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CONTESTAÇÃO trabalhista

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Competência : EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE GOIANIA – GO
Processo nº 1146-63.2012.5.18.0002
Partes: Reclamado: Clínica das Amendoeiras (qualificação)
             Reclamante: Jussara Péclis (qualificação)
 
Preliminares – No vertente caso não há preliminares a serem alegadas. 
Defesas de Mérito:
1)        Indiretas: 
A)       prescrição das parcelas anteriores ao quinquídio, nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB. Levando-se em consideração a data da propositura da ação (12.12.2014), deverá ser tido por prescrita toda e qualquer verba anterior a 12.12.2009, extinguindo-se o feito com resolução do mérito para tais verbas, na forma do artigo 487, II, do NCPC. Exemplo de requerimento genérico:
 
 Requer, ad cautelam, o pronunciamento da prescrição nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB/88, no que couber. Com isso, requer a V.Exa. a fixação do marco prescricional em XX.XX.XXX e, por conseguinte, extinguir o processo com resolução do mérito em relação às parcelas anteriores a mencionada data, de acordo com o art. 487, II do NCPC.
2)       Diretas: (deve ser realizado um breve relato dos fatos sob a ótica do Reclamado, abordando-se os fundamentos que impossibilitam o acolhimento da pretensão autoral)
Nesse sentido deve ser lembrado o princípio da eventualidade, devendo o aluno considerar os seguintes pontos: 
 
A)      Impossibilidade da aplicação da multa do artigo 477, §8º da CLT – deve ser sustentada a impossibilidade da aplicação da multa do artigo 477, da CLT. Isto porque, o depósito da verbas resilitórias foram realizados dentro do prazo legal, levando-se em consideração que o Aviso Prévio foi trabalhado, razão pela qual o pagamento deveria ocorrer até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato. 
 
B)       Impossibilidade da condenação na obrigação de faze consistente na entrega do relógio -  deve ser sustentada a impossibilidade da condenação na obrigação e fazer, vez que a alteração da norma interna da empresa ocorreu antes da contratação da obreira, de tal forma que nunca houve qualquer expectativa de direito por parte da mesma. Nos exatos termos da súmula 51, I, do TST:
 
Súmula 51
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973)
 
C)      Impossibilidade de condenação nas horas extras decorrentes do intervalo intrajornada – deve ser sustentada a impossibilidade de condenação no pedido das horas extras decorrentes do trabalho no descanso intrajornada, porque como a própria autora sustenta, afirma e comprova, o regime de trabalho era de 4h diárias, não havendo, portanto, qualquer intervalo para repouso ou alimentação, conforme o disposto no artigo 71, §1º,  da CLT:
 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
 
D)       Impossibilidade de condenação na integração da Participação nos Lucros (PL) – deve ser sustentada, ainda, a impossibilidade de a Reclamada ser condenada na integralização da PL para apuração dos encargos trabalhista. Isto porque, a PL não complementa e nem substitui qualquer remuneração devida ao trabalhador, bem como não constitui base da incidência de qualquer encargo trabalhista, na forma do disposto no artigo 3º da Lei nº 10.101 de 2000.
 
Art. 3o  A participação de que trata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.
Requerimentos:
                Por todo o exposto e fundamentado, requer a Vossa Excelência:
1)       Sejam julgados improcedentes todos os pedidos, na forma do artigo 487, I, do NCPC;
2)       na remota hipótese do acolhimento de algum dos pedidos autorais, seja reconhecida e declarada a prescrição nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB/88, considerando como marco prescricional 12.12.2009;
3)       a condenação da Reclamante nos ônus da sucumbência. 
Das Provas – requerimento de produção de provas na forma do artigo 369 do NCPC
Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil..
Parte autenticativa
Termos em que,
P. Deferimento.
 
Local e data.
 
