Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Processual Tributário Processo Administrativo Aulas Profª. ANNA SYLVIA LIMA MORESI PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL ESTRUTURA: semelhante à do Poder Judiciário. INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE, CELERIDADE e EFICIÊNCIA. DECRETO 70.235/72 (68 artigos) e DECRETO 7574/2011 (149 artigos). Adequação à nova realidade eletrônica: o Atos e termos processuais poderão ser encaminhados à autoridade competente de forma eletrônica; o Intimações pelo meio eletrônico – endereço eletrônico atribuído pela autoridade ao contribuinte, de acordo com a declaração deste (geralmente, as declarações tributárias já vem apresentando um campo próprio para preenchimento e informação do endereço eletrônico). 2 3 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL Dec. 70.235 de 06/03/1972 (com alteração introduzida pela MP 449/2008 convertida na lei 11.941 de 27/05/09) INÍCIO DO PROCEDIMENTO FISCAL Art. 7º - O procedimento fiscal tem início com: I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto; II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros; III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada. § 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. § 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de sessenta dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos. PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL MPF – Mandado de Procedimento Fiscal (ordem específica que inicia a fiscalização do Superintendente, Delegados da Receita Federal com o fim de evitar fiscalização com motivação subjetiva) DENÚNCIA ESPONTÂNEA (CTN, art. 138) Art. 138 - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. 4 5 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL IMPUGNAÇÃO PRAZOS Art. 15 – prazo de 30 dias da data da intimação da exigência (lançamento ou auto de infração e imposição de multa). A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL REQUISITOS Art. 16 . A impugnação mencionará: I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; II - a qualificação do impugnante; III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendo ser juntada cópia da petição. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 6 7 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL INTIMAÇÃO Art. 23 e §5º –Far-se-á a intimação: I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) § 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 8 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO (PAF, ART. 25, I) ou INSPETOR ALFANDEGÁRIO DA RECEITA FEDERAL Art. 25 – O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal compete: I – em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal; a) aos Delegados da Receita Federal, titulares de Delegacias especializadas nas atividades concernentes a julgamento de processos, quanto aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal. b) às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta dessa indicação, aos chefes da projeção regional ou local da entidade que administra o tributo, conforme for por ela estabelecido. § 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas seções, turmas especiais, de caráter temporário, com competência para julgamento de processos que envolvam valores reduzidos, que poderão funcionar nas cidades onde estão localizadas as Superintendências Regionais da Receita Federal do Brasil. 9 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL RECURSOS CABÍVEIS: RECURSO DE OFÍCIO (PAF, ART. 34) Art. 34 – A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício sempre que a decisão: I - exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal e decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda. II - deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização da exigência. § 1º O recurso será interposto mediante declaração na própria decisão. Portaria Nº 3 DE 3.1.2008 – LIMITE DE ALÇADA : 1.000.000,00 10 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL RECURSO VOLUNTÁRIO (PAF, ART. 33) Art. 33 – Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. §2º DP ou ARROLAMENTO DE BENS no valor de 30% declarados inconstitucionais (ADIN 1.976-7) SÚMULA VINCULANTE 21 DO STF: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO (PAF, ART. 36) Art. 36 – Da decisão de primeira instância não cabe pedido de reconsideração. 