todo contrato gerará responsabilidade civil SUBJETIVA, ou seja, deverá comprovar dolo ou culpa.
 
Art. 3º CDC: em regra gera Responsabilidade Civil OBJETIVA, e será SUBJETIVA quando o fornecedor for profissional liberal.
Qual é a finalidade do contrato de compromisso de compra e venda? É tácita um contrato de extinção. Obrigação do Judiciário e levo para arbitragem.
Contrato de Compra e Venda: é bilateral, tem obrigação de DAR. Se fosse unilateral não seria compra e venda e sim doação. O contrato de compra e venda pode também ter duas ou mais obrigações.
Compromisso de Compra e Venda: Compromisso é um acordo/contrato. Art. 462 CC – contrato preliminar (obrigação de fazer – contrato principal).
Compromisso de Compra e Venda NÃO é Contrato de Compra e Venda, não se confundem! Um não tem nada a ver com o outro.
Contrato Preliminar: geralmente gera efeitos pessoais enquanto não registrado na matricula do imóvel. Normalmente é utilizado para que o comprador pague parceladamente o bem e terá por finalidade uma obrigação de fazer. O contrato preliminar mais conhecido é o compromisso de compra e venda. O contrato preliminar é o acordo de vontades que visa a produção de efeitos jurídicos futuros, onde uma ou mais partes prometem celebrar determinado contrato. A natureza jurídica do contrato preliminar é obrigação de fazer, ou seja, celebrar o contrato definitivo.
Art. 462 – Contrato Preliminar: obrigação positiva de fazer o contrato principal.
- Requisito Objetivo e Subjetivo vão ser iguais ao do contrato principal.
- Requisito Formal será diferente porque ele vai ser registrado – art. 463, p. Único.
Compromisso de Compra e Venda é sinônimo de Contrato Preliminar. Você não é o proprietário, mas tem uma pretensão, então o contrato vai ser de compra e venda quando você puder executar, quando o objeto for determinado.
Art. 108 – O negócio jurídico deve ter forma. O contrato de compra e venda de imóvel vai ser feito via escritura publica. 
Art. 104, II – Requisito Formal – forma prescrita e não defesa em lei.
Só transfere a propriedade quando a escritura é inscrita na matricula. Gera efeitos pessoais enquanto não registrado na matricula do imóvel, normalmenteé utilizado para que o comprador pague parceladamente o bem e terá por finalidade uma obrigação de FAZER. O contrato preliminar mais conhecido é o COMPROMISSO de compra e venda.
A relação desse contrato pelo entendimento do STJ é de consumo. A jurisprudência entende que o bem de família é resguardado mesmo sem escritura.
Função Social do Contrato: é sempre relativa, NUNCA é absoluta. Estrutura pautada na razão, deve ter uma finalidade social. Art. 421 – A função social é a própria distribuição de riquezas.
O contrato mantém a estrutura social do Estado.
O contrato pode ser invalidado quando não atender os princípios sociais almejados pelo Ordenamento Jurídico. A função social do contrato é tratado em 2 artigos, o 421 o qual delimita a liberdade das partes e traz uma analise social da finalidade do contrato e o 235 é considerado inconstitucional.
TODO ato jurídico é PERFEITO e deve ser almejado pelas partes tendo sua execução.
O art. 2235 é considerado inconstitucional, já que contraria os preceitos estabelecidos pela própria CF (segurança jurídica), outra parte doutrinária entende já que ele tende a preservar.
BOA-FÉ OBJETIVA – ART. 422 CC
Princípio que se traduz na relação de honestidade e lealdade que as partes devem ter. É ato ilícito agir de má-fé (vender um carro com vicio) – art. 113 e 187. A Boa-fé objetiva (regra de conduta social – agir com ética) vem do código civil de 2002 e caminha ao lado da eticidade. Boa-fé subjetiva é declarada expressamente no contrato. A quebra da boa-fé subjetiva gera inadimplemento.
PRINCÍPIO DA PROBIDADE – ART. 422 CC.
Princípio onde as partes devem ser probas (éticas/honestas) vem junto com o principio da boa-fé objetiva, assim, faz com que as partes contratantes sejam honestas. “Dolus Bonus” (dolo menos intenso) não gera nenhum defeito no negocio jurídico, aumenta e supervaloriza o bem.
