Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 2 1. Para responder a esta questão você deverá analisar a concordância nominal no texto abaixo. Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa reflexão, o sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de significação. Como significa a cidade? [...] Como os sentidos aí se constituem, se formulam e transitam? São essas as questões que nos ocupam. Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma relação face à nação. [...] Uma nação, por outro lado, é uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimensões, formas visíveis, sendo perceptível em primeira instância. Assim, podemos dizer que outra característica de cidade, importante para nossos fins, é o fato de que a cidade introduz a dimensão da representação sensível de suas formas, ao lado da consideração de um espaço de cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira perceptível. [...] E podemos dizer que um país é feito de muitas cidades distribuídas em sua superfície. Aí trazemos uma outra consideração, a de que se supõe uma localização territorial. Cidade e território são solidários. No território urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade, de tal modo que o destino de um não se separa do destino do outro, em suas inúmeras e variadas dimensões: material, cultural, econômica, histórica etc. O corpo social e o corpo urbano formam um só. Para nossa época, a cidade é uma realidade que se impõe com toda sua força. Nada pode ser pensado sem a cidade como pano de fundo. Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida cruzam-se no espaço da cidade. ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11. I. Em “O sujeito e a história humana” a palavra humana fica no singular e no feminino porque concorda apenas com o substantivo história. II. No enunciado “O corpo social e o corpo urbano formam um só” a palavra só não fica no plural porque não está exercendo papel de adjetivo. III. Em “A cidade introduz a dimensão e a consideração espacial” o adjetivo espacial poderia estar se referindo tanto à dimensão quanto à consideração. IV. O fragmento “Cidade e território são solidários” também ficaria de acordo com a norma culta se escrito na forma: “A cidade e o território é solidária”, porque o adjetivo se referiria apenas à cidade. V. Se no enunciado “Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida” acrescentássemos ao final a palavra boa ela iria se referir apenas à vida. São ACEITÁVEIS apenas os comentários que constam nas opções: a) I, III e V. b) II, III, IV e V. c) II, III e IV. d) I, II e III. e) e. I, II e V. R= e 2. A Gramática Normativa é composta pelo conjunto de normas e regras do bem falar e do bem escrever das mais variadas línguas. Com base nesta afirmação escolha a alternativa INCORRETA em relação à Gramática Normativa do Português Brasileiro. a) A Gramática Normativa inclui regras e normas referentes à pronúncia e à grafia das palavras. b) O novo acordo ortográfico de 2009 é exemplo de como devemos seguir as regras de ortografia de uma determinada língua. c) Em sua modalidade escrita, a Língua Portuguesa que é utilizada no Brasil necessita seguir o que prescreve a Gramática Normativa do Português Brasileiro. d) As Gramáticas Normativas da Língua Portuguesa não diferenciam o português de Portugal com o português do Brasil. e) O português brasileiro é exemplo de uma língua que possui um padrão prescrito por uma norma: a Gramática Normativa do Português Brasileiro. R= d 3. Analise os pares de enunciados abaixo. Indique a alternativa em que, apesar da alteração no uso da vírgula, o sentido se mantém. a) Ninguém é livre se não pode fazer suas próprias escolhas. Ninguém é livre, se não pode fazer suas próprias escolhas. b). Nenhuma das alternativas. c). As sociedades, tirânicas e injustas, ofuscaram o direito à liberdade. As sociedades tirânicas e injustas ofuscaram o direito à liberdade. d). Os homens não aspiram à liberdade. Os homens, não, aspiram à liberdade. e). Brasileiros, podem unir-se a favor da liberdade! Brasileiros podem unir-se a favor da liberdade! R= e 4. Complete as frases abaixo