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Bioquímica da superfície do esmalte/tártaro e cárie dental Profº Alex Barbosa Biofilme e o Cálculo Dental constituem um dos um dos principais mecanismos causadores das doenças de ordem bucal. Tem íntima relação com a Higiene Bucal. Principais Depósitos Aderentes sobre as estruturas dentais: o Cutícula Salivar Adquirida o Biofilme o Cálculo Dental o Detritos Alimentares o Matéria Alba Placa Bacteriana/Biofilme: • Depósito bacteriano não mineralizado que se forma sobre dentes indevidamente limpos podendo ser descrita como uma massa bacteriana associada aos dentes (Teles e Falcão, 2006) • A presença do Biofilme acarreta a formação do Cálculo Dental, Cárie e Doença Periodontal Placa Bacteriana/Biofilme: • Composição Química: 80% de água e sais e 20% de cálcio,variando com a idade do indivíduo. • Componentes: Cutícula e Matriz Ao contrário da matéria alba e dos detritos alimentares, que não contém estrutura formada, o Biofilme não é removido com água devendo ser desagregado com a escovação. é a placa bacteriana ou biofilme dental que endurece na superfície dos dentes. Composição química: o consiste de 70% a 90% de sais inorgânicos, principalmente na forma de fosfato de cálcio(Ca3[PO4]2). o quantidades variadas de carbonato de cálcio e fosfato de magnésio. o A porção inorgânica é quimicamente similar à porção inorgânica do osso, dentina e cemento. o Os componentes orgânicos do cálculo envolvem proteína e complexos de polissacarídeos derivados da placa dental, células epiteliais descamadas e glóbulos brancos. Tártaro ou Cálculo dental Mecanismo de formação do tártaro: Fatores Salivares Entre os fatores salivares se agrupam as glicoproteínas, o gás carbônico, a anidrase carbônica e os ínos Ca++, Mg++, Co2- - e PO4- -. As glicoproteínas constituem a matriz orgânica do tártaro, que é endurecida pela precipitação dos sais de cálcio e magnésio. A anidrase carbônica catalisa a reação reversível do CO2 a ácido carbônico e, assim, explica-se o aparecimento dos íons carbonato CO3—e bicarbonato HCO3-. Fatores Bacterianos As fosfatases ácidas hidrolisam os ésteres fosfóricos, explicando assim a formação do H3PO4 e, portanto, dos íons PO4-3. As fosfatases alcalinas: importância na precipitação dos sais de cálcio. As proteases elaboradas pelas bactérias hidrolisam as proteínas até aminoácidos, e estes aminoácidos, através de enzimas específicas, provocam descarboxilações, desaminações, oxidações e reduções, originando diversos produtos como amônia, aminas diversas, fenol indol, escatol, etc. Fatores dentários As superfícies ásperas consentem a formação do tártaro, enquanto nas superfícies lisas a deposição do tártaro se torna muito difícil. Recomenda-se que as restaurações dentárias estejam perfeitamente adaptadas e contínuas com a superfície do dente, além de serem rigorosamente lisas e polidas. Bioquímica da cárie dentária A cárie dentária pode ser definida como uma destruição localizada dos tecidos dentais causada pela ação das bactérias. A desmineralização dos tecidos dentais (esmalte, dentina ou cemento) é causada por ácidos, especialmente o ácido lático, produzido pela fermentação bacteriana dos carboidratos da dieta, geralmente a sacarose. A baixa do pH ocasiona dissolução do esmalte e transporte do cálcio e fosfato para o meio ambiente bucal. Teoria acidogênica: Miller e Fosdick I- Dissolução do esmalte • A hidroxiapatita, em meio ácido, fragmenta-se em unidades de ortofosfato de cálcio insolúvel e, posteriormente, em ortofosfato monoácido de cálcio solúvel. • Ca10(PO4)6.(OH)2 → 3Ca3(PO4)2 • 3Ca3(PO4)2 → 6CaHPO4 II-Proteólise da matriz esmalte Proteínas da matriz (proteases)→ R – CH*NH2 - COOH R-H * NH2-COOH → hidroxiácidos, cetoácidos, ácidos acético, ácido cítrico, ácido sulfúrico, etc. Teoria proteolítica: Bodecker e Gottlieb • Admite-se que há o ataque inicial pelas enzimas proteolíticas elaboradas pelos microorganismos que penetram pelas lamelas e fendas do esmalte e, aí, colonizam-se. Segue-se, então, a produção de ácidos que descalcificam o esmalte. • OBS: primeiro ocorrem as reações da Etapa II, que transformam as proteínas das lamelas e das fendas em ácidos. Em seguida, ocorrem as reações da Etapa I, que acabam por solubilizar o esmalte dentário Teoria da proteólise com quelação Quelato: composto químico formado por um íon metálico ligado por várias ligações covalentes a uma estrutura heterocíclica de compostos orgânicos como aminoácidos, peptídeos ou polissacarídeos. cálcio das estruturas dentárias é retirado na forma de complexos orgânicos chamados quelatos de cálcio, que são solúveis em pH neutro ou ligeiramente ácido ARANHA, Flávio Leite, Bioquímica odontológica, 3.ed- São Paulo: Sanvier, 2009) SOUZA, VT. Bioquímica clinica, 4 ed., Porto Alegre: Editora Médica Missau, 2003 PARADA, Carlos. Bioquímica Básica, 8 ed., São Paulo: Editora MNP, 2008
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