Princípio do Consensualismo: aquele que o contrato é formado pelo consenso das partes. Se não tiver consenso vai haver vicio de consentimento (defeito do negocio jurídico).
Princípio da Obrigatoriedade das Convenções: também é chamado de “Pacta Sunt Servanda” (obrigações que serão cumpridas). Já que o contrato faz lei entre as partes, ele deve ser cumprido sob pena de gerar inadimplemento obrigacional onde a parte desfavorecida poderá cobrar além da própria resolução contratual, perdas e danos.
Princípio da Relatividade dos Efeitos do Contrato: aquele que vincula as partes contratantes aos efeitos contratuais.
Interpretação dos Contratos
Os contratos serão interpretados conforme a vontade das partes, presumindo sempre a boa-fé arts. 112 e 113. Vai mais pela vontade das partes do que pelo que esta disposto no contrato. Exceção: contrato de adesão. Serão interpretadas as causas favoravelmente ao aderente – art. 423.
As cláusulas que retirem o direito inerente do aderente, serão consideradas nulas – art. 424. A interpretação também será a favor do consumidor – art. 51 CDC.
Fases do Contrato
1. Fase de Negociações Preliminares: é a fase onde as partes negociarão a realização do contrato, inclusive, as clausulas contratuais. Essa fase NÃO gera responsabilidade civil. A partir dessa fase vamos ter a proposta a ser realizada por uma das partes que poderá:
- Ser aceita formando contrato.
- Rejeitada extinguindo a obrigatoriedade da proposta.
- Poderá ser realizada a contra proposta onde o proponente passa a ser oblato.
Fase da execução do contrato: onde o contrato produz seus efeitos.
Fase pós-contratual: onde mesmo extinto o contrato as partes agirão com boa-fé e lealdade (ex. propaganda de cerveja do Zeca Pagodinho).
Classificação Contratual
Execução do Contrato: se dará de forma imediata quando a prestação é realizada naquele momento. Execução continuada: se perpetuará por um determinado período (ex. contrato de prestação FMU).
Contratos Nominados e Inominados: Nominados – contratos tipificados ou em espécie. Arts. 481 a 853. Também sua estrutura pré-definida em lei (ex. contrato de compra e venda). Inominados – são aqueles em que as partes terão liberdade em realizá-los, lembrando dos limites impostos pela ordem publica. Art. 425. O código não traz sua tipificação.
Contrato de Adesão ou Paritário: o contrato de adesão adere cláusulas aderentes, ou aceita, ou rejeita o contrato. Já o Paritário as partes pedem igualdade, podem negocias as clausulas.
Contrato Comutativo ou Aleatório: Comutativo – depende de evento certo. Aleatório – pautado sempre em evento futuro e incerto (assume o risco).
Contrato em relação á pessoa do contratante: o contrato pode ser pessoal (pautado no direito personalíssimo – determinada pessoa) ou impessoal, pautado no direito pessoal.
Forma do Contrato
O contrato pode ser pautado meramente pela liberdade onde não haverá a importância de qualquer tipo de solenidade.
Contrato Solene: é preciso agir dentro de uma determinada formalidade exigida em lei para formar seus efeitos. Art. 108.
Contrato Real: para se efetivar é necessário a entrega de um bem.
Quanto á Obrigação:
Unilaterais: aquele que haverá uma obrigação (doação simples).
Bilateral: 2 ou mais obrigações (compra e venda).
Contratos Reciprocamente Considerados: 
Principal: existe por si só.
Acessório: segue a sorte/depende do principal.
Art. 426 – resguarda a manutenção dos direitos do herdeiro necessário e resguarda também a segurança jurídica (quando a pessoa falece).
Art. 166, II.
Proposta
Negócio jurídico unilateral onde a parte exprime sua vontade em realizar o contrato. Essa proposta vincula as partes e deve ser cumprida pelo proponente.
Proposta entre presentes – aquela que se realiza com as partes presentes. Art. 428, 2ª parte. Serão considerados presentes aqueles que estiverem contratando via contato telefônico ou meio de comunicação semelhante (não vale MSN, email e fax).