utilizando o verbo no singular ou no plural, de acordo com as opções entre parênteses: 1) Hoje____ cinco dias que Joana viajou. (1 faz / 2 fazem) 2) _____ flores importadas. (1 Vende-se / 2 Vendem-se) 3) A nova lista de preços a serem praticados no mercado _____ sair hoje. (1 deve / 2 devem) 4) Entre os presentes, _____ a tesoureira e o secretário. (1 estava / 2 estavam) 5) 30% das mulheres não _____ (1 paga / 2 pagam) imposto de renda. a) 1, 1, 2, 2, 1 b) 2, 1, 2, 1, 2 c) 2, 2, 2, 1, 1 d) 1, 1, 1, 2, 1 e) 1, 2, 1, 2, 2 R= e 5. Leia atentamente o texto e, a partir da análise linguística, marque a alternativa incorreta quanto à concordância verbal. A tribo que mais cresce entre nós A nova tribo dos micreiros cresceu tanto que talvez já não seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que têm com o computador uma relação semelhante à do homem primitivo com o totem e o fogo. Passam horas sentados, com o olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas, trocando não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade virtual. (Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século) a) O verbo “dedicar”, no trecho “a linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam”, deveria estar no singular, seguindo a mesma concordância dos verbos “crescer” e “ser” na frase “A nova tribo dos micreiros cresceu tanto que talvez já não seja apenas mais uma tribo”, já que possuem o mesmo sujeito. b) Em “São adoradores que têm com o computador...”, o verbo “ter” recebe o acento circunflexo como marca de pluralização, uma vez que concorda com a palavra “adoradores”. c) O verbo “crescer”, na primeira frase do corpo do texto, estaria mais adequado se estivesse concordando com a palavra “micreiros”, estando, portanto, no plural. d) Em “Passam horas sentados”, o sujeito está omisso, mas, certamente, o verbo está no plural por concordar com a palavra “adoradores”, do período anterior. e) No título, o verbo “crescer” poderia também ficar no plural, remetendo ao fato de que uma “tribo” é um conjunto de pessoas. R= a 6. Leia o texto com atenção. Os problemas envolvendo concordância talvez sejam o mais evidente exemplo brasileiro de que um idioma é, acima de tudo, fato social: mesmo quando linguisticamente o "erro" não contraria a índole da língua, mesmo se há evidências de que o brasileiro cancela a regra em sua fala, é alto o peso social no modo como os falantes encaram o problema. Para Maria Helena de Moura Neves, do Mackenzie e da Unesp de Araraquara, muito do que se diz sobre concordância em cartilhas e manuais é posto só em termos de regras a ser obedecidas. (...) Com deslizes de concordância não parece haver distinção de classe e nem seria preciso puxar a memória para lembrar José Sarney, presidente do Senado, em uma de suas defesas no episódio dos atos secretos, nomeações e gastos na calada da noite, sem assinatura oficial. "Não há atos nenhum que não estão na rede", emendou o senador. Um escorregão gramatical de uma figura pública ganha relevo, muitas vezes desproporcional ao tropeço. Mas equívoco como o de Sarney, escancarado em jornais de grande circulação, ilustra como são maleáveis as regras de concordância na fala, em relação às impostas pela escrita. (Revista Língua, setembro de 2009) Analise as afirmaçõesabaixo. I. Especialistas em linguagem defendem que é necessário promover mudanças nas gramáticas em relação às regras de concordância. II. O deslize cometido pelo presidente do senado é um claro exemplo de que as elites estão mais expostas aos desvios de concordância. III. O teor do estudo da concordância, nas gramáticas, é prescritivo, sem que haja espaço para a observação das variantes linguísticas. De acordo com o texto, está correto o que se afirma em: a) Apenas II. b) Apenas I. c) I, II e III. d) Apenas III. e) Apenas II e III. R= d 7. Sobre acentuação da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta. Na língua portuguesa existem, apenas, os acentos gráficos. Existem dois acentos gráficos na língua portuguesa: o acento agudo e o circunflexo. Existem três acentos na língua portuguesa: acento grave, agudo e circunflexo. Palavras com duas ou mais sílabas têm, necessariamente, acento tônico. Todas as palavras com duas ou mais sílabas têm acento gráfico, porém nem todas têm acento tônico. R= Palavras com duas ou mais sílabas têm, necessariamente, acento tônico. 