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ANÁLISE MORFOLÓGICA DO ESPAÇO URBANO TEORIA HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO MORFOLOGIA URBANA A MORFOLOGIA URBANA ESTUDA: aspectos exteriores do meio urbano e as suas relações recíprocas – definindo e explicando a paisagem urbana e sua estrutura. MÚLTIPLAS LEITURAS • O meio urbano pode ser objeto de múltiplas leituras (instrumentos/esquemas de análise). Os instrumentos farão ressaltar os fenômenos implicados na produção do espaço. • As inúmeras significações correspondem aos inúmeros fenômenos que os originaram. PRODUÇÃO DO ESPAÇO Ao produzir o espaço o arquiteto pode dar maior ênfase a um ou outro aspecto que considera de maior relevância, o qual se revelará mais evidente em análise posterior. MUDANÇA: Nos traçados atuais das cidades, as formas revelam um total sujeição do urbanismo à rentabilidade do solo e à especulação fundiária. DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA URBANA É o estabelecimento de uma classificação das escalas ou dimensões da forma urbana: Dimensão Setorial – Escala da Rua: Pequena unidade, ou porção de espaço urbano, com forma própria. Leitura feita através (Cullen) fachadas, pormenores construtivos, mobiliário urbano, pavimentos, cores, texturas, letreiros, árvores, monumentos isolados. Dimensão Urbana – Escala do Bairro: É a partir dessa dimensão que começa a existir uma parte da cidade. Pressupõe uma estrutura de ruas, praças, quarteirões ou formas de escala inferiores. Análise da forma necessita de movimento e de vários percursos. Dimensão Territorial – A Escala da Cidade: A forma estrutura-se da articulação de diferentes formas – diferentes bairros ligados entre si. Estrutura global da cidade: cidades lineares, radiocêntricas, em malha ortogonal, radiais... OS ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DO ESPAÇO URBANO A. O Solo: é a partir do território existente e de sua topografia que se desenha ou constrói a cidade, associada a esse elementos temos, os pavimentos, degraus, passeios... B. Os Edifícios – o elemento mínimo: á através dos edifícios que se constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços identificáveis. C. O Lote – a parcela fundiária: o lote é o princípio essencial da relação dos edifícios com o terreno. D. O Quarteirão: pode basear-se tanto na sua forma construída como no processo de traçado e divisão fundiária. Área delimitada por vias. E. A Fachada, o Plano marginal: a relação do edifício com o espaço urbano vai se processar pela fachada. Vão exprimir características distributivas, tipo edificado, características e linguagens arquitetônicas. F. O Logradouro: é o espaço privado do lote não ocupado por construção. G. O Traçado/ a Rua: é um dos elementos mais claramente identificáveis, regula a disposição dos edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade. H. A Praça: é um elemento da cidade ocidental, são resultados de alargamento ou confluência de traçado de vias. A praça deve partir da intencionalidade, da vontade de uma forma e de um programa. I. O Monumento: é um fato urbano singular, elemento morfológico individualizado pela sua presença, configuração e posicionamento na cidade e pelo seu significado. J. A árvore e a vegetação: a estrutura verde não apresenta a dureza de partes edificadas de uma cidade, mas possui o mesmo nível de hierarquia morfológica e visual. K. O Mobiliário Urbano: é constituído por elementos móveis que equipam a cidade: o banco, o chafariz, a lixeira, o quiosque, a sinalização... OS ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DO ESPAÇO URBANO “Uma casa deve ser como uma cidade – ou não é verdadeiramente uma casa; uma cidade deve ser como uma grande casa – ou não é verdadeiramente uma cidade.” Aldo van Eyck É preciso que se observe os lugares como composições plásticas, isto é, elementos relacionados em conjuntos, ou ainda, totalidades/composições. Para facilitar sua compreensão, costuma-se agrupá-las em três conjuntos: • 1. EVENTOS GERAIS • 2. CAMPOS VISUAIS • 3. EFEITOS VISUAIS A) TÉCNICA DE ANÁLISE SEQÜENCIAL 1. EVENTOS GERAIS • Nesse grupo se encontram as principais características seqüenciais derivadas de movimento: as estações e os intervalos. • A condição