Quando a proposta deixa de ser obrigatória – se entre os presentes ela deixa de ser obrigatória a pessoa recusa no exato instante. Se a proposta for realizada entre ausentes (não estão se vendo): 
1. Quando a resposta não chegar á tempo suficiente ao conhecimento do proponente (pode ser uma aceitação ou contra proposta).
Se entre ausentes a pessoa não respondeu dentro do prazo dado.
Se antes da aceitação ou da contra proposta chegar co conhecimento do oblato (pessoa que aceita ou não a proposta) a retratação do proponente (quem faz a proposta).
Oferta ao Público: equivale á proposta. É quando a pessoa propõe sem identificar o oblato. Só pode ser retratada da mesma forma que ofertou. Ex: oferta de anuncio na folha, vai retratar só na folha.
Lugar da celebração do contrato: lugar onde o contrato foi proposto.
Estipulação em favor de terceiros (arts. 436 ao 438)
É quando uma das partes do contrato indica terceiro para receber uma determinada vantagem oriunda daquele negócio jurídico. Ex: contrato de seguro de vida. A estipulação por si só pode ser aceita ou não pelo beneficiário.
Promessa por Fato de Terceiro (arts. 439 e 440)
Aquele que promete fato que terceiro realizará, se este não o fizer responderá pelo inadimplemento obrigacional (art. 389). O inadimplemento gera: perdas e danos, correção monetária, juros e honorários advocatícios.
Vício Redibitório (art. 441 ao 446)
São os defeitos ocultos de determinado objeto no contrato que diminua o seu valor ou deixe o bem inutilizado. O vício deve ser OCULTO (ex: o vendedor pode agir de boa fé e má-fé), tem que gerar diminuição do valor do bem.
OBS: Os vícíos redibiórios ocorrem sempre em contratos comutativos, NUNCA em contratos aleatórios (pautado em risco).
Contratos aleatórios – evento futuro e incerto.
Transferência de Boa-fé: a pessoa terá o dever de desfazer o negócio jurídico, devolvendo o dinheiro em troca do bem ou pagar o valor referente a diminuição do preço da coisa (para não gerar enriquecimento sem causa).
Transferência de Má-fé: além da devoluçãodo dinheiro a pessoa é responsável por perdas e danos.
Decadência porque é em dia, todo prazo contado em dias é DECADENCIAL.
Evicção (arts. 447 ao 457)
É a perda do objeto do contrato oneroso por sentença judicial. Na evicção as partes podem reforçar, diminuir ou excluir a garantia referente à indenização, no caso das partes agirem de boa-fé. Ex: compra e venda – a pessoa que sabe que o imóvel está sobre lide (conflito), NÃO pode alegar evicção.
O ato ilícito gera indenização.
Se o objeto do contrato for ilícito gera anulação.
Inadimplemento gera o art. 389 CC.
Ilicitude Pura e Simples gera Responsabilidade Civil.
Invalidade (extinção do contrato via sanção) gera:
Anulação: defeito leve. Art. 171
Nulidade: defeito grave do negócio jurídico. Art. 166
Contrato = Negócio jurídico: R.S + R.O + R.F + A.V = Lei = Obrigação
Extinção Contratual (arts. 472 ao 480)
Extinção Normal: as partes cumprem/adimplem suas obrigações.
Extinção pela morte de uma das partes: no caso do contrato pessoal, é pautado no direito personalíssimo, se a parte falecer, o contrato se extinguirá. É necessário aguardar o inventário feito por um dos herdeiros e aguardar seu pagamento.
Extinção direito de arrependimento: a parte poderá se arrepender do negócio jurídico. O contrato também se extinguirá nesse caso.
Declaração Unilateral
Pode se efetivar por contrato ou em lei. Só ocorre quando estiver previsto no contrato.
Resilição art. 473
Pode ser unilateral (será quando determinado contrato aceitar sua extinção por vontade de uma das partes) ou bilateral (tem que seguir a forma do contrato. Há um “distrato” quando as partes em conjunto resolvem extinguir o contrato por vontade delas. Art. 472.
Diferenças entre extinção do contrato por direito de arrependimento, declaração unilateral e resilição unilateral.
