Buscar

16.03.17 Clínica Médica de Animais de Companhia I Glaucoma

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Clínica Médica de Animais de Companhia I – Glaucoma
Paulo Henrique da Silva Barbosa
Medicina Veterinária – UFRRJ
Grupo de síndromes clínicas caracterizadas por lesão do nervo óptico e cegueira, associada com elevação da pressão intra-ocular (PIO). Ponto chave: Lesão do nervo óptico que está associado ao aumento da pressão. 
Pressão Intra Ocular:
A PIO é o resultado entre a formação e drenagem do humor aquoso (HÁ). O influxo/efluxo mantém a PIO entre 15 e 25mmHg no cão e gato.
Ângulo irido-corneal
Responsável pela drenagem do humor aquoso. Série de trabéculas recobertas por macrófagos. O glaucoma é considerado como um problema de drenagem e não por produção excessiva de humor aquoso. 
Duas formas de Drenagem: Uma pelo ângulo irido corneal e outra pelo efluxo uveo-escleral.
Efluxo uveo-escleral 15% cão e 3% gato.
Iridociclite – aumento do efluxo uveo-escleral que diminui PIO. (?)
Pressão intra ocular elevada.
Bloqueio do efluxo: alteração da rede trabecular.
A pio elevada causa danos no nervo óptico.
Valores PIO maiores que 25mmHg são suspeitos e valores acima de 30mmHg são diagnósticos para glaucoma. Valores próximo ou maiores que 40mmHg impedem a perfusão sanguínea para o globo ocular. 
Glaucoma = PIO aumentada + Alterações de Retina:
Escavamento disco ópticos
Atenuação vascular
Hiperrefletividade
Hiperpigmentação peripapilar
Fundo de Olho
Animal com glaucoma não é possível ver os vasos retinianos chegando dentro da papila óptica que normalmente têm um arco de vasos em seu interior. 
Sinais Clínicos
Hiperemia conjuntival e congestão dos vasos episclerais. Edema de Córnea. Vascularização da Córnea. Estrias Corneais (Linhas brancas na córnea devido à ruptura do endotélio). Buftalmia (Aumento do globo ocular que é mais frequente em animais jovens).
Midríase, destruição do corpo ciliar, diminuição da PIO, alterações do cristalino.
O cristalino começa a ficar esbranquiçado em decorrência da morte celular, o que permite a visualização de sua borda. (foto mostrando borda do cristalino no canto superior do olho de cão). Isso pode levar ao desenvolvimento de catarata. A catarata, entre outros, pode ser consequência de glaucoma ou sua causa.
Glaucoma com Luxação
Alterações do Nervo Óptico e Retina:
Cegueira
Isquemia e atrofia axonal
Afundamento e atrofia do nervo óptico
Atrofia da retina – atenuação vascular, hiperreflexividade e pigmentação peripapilar.
Glaucoma Primário
Ângulo Aberto: Parte inicial perfeita, mas tem algo atrás impedindo a drenagem.
Ângulo Fechado: Sujidades nas trabéculas, fechando seus poros.
Ângulo Malformado: Má formação das trabéculas, poucos poros.
Geralmente bilaterais.
Provavelmente genético .
Glaucoma Secundário
Os glaucomas secundários podem ser unilaterais ou bilaterais, genéticos ou adquiridos.
A aposição da margem da íris ao cristalino ou vítreo (sinéquia posterior), pode levar ao “bloqueio pupilar” e promover a curvatura anterior da íris (“íris bombé”). Além de ser drenado para a câmara anterior, começa a ser desviado para a câmara vítrea.
Glaucoma Fatolítico
Glaucoma Facotóxico
Glaucoma Faco-anafilático
O inchamento de uma catarata de densolvimento rápido pode causar a movimentação anterior da base da íris povocando o estreitamento de um ângulo aberto, resultando em glaucoma. Mais comum em: Cocker Spaniel ePoodle.
Catarata causada pela diabetes: “Meu cachorro não tinha nada no olho e há dois dias apareceu com o olho branco”. Verdade. Desenvolvimento rápido.
Doenças Sistêmicas Associadas com Glaucoma Secundário
Tumores pituirários (em humanos)
Doença de cuching
Diabetes
Doença da tireoide
Síndrome da hiper... pegar no slide
Uveíte e glaucoma secundário
Crises Glaucomatocicliticas – são uma característica importante do glaucoma visto nos Basset Hound, sendo relatadas também nos felinos. Pegar resto slides.
Glaucoma Maligno ou Glaucoma de Bloqueio Ciliar – Normalmente decorrente de processo cirúrgico devido à saída de humor aquoso e arrasamento da câmara anterior. Pegar resto slides.
Diagnóstico
Tratamento:
Manter a visão através da preservação das funções do nervo óptico.
Drogas Colinérgicas (Contra-indicadas no caso de uveíte)
Provocam miose e aumentam drenagem.
Pilocarpina 1-2% QID
Brometo de Demecario 0,125-0,25% SID-BID
Drogas Agonistas Adrenérgicas
Epinefrina 1-2% BID, TID
Antagonistas beta-adrenérgicos
Timolol (mais usado em humanos, pouco eficaz em cães e gatos).
Aumenta irrigação da retina.
Produção de HÁ diminui
Aumenta drenagem
Timolol 0,5% BID, TID
Inibidores da Anidrase Carbônica
Reduz a produção de HÁ em até 50%
Efeitos indesejáveis: Acidose metabólica – respiração ofegante, náusea e vômito, nefrolitíase. 
Inibidores Tópicos
Dorzolamida 1 gota BID
Brinzolamida 1 gota BID
Agentes Hiperosmóticos
Manitol 1g/kg durante 15 minutos, repetir em 6 horas. IV
Glicerol 50% 1-2ml/Kg, repetir a cada 8 horas. VO
Suspender água por 1 hora.
Análogos das Prostaglandinas
Travoprost 1 gota, SID
Latanoprost 1 gota, SID
Não usar em caso de uveíte ativa
Leitura: SLATTER, D. 2005. Fundamentos de oftalmologia Veterinária. 3 ed., p. 377-408.
Apostila de oftalmo: quiosque.

Outros materiais