Advogado
OAB nº
 
Rol de Testemunhas
1 - Nome:
Identidade:
Endereço:
V EXAME DE ORDEM UNIFICADO - Adaptado
Joaquim Ferreira, assistido por advogado particular, ajuizou reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da empresa Parque dos Brinquedos Ltda. (RT nº 0001524-15.2015.5.04.0035), em 7/06/2015, alegando que foi admitido em 3/2/2011, para trabalhar na linha de produção de brinquedos na sede da empresa localizada no Município de Florianópolis-SC, com salário de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais e horário de trabalho das 8 às 17 horas, de segunda-feira a sábado, com 1 (uma) hora de intervalo intrajornada.
Esclarece, contudo, que, logo após a sua admissão, foi transferido, de forma definitiva, para a filial da reclamada situada no Município de Porto Alegre-RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a título de adicional de transferência. Diz que, em razão da insuficiência de transporte público regular no trajeto de sua residência para o local de trabalho e vice-versa, a empresa lhe fornecia condução, não lhe pagando as horas in itinere, nem promovendo a integração do valor correspondente a essa utilidade no seu
salário, para todos os efeitos legais. Salienta, ainda, que não gozou as férias relativas ao período aquisitivo 2011/2012, apesar de ter permanecido em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso desse mesmo período. 
Por fim, aduz que, à época de sua dispensa imotivada, era o Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA instituída pela empresa, sendo beneficiário de garantia provisória de emprego. A extinção do contrato de trabalho ocorreu em 03/03/2013.
Diante do acima exposto, postula:
 a) o pagamento do adicional de transferência e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários, nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); 
b) o pagamento das horas in itinere e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários, nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento);
c) o pagamento das diferenças decorrentes da integração no salário dos valores correspondentes ao fornecimento de transporte e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários, nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); 
d)o pagamento, em dobro, das férias relativas ao período aquisitivo 2011/2012;
e) a reintegração no emprego, em razão da garantia provisória de emprego conferida ao empregado membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidente – CIPA, ou o pagamento de indenização substitutiva; e 
f) o pagamento de honorários advocatícios.
Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 35ª Vara do Trabalho de Porto Alegre-RS, redija, na condição de advogado(a) contratado(a) pela reclamada, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.
Avaliação
Gabarito:  Elaboração de uma CONTESTAÇÃO
 Competência : Excelentíssimo Senhor Juiz do Trabalho da 35ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS. Não cabe alegar incompetência do juízo, porque o reclamante poderia ter ajuizado areclamação em Porto Alegre ou em Florianópolis (art. 651, §3º, CLT).
(RT nº 0001524-15.2011.5.04.0035)
Partes: Reclamado: Parque dos Brinquedos LTDA. (qualificação)
             Reclamante: Joaquim Ferreira (qualificação)
Preliminares – No vertente caso não há preliminares a serem alegadas. 
Defesas de Mérito:
1)        Indiretas: 
A)       Prejudicial de prescrição bienal - deve ser sustentada a prejudicial de prescrição bienal, com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CF/88 ou artigo 11, inciso I, da CLT, ou Súmula nº 308, item I, do TST:
 
CRFB - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
 
CLT - Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: 
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; 
 
Súmula nº 308 do TST
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL 
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. 
 
 
Isto porque, a reclamação trabalhista foi ajuizada após dois anos da data da extinção do contrato de trabalho (ajuizamento 07.06.2015 – extinção 03.03.2013), mesmo considerada a integração do aviso prévio, requerendo a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no artigo 487, II, do NCPC:
 
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
 
2)       Diretas: (Em face do princípio da eventualidade, deve seguir na impugnação dos pedidos, inclusive porque pode ter ocorrido algum fato impediente, suspensivo ou interruptivo, não mencionado na questão. Deve ser realizado um breve relato dos fatos sob a ótica do Reclamado, abordando-se os fundamentos que impossibilitam o acolhimento da pretensão autoral)
Deve o aluno considerar os seguintes pontos: 
 
A)      Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento do adicional de transferência e seus reflexos – deve ser impugnado o pedido, alegando que o pagamento do adicional de transferência somente é devido quando se der em caráter provisório, nos termos do artigo 469, § 3º, da CLT:
 
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .
 