cinética dos seres humanos transmite um estado dinâmico a tudo que os cerca, e o meio ambiente em que se encontram é percebido a partir de sua própria mobilidade. • Portanto, o processo contínuo de aprendizado dos lugares dá-se por ações móveis como andar, parar, dirigir, sentar, correr e também olhar. • Assim, o espaço urbano apresenta-se à percepção dos que nele se deslocam como uma sucessão de cenas articuladas em certo intervalo de tempo, compondo um fenômeno de movimento 1. EVENTOS GERAIS • As estações das seqüências são momentos durante o trajeto onde há registro perceptivo, ou onde ele é mais intenso; correspondem à consciência dos estímulos sensoriais que se recebe, como seleção de instantes e pontos de observação. • Pode-se explicar a formação de estações por dois motivos: por um lado, porque a percepção é seletiva, não abrangendo todo o universo real disponível ao observador; por outro lado, porque as configurações oferecem informação visual de qualidades diferentes, sendo registrados geralmente os lugares cuja estruturação das formas permite percepção mais fácil. 1. EVENTOS GERAIS • A velocidade do observador estabelece parâmetros à quantidade de estações, tendo-se experimentado menor número delas em grandes velocidades; 1. EVENTOS GERAIS • As estações são separadas por intervalos de movimento que expressam a distância, de espaço e de tempo, entre dois registros perceptivos. • Há diversos critérios para definição de intervalos que implicam noções diferentes de estação. • Vamos utilizar o critério de constância do tamanho do intervalo temporal: estabelece-se certo módulo de tempo para a marcação de estações, deixando-se variar a distância métrica entre as mesmas. Por exemplo, a cada 30 segundos se registra uma estação. 1. EVENTOS GERAIS 2. CAMPOS VISUAIS • Cada estação se constitui de campos visuais, ou seja, a porção de espaço abrangida pela vista do observador. • Sua presença é fruto de seleções realizadas em função de diferentes níveis de estímulo visual ofertados pelos lugares. • Assim, os campos visuais, juntamente, com as estações, caracterizam a percepção como uma atividade eminentemente seletiva. 2. CAMPOS VISUAIS 2. CAMPOS VISUAIS • A maiores velocidades correspondem menores ângulos de visão e a atenção das pessoas se fixa predominantemente adiante em elementos mais distantes e aparentemente mais estáticos do que os localizados próximos ao observador. 2. CAMPOS VISUAIS 2. CAMPOS VISUAIS • A quantidade e variedade de campos visuais por estação são variáveis e só limitados, em princípio, pelas possibilidades motoras dos olhos e do corpo do observador. • Vamos considerar três campos principais: frontal (ou central), lateral esquerdo e lateral direito. • A quantidade e a composição de campos visuais caracterizam estações e a própria estrutura seqüencial. 2. CAMPOS VISUAIS 3. EFEITOS VISUAIS • Os efeitos visuais são a maneira como a realidade chega à percepção (sensação dotada de significado). • No caso do espaço, esses efeitos são de natureza visual. • Sua decodificação dá-se em efeitos correspondentes a representações topológicas e perspectivas, isto é, o que se percebe com fins de orientação e identificação dos lugares são efeitos que carregam essas noções. 3. EFEITOS VISUAIS 3. EFEITOS VISUAIS • As possibilidades de percepção fornecem descrições dos lugares como, por exemplo: “envolvendoo observador e aproximando dele o fundo da perspectiva” ou “estando o observador localizado em um espaço muito amplo e sem paredes”. Assim o mundo percebido é um espaço de relações topológicas: o relacionamento imediato dos indivíduos com os lugares se dá através do posicionamento de seu corpo no espaço físico. • O nível de percepção apóia-se também sobre características morfológicas de representação perspectiva: espaço onde os corpos se ocultam uns aos outros, as distâncias e dimensões são alteradas e onde, não raro, registram-se as “ilusões de ótica”. • Contornos, ângulos, superfícies e linhas deformados em suas verdadeiras características reúnem-se em relações que são, também, formadoras do espaço percebido. 