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Direito indisponível contra a vida, eutanásia, ortotanásia e distanásia

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Nome: José Augusto dos Reis
Período: 5°
RU: 283034
Trabalho Interdisciplinar V – Direito indisponível contra a vida, eutanásia, ortotanásia e distanásia.
Hoje no Estado brasileiro, têm-se a Constituição da República Federativa do Brasil, que acolhe o Direito Indisponível contra a vida, ou seja, é vedada qualquer prática tentada contra a vida, homicídio, lesão, indução ao suicídio.
Respondendo solidariamente o autor destes atos, sejam médicos ou familiares.
Existe então, a eutanásia como uma imagem de instigação ao suicídio, respondendo o autor do procedimento como o próprio homicida do doente em questão, e todos aqueles mais que autorizam a sua realização.
Porém, contrariamente, temos a distanásia, que é o movimento contrário, ou seja, o uso de fármacos e aparelhos para aumentar a longevidade de um paciente terminal, causando então dores e sofrimentos desnecessários ao paciente.
Por este modo, surgiu no Brasil a possibilidade de ortotanásia, que é, digamos, a mistura equilibrada das modalidades de eutanásia e distanásia. Porquanto, é a utilização, autorizada pelo paciente e seus familiares, de acompanhamento médico, psicológico e social, para que a pessoa com doenças que não são passíveis de reversão tenham o melhor aproveitamento de sua vida. Deixando a doença em segundo plano e primordialmente, então, priorizará a vida destas pessoas, para que vivam ativamente.
Diante deste exposto, pode-se equiparar duas longas para pretexto de defesa ou não das modalidades de estender ou encurtar vidas, do direito de viver ou cessar o sofrimento de pacientes terminais e até mesmo àqueles que são de algum modo, impossibilitados de movimentos, como os tetraplégicos. As duas longas que abordam em tema semelhante são: Mar Adentro e Intocáveis, onde este aponta um milionário que após um acidente de parapente, fica tetraplégico e tem sua vida mudada completamente e aquele, depois de um mergulho de cabeça no mar, deixa-o também tetraplégico, porém, Ramón luta pelo seu direito de eutanásia juntamente com uma advogada que tem uma doença degenerativa, que resolve ajudá-lo no processo judicial para o Estado aprovar seu pedido.
Temos então, duas perspectivas distintas, em casos semelhantes. Um resolve viver do modo em que ficou, ou seja, viver com tetraplegia e noutro, que resolve lutar pelo seu direito de interromper a vida, diante da mesma tetraplagia.
Vejamos se ocorressem estes dois casos aqui no Brasil, o que disporia a lei e até mesmo a teoria da vida: segundo consta no Código Penal, seria o cometimento de crime, um homicídio, quando, é claro, a eutanásia, fosse causada por terceiro, respondendo pelo crime na forma da lei, ou também poderia responder por incitação ao suicídio, caso a pessoa em estado especial, cometesse a si mesmo a morte, o respondente pelo crime de incitação ao suicídio àquele que dispusesse ao alcance do paciente uma arma ou até mesmo a pouca distância do aparelho que mantém o moribundo vivo.
Há muita polêmica, na reforma do Código Penal brasileiro referente à eutanásia. Veja o que dispõe a revisão, ainda não aprovada: Eutanásia § 3.º. Se o autor do crime é cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão ou pessoa ligada por estreitos laços de afeição à vítima, e agiu por compaixão, a pedido desta, imputável e maior de dezoito anos, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave e em estado terminal, devidamente diagnosticados: Pena reclusão, de dois a cinco anos. Exclusão de ilicitude § 4.º. Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
Ainda sim teríamos a criminalização, porém, uma certa exclusão de ilicitude na aplicação da eutanásia. Não seria uma válvula de escape, pois, o paciente em doenças terminais, sentem dores que atropelam seu sistema nervoso normal, e deixam se pensamentos confusos, e quando pede para morrer, ele apenas quer a extinção daquela sensação horrível de dor, ou seja, com as ideias confusas, o doente quer apenas a cessação de suas dores e não sua morte.
Hoje o trato da eutanásia é constituído apenas de crime contra a vida, objetivada como homicídio ou auxílio ao suicídio. Dispostos no Código Penal pelos artigos 121 e 122.
Bibliografia: Constituição da República Federativa do Brasil; Decreto-lei n° 2.848/1940 (Código Penal e Projeto de lei n° 5058/2005.
Filme: Mar Adentro e Intocáveis

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