11 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL 2ª INSTÂNCIA – CARF (CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS) Art. 25 – O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal compete: II – em segundainstância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de natureza especial. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL Principal alteração pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009: criação do CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS Reunião dos antigos Conselhos de Contribuintes e a Câmara Superior de Recursos Fiscais (mudanças apenas na denominação dos Colegiados) Instalado pelo Ministro da Fazenda pela Portaria 441/2009 Seu Regimento Interno já se encontra em plena vigência: PORTARIA 343 de 9 junho de 2015 Jurisprudência de 90 anos 12 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL § § 1º, 2º, 3º, 4º e 5º : estrutura do CARF SEÇÕES DE JULGAMENTO (3) – CÂMARAS (4) – TURMAS (2) com 6 CONSELHEIROS em cada CSRF (Câmara Superior de Recursos Fiscais) (vinculadas administrativamente às Seções) Competência material – RI Anexo II, art. 2º a 4º (1ª IRPJ; 2ª IRPF; 3ª IPI) § 9o Os cargos de Presidente das Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, das câmaras, das suas turmas e das turmas especiais serão ocupados por conselheiros representantes da Fazenda Nacional, que, em caso de empate, terão o voto de qualidade, e os cargos de Vice-Presidente, por representantes dos contribuintes. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 13 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL DESIGNAÇÃO: RI Anexo II, art. 28 e seguintes RI, art. 9° - licença da advocacia para os representantes dos contribuintes MANDATO: RI Anexo II, art. 40 e §2º (2 anos permitida a recondução desde que o tempo total de exercício nos mandatos não exceda ou venha exceder 6 anos) 14 PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL RECURSOS CABÍVEIS: RECURSO ESPECIAL (PAF, art. 37, §2º e RI Anexo II, art. 64 e 67 a 71) – à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias da ciência do acórdão ao interessado: II – de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. 15 PAF – PROCESESO ADMINISTRATIVO FEDERAL EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (RI Anexo II, art. 64 e 65): OCO; prazo de 5 dias; dirigidos ao Presidente da Turma; interrupção do prazo para Recurso Especial PAF, art. 42 – Decisão definitiva contrária ao SP – art. 43 e 44 favorável ao SP – art. 45 EFEITOS: SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 151, III) 16 CONSULTA FISCAL (PAF, art. 46 a 58) procedimento pelo qual o contribuinte indaga ao fisco sobre sua situação legal diante de determinado fato, de duvidoso entendimento Visa dirimir dúvidas quanto ao emprego e à interpretação de dispositivos leais aplicáveis a determinado fato. Suspende o prazo para recolhimento do tributo. Se já houver fiscalização, não cabe. Se o SP não cumprir o que diz a resposta da consulta no prazo estipulado, será lavrado AIIM com a aplicação das penalidades cabíveis. Cabe no âmbito estadual e municipal também. 17 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Estado de São Paulo – Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009 (DOE de 19/03/2009) Dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício e dá outras providências. Reformou a estrutura e os procedimentos do TIT dando maior celeridade aos julgamentos Decreto 54.486, de 26 de junho de 2009 (DOE de 27/07/2009) Regulamenta a Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009, que dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício e dá providências correlatas. Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas de 2009: Referendado pela Portaria CAT nº 141, de 22 de julho de 2009 (DOE de 23/07/2009), tendo em vista o disposto no artigo 58, da Lei 13.457/2009 e no artigo 32, V, do Decreto 54.486/2009. Aprovado pela Câmara Superior do Tribunal de Impostos e Taxas na sessão de 16 de julho de 2009. Epat (processo administrativo tributário eletrônico) 18 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Portaria CAT-142, de 22-7-2009 (DOE 23-07-2009) Dispõe sobre a dispensa da interposição de recurso de ofício nos casos que especifica O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista a competência outorgada pelo disposto nos artigos 39 § 1º e 46 § 1º, da Lei n° 13.457, de 18 de março de 2009 e pelo disposto nos artigos 104 § 1º e 111 § 1º, do Decreto n° 54.486, de 26 de junho de 2009, resolve: Artigo 1º - Fica dispensada a interposição de recurso de ofício em face de decisões proferidas quando do julgamento da defesa e que implicarem em redução ou cancelamento do crédito tributário até o montante de 1.000 (mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs. Parágrafo único - Para o cálculo do referido montante serão computados os valores correspondentes a imposto, multa, atualização monetária e juros de mora. Artigo 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos desde 27 de junho de 2009. 