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Interpretação Lógica Jurídica Chaim Perelman Questões e respostas

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CARLOS – 001201603013
	
LÓGICA JURÍDICA
BRAGANÇA PAULISTA
2016
CARLOS – 001201603013
	
LÓGICA JURÍDICA
TRABALHO APRESENTADO À DISCIPLINA LÓGICA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO PARA OBTENÇÃO PARTCIAL DE MÉDIA BIMESTRAL SOB ORIENTAÇÃO DA PROF.ª MS ROBERTA CARDOSO
BRAGANÇA PAULISTA
2016
Apresente o conceito de Direito sob a perspectiva do positivismo Kelseniano.
O positivismo de Hans Kelsen descreve o direito como um sistema hierarquizado de normas, mas que difere de um sistema puramente formal pelo fato de que as normas inferiores não são deduzidas pelas superiores, mediante a estrutura formal, como seria observado em sistemas lógicos como o sistema matemático. Para Kelsen a criação de normas inferiores dependerá de sua eficácia em um sistema de adesão implicada a uma norma fundamental, como a constituição, isto é, será a norma superior que regulara a inferior, sendo assim é possível escolher livremente a conduta abordada pelo legislador, mas será imposto um limite fixado pela norma de maior grau na hierarquia. (KELSEN apud PERELMAN: tradução em 2004)
Segundo Kelsen esse sistema hierárquico proposto pelo Estado que é o Direito não deve ser avaliado quanto justo ou injusto, já que para ele o conceito de justiça é relativo sendo irrelevante, ele diz que só existe injustiça se não for respeitada a norma superior que deu origem as demais.
Kelsen também diz que as normas devem possuir um caráter obrigatório, isto é, a norma deve sempre possuir uma sanção para o caso de uma infração, mantendo o princípio de causa e efeito, as normas validas são as obrigatórias segundo o próprio Kelsen.
A principal teoria de Kelsen responsável pelo controle e a aplicação do direito seria a pirâmide hierárquica, composta por todas as normas jurídicas em diferentes planos de relevância e controle, a pirâmide é composta por:
Sendo que a constituição é a lei suprema do Estado, pois ela confere a organização de todos os poderes que formam o Estado, tornando esses poderes legítimos. Portanto é de onde advém todas as normas do ordenamento jurídico, é como seria formado o direito para Kelsen.
Relacione a liberdade com o sistema jurídico na perspectiva de Kelseniana.
Para Kelsen a liberdade está no papel do legislador, que possui a liberdade para votar, discutir e promulgar leis, além de ter liberdade para a escolha de uma linha de conduta da qual queira tratar, o mesmo vale ao executivo, mas também nas decisões dos magistrados, lembrando sempre que para Kelsen deve sempre se manter a importância hierárquica das leis e preservar a norma superior acima de tudo.
Kelsen reconhecia que o juiz não é um mero autômato, na medida em que as leis possuem lacunas e permitem interpretações, portanto é de livre ação do juiz utilizar a interpretação para lhe auxiliar em uma decisão, mas a escolha entre essas interpretações será livre e arbitrária e não poderá ser influenciada por qualquer pesquisa científica alheia e a qualquer juízo de valor.
Portanto Kelsen defende a dedução lógica, como o silogismo jurídico, que seria apenas a subsunção do fato a norma, mas também reconhece a eficácia de uma interpretação normativa, na medida em que o direito não é apenas um sistema dedutivo é também uma maneira de alcançar o objetivo proposto pelo legislador, permitindo assim que se possua certa liberdade na criação e aplicação das leis, isto é liberdade para o sistema jurídico, liberdade além da lógica.
Explique o processo de purificação do Direito na teoria de H. Kelsen.
A teoria pura do Direito consiste em eliminar qualquer influência seja ela política, moral, ou ideológica, deixando apenas a ciência jurídica como preocupação do direito. Para Kelsen o direito não deverá se preocupar com a ideia de justiça, nem com a ideia de direito natural, bem como qualquer referência a juízos de valor.
