Buscar

Neuro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
Thaynara Oliveira – UESC – 2015 
Doença cérebro vascular:
Definição:
Qualquer anormalidade funcional do SNC que ocorre quando rompe-se o aporte sanguíneo normal para o cérebro. 
Epidemiologia:
As doenças cérebro-vasculares estão entre as primeiras causas de morte em todo o mundo. No Brasil, representam a terceira “causa mortis”, sendo os acidentes vasculares cerebrais (AVC), a principal manifestação.
Causas:
Aterosclerose, Alterações hipertensivas, Malformações arteriovenosas, Vasoespasmo, Embolia, Vasculoite, Arterite;
Crise isquêmica transitória:
Definição:
É um episódio transitório e temporário de disfunção neurológica. È comumente manifestado como uma perda súbita de função motora sensorial e visual que pode durar alguns segundos ou minuto, porém não dura mais que 24 h. A recuperação completa ocorre entre as crises.
Fatores de risco:
Hipertensão;
Diabetes mellitus;
Doença cardíaca;
Tabagismo;
História familiar positiva;
Alcoolismo crônico;
 Fisiopatologia:
Os sintomas são causados pelo comprometimento temporário do fluxo sanguíneo para uma região específica do cérebro.
Diversos motivos podem levar a esta condição:
Aterosclerose;
Obstrução da circulação por um pequeno êmbolo;
Diminuição da PIC;
Arritmias cardíacas;
Sinais e sintomas:
Dependem da localização do vaso:
Comprometimento da circulação anterior (carotídea):
Sinais lateralizados como:
Amarurose fulgaz – perda súbita e indolor da visão de um olho;
Fraqueza contralateral ou afasia;
Comprometimento da circulação posterior ( vertebrobasilar):
Alterações focais como:
Vertigem;
Diplopia;
Dormência ou parestesias;
Disfasia ou ataxia;
Histórico ou achados diagnósticos:
Sopro carotídeo resultante do fluxo anormal;
Diminuição ou ausência das pulsações carotídeas;
Condutas necessárias:
Ecocardiografia de 24 hrs;
Angiografia cerebral;
Doppler;
PA em 24 hrs ( 15 em 15 min);
Verificação da glicemia 4/4 hrs;
Exame neurológico 6/6 hrs;
Tratamento:
Clínico/ Conservador:
Terapia anticoagulante para evitar novas crises e um possível infarto maciço;
Antiagregantes plaquetários;
Tratamento hipertensão e hiperglicemia;
Cessação tabagismo;
Cirúrgico:
Endarterectomia – Retirada da placa ou trombo, evitando infarto;
Angioplastia – Um cateter é inserido, juntamente com um balão, que comprime a placa na parede, melhorando o fluxo;
Acidente Vascular Cerebral – AVC:
Definição:
È a perda súbita da função cerebral em decorrência da ruptura do aporte sanguíneo para uma região do cérebro.
* È resultado de doença cerebrovascular de longa data, e o tratamento precoce resulta em menor quantidade de sintomas e menor perda funcional.
Patologia: 
**Aterosclerose: A placa aterosclerótica causada lesão na parede da artéria, provocando um depósito de plaquetas formando um trombo. Esse trombo pode ocluir totalmente uma artéria de acordo com o eu crescimento ou, quando se solta, pode ocluir uma artéria menor.
Classificação:
Não hemorrágicos (85%): Acidente Vascular Cerebral Isquêmico - AVCI
Podem ser causados por:
Trombose: coágulo sanguíneo dentro do cérebro ou pescoço;
A trombose tem relação com a arteriosclerose, a aterosclerose e a hipertensão arterial.
Embolia cerebral: embolo vindo de outra parte dôo corpo para o cérebro;
A embolia cerebral costuma ser decorrente de doenças cardíacas, arritmias, doenças das válvulas cardíacas, entre outras.
Isquemia: Diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro;
A hemorragia cerebral está relacionada à hipertensão, é mais grave, apresentando evolução rápida com alterações da consciência, podendo chegar ao coma e à morte.
Hemorrágicos (15%): Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico – AVCH
Constituem em uma hemorragia cerebral – ruptura do vão com sangramento para dentro do tecido cerebral ou dos espaços que circundam o cérebro;
Podem ser resultados de malformações arteriovenosas, rupturas de aneurismas, uso de anticoagulante e anfetaminas, ou hipertensão descontrolada.
O sangramento pode ocorrer nos espaços epidural, subaracnóide ou intracerebral;
Fatores de risco:
Hipertensão;
Doença cardiovascular – embolos cerebrais podem originar-se do coração;
Hipercolesterolemia - aterosclerose;
Obesidade;
Hematócrito elevado – Aumenta o rico de infarto cerebral;
Diabetes – associado à aterogênese alterada;
Contraceptivos orais;
Fumo – lesão vascular;
Dependência química – especialmente da cocaína;
Alcoolismo – lesão vascular;
Sinais e sintomas:
Depende da localização da lesão, do tamanho da área de perfusão inadequada e da quantidade de fluxo sanguíneo colateral.
Desvio de rima lateral;
Dificuldade para entender ou falar comandos simples (disartria);
Confusão mental;
Perda visual em um ou nos dois olhos;
Crise convulsiva;
Perda de força (Paresia) e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo;
Hemiplegia - perda dos movimentos voluntários em um dos lados do corpo;
Perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar;
Cefaléia intensa; 
 Plegia;
Edema cerebral
Diagnóstico:
Quadro clínico;
Exames:
A angiografia, a tomografia computadorizada, a cintilografia, a punção lombar e o Dopller ultra-sônico de carótidas são exames que têm por finalidade definir o tipo de AVC, a extensão e a localização da lesão e decidir se o tratamento será clínico e ou cirúrgico.
 TC sem constrate– determinam se o AVC foi isquêmico ou hemorrágico, facilitando a conduta de tratamento;
Eletrocardiografia e USG carotídea;
Coagulograma completo;
Hemograma completo;
Marcadores cardíacos;
NA, K, Uréia, Cretinina e glicemia;
Tratamento : 
Definir através de exames qual o tipo de acidente vascular ocorreu, para melhor direcionar o tratamento. A extensão da lesão também influenciará no tratamento proposto.
Oxigenoterapia;
Medicação;
Repouso;
Fisioterapia;
Adequação alimentar;
Cirurgias no AVCH;
	Hemorrágico 
	Foco: evitar pressão intracraniana
	Manutenção cuidadosa da hemodinâmica cerebral para manter perfusão sanguínea;
	