No direito de arrependimento a parte poderá se arrepender do negócio jurídico, assim o contrato se extinguirá. Na declaração unilateral só ocorre quando estiver PREVISTO no contrato. Já a resilição unilateral depende da NATUREZA do contrato.
Direito de arrependimento no CDC: Lei 8.078/90 o consumidor que adquirir o bem da internet ou telefone, terá o prazo decadencial de 7 dias para se arrepender da inquisição.
Prazo Decadencial: É um prazo que alguém tem para exercer um direito. Vencido esse prazo, diz-se que o direito não exercido entrou em decadência.
Dirigismo Contratual
Revisão contratual – é a intervenção estatal na economia do negócio jurídico mediante a emissão e a aplicação de norma de ordem pública (bons costumes e a própria moralidade social. Pautado, ainda, na revisão judicial dos contratos a fim de atender os fins da sociedade).
O dirigismo contratual é a própria norma de ordem pública e tem finalidade de assegurar a própria função social do contrato (art. 421, parágrafo único e art. 2.035).
Princípio da Função Social: o qual o contrato cria e assegura direitos e deveres como instrumento, o interesse econômico e social dos contratantes, atendendo as delimitações impostas pela aplicação da ordem pública, leia-se dirigismo contratual.
Cláusula “Rebus sic sta stantibus” - quando o efeito contratual é pautado em 2 premissas:
Todo contrato gera lei entre as partes.
Todo contrato gera obrigações de dar, fazer ou não fazer.
As 2 premissas admitem exceções como no caso da cláusula acima descrita ou no caso da revisão contratual. O juiz ou árbitro, nesses casos ficará a distrito a interpretação do negócio jurídico e por força do princípio da aplicabilidade deverá esclarecer seus pontos obscuros sempre lembrando dos arts. 112 (vontade das partes em contratar) e 113. 
Portanto, por força do Princípio da Obrigatoriedade, os efeitos do contrato só poderão ser modificados em 3 casos:
Fortuito/força maior – art. 393 CC – que poderá gerar a resolução do contrato sem as penalidades do art. 389 (perdas e danos).
Teoria da Imprevisão – quando não se prevê aquele determinado fato que mudará a estrutura contratual, nesse caso, o contrato também poderá ser resolvido ou revisto sem prejudicar as partes. 
Quando o contrato tiver Cláusula “Rebus sic sta stantibus” - que é íncita a revisão judicial ou a resolução do contrato de execução continuada no caso de haver desigualdade entre as partes provocada por onerosidade excessiva, e ainda, eventos excepcionais que modifiquem a estrutura contratual.
Todo contrato gera lei entre as partes, inclusive obrigações.
Contrato com pessoa declarada (arts. 467 ao 471) – no momento da conclusão do contrato pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar terceiro que assumirá a sua posição no contrato, tanto em relação aos direitos como aos deveres. Essa indicação deverá ser comunicada a outra parte em até 5 dias da conclusão do contrato, se não tiver outro prazo estipulado.
Contratos Nominados (ou tipificados em espécie):
1º Compra e Venda: arts. 481 ao 532 Contrato pelo qual uma das partes entrega um determinado bem e contra partida a outra parte deverá pagar.
2º Das Partes: 
Comprador: aquele que paga pelo bem.
Vendedor: aquele que entrega o bem.
Classificação do contrato de compra e venda: 
1ª Espécie: é sempre nominado, tendo em vista as regras dispostas nos código.
2ª Espécie: é sempre bilateral porque tem sempre 2 ou mais obrigações.
3ª Espécie: é sempre oneroso porque vai haver sempre sacrifício de uma das partes para cumprimento da obrigação (ex. Pagamento na contra prestação).
4ª Espécie: pode ser paritário e também adesivo. Normalmente será paritário quando regido pelo código civil, ou seja, aquele onde as partes discutem as cláusulas anteriormente à realização dos contratos. O adesivo aparecerá no CDC.
5ª Espécie: é sempre real porque sua finalidade é a entrega de um bem.
6ª Espécie: pode ser aleatório e comutativo. Aleatório quando se pautar em evento futuro e incerto (ex. Compra e venda de safra agrícola). Comutativo quando evento presente e certo (ex: compra de apartamento usado).