Kelsen buscou legitimar a ciência jurídica como algo inquestionável, afastando assim qualquer compromisso de cunho social, evitando questionamentos que ameaçassem a autonomia e a pureza do sistema jurídico, para ele a ciência jurídica não deve conter ideologias de nenhuma natureza, pois acreditava que as ideologias poderiam ser responsáveis por uma deturpação da realidade.
Segundo Kelsen a única preocupação do Direito seria com as condições de legalidade, e de validade dos atos jurídicos, para ele as normas deveriam ser analisadas apenas do ponto
de vista formal, o conteúdo da norma e seus efeitos na sociedade não devem ser considerados para a ciência do direito.
Portanto nas próprias palavras de Kelsen (2009, p.01): “Quando a si própria se designa como “pura” teoria do Direito, isto significa que ela se propõe a garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir desse conhecimento tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo quanto não possa, rigorosamente, determinar como Direito. Quer isto dizer que ela pretende libertar a ciência jurídica de todos os elementos que lhe são estranhos. Esse é o seu princípio metodológico fundamental. ” Então para que o direito seja ``puro´´ é necessário que ele se afaste de outras ciências como a sociologia e filosofia, bem como de pensamentos e questionamentos políticos e sociais.
O que são princípios gerais do Direito?
[...]”conforme W.J. Ganshof van der Meersch “Os princípios gerais do direito, que são aplicáveis mesmo na ausência de um texto, não são uma criação jurisprudencial e não poderiam ser confundidos com simples considerações de equidade. Não são, tampouco, regras consuetudinárias: o juiz aplicando-os ou controlando-lhes a aplicação, não se refere a constância de sua aplicação. Eles têm valor de direito positivo: sua autoridade e força não se reportam à uma fonte escrita; eles existem independentemente da forma que lhes dá o texto quando a eles se refere, o juiz os declara, constando-lhes a existência, o que permite dizer que a determinação dos princípios gerais do direito não uma investigação científica livre.
Explique o conceito de “Audiator et altera pars”
Audiator et altera pars, vem do latim, e é um princípio geral do direito que significa “Que a outra parte seja também ouvida”, tal princípio é aceito para que aja a defesa daquele que está sendo acusado, e isso ocorre justamente para que seja respeitado um outro princípio, o princípio de que para haver imparcialidade e justiça no processo, deve-se ouvir a defesa depois da acusação.
Explique o que é a Teoria do abuso do direito.
A teoria do abuso do direito, assim como diversas outras, foi criada para impedir o uso abusivo de um direito, como dito por Chaim Perelman (apud: M. Planiol) “O direito cessa onde começa o abuso, e não pode haver uso abusivo de qualquer direito que seja , pela razão irrefutável de que um só e mesmo ato não pode serão mesmo tempo, conforme e contrário ao direito”. Assim sendo, a teoria do abuso do direito insiste que os direitos subjetivos não podem ser exercidos contrariando o interesse geral, conforme explica Chaim Perelman.
Portanto, se o detentor de um direito escolhe, para exercê-lo, a via mais prejudicial à outrem, também estará cometendo um ato ilícito. Essa teoria foi bem aceita pelo mundo jurídico e posteriormente pelo próprio ordenamento jurídico como podemos ver no Art. 187- “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ” do código civil brasileiro de 2002, o qual configura como abuso do direito sempre que o agente invocar autorização legal para atingir objetivo não tolerado pelo consenso social.
Podemos afirmar que toda regra de direito é absoluta? Justifique adequadamente sua resposta.