	
	Administração de anticoagulante – heparina não fracionada ou de baixo peso molecular;
	
	
	Adm de diuréticos os osmótico – evita hipertensão craniana;
	
	
	Manutenção da poCO2 no limites – 30 a 35 mmHh
	
	
	Prevenir hipóxia;
	Não hemorrágico
	Terapia com r –tPA: O r – tPA liga-se a fibrina e converte o plasminogênio em plasmina, estimulando a fibrinólise da lesão aterosclerótica.
	Efeito colateral: sangramento;
	Avaliação neurológica
Aferir PA a cada 15 min durante infusão;
Temperatura a cada 4 hrs;
Em caso de mudança de VV, avisar ao médico;
O2 em cânula 2 a 3 l por min se saturação < 92%;
Monitoramento cardíaco a cada 72 hrs;
	
	
	Não deve ser administrado em AVC hemorrágico;
	
Intervenções de enfermagem:
AVALIAÇÃO INICIAL: Exame clínico
	Horário e início dos sintomas
	
	Avaliar coluna cervical em casos de trauma e rigidez na nuca
	
	Verificar presença de edema em MMII e MMSS
	
	Providenciar dois acesos venosos calibrosos 
	 A hidratação é essencial para que no AVC isquêmico o sangue fique fluido e oxigene o cérebro de forma melhor.
	Avaliar pulso
	
	Aferir PA a cada 15m nas primeiras 24 hrs.
	
	Detectar possíveis arritmias
	
	Realizar ausculta pulmonar
	
	Avaliar o padrão respiratório e vias
	 Caso as trocas gasosas não estejam se processando eficientemente providenciar entubação endotraqueal; 
	Realizar ausculta e avaliação abdominal
	
	Avaliar difagia
	A avaliação envolve a verificação dos reflexos de tosse e pigarro, controle da saliva, movimento das estruturas orofaciais, da mandíbula, deglutição espontânea e dentes. Providenciar onda nasoentérica se não conseguir manter bons padrões em 15 min.
	Medir glicemia capilar
	Se a pessoa for diabética e tiver resistênciaa insulina, dps do AVC a resistência aumenta; Quando a glicose está acima de 140 mg/ dL o risco de morte aumenta. Mas em pacientes diabético é mais seguro manter a glicose mais alta.
	Realizar oximetria de pulso
	
	Avaliar risco para doenças cardiovasculares, infecções, enxaqueca, abuso de drogas, trauma, gravidez;
	
	Avaliar extensão dos déficits neurológicos –escala AVE (NHSS) 
		Déficits neurológicos
	Perda motora
	Há perda do controle voluntário dos movimentos;
	
	Hemiplegia: lesão no lado oposto – muito comum;
	
	Hemiparesia;
	Distúrbios na percepção
	Capacidade de interpretar a sensação;
	
	Diminuição da percepção visual;
	
	Distúrbios nas relações espaço – visuais;
	Perda Sensorial
	Dificuldade para interpretação de estímulos visuais, auditivos, táteis;
	
	Procicepção - capacidade de perceber a posição e movimento das partes do corpo;
	Encaminhar para exames
	
	Triagem para uso de trombolítico
	
	
	
	
	
	
	