19 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Lei 13.457/09, art. 35 – 30 DIAS contados da notificação do auto de infração para PAGAR ou APRESENTAR DEFESA 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS TRIBUTÁRIAS DE JULGAMENTO (DTJ) 3 (SP, Bauru e Campinas) Compostas por Unidades de Julgamento (UJ) descentralizadas julgadores tributários e agentes fiscais de rendas (Dec., art. 14 – “servidores com funções de julgamento”) Ex.: DTJ-1 (SP) – 1 Delegado e 5 Unidades de Julgamento (SP, Guarulhos, Santos, SBC e Osasco) 20 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL RECURSOS CABÍVEIS – ATÉ 5 MIL UFESP´S (R$ 117.750,00) RECURSO DE OFÍCIO (Lei 13.457/09, art.39) – da decisão CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso de ofício para o Delegado Tributário de Julgamento. Portaria CAT 142/09 – dispensado se o valor for de até 1.000 UFESPs (R$23.550,00) RECURSO VOLUNTÁRIO (Lei 13.457/09, art.40) – da decisão FAVORÁVEL À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa em o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, o autuado poderá interpor recurso voluntário, dirigido ao Delegado Tributário de Julgamento. Prazo: 30 dias. 21 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL RECURSOS CABÍVEIS – ACIMA DE 5 MIL UFESP´S (R$ 117.750,00) DE OFÍCIO (art. 46) – da DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração for superior a 5.000 (cinco mil) UFESPs, haverá recurso de ofício para o Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Julgadora. ORDINÁRIO (art. 47) – da DECISÃO FAVORÁVEL À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração seja superior a 5.000 (cinco mil) UFESPs, poderá o autuado, no prazo de 30 (trinta) dias, interpor recurso ordinário para o Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo deadmissibilidade do recurso ordinário cabe ao Delegado Tributário de Julgamento. Decisão pela Câmara Julgadora. Prazo: 30 dias. 22 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL 2ª INSTÂNCIA – TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS DO ESTADO DE SP (TIT) ou Conselhos de Contribuintes Estaduais Vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda, é órgão paritário de julgamento de processos administrativos tributários decorrentes de lançamento de ofício e encontra-se instalado no 9º andar do prédio Palácio Clóvis Ribeiro, na Av. Rangel Pestana, nº 300. Instituído em 05 de junho de 1935 pelo Decreto nº 7.184, do Governador do Estado de São Paulo, Dr. Armando de Salles Oliveira. Dentre outras medidas adotadas pela administração fazendária, surgiu em razão da necessidade de se estabelecer um conjunto de normas e procedimentos de administração, destinados a exercer o controle de qualidade sobre os lançamentos tributários e influenciados pelos princípios da publicidade, da economia, da motivação e da celeridade, garantindo ao contribuinte o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. 23 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Lei 13.457/09, art. 54 – atribuições Lei 13.457/09, art. 55 – composição: CÂMARA SUPERIOR (art. 57 e 58) e CÃMARAS JULGADORAS (art. 59) art. 57, §2º - juízes distintos biênio 2016/2017 – 12 Câmaras com 4 juízes em cada 16 juízes na Câmara Superior Lei 13.457/09, art. 63 – mandato de 2 anos, permitida a recondução Lei 13.457/09, art. 64 – JUÍZES SERVIDORES PÚBLICOS Lei 13.457/09, art. 65 – JUÍZES CONTRIBUINTES 2015 – 2 portarias CAT – processo seletivo de candidatos ao exercício de função de juiz servidor e juiz contribuinte para o biênio 2016-17 24 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL RECURSOS CABÍVEIS: ESPECIAL (art. 49) – interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e a adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Superior. Prazo: 30 dias (Lei 13.457/09, art. 43) REFORMA DOS JULGADOS ADMINISTRATIVOS (art. 50 e 51) – DA DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO, da qual não caiba a interposição de recurso (a legislação não previu recurso como, por ex., decisão proferida em Recurso Especial), quando a decisão reformanada: I - afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade, observado o disposto no artigo 28 desta lei; II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais. Pela Diretoria da Representação Fiscal. O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Superior. Prazo: 60 dias. É uma forma de controle sobre as decisões administrativas. 