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INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - IFES COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA BRENDA MERCIER DA SILVA Prática n° IV (18/05/2016), Grupo (G1): DETERMINAÇÃO DE LIPIDEOS Disciplina: Análise de Alimentos Professor: José Augusto Brunoro Costa VILA VELHA JUNHO – 2016 INTRODUÇÃO A determinação quantitativa de lipídeos em alimentos é um parâmetro básico para avaliações nutricionais e de processamento. Na indústria de extração de óleos vegetais, um rígido controle do teor de lipídeos na matéria-prima e nos subprodutos deve ser mantido tanto com fins econômicos como tecnológicos. Os métodos rotineiros para determinação quantitativa de lipídeos baseiam-se na extração da fração lipídica por meio de um solvente orgânico adequado. Após extração e remoção do solvente, determina-se gravimetricamente a quantidade de lipídeos presente. O resíduo obtido não é, na verdade, constituído unicamente por triglicerídeos, mas por todos os compostos que, nas condições da determinação, possam ser extraído pelo solvente. Geralmente, são fosfatídeos, esteróis, vitaminas A e D, carotenóides, óleos essenciais, etc., mas em quantidades relativamente pequenas, que não chegam a representar uma diferença significativa na determinação. A extração intermitente é a mais usada neste caso, apesar do processo contínuo ser bastante simples e muito eficiente. A extração contínua tem também a vantagem e usar quantidades menores de solvente; ela é feita em aparelho do tipo Soxhlet. Os solventes mais comumente usados são o éter etílico (éter sulfúrico), P.E.= 34,6°C e o éter de petróleo, fração 30–60°C. A mistura desses dois também é recomendada. O éter etílico, apesar de ser um excelente extrator para lipídeos, tem algumas desvantagens. Soxhlet (arquivo pessoal) OBJETIVOS Determinar a porcentagem de lipídeos totais na amostra de coco ralado desidratado DuCoco e comparar ao da embalagem. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL MATERIAIS E REAGENTES: Balança analítica; Balões de fundo redondo; Estufa a 105ºC; Dessecador; Rotaevaporador; Cartuchos de celulose; Soxhlet; Éter de petróleo; Espátula; Luva; Amostra de alimento (coco). PROCEDIMENTO Pesou-se aproximadamente 5 g da amostra do coco no cartucho extrator previamente tarado. Pesou-se o balão com as pérolas de vidro, previamente seco a 105 °C, por 1 hora, e mantido em dessecador. Transferiu-se o cartucho com a amostra para o aparelho Soxhlet e acrescentou-se 100 ml do solvente por meio de um funil simples. Adicionou-se o solvente em quantidade suficiente para encher completamente o extrator, com duas sifonadas. Conectou-se o condensador de refluxo e as mangueiras. Fixou o sistema com auxilio de suportes e garras. Ligou-se e regulou o sistema de resfriamento. Ligou o aquecimento e procedeu-se à extração contínua por pelo menos 9 passagens do solvente pelo cartucho (sifonagens). Desligou-se o sistema, deixando-o em repouso por alguns minutos. Recuperou-se o quanto possível do solvente no rotavapor. Levou-se o balão para estufa a 105 °C e deixar por 1 hora. Esperou-se esfriar no dessecado. Pesou-se o óleo para se determinar o rendimento da prática (teor de lipídeos). Pesou-se o cartucho com a amostra desengordurada após secagem em estufa e resfriamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Calcular a % de lipídeos totais na amostra de acordo com a fórmula: Lipídeos (%) = L/A x 100. Amostra (Grupo) Massa (g) L (%) C C + A A B + P B + P + L C + AS AS L 1 6,3039 10,5677 4,2638 154,8176 157,8193 7,5960 1,2921 3,0017 70,4 2 5,5393 10,4559 4,9166 121,5939 124,5524 7,4945 1,9552 2,9585 60,2 3 6,4265 10,6998 4,2733 130,6441 133,4495 7,9990 1,5725 2,8054 65,6 4* 5,8638 10,7067 4,8429 145,8051 148,2877 7,8820 2,0182 2,4826 51,3 5 6,1096 10,7550 4,6454 95,6320 98,4479 8,0197 1,9101 2,8159 60,6 4* Houve perda de amostra no rotaevaporador na hora da extração. Onde: C = massa do cartucho vazio, em gramas. A = massa da amostra, em gramas. B = massa do balão, em gramas. P = massa das pérolas, em gramas. AS = massa da amostra seca e desengordurada, em gramas. L = massa da fração de lipídica na amostra, em gramas. L (%) = porcentagem de lipídeos totais na amostra. Média L% = 70,4+60,2+65,6+51,3+60,6= 61,6% Desvio padrão L% = 7,1% De acordo com as informações do rótulo do coco ralado, a quantidade de gorduras totais presentes é de 7,2g a cada 12g de coco. Ou seja, se fizermos um cálculo rápido, temos que logo, x= 60%. Temos então que a porcentagem de gordura presente teoricamente neste coco é de 60. Com isso, podemos comparar que a nossa análise obteve um valor aproximado de gordura, sendo ele de 61,6%. Vale ressaltar que nossa análise não foi precisa, visto que na análise 4 houve uma perda de amostra no rotaevaporador. Tendo isto apresentado, podemos concluir que observando o desvio padrão amostral, as analises se encontram dentro das informações do rótulo. Rotaevaporador utilizado na recuperação do solvente (arquivo pessoal) CONCLUSÃO Concluímos que a média dos resultados obtidos nas analises de lipídios totais na amostra do coco está dentro da margem de gordura teoricamente presente no rótulo do mesmo. Visivelmente se foi observado apenas a perda da amostra no rotaevaporador, já que a amostra não se encontra vencida e nem violada. Logo temos um resultado considerável dentro do parâmetro comparado. REFERÊNCIAS 1. Roteiro de analise de alimentos –Determinação de lipídios – prática 4
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