Não, pois frequentemente no mundo jurídico observamos princípios que vão diretamente contra esta concepção, como por exemplo, alguns adágios alemães elencados por Chaim Perelman“46- São permitidas exceções em caso de extrema dificuldade”²; estes adágios são denominados tópicos jurídicos. Também conclui o mesmo autor que esses tópicos têm como principal objetivo constatar que nenhum direito é absoluto, ademais, os tópicos jurídicos não se opõem à ideia de um sistema de direito, mas sim, à aplicação rígida e irrefletida das regras de direito.³
O ordenamento jurídico brasileiro, na atualidade, mostra-se favorável à relativização de todos os direitos, estabelecendo em sua constituição federal que, até mesmo os direitos fundamentais, como os direitos à vida e à liberdade são relativos, elencando assim algumas hipóteses para suas respectivas exceções no Art. 5º, XLVII e no Art. 5º, LXVII; Art. 142, parágrafo 2 º.
Conceitue Segurança Jurídica.
A segurança jurídica confere capacidade jurídica de prever as reações daqueles que estão encarregados de dizer o direito, como juízes ou agentes da administração pública, conforme PERELMAN (2004:115).
É um direito fundamental do cidadão que implica normalidade, estabilidade e proteção contra alterações bruscas na realidade jurídica. É a adoção pelo Estado de comportamentos coerentes, estáveis e não contraditórios, respeitando as realidades consolidadas.
Por que o autor considera o Sistema Jurídico como um sistema aberto?
Para Chaim Perelman, o sistema jurídico é um sistema aberto justamente por não ser isolado do contexto cultural e social, sofrendo assim, uma constante influência dos mesmos.
Explique a relação entre o Poder Legislativo e opinião pública
A relação entre o Poder Legislativo e a opinião pública se estabelece baseado em que o povo é quem elege os políticos que integram o Legislativo, portanto o mesmo é um reflexo da opinião pública, pois a população elege seus representantes baseando-se em suas ideologias em comum.
Qual o principal fator que deve motivar uma sentença judicial?
Como se trata de deixar as decisões de justiça aceitáveis o recurso e as técnicas argumentativas tornam-se indispensáveis. Como por outro lado trata-se de motivas as decisões judiciais mostrando conformidade com o direito em vigor e, a argumentação será específica, pois terá por missão mostrar de que modo a melhor interpretação da lei se concilia com a melhor solução dos casos apresentados.
Para Perelman, quando podemos alcançar a paz judicial?
Segundo Perelman, a paz judicial só se restabelece definitivamente quando a solução, a mais aceitável socialmente, é acompanhada de uma argumentação jurídica suficientemente sólida.
O que deve servir de fundamento para o juiz considerar um caso justo e conforme o direito?
São os juízos de valor, relativo ao caráter adequado da decisão que guia o juiz em sua busca daquilo que, no caso especifico, é justo e conforme o direito, subordinando-se normalmente esta última preocupação à precedente.
Por que há a necessidade do Juiz motivar suas decisões
As decisões e suas motivações contribuem para a elaboração da ordem jurídica e ao fornecer os precedentes para as decisões futuras. É para fazer que o tribunal admita que que a tese por ele defendida corresponde a melhor maneira de solucionar o caso. Motivar uma decisão é expressar-lhe as razões. É, desse modo, obrigar quem o tomo a tê-las. É afastar toda arbitrariedade. Somente graças à motivação aquele que perdeu um processo sabe o porquê. A motivação conviria compreender a sentença e não deixar entregar-se por muito tempo ao amargo prazer de "maldizer os juízes", ela que ajudou a decidir se o deve recorrer. A necessidade da motivação entrou de tal modo em nossos costumes que em geral ultrapassou aos limites do domínio jurisdicional e vai-se impondo, pouco a pouco, às decisões administrativas, cada vez mais onerosas.
REFERÊNCIAS
PERELMAN, Chaim. Lógica jurídica – 2ª Ed. 2004. São Paulo: Martins Fontes
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito -  8ª Ed. 2009. São Paulo: Saraiva
FLORÊNCIO, Gilbert Ronaldo Lopes. Código Civil Interpretado - 2010. São Paulo: Manole

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