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Radiologia: Abdome Agudo Abdome agudo: condição abdominal aguda, geralmente dolorosa, com anormalidade na peristalse que nos obriga a um diagnóstico precoce e terapêutica de urgência. Na maioria das vezes ocorre por um evento no tubo digestivo, mas pode ser de qualquer órgão ou sistema abdominal (genitourinário, reprodutivo, glândulas anexas, etc). Inflamatório: colecistite aguda, apendicite aguda, pancreatite aguda, diverticulite aguda, abscessos. Exames de imagem: para se avaliar casos de abdome agudo utiliza-se RX (mais sensível), USG, ou TC (mais específica). Os exames de imagem são pouco invasivos e não precisam de preparo especial. Colecistite Aguda Inflamação da vesícula, geralmente secundária a uma obstrução das vias biliares. É mais comum em mulheres obesas acima de 40 anos, principalmente as que geraram vários filhos, por motivos hormonais. A grande maioria dos casos (90%) é causada por cálculos biliares. Os menores cálculos são os mais mortais, pois podem descer pelo ducto colédoco e obstruir o esfíncter de Oddi, causando pancreatite aguda. Os médios, ao obstruírem o colédoco, causam icterícia, e os grandes apenas causam colecistite por agredirem a vesícula biliar. Sombra acústica: a imagem negra abaixo do cálculo na USG, pois a onda sonora não volta. O diagnóstico é, primariamente, por USG, às vezes por TC. Os cálculos de colesterol são radiotransparentes, tornando o RX convencional de pouca utilidade. Lama biliar: suspensão de muco, bilirrubinato de cálcio, e cristais de colesterol. Associa-se a cólica biliar, colecistite aguda, e pancreatite aguda. USG: bile anecóica e cálculo hiperecóico. RX: cálculo radiotransparente. Tríade da colecistite: presença de cálculo, parede da vesícula espessada, sinal de Murphy USG positivo. Colecistite alitiásica: (sem cálculos) isquemia da parede da vesícula, empiema (líquido heterogêneo), abscesso, colecistite enfisematosa (gás por infecção bacteriana), colecistite gangrenosa.