Cuidados com o paciente internado
	Monitorar continuamente PA;
	È importante traçar um mapa da pressão arterial do paciente para se estabelecer um padrão de normalidade, evitando- se dessa forma extremo de hipo ou hipertensão. Esses extremos aumentam a área da lesão cerebral.
	Elevar cabeceira do leito;
	Melhora drenagem venosa;
	Administrar oxigenação adequada;
	
	Obter histórico neurológico através do exame neurológico a cada 6 hrs nas primeiras 72 hrs;
	Dessa forma é possível verificar se as lesões agudas estão evoluindo;
	Manter fluxo sanguíneo adequado por meio da hidratação venosa;
	O fluxo sanguíneo adequado é essencial para o oxigenação cerebral. Deve – se assegurar hidratação adequada para diminuir a viscosidade sanguínea e melhorar o fluxo;
	Manter vias aéreas permeáveis;
	A oxigenação adequada começa com a manutenção das vias aéreas permeáveis. Dessa forma, o cérebro pode receber uma quantidade de oxigênio adequada para sua recuperação e funcionamento.
	Realizar entubação endotraqueal se necessário;
	Permite que a respiração o corra em casos de reflexos respiratórios alterados ou vias não permeáveis;
	Promover repouso;
	Não se deve aumentar demanda de O2 em outras partes do corpo, pois pode faltar para o cérebro.
	Ajudar na reabilitação motora;
	A mobilização precoce apo internação evita atrofias e previne formação de trombos.
	Observar, comunicar e anotar queixas álgicas e aplicar medicações em caso de dor;
	A dor aumenta consumo de oxigênio.
	Monitorar exames sanguíneos;
	O hematócrito e a hemoglobina devem estar em valores adequados para que a oxigenação cerebral seja eficiente;
	Auxiliar na alimentação;
	
	Auxiliar nos cuidados de higiene;
	
	Realizar balanço hídrico;
	
	Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo;
	
	Realizar terapia laxativa em caso de obstipação;
	Pode ocorrer perda do controle dos esfíncteres anal.
	Instalar sonda vesical em caso de retenção urinária;
	Pode ocorrer perda do controle dos esfíncteres vesical;
	Monitorar e cuidar da integridade da pele para prevenir úlceras de pressão;
	A imobilidade no leito, a desnutrição, higiene inadequada e a incontinência urinária e fecal facilitam o surgimento das úlceras de decúbito e infecção. Para tanto, é necessário que a equipe de enfermagem mantenha higiene adequada; realize mudanças de decúbito no leito; coloque o cliente sentado em poltrona; proteja as suas proeminências ósseas; faça massagem de conforto; mantenha as roupas de cama secas e sem dobraduras; estimule a aceitação da dieta e ingestão hídrica, dentre outros cuidados.
	
	
	
	
Cuidados com o a alta hospitalar
Deve-se haver um planejamento para a alta, pois o cuidado precisa ser continuado.
	Envolver familiares e cuidadores na avaliação das necessidades no planejamento e tratamento pós AVE;
	 Os familiares e cuidadores que continuaram o plano de cuidado em casa. Eles precisam identificar as necessidades do paciente segundo as condições desse para que a assistência ocorra de forma adequada.
	Promover reabilitação funcional
	Ajudar o paciente a encontrar novas formas de realizar certas atividades com segurança;
* Aplicação de estratégias de comunicação adequadas ao grau de lesão identificado - a pessoa pode apresentar dificuldades de dicção, fala ou compreensão. No entanto, a comunicação poderá ser feita, utilizando-se cartões com figuras que representem ações da vida diária e/ou quadros com letras e números, e, nesse caso, é preciso fornecer a ela lápis e papel para a escrita, quando possível, ser atencioso e dar tempo suficiente para que possa formular as respostas verbais e não-verbais. 
** Promover a integração do cliente e seus familiares com a equipe de fisioterapia para compreensão e realização dos exercícios necessários à recuperação de sua autonomia e força motora, o mais rápido possível; 
	Auxiliar na superação do medo das seqüelas e complicações;
	Uma relação de confiança com o paciente e familiares oferece suporte emocional para o enfrentamento da doença;
	Educar família e paciente sobre a doença e seqüelas;
	Quando a família e paciente estão cientes sobre a doença, fica mais fácil de ver as novas necessidades do paciente e as conseqüências do AVC. 
* Os acompanhantes devem ser orientados a não deixarem este cliente sozinho.
** Prevenção de acidentes decorrentes da incapacidade motora : Os objetos de uso pessoal devem ser colocados ao seu alcance, do lado não afetado; a cama deve ser mantida em posição baixa e travada, com as grades de proteção elevadas, e a restrição ao leito, quando indicada, deve ser rigorosamente observada. Cliente e familiares precisam ser alertados quanto ao risco de queda e, conseqüentemente, lesões podem ocorrer; 
	Educar sobre a prevenção de novos AVC’s;
	
	Orientar repouso;
	Não se deve aumentar demanda de O2 em outras partes do corpo, pois pode faltar para o cérebro.

Outros materiais