Diferenças do Contrato no CDC e CC:
No CDC a lei é mais específica (hermenêutica). Em relação ás partes: o comprador será sempre o consumidor. O vendedor será sempre o fornecedor. Em relação ao objeto: esse se caracterizará sempre sobre a forma de um produto. O contrato de compra e venda é pautado pelo CDC se efetivará quando uma parte for consumidora, a outra fornecedora, tendo como objeto um produto. Da Responsabilidade Civil: pelo CC a responsabilidade será sempre subjetiva, ou seja, a qual é pautada pela culpa de uma das partes. A responsabilidade no CDC é objetiva. Do Ônus da Prova: perante o CC o ônus é direto, ou seja, aquele que ingressa com ação, deve provar o ocorrido. Ônus da prova pelo CDC: poderá ser invertido por: 1. Quando a pessoa for hipossuficiente economicamente. 2. Quando a pessoa for hipossuficiente tecnicamente. Em relação a classificação do Contrato: no CC será paritário e no CDC será adesivo. Na tradição do bem no CDC: O vendedor é responsável pela tradição e o comprador pelo registro do contrato.
Súmula 494 STF.
Interpretação do Contrato de Compra e Venda:
Se for paritário a interpretação se perfazerá, se for adesivo a interpretação se dará pelos arts. 423 e 424, se for privado e de consumo se dará pelo CDC.
Compromisso de Compra e Venda:
É um contrato preliminar – arts. 462 a 466. É uma obrigação de fazer, vai gerar futuramente um contrato definitivo. 
Contrato de Compra e Venda: é um contrato definitivo.
Requisito Formal: no contrato de compra e venda de bens imóveis de valor superior a 30 vezes do salário mínimo do País, deverá ser realizado via escritura pública.
Contrato de Troca (ou permuta): contrato pelo qual uma pessoa entrega um determinado bem a outra que recebe e entregará em troca outro bem. Art. 533 CC. Ultilizará as regras do Contrato de Compra e Venda do caput. 2 Exceções: 1ª No caso da tradição cada parte pagará a sua e as despesas do registro as partes dividirão.2ª O caso de troca entre ascendentes e descendentes será anulada se o valor do contrato for desigual.
Cláusulas especiais da Compra e Venda (arts. 505 a 532)
1ª Retrovenda: arts. 505 a 508. Cláusula pela qual o vendedor se reserva ao direito de reaver. Em certo prazo imóvel alienado, restituindo ao comprador o valor do imóvel + despesas por ele gastas, inclusive benfeitorias. Só se aplica em bens imóveis. É prazo decadencial porque se te um direito. O exercício desse direito será de no máximo 3 anos.
2ª Da venda acontento e da sujeita a prova: art. 509 ao 512. É aquela cláusula que subordina a condição suspensiva de ficar desfeito o negócio se o comprador não se agradar com o bem, ou seja, por merda liberalidade do comprador este poderá desfazer o contrato.
No caso de compra por telefone, internet que não foi o que se esperava, pode se devolver no prazo de 7 dias porque não se teve contato com o bem antes. Acontece também nas compras por catálogo.
3ª Preempção ou preferência: art. 513 a 520. É o direito pelo qual o comprador de coisa móvel ou imóvel fica com a obrigação de afertá-la a quem lhe a vendeu.
Se distingue da retrovenda porque nela tem o prazo decadencial de 3 anos e nessa tem o direito de preferência e o comprador tem o dever de ofertar aquele bem em igual situação proposta que um possível não comprador.
O prazo de preferência do bem móvel é de 180 dias e para o bem imóvel é de 2 anos.
4ª Venda sobre documentos: arts. 529 a 532. É a cláusula que substitui a tradição de um determinado bem móvel pela entrega de seu título representativo. Ex: eu adquiri ouro na bolsa. Não sai de lá com o ouro e sim com o título que representa o bem.
5ª Da venda com reserva de domínio: art. 521 a 528. É a cláusula pela qual o devedor de bem móvel infungível se reserva a manutenção da propriedade do bem até o pagamento total pelo comprador. 
Só é transferida a propriedade do bem após a quitação.
Inconterms: São regras de interpretação de termos comerciais.
Contrato de compra e venda internacional nós temos que interpretar esses contratos, negócio jurídicos são a ótica dos costumes internacionais contratuais.