25 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Lei 13.457/09, art. 15 – Em qualquer fase, na 1ª ou na 2ª instância, cabe PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DE JULGADO quando houver ERRO DE FATO na decisão de qualquer instância que prejudique o Fisco ou o contribuinte (Ex.: intempestividade do recurso sem considerar o feriado). na 1ª instância para o Delegado Tributário de Julgamento na 2ª instância para o Presidente do TIT prazo: 30 dias 26 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL SUSTENTAÇÃO ORAL (Lei 13.457/09, art. 44) – cabível em Recurso Ordinário e Recurso Especial (presente em 60% dos casos) SÚMULAS (Lei 13.457/09, art. 52) – por proposta do Diretor da Representação Fiscal ou do Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo menos, 3/4 (três quartos) do número total de juízes que a integram, a jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas será objeto de súmula, que terá caráter vinculante no âmbito dos órgãos de julgamento das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas. 1º - A proposta de súmula, após ser acolhida pela Câmara Superior, deverá ser encaminhada ao Coordenador da Administração Tributária para referendo. 2º - A súmula poderá ser revista ou cancelada se contrariar a jurisprudência firmada nos Tribunais do Poder Judiciário, obedecido ao disposto no caput e no 1º deste artigo. Lei 13.457/09, art. 74 a 85 – INFORMATIZAÇÃO do processo administrativo tributário (comunicação eletrônica dos atos processuais e processo eletrônico) 27 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Leis 14.107/2005 – dispõe sobre o processo administrativo fiscal e cria o Conselho Municipal de Tributos Decreto 50.895/09 – Regulamento do processo administrativo fiscal Decreto 54.800/2014 – Conselho Municipal de Tributos Lei 14.107/05, art. 36 – Art. 36. O contribuinte poderá impugnar a exigência fiscal, independentemente do prévio depósito, mediante petição escrita, instruída com os documentos comprobatórios necessários, no prazo de: I - tratando-se de crédito constituído por auto de infração, 30 (trinta) dias, contados da intimação do auto; II - tratando-se de crédito constituído por notificação de lançamento, 90 (noventa) dias, contados da data de vencimento normal da 1ª (primeira) prestação, ou da parcela única. 28 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL Processo Eletrônico De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Decreto nº 55.838, de 15 de janeiro de 2015, e pela Portaria SEMPLA 04/2015, a Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico iniciou, dia 03/02/2015, a utilização de processos eletrônicos para algumas solicitações protocoladas na Praça de Atendimento da Secretaria de Finanças (Vale do Anhangabaú, 206). A alteração teve início com os processos relativos a recursos de Imposto sobre Serviços - ISS, Taxa de Fiscalização de Anúncios - TFA e Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos – TFE. A protocolização de pedidos continua sendo realizada sem grandes mudanças para o contribuinte. As únicas diferenças são: (1) As petições e os documentos entregues são digitalizados e devolvidos na hora ao contribuinte (em caso de grande volume de páginas, os documentos são digitalizados e devolvidos em até 5 dias) e (2) os contribuintes recebem um protocolo com o número do processo eletrônico, que é diferente da numeração usual dos processos em papel, realizados pelo Sistema Municipal de Processos – SIMPROC. . Com isso, a Prefeitura pretende atender mais rápido as demandas dos cidadãos. 