3. EFEITOS VISUAIS 3. EFEITOS VISUAIS 3. EFEITOS VISUAIS • Como eventos de análise seqüencial, os efeitos visuais reproduzem a estruturação topológica e perspectiva do espaço percebido. • Possibilidades de efeitos topológicos: • Alargamento e estreitamento • Envolvimento e amplidão • Alargamento lateral e estreitamento lateral • Direcionamento • Visual fechada • Impedimento • Emolduramento • Mirante • Conexão • Realce • Efeito em Y 3. EFEITOS VISUAIS • Alargamento e estreitamento: • Onde paredes de delimitação lateral parecem se afastar ou se aproximar do observador. Alargamento e estreitamento: Alargamento e estreitamento: 3. EFEITOS VISUAIS • Envolvimento e amplidão: • Onde envolvimento é o efeito experimentado em um espaço limitado por elementos físicos suficientemente marcantes, por todos ou quase todos os lados do observador, e de modo que se possa, do seu interior, ter visão para o exterior. • Amplidão é o efeito oposto, experimentado em espaços onde os limites, físicos e do campo visual, estão distantes ou são indefinidos e insignificantes. Envolvimento e amplidão Envolvimento e amplidão Amplidão 3. EFEITOS VISUAIS • Alargamento lateral e estreitamento lateral: • Quando uma das superfícies de delimitação lateral do espaço se localiza respectivamente mais afastada ou mais proxima do observador do que a outra. Alargamento lateral: Estreitamento lateral: 3. EFEITOS VISUAIS • Direcionamento: • Configura-se quando se enfatiza a continuidade longitudinal do espaço pela estrutura alongada e bem definida dos planos laterais. Esses em geral convergem vigorosamente para o final da perspectiva e o efeito apresenta-se com mais legitimidade quando as paredes de um lugar são paralelas. Direcionamento: 3. EFEITOS VISUAIS • Visual fechada: • Este efeito organiza a cena perspectiva de forma pouco profunda, fechando-a com um plano paralelo e muito próximo ao observador. Visual fechada: 3. EFEITOS VISUAIS • Impedimento: • Quando a visual é interrompida mas não se impede que abranja o final do campo visual. Este efeito tem o sentido de um obstáculo que, entretanto, é transponível pela visão. Impedimento: 3. EFEITOS VISUAIS • Emolduramento: • Efeito que torna contida por certo enquadramento a visão da cena. O campo visual é delimitado por um primeiro plano vertical vazado, paralelo ao observador e não interrompe a cena. Emolduramento: 3. EFEITOS VISUAIS • Mirante: • Também chamado de lugar privilegiado, é o efeito de um lugar em relação aos seus circunvizinhos, pelo qual as possibilidades visuais são maiores como abrangência naquele do que nestes. Mirante: 3. EFEITOS VISUAIS • Conexão: • Este efeito mostra descontinuidade nas paredes laterais do espaço, realizada por outros canais que o interceptam, em geral ortogonalmente. Dessa forma, tem-se um recinto não mais inteiramente contido, mas com intersticialidades nos planos verticais que o delimitam. Conexão: 3. EFEITOS VISUAIS • Realce: • Por esse efeito se atrai a atenção do indivíduo para um elemento da cena observada, que se comporta como acentuação ou surpresa. Quando se enfatizam elementos, consegue-se pontos de interesse que estruturam a forma do espaço. Realce: 3. EFEITOS VISUAIS • Efeito em Y: • A cena perspectiva mostra uma bifurcação do espaço, geralmente em seu eixo e segundo ângulos agudos. Efeito em Y: 3. EFEITOS VISUAIS • Os efeitos topológicos e perspectivos podem ocorrer com diferentes intensidades, que correspondem a graus de definição variados. Costuma-se, por isso, classificar os efeitos de percepção como muito fortes, fortes, médios, fracos ou muito fracos. • É indispensável considerar-se que os efeitos visuais topológicos e perspectivos são as características fundamentais pelas quais o espaço se apresenta à percepção, e que são captados necessariamente por um observador em movimento. 3. EFEITOS VISUAIS Quadro síntese dos efeitos visuais inventariados pela autora (Kohlsdorf, 1996) TRAMOS • Outro elemento de caracterização de seqüências visuais são os tramos, partes com temática homogênea, que se estabelece pela presença marcante de quaisquer de seus eventos (por exemplo, intervalos constantes) ou de certas combinações dos mesmos (por exemplo, alternância de estreitamentos e alargamentos, pontuados por realces). • Os tramos subdividem a seqüência, e quando bem definidos são fundamentais para organizar a apreensão do espaço em percursos muito longos. TRAMOS TRAMOS 1) Marcação das estações: numeradas a partir de um (início da seqüência), registrando-se a distância em metros e o intervalo de tempo em segundos entre cada uma das estações. 