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.
 
E também do posicionamento contido na OJ nº 113 da SBDI-1 do TST, verbis: 
 
113. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA (inserida em 20.11.1997)
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.
Assim, por ter sido a transferência do empregado realizada em caráter definitivo, não caberia o adicional de transferência. 
B)       Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento das horas in itinere e seus reflexos – deve ser impugnado o pedido de pagamento das horas in itinere, pois a mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere, nos exatos termos do posicionamento contido no item III da Súmula nº 90 do TST:
 
Súmula 90 do TST
HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO 
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. 
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere” 
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". 
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. 
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. 
 
Nesse mesmo sentido se posiciona Vólia Bonfim (pág. 660):
 
A mera insuficiência de transporte não acarreta “horas de itinerário”, pois nos horários de pico é comum que a condução seja insuficiente para atender à demanda.
 
C)      Impossibilidade de acolhimento do pedido condenatório consistente na integração salarial dos valores referentes ao transporte e reflexos – deve ser sustentada a impossibilidade de condenação no pedido de integração salarial dos valores referentes ao transporte e reflexos. Isto porque, não é considerado salário o transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público, nos moldes do artigo 458, § 2º, inciso III, da CLT:
 
art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
 
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
 
Neste exato sentido Vólia Bonfim (2011, pág 830) preconiza:
 
Após a Lei nº 10.243 de 2001 o transporte fornecido para o empregado ir e voltar do trabalho não tem mais natureza salarial, mesmo que concedido de forma graciosa, habitual e para maior comodidade do trabalhador.
 
 
D)       Impossibilidade de acolhimento do pedido de condenação ao pagamento em dobro das férias – deve ser sustentada a impossibilidade do pagamento das férias em dobro, pois não tem direito às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, permanecer em gozo de licença, com percepção de salário, por mais de 30 (trinta) dias, nos moldes do artigo 133, inciso II, da CLT. 
 
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;  
 
E)       Impossibilidade do acolhimento do pedido de reintegração fundada na  garantia provisória de emprego – deve ser impugnado o pedido, informando que a garantia provisória de emprego se restringe ao empregado eleito para cargo de direção da CIPA, nos termos do artigo 10, inciso II, alínea “a”, do ADCT e que a sua Presidência deve ser ocupada por representante do empregador, o qual é por este designado, não sendo eleito, conformea disposição contida no artigo 164, §§ 1º e 5º, da CLT.
 
F)       Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação aos honorários advocatícios – deve ser impugnado o pedido, aduzindo que o autor não se encontra assistido pelo sindicato de classe, não atendendo aos requisitos previstos no artigo 14, §1º, da Lei 5.584/70, em conformidade com as Súmulas 219, item I, e 329 do TST.
Requerimentos:
                Por todo o exposto e fundamentado, requer a Vossa Excelência:
1)       seja reconhecida e declarada a prescrição nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB/88, declarando-se extinto o processo com a resolução do mérito, na forma do disposto no artigo 487, II, do NCPC;
2)       caso seja afastada a prejudicial de mérito, sejam julgados improcedentes todos os pedidos, na forma do artigo 487, I, do NCPC;
3)       a condenação da Reclamante nos ônus da sucumbência. 
Das Provas – requerimento de produção de provas na forma do artigo 369 do NCPC
Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil..
Parte autenticativa
Termos em que,
P. Deferimento.
 
Local e data.
 