Essas cláusulas são expedidas pela Câmara Comercial de Paris.
Os Inconterms trarão delimitações de responsabilidade seja ao comprador, seja ao vendedor, dependendo da sigla utilizada.
Grupos (siglas):
E → EXW = Exworks. É o grupo de partida. Todos os custos da tradição serão suportados exclusivamente pelo comprador.
F → Transporte principal não pago.
I – FCA = FREE CARRERA. O vendedor cumpre suas obrigações ao entregar a mercadoria aos cuidados da empresa transportadora contratada pelo comprador.
II – FAS – FREE. O vendedor arcará com todos os custos até que a mercadoria esteja pronta para ser embarcada pelo navio indicado pelo comprador.
III – FOB – FREE ON BOARD. O vendedor suportará os custos até que as mercadorias estejam livres de desembaraços e estejam a bordo do navio.
C → Transporte principal pago.
I – CFR – COST AND FREIGHT. Atribui ao vendedor a responsabilidade por todas as despesas com a tradição da mercadoria até a chegada ao porto de destino.
II – CIF – COST INSURANCE AND FREIGHT. Além no disposto acima, o vendedor também é responsável pelo seguro do bem.
III – CPT – CORRIAGE PAID TO. O vendedor é responsável pelas despesas até um certo local.
IV – CIP – CORRIAGE AND INSURANCE PAID. Exatamente a CPT mas com seguro.
D → Cláusulas de chegada
I – DFF – DELIVERED TO FRONTER. O vendedor se responsabiliza pelas despesas até o momento em que as mercadorias são postas a disposição do comprador em seu País.
II – DES – DELIVERED EX SLNP. Cláusula específica para transporte marítimo e o vendedor está incumbido das despesas até que as mercadorias estejam prontas para o desembarque.
III – DEQ – DELIVERED EX QUAY. O vendedor também estará incumbido das despesas até o seu desembarque e ainda arcará com as despesas aduaneiras.
IV – DDU – DELIVERED DUTY UNPAID. O vendedor se responsabiliza pela completa tradição do bem, porém não paga os impostos.
V – DDP – DELIVERED DUTY PAID. O vendedor pagará por tudo menos a inspeção do bem, já que a inspeção do bem é de interesse do comprador.
Contrato de Compra e Venda Mercantil: O comprador e o vendedor devem ser empresários, já o objeto deve ser uma mercadoria e a causa do negócio deve se inserir na atividade empresarial da circulação de bens. Nesse caso, este contrato de compra e venda reflete à atividade de intermediação característica do comércio, pelo meio do qual comerciante obtém mercadorias que irá revender com lucro da natureza jurídica. É exatamente igual ao contrato de compra e venda disposto no código civil (arts. 481 a 532), tendo em vista a unificação do direito privado que por força do art. 2045 do código de 2002 derroga a 1ª parte do código comercial de 1850.
Contrato Estimatório: (venda sob consignação). É contrato nominado pelo código civil disposto nos arts. 534 a 537 e ao negócio jurídico onde uma pessoa (consignante) entrega bens móveis a outra (consignatório) ficando esta autorizada a vendê-los devendo pagar preço ajustado no término do prazo a quando forem requeridas pelo consignante (acontece muito nos ex. De revistas, jornais, etc).
É um misto de compra e venda com contrato de mandato.
Arts. 534, 535, 536, 537.
No caso de sequestro, arresto ou penhora de bens em poder do consignatário, o consignante não responderá se a ordem for contrária a ele., porque transfere a possa e não a propriedade.
Se também, o contrato estimatório tiver um prazo (termo) o consignante não poderá requerer o bem antes, nem mesmo vê-lo.
Venda “ad mensuram” e “ad corpus”:
Ad mensuram – art. 500 dispõe sob a venda ad mensuram em que o preço do bem é estipulado com base nas dimensões do imóvel. Ex: hectar, m².
Ad corpus – art. 500, p.3º aquela onde o preço é fixado se considerar a extensão da área que foi adquirida, pois se adquire o bem como um todo.
Venda Conjunta: quando se adquire vários bens em um único contrato. No caso de haver vício em um dos bens não gera a rejeição de todos.
Venda em Condomínio: quando esse bem é indivisível. Ex: marido e mulher adquirem apartamento.