29 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL 1ª INSTÂNCIA – unidades da SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS (Lei 14.107/2005, art. 51) Requerimentos (ex.: requerimentos de reclamações tributárias)/ solicitações (ex.: solicitação de restituição de tributo) disponíveis no site e devem ser levados preenchidos na data agendada na Praça de Atendimento da Secretaria de Finanças . Lei 14.107/2005, art. 40 e parágrafo – DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA MUNICIPAL estará sujeita a um único REEXAME NECESSÁRIO, com efeito suspensivo, quando o débito fiscal for reduzido ou cancelado, em montante igual ou superior ao estabelecido por ato do Secretário Municipal de Finanças. O reexame necessário será apreciado pela autoridade imediatamente superior àquela que houver proferido a decisão reexaminada. Portaria60/14 - SF – estabelece competência, observada a respectiva alçada, para autorização de retificação ou cancelamento de lançamentos e autos de infração 30 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL 2ª INSTÂNCIA – CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS (CMT) O Conselho Municipal de Tributos (CMT) de São Paulo foi criado com a publicação da Lei Municipal 14.107, de 12 de dezembro de 2005, que também sistematizou normas do processo administrativo fiscal. A criação do CMT atendeu a uma antiga aspiração dos contribuintes, com o surgimento de um órgão julgador colegiado, composto por representantes do governo municipal e por representantes da sociedade, para decidir, em última instância administrativa, as controvérsias tributárias entre os contribuintes e a administração municipal. O CMT entrou em efetivo funcionamento no dia 14 de julho de 2006 com a publicação de seu Regimento Interno, conforme previsto na própria Lei 14.107/2005, tendo sido realizada sua primeira sessão de julgamento no dia 31 de agosto de 2006. 31 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL Composição O CMT é composto por sua Presidência, Vice-Presidência, Câmaras Reunidas, quatro Câmaras Julgadoras, Representação Fiscal e Secretaria. As Câmaras Reunidas constituem-se pelo agrupamento das Câmaras Julgadoras, tendo, nos termos da lei, a função de julgar as questões que exigem decisão de plenário. Cada Câmara Julgadora é composta por três Conselheiros representantes dos contribuintes e três Conselheiros representantes da Prefeitura do Município de São Paulo (dois Auditores-Fiscais e um Procurador do Município). A Representação Fiscal tem a função de defender os interesses do Município no processo administrativo fiscal, contra-arrazoando os recursos interpostos pelo sujeito passivo. Endereço: Rua Pedro Américo, 32 – 5º andar 32 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL Lei 14.107/05, art. 52 – COMPOSIÇÃO: representantes da Prefeitura (art. 55, §1º) e dos contribuintes (art. 55, §3º) Lei 14.107/05, art. 53 – COMPETÊNCIA (inconstitucionalidade ou ilegalidade não) Lei 14.107/05, art. 54 – ESTRUTURA: CÂMARAS JULGADORAS (art. 55) e CÁMARAS REUNIDAS (art. 61) entre 2-6 Câmaras Julgadoras com 6 Conselheiros cada e 2 suplentes nomeados pelo Prefeito a fim de substitui-los em caso de impedimentos (art. 55, §4º) – ATUALMENTE 4 CÂMARAS JULGADORAS Lei 14.107/05, art. 55, §5º – MANDATO: 2 anos admitida a recondução Portaria SF nº 48, de 25 de março de 2014 dispõe sobre o processo de seleção de Conselheiros representantes dos contribuintes no Conselho Municipal de Tributos 2014/2016 (de 1/7/14 a 30/6/16). 33 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL RECURSOS CABÍVEIS (Lei 14.107/2005, art. 41) – apresentados ao órgão que proferiu a decisão que encaminhará os autos para o Conselho: ORDINÁRIO (art. 45 a 48) – interposto pelo sujeito passivo, da decisão final proferida em primeira instância FAVORÁVEL À FAZENDA MUNICIPAL, para uma das Câmaras Julgadoras. Prazo: 30 dias (Lei 14.107/09, art. 43) DE REVISÃO (art. 49) – interposto pelo sujeito passivo ou pelo Fisco, da decisão proferida pela Câmara Julgadora que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe haja dado outra Câmara Julgadora ou as Câmaras Reunidas, para as Câmaras Reunidas. Prazo: 15 dias (Lei 14.107/09, art. 43) 34 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL PEDIDO DE REFORMA DE DECISÃO (Lei 14.107/2005, art. 50) – da decisão contrária à Fazenda Municipal, proferida em recurso ordinário, que: I - afastar a aplicação da legislação tributária por inconstitucionalidade ou ilegalidade; ou II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais judiciários. PRAZO: 15 dias contados da data da sessão de julgamento e dirigido ao Presidente do Conselho (§1º) Para as Câmaras Reunidas 35
Compartilhar