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A RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL

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A Responsabilidade Administrativa Ambiental
 A Administração Pública, em sentido objetivo, consiste na atividade exercida para atender às necessidades coletivas, abrangendo o fomento, a polícia administrativa, o serviço público e, como falam alguns autores, a intervenção administrativa. Ela se dará quando houver uma infração às normas ambientais, caracterizada, por uma conduta ilícita. E isso, é independente da existência do dano ambiental propriamente dito. O art. 70 da Lei n. 9605/98, esclarece que basta a violação às regras jurídicas ligadas ao meio ambiente para que se configure a infração administrativa. O art. 225, §3º, da CF/88, expressa que as responsabilidades penal, civil e administrativa são independentes. 
 Poder de polícia ambiental é a faculdade que tem a Administração Pública de limitar e disciplinar direito, interesse e liberdade, procurando regular condutas no seio da sociedade para evitar abuso por parte do poder do Estado.
É amplo, abrangendo a proteção à moral e aos bons costumes, a preservação da saúde, o controle de publicações, a segurança das construções e dos transportes, a segurança nacional e especialmente a proteção do meio ambiente, por meio de seus órgãos competentes. É limitado, contudo, pelos interesses sociais e individuais do cidadão assegurados pela Constituição
Federal. Assim, ele é exercido pelos órgãos integrantes do SISNAMA, que é o conjunto de órgãos e instituições que nos níveis federal, estadual e municipal são encarregados da proteção ao meio ambiente, conforme definido em lei.
 Quando não há dano ao meio ambiente, há uma norma descumprida, e com isso, aplica-se uma sanção administrativa ao infrator. Não precisando ocorrer um dano efetivo, somente a violação de regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, conforme disposto no caput do art. 70 da Lei 9605/98. Os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha, são as autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo, como observado no §1º do mesmo artigo. Tal infração será punida com as sanções de advertência; multa simples; multa diária; apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; destruição ou inutilização do produto; suspensão de venda e fabricação do produto; embargo de obra ou atividade; demolição de obra;suspensão parcial ou total de atividades; restritiva de direitos.
 Sendo assim, há as obrigações positivas (fazer) ou negativas (abster-se ou tolerar). As suas violações podem se dar por omissão ou por ação, respectivamente. No primeiro caso, haverá infração ambiental quando existe omissão da pessoa que não cumpre a determinação legal. No segundo caso (não fazer), há o ilícito quando pratica aquilo que deveria abster ou tolerar.
REFERÊNCIAS:
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8214/Consideracoes-sobre-poder-de-policia-e-o-meio-ambiente
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2645
BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Legislação Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm> acesso em 01 out 2013.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito ambiental esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013. Capítulo 7,
item 7.6.5.4 “a responsabilidade administrativa ambiental”.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Livro I, Título IX,
“tutela administrativa do meio ambiente”

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