8. Regência é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Estabelece relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, corretas e claras. Considere a afirmativa na resolução da questão a seguir: Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas no texto de Veríssimo: “Caríssimo! Beijos secos, para ______ saliva. Sim, estamos todas empenhadas na campanha contra o desperdício de água. Senti como o problema é grave quando ______ uma enquete no grupo e se revelou que todas — todas! — estão dando banhos nos seus cachorros com água mineral S. Pellegrino. Menos eu, que lavo a Desirée de Goumont, meu poodle (o nome é maior do que ela), com champanhe rosê. A Tatiana (‘Tati’) Bitati, vice-líder do grupo, abaixo de mim, acha que devemos começar a ______ num plano D, de dar o fora, se a crise hídrica piorar muito. Ela propõe o exílio e já se informou sobre um condomínio em Miami que só recebe brasileiros fugitivos da crise e tem o nome sugestivo de Bye, bye Brazil. Nos mudaríamos para lá até que os reservatórios ______ de novo ou o país virasse um imenso Piauí e não houvesse mais razão para voltar. Mas assez de misère! Como o próximo carnaval periga ser o último, antes do Juízo Final, decidi voltar a desfilar. Sim, estarei de novo na avenida! Só preciso encontrar meu agogô e meu tapa-sexo. O tapa-sexo foi visto pela última vez na boca da Desirée de Goumont, que brincava com ele distraída, sem se dar conta do simbolismo da cena. Meu único sentimento é que o Pitanguy não poderá estar ao meu lado, para ouvir o povo ______ meu corpo e pedir: ‘O autor! O autor!’”. Crônica de Luis Fernando Verissimo. Outra carta da Dorinha. Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/?tag=cronica-de-luis-fernando-verissimo>. Acesso em: 13 jul. 2015. a. Poupar, fiz, pensar, enchessem, aplaudir. b. Amealhar, cometi, falar, recheassem, festejar. c. Economizar, atentei, raciocinar, preenchessem, laurear. d. Conservar, fizeram, pensarem, atestassem, felicitar. e. Resguardar, banquei, discorrer, abarrotassem, aclamar. R= a 9. Com o decorrer do tempo, a Língua Portuguesa apresenta constantes mudanças, entre elas, temos o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado pelos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para unificar as duas ortografias oficiais do português, uma adotada pelo Brasil e outra, pelos demais países lusófonos. Considere a afirmativa para a resolução da questão a seguir: Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. a. Plebéia, joia, sócio-gerente, consequência, abençoo. b. Baiuca, pôr (verbo), faz de conta, pêlo, pólo. c. Por (preposição), socioeconômico, veem, cor-de-rosa, centopeia. d. Moreia, bicho-de-sete-cabeças, bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental), bico de papagaio (deformação nas vértebras), sul africano. e. Européia, arco-da-velha, voo, lêem, para-quedas. R= c 10. Leia o texto com atenção. OS URUBUS E SABIÁS Tudo aconteceu numa terra, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. “- Onde estão os documentos dos seus concursos?“ E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam estudar, mas cantavam simplesmente... -- Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito ordem. E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam em alvarás... Moral: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá. (ALVES, Rubem. Estórias... Apud INFANTE, Ulisses. Curso de gramática...) Com relação ao uso da forma verbal “houvessem” (Ls. 15 e 16), podemos fazer a seguinte afirmação, com base no padrão culto do idioma: a. Está correto o seu emprego no plural, pois o sujeito é “tais coisas”. b. Está incorreto, pois seu sujeito é “que” (que tais coisas houvessem). c. Está correto, uma vez que o seu sujeito é “os documentos dos seus concursos”. d. É indevido, pois em rigor o normal seria usar “tivessem”. e. Está incorreto, pois deveria ser “houvesse”. R= e
Compartilhar