Advogado
OAB nº
 
Rol de Testemunhas
1 - Nome:
Identidade:
Endereço:
VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - Adaptado
 Refrigeração Nacional, empresa de pequeno porte, contrata os serviços de um advogado em virtude de uma reclamação trabalhista movida pelo ex-empregado Sérgio Feres, ajuizada em 12.04.2015 e que tramita perante a 90ª Vara do Trabalho de Campinas (número 1598-73.2015.5.15.0090), na qual o trabalhador alega e requer, em síntese:
 - que desde a admissão, ocorrida em 20.03.2009, sofria revista íntima na sua bolsa, feita separadamente e em sala reservada, que entende ser ilegal porque violada a sua intimidade. Requer o pagamento de indenização por dano moral de R$ 50.000,00.
 - que uma vez o Sr. Mário, seu antigo chefe, pessoa meticulosa e sistemática, advertiu verbalmente o trabalhador, na frente dos demais colegas, porque ele havia deixado a blusa para fora da calça, em desacordo com a norma interna empresarial, conhecida por todos. Efetivamente houve esquecimento por parte de Sérgio Feres, como reconheceu na petição inicial, mas entende que o chefe não poderia agir publicamente dessa forma, o que caracteriza assédio moral e exige reparação. Requer o pagamento de indenização pelo dano moral sofrido na razão de outros R$ 50.000,00.
 - que no mês de novembro de 2010 afastou-se da empresa por 30 dias em razão de doença, oportunidade na qual recebeu benefício do INSS (auxílio-doença previdenciário, espécie B-31). Contudo, nesse período não recebeu ticket refeição nem vale transporte, o que considera irregular. Persegue, assim, ambos os títulos no lapso em questão.
 - que a empresa sempre pagou os salários no dia 2 do mês seguinte ao vencido, mas a partir de abril de 2012, unilateralmente, passou a quitá-los no dia 5 do mês seguinte, em alteração reputada maléfica ao empregado. Requer, em virtude disso, a nulidade da novação objetiva e o pagamento de juros e correção monetária entre os dias 2 e 5 de cada mês, no interregno de abril de 2012 em diante.
 Considerando que todos os fatos apontados pelo trabalhador são verdadeiros, apresente a peça pertinente à defesa dos interesses da empresa, sem criar dados ou fatos não informados.
Avaliação
Gabarito:  Elaboração de uma CONTESTAÇÃO
 Competência : EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA  VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS - SP
Processo nº 1598-73.2015.5.15.0090
Partes: Reclamado: Refrigeração Nacional EPP(qualificação)
             Reclamante: Sérgio Feres (qualificação)
 
Preliminares : No vertente caso não há preliminares a serem alegadas. 
Defesas de Mérito:
A)       Indiretas: 
B)       prescrição das parcelas anteriores ao quinquídio, nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB. Levando-se em consideração a data da propositura da ação (12.04.2015), deverá ser tido por prescrita toda e qualquer verba anterior a 12.04.2010, extinguindo-se o feito com resolução do mérito para tais verbas, na forma do artigo 487, II, do NCPC. Exemplo de requerimento genérico:
 
 Requer, ad cautelam, o pronunciamento da prescrição nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB/88, no que couber. Com isso, requer a V.Exa. a fixação do marco prescricional em XX.XX.XXX e, por conseguinte, extinguir o processo com resolução do mérito em relação às parcelas anteriores a mencionada data, de acordo com o art. 487, II do NCPC.
C)       Diretas: (deve ser realizado um breve relato dos fatos sob a ótica do Reclamado, abordando-se os fundamentos que impossibilitam o acolhimento da pretensão autoral)
Nesse sentido deve ser lembrado o princípio da eventualidade, devendo o aluno considerar os seguintes pontos: 
 
A)      Impossibilidade do acolhimento do pedido de indenização por danos morais em virtude da revista - Deve ser sustentado que a revista em bolsas não pode ser considerada revista íntima, mas sim pessoal, conforme jurisprudência majoritária no TST, como exemplo:
 
RECURSO DE REVISTA - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - REVISTA VISUAL DO EMPREGADO E DE BOLSAS E SACOLAS - AUSÊNCIA DE CONTATO FÍSICO. A revista apenas visual do empregado e de bolsas e sacolas dos funcionários da empresa, realizada de modo impessoal, geral, sem contato físico e sem expor a intimidade do obreiro, não submete o trabalhador à situação vexatória e não abala o princípio da presunção da boa-fé que rege as relações de trabalho. O ato de revista do funcionário e de bolsas e sacolas, por meio de verificação meramente visual, é lícito e consiste em prerrogativa do empregador inserida dentro do seu poder diretivo, não caracterizando prática excessiva de fiscalização capaz de atentar contra os direitos da personalidade do empregado, em especial sua dignidade e intimidade. Recurso de revista não conhecido. (Proc.: RR ? 86700-12.2008.5.09.0005. Data de Julgamento: 08/02/2012, Relator Min. Luiz Philippe Vieira de Mella Filho, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/02/2012).
 
RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - DANO MORAL. EMPREGADO SUBMETIDO A REVISTAS VISUAIS EM BOLSAS. INEXISTÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO. O entendimento adotado pelo Regional no sentido de que -a revista visual de bolsas dos empregados configura dano moral, razão pela qual se deve aplicar uma indenização pertinente- está em desarmonia com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual a revista visual realizada nos pertences dos empregados (bolsas, armários e veículos), de forma razoável, assim considerada aquela em que não ocorre contato corporal ou despimento e desvinculada de caráter discriminatório, não configura, por si só, ato ilícito a ensejar a reparação por dano de índole moral, mas constitui exercício regular do poder de direção e fiscalização do empregador. Recurso de Revista conhecido e provido (Proc.: RR ? 88500-02.2008.5.19.0004. Data de Julgamento: 07/03/2012, Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 16/03/2012).
 
Deve ser ressaltado que, embora seja a revista um direito subjetivo do empregador, decorrente do direito fundamental de propriedade inserto no art. 5º, XXII, CF/88, ocorre que o mesmo encontra limites no próprio texto constitucional, quando este, p. ex., declara serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurada, em caso de violação deste princípio, a faculdade de o violado requerer indenização (art. 5º, X, CF/88).
 
Em tese, a revista pessoal é prática tolerável desde que preservada a dignidade do trabalhador, sendo, pois, admitida excepcionalmente, observadas, entretanto, a intimidade e a privacidade do empregado. Frise-se, ainda, que a revista pessoal, para ser admitida como meio legal de proteger o patrimônio do empregador, como preservação do próprio objeto da atividade econômica ou para a segurança interna da empresa, deve levar em conta o princípio da razoabilidade e seus decorrentes.
 
Assim, afirmar quea revista pessoal deve ser norteada pela proporcionalidade, implica concluir que a mesma deve ser realizada em caráter geral e impessoal, não levando em consideração critérios como sexo, etnia, raça ou opção sexual, p. ex., além de, necessariamente, ter caráter objetivo em seu procedimento, adotando-se sorteio, numeração, todos os integrantes de um turno ou setor etc.
 
È de bom alvitre e demonstra boa-fé do empregador o ajuste da possibilidade de realização de revistas com a entidade sindical e, na falta desta, com os próprios empregados, estipulando-se no acordo a forma como será procedido o ato, preservando a honra e a intimidade do revistando.
 
Ademais, cumpre asseverar que a revista, em regra, deverá ser realizada na circunscrição empresarial, isto é, no âmbito do local de prestação de serviços. Isto porque o exercício do poder fiscalizatório do empregador não se estende para fora dos limites de propriedade deste, ainda que haja fundadas suspeitas contra o obreiro. Exceção a essa regra é referenciada por Barros (2007), que cita um caso colhido na jurisprudência canadense, a qual aceitou como prova a revista em lixo da residência do ex-empregado, depositado ao longo da rua, onde havia garrafas de vinho correspondentes às que foram furtadas de uma caixa de vinho da empresa, fato que motivou sua dispensa justificada. De todo modo, em casos de suspeita de atos de improbidade como o furto, mostra-se mais seguro juridicamente acionar a polícia judiciária, órgão com atribuição constitucional para investigar fatos dessa natureza.
 
Ademais, no caso em tela, não há contato físico nem exposição visual de parte do corpo, além de ser feita em lugar reservado e separadamente, de modo que não estariam presentes os requisitos dos artigos 186 e 927 do Código Civil. Não houve excesso no poder diretivo/fiscalizatório. A revista foi realizada com equilíbrio, respeitando a ponderação de interesses. Pelo princípio da eventualidade, subsidiariamente deve ser sustentado que o valor postulado está exagerado, pois não considera a capacidade econômica da reclamada (empresa de pequeno porte), devendo ser diminuído caso haja condenação, adequando-se ao princípio da razoabilidade.
 
B)       Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento de indenização pelo assédio moral -  Deve ser sustentado que conceitualmente, o assédio exige reiteração de atos. Assim, uma desavença esporádica não caracteriza assédio moral. 
 
Por outro lado, é fato que o trabalhador reconheceu sua culpa no evento, de modo que não estariam presentes os requisitos dos artigos 186 e 927 do Código Civil. Ao reverso, estaria, assim,  o superior hierárquico agindo dentro dos permissivos legais.
 
Contudo. pelo princípio da eventualidade, subsidiariamente deve ser sustentado que o valor postulado está exagerado, pois não considera a capacidade econômica da reclamada (empresa de pequeno porte), devendo ser diminuído caso haja condenação, adequando-se ao princípio da razoabilidade. 
 
pode ser utilizado como base de estudo a cartilha Assédio Moral e Sexual no trabalho, disponível em: 
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3CB9D387013CFE571F747A6E/CARTILHAASSEDIOMORALESEXUAL%20web.pdf 
 
C)      Impossibilidade de condenação ao pagamento dos  valores referentes ao ticket refeição e ao vale transporte ? consoante o disposto no artigo 59 da Lei nº 8.213 c/c artigo 476 da CLT, a doença que acarrete o afastamento do funcionário por mais de 15 (quinze) dias, acarreta a suspensão do contrato de trabalho, ficando o empregador desonerado do pagamento dos salários e consequente utilidades como o Vale transporte e o ticket alimentação.
 
 
D)       Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento de juros e correção monetária decorrentes da alteração na data de pagamento dos salários ? Deve ser sustentado que, de acordo com o TST (OJ 159 SDI-I), a mudança da data de pagamento, respeitado o prazo máximo de tolerância legal, é alteração contratual possível, não sendo considerada ilegal. Trata-se de novação objetiva lícita. Assim, é inegável que o pedido realizado pelo reclamante não encontra guarida no ordenamento jurídico pátrio.
 
 
159. DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. ALTERAÇÃO (inserida em 26.03.1999)
Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT. 
 
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
 
§ 1º   Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.  
 
 
 
Requerimentos:
                Por todo o exposto e fundamentado, requer a Vossa Excelência:
1)       Seja julgado improcedente o pedido de condenação ao pagamento de indenização por danos morais, decorrentes de susposta violação ao direito à intimidade, pela revista pessoal realizada pelo empregador, na forma do artigo 487, I, do NCPC;
2)       Seja, igualmente, julgado improcedente o pedido de condenação ao pagamento de indenização por danos morais, decorrentes do inexistente assédio moral, na forma do artigo 487, I, do NCPC;
3)       Sejam, também, julgados improcedentes os pedidos de condenação ao pagamento dos  valores referentes ao ticket refeição, ao vale transporte e ao juros e correção monetária decorrentes da alteração na data de pagamento dos salários, na forma do artigo 487, I, do NCPC;
4)       Na remota hipótese do não acolhimento dos pedidos constantes nos itens 1 e 2, seja, em qualquer dos casos, reduzido o valor da indenização a ser fixada, obedecendo-se os critérios da razoabilidade, da vedação ao enriquecimento ilícito e ao da capacidade econômica do ofensor (EPP);
5)       na remota hipótese do acolhimento dos pedidos vergastados no item 3 supra, seja, ainda,  reconhecida e declarada a prescrição nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB/88, considerando como marco prescricional 12.04.2010;
 
Das Provas requerimento de produção de provas na forma do artigo 369 do NCPC
Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil..
Parte autenticativa
Termos em que,
P. Deferimento.
 
Local e data.
 
Advogado
OAB nº
 
Rol de Testemunhas
1 - Nome:
Identidade:

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