2) Marcação de campos visuais: em cada estação, registro dos campos visuais (frontal, lateral direito, lateral esquerdo) presentes na atividade perceptiva. 3) Registro de efeitos visuais de percepção: em cada estação e em cada campo visual presente, definição de efeitos topológicos e perspectivos. Pode ser realizado a partir de desenhos de observação, fotografias ou imagens de cinema e vídeo, procurando-se estabelecer as superfícies delimitadoras do espaço contido no campo visual. A partir dessa representação da estrutura morfológica da cena contida no campo visual, inferem-se facilmente os efeitos topológicos e perspectivos. 4) Avaliação da intensidade dos efeitos de percepção: em cada efeito de percepção registrado, avaliação de sua intensidade (muito forte, forte, média, fraca ou muito fraca). 5) Definição de tramos: observando-se a seqüência por inteiro, definição hipotética de suas diversas partes tematicamente homogêneas (tramos). A verificação dos tramos ocorrerá pela análise relacional e quantitativa dos dados registrados Os elementos básicos que compõem o referido sistema analítico são os eventos seqüenciais que, como vimos, estão divididos em três grupos (efeitos gerais, campos visuais e efeitos visuais). Eles devem ser registrados de modo sistemático e progressivo, na seguinte ordem: B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL “Cada homem leva na mente uma cidade feita apenas de diferenças, sem figuras nem formas, e as cidades particulares a recheiam” Ítalo Calvino TÉCNICAS TRADICIONAIS DE CARACTERIZAÇÃO IMAGÉTICA OS MAPAS MENTAIS: • São cartas “subjetivas” nas quais se expressam os valores visuais da cidade, conforme concebe quem desenha o mapa. • Na verdade, essas representações vão frequentemente além das projeções ortogonais no plano horizontal, pois contêm perspectivas, elevações, diagramas, símbolos e anotações verbais, configurando um rico conjunto que expressa o mundo visual imaginado pelos indivíduos. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVONA IMAGEM MENTAL OS MAPAS MENTAIS A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Essa técnica organiza os lugares mentalmente representados por intermédio de cinco elementos que, por hipótese, são constantes em todo e qualquer espaço urbano existente. • Lynch chegou a essa definição investigando a imagem que os habitantes de algumas cidades americanas faziam das mesmas> nos mapas mentais produzidos, repetiam-se certos elementos, como partes da totalidade pesquisada e referenciais de orientação. Concluiu, então, que determinados componentes seriam pontos de estruturação da imagem de qualquer lugar e que os atributos de sua articulação condicionariam a própria qualidade imagética dos espaços existentes. • Essa será a técnica que utilizaremos para análise da imagem mental do espaço, pois procura o potencial das formas na construção das representações mentais. Como se pode, porem, constatar na obra que a divulgou, o autor não extrai apenas características da forma física, mas as considera integradas às atividades e comportamentos sociais no espaço abordado. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Os cinco elementos de Lynch são os seguintes: 1) CAMINHOS: vários trajetos experimentados ou potenciais, que o observador registra na imagem dos lugares. Não se comprometem, necessariamente, com o sistema viário, admitindo qualquer tipo de canal de circulação como ruas, vias, avenidas, estradas, becos, trilhas, ruas de pedestres, etc. É por meio do trajeto que se percebem as informações morfológicas para sua conseqüente memorização. Dessa maneira, os caminhos selecionam seqüências para prioridade de pesquisa e abastecem o nível da percepção. A hierarquia dos caminhos dá-se à medida que são evocados com maior ou menor intensidade, mas articulam-se na imagem de maneiras variadas. Possuem elementos próprios, como destinos e pontos de origem, características plásticas das superfícies que os constituem e relações que estabelecem com os demais elementos estruturantes da imagem. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL CAMINHOS: • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Os cinco elementos de Lynch são os seguintes: 2) BAIRROS: são porções das áreas em estudo, ou partes da cidade, de diversas dimensões, concebidas como zonas temáticas na estrutura da imagem. Em outras palavras, caracterizam-se como conjuntos morfológicos com suficiente coerência e clareza, de modo a serem diferenciados uns dos outros. A principal característica do bairro é sua temática contínua, conjuntos de formas, atividades e significados específicos: proximidade e densificação de volumes, predominância de superfícies planas, homogeneidade ou heterogeneidade de volumes, predominância de certas proporções geométricas, tipos de texturas (graúdas, miúdas), etc. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL BAIRROS • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Os cinco elementos de Lynch são os seguintes: 3) LIMITES: caracterizados como elementos lineares, constituem-se em rupturas entre duas partes do espaço urbano, ou realizam as fronteiras dos bairros com seu entorno. São sempre referencias laterais entre dois territórios distintos e funcionam separando e unindo partes, como barreiras ou costuras, respectivamente. Podem ser tanto elementos do sítio físico (montanhas, rios, praias) como eventos do espaço edificado (ruas, auto-estradas, canais, perímetro urbano). Podem ser ainda definidos ou indefinidos. Os limites são avaliados segundo certas qualidades que contribuem para a legibilidade dos lugares, como clareza das articulações, possibilidade de reconhecimento de costuras, relações claras e ligações transversais. Tais juízos têm sido função da especificidade da situação, pois os limites podem reforçar o esfacelamento da trama urbana, desorganizando-a, segregar e estratifica zonas, dificultando a transição de um ponto a outro do espaço urbano. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL LIMITES: • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Os cinco elementos de Lynch são os seguintes: 4) PONTOS FOCAIS: caracterizam-se mais pelo uso do que pela forma dos lugares. Seu principal atributo é o movimento, porque a eles se vai ou deles se vem, pois são confluências de certo tema morfológico, funcional ou significativo, e também uma concentração temática abrupta em relação ao entorno. Coincidem com interseções de caminhos ou são pontos de concentração onde necessariamente se penetra. Há possibilidade de terem tamanhos diferentes em relação ao papel que ocupam na estrutura da imagem. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL PONTOS FOCAIS: • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • Os cinco elementos de Lynch são os seguintes: 5) MARCOS VISUAIS: pontos de referência exterior ao observador, onde ele, ao contrário dos focos, não penetra. São geralmente definidos por formas muito simples e contrastantes dentro da cidade (ou área de análise) ou fora dela, de modo a simbolizarem uma direção constante. Lynch diz que os marcos visuais são chaves de identidade, no sentido de permitirem leitura e orientação da estrutura espacial. Suas principais características são a singularidade e o contraste em relação ao entorno e, por isso, os marcos visuais podem ser analisados pela lei de relação entre figura e fundo. Por outro lado, podem comparecer isolados ou constituírem uma série consecutiva. Geralmente há marcos em diversas intensidades, estabelecendo, na imagem, uma hierarquia dos mesmos, o que propicia critérios de adequação de sua intensidade e posição na estrutura imagética. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL MARCOS VISUAIS: • A ANÁLISE VISUAL SEGUNDO LYNCH: • A caracterização da imagem dos lugares pela técnica de Lynch não se esgota na definição dos atributos dos caminhos, bairros, limites, pontos focais e marcos visuais. É necessário que se os observe como integrantes de um mesmo sistema e se descreva suas formas de relacionamento. Uma articulação mais ou menos clara desses elementos entre si conduzirá a intensidades diferentes da imagem apreendida que se representa, para efeitos de análise, como um mapa mental. B) ANÁLISE DO DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA IMAGEM MENTAL MAPA MENTAL COM ELEMENTOS DE LYNCH: