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Direito do Trabalho II - Férias

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1 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO II - NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO 
NOTA DE AULA Nº 04 – FÉRIAS 
	
	 	
1. CONCEITO	E	NATUREZA	JURÍDICA	
As	férias	constituem	um	período	de	descanso	que	deve	ser	concedido	aos	empregados	de	
modo	a	evitar	ou	minimizar	problemas	de	saúde	decorrentes	de	cansaço	excessivo.	Existem	estudos	
científicos	 comprovando	 que	 o	 período	 de	 férias	 é	 essencial	 para	 o	 restabelecimento	 das	 forças	
físicas	e	psíquicas	do	empregado.		
Por	 esse	 e	 outros	motivos	 as	 férias	 apresentam	 natureza	 jurídica	 de	norma	 de	 ordem	
pública	 absoluta,	 não	 podendo,	 assim,	 ser	 alteradas	 entre	 as	 partes	 e	 nem	 renunciado	 pelo	
empregado.	É	uma	 forma	de	 interrupção	do	contrato	de	 trabalho,	em	que	o	empregado	deixa	de	
trabalhar	por	30	dias	consecutivos,	mas	é	 remunerado	nesse	período.	Entretanto,	nesse	período	o	
empregado	tem	o	dever	de	descansar,	 salvo	se	 já	estava	obrigado	por	outro	contrato	de	 trabalho,	
não	podendo	procurar	outros	tipos	de	trabalho,	por	força	do	art.	138	da	CLT.	
O	 Brasil	 foi	 um	 dos	 primeiros	 países	 do	mundo	 a	 conceder	 férias	 a	 seus	 empregados,	
sendo	precedido,	apenas,	pela	Dinamarca	(1821),	França	(1853)	e	pela	Inglaterra	(1872).		
Por	aqui,	as	férias	foram	tratadas	pela	primeira	vez	em	21/12/1889,	por	um	período	de	15	
dias	e	 restrita	apenas	aos	 trabalhadores	do	Ministério	da	Agricultura,	Comércio	e	Obras	Públicas.	
No	ano	seguinte	o	direito	as	férias	foi	concedido	aos	operários	diaristas	e	ferroviários.		
Somente	com	a	Lei	4.982/25,	que	só	foi	regulamentada	em	1933,	é	que	o	direito	as	férias	
foi	estendido	aos	trabalhadores	dos	estabelecimentos	comerciais,	industriais	e	bancários.	Por	fim,	a	
CLT	 (1943)	 estendeu	 a	 todos	 os	 empregados	 o	 benefício	 das	 férias.	 Em	 1936,	 a	 Organização	
Internacional	do	Trabalho	-	OIT	aprovou	a	Convenção	52,	ratificada	pelo	Brasil	dois	anos	depois,	que	
previa	 a	 concessão	 de	 férias	 de	 seis	 dias	 úteis.	 Posteriormente,	 foram	 editadas	 diversas	 outras	
Convenções	até	se	chegar	a	de	número	132,	de	1970,	ratificada	pelo	Decreto	3.197/99.	
2 
 
A	primeira	Constituição	a	tratar	das	férias	foi	a	de	1934,	sendo	que	a	Carta	atual,	além	
de	prever	o	gozo	de	férias	anuais	remuneradas,	acresceu	o	pagamento	do	adicional	de	1/3	a	mais	do	
que	o	salário	normal	do	empregado	(art.	7º,	XVII,	da	CF/88).	
	
2. PERÍODO	DE	FÉRIAS	E	DURAÇÃO	
Em	 seu	 texto	 original	 a	 CLT	 estabelecia	 o	 período	 máximo	 de	 15	 dias	 úteis	 de	 férias.	
Posteriormente,	a	 Lei	816/49,	ampliou	o	período	de	 férias	para	20	dias	úteis	e,	 com	o	Decreto-Lei	
1.535/77	fixou-se	o	período	atual	de	30	dias	corridos	(art.	132).	
Os	 empregados	 domésticos,	 durante	muito	 tempo,	 e	 por	 força	 de	 legislação	 específica	
(Lei	5.859/72),	gozavam	de	20	dias	úteis	de	férias,	entretanto,	com	o	advento	da	Lei	11.324/2006,	o	
seu	período	de	férias	foi	alterado	para	30	dias	corridos.	
É	importante	ressaltar	que	o	art.	130	da	CLT	dispõe	que	o	número	de	dias	de	férias	que	o	
empregado	 terá	 direito	 por	 ano,	 irá	 variar	 em	 função	 do	 número	 de	 faltas	 injustificadas	 que	 este	
teve,	no	curso	do	seu	período	aquisitivo.	Sendo	assim,	é	vedado	descontar	as	faltas	injustificadas	ao	
serviço,	do	período	de	férias	do	empregado.	
Assim,	 o	 número	 de	 faltas	 injustificadas	 durante	 o	 período	 aquisitivo	 irá	 refletir	 na	
quantidade	de	dias	de	 férias	do	empregado,	pois	 se	o	mesmo	 tiver	mais	de	32	 faltas	no	período	
aquisitivo	perderá	o	direito	às	férias.	Por	outro	lado	o	empregado	que	tiver	até	5	faltas	no	período	
aquisitivo,	terá	direito	ao	período	integral	de	férias;	de	6	a	14	faltas	injustificadas	fará	jus	a	24	dias	
de	férias;	de	15	a	23	faltas	injustificadas	fará	jus	a	18	dias	de	férias;	e	de	24	a	32	faltas	injustificadas	
fará	jus	a	12	dias	de	férias.	Tudo	conforme	o	quadro	abaixo:	
NÚMERO	DE	FALTAS	INJUSTIFICADAS	 NÚMERO	DE	DIAS	DE	FÉRIAS	
Até	5	dias	de	faltas	 30	dias	
De	6	a	14	dias	de	faltas	 24	dias	
De	15	a	23	dias	de	faltas	 18	dias	
De	24	a	32	dias	de	faltas	 12	dias	
Mais	de	32	dias	de	faltas	 Perde	o	direito	às	férias	
	
A	MP	2.164-41/2001	inseriu	o	art.	130-A	na	CLT	que	dispõe	sobre	a	proporcionalidade	de	
dias	de	férias	para	quem	trabalha	a	tempo	parcial.	Assim,	os	empregados	submetidos	ao	regime	de	
trabalho	de	tempo	parcial	terão	férias	proporcionais,	justamente	porque	trabalho	menos	tempo	por	
dia.	Os	que	tiverem	mais	de	7	faltas	injustificadas	no	ano	terão	as	férias	reduzidas	pela	metade.	
3 
 
Assim,	fará	 jus	a	18	dias	de	férias,	quem	trabalhar	em	regime	semanal	superior	a	22	e	
até	25	horas;	16	dias	de	férias,	quem	trabalhar	em	regime	semanal	superior	a	20	e	até	22	horas;	14	
dias	de	férias,	quem	trabalhar	em	regime	semanal	superior	a	15	e	até	20	horas;	12	dias	de	férias,	
quem	trabalhar	em	regime	semanal	superior	a	10	e	até	15	horas;	10	dias	de	férias,	quem	trabalhar	
em	regime	semanal	superior	a	5	e	até	10	horas;	e	8	dias	de	férias,	para	quem	trabalha	em	regime	
semanal	igual	ou	inferior	a	5	horas.	Tudo	conforme	o	quadro	abaixo:	
					 	
JORNADA	SEMANAL	DE	TRABALHO	 NÚMERO	DE	DIAS	DE	FÉRIAS	
Superior	a	22	e	até	25	horas	 18	dias	
Superior	a	20	e	até	22	horas	 16	dias	
Superior	a	15	e	até	20	horas	 14	dias	
Superior	a	10	e	até	15	horas	 12	dias	
Superior	a	5	e	até	10	horas	 10	dias	
Inferior	a	5	horas	 8	dias	
Mais	de	32	dias	de	faltas	 Perde	o	direito	às	férias	
	
O	art.	131	da	CLT	estabelece	hipóteses	em	que	não	se	considera	a	falta	para	efeito	da	
concessão	de	férias.	A	1ª	hipótese	delas	refere-se	as	hipóteses	do	art.	473	da	CLT.	A	2ª	hipótese	diz	
respeito	ao	período	correspondente	à	 licença	maternidade.	A	3ª	hipótese	 refere-se	a	acidente	de	
trabalho	 ou	 enfermidade	 atestada	 pelo	 INSS,	 salvo	 quando	 tenha	 recebido	 da	 Previdência	 Social	
prestações	por	mais	de	6	meses,	mesmos	descontínuos.	As	Súmulas	46	do	TST	e	198	do	STF	dispõem	
que	as	ausências	decorrentes	de	acidente	de	trabalho	não	são	consideradas	para	efeitos	de	duração	
de	férias.		
A	4ª	hipótese	diz	respeito	às	faltas	 já	consideradas	como	 justificadas	pela	empresa,	ou	
seja,	aquelas	em	que	não	houve	desconto	do	salário.	A	5ª	hipótese	relaciona-se	às	situações	em	que	
o	 empregado	 seja	 suspenso	 preventivamente	para	 responder	 a	 inquérito	 para	 apuração	 de	 falta	
grave	de	empregado	estável	ou	para	prisão	preventiva,	quando	não	for	pronunciado	ou	absolvido.	A	
6ª	 hipótese	 versa	 sobre	 os	 dias	 em	 que	 não	 tenha	 havido	 serviço	 por	 determinação	 do	 próprio	
empregador.	
	
4 
 
3. PERÍODO	AQUISITIVO	E	CONCESSIVO	DAS	FÉRIAS	
Como	já	se	sabe	as	férias	visam	preservar	a	saúde	do	trabalhador,	permitindo	o	convívio	
familiar	e	social,	sendo	considerado	um	direito	irrenunciável	do	empregado.	Para	que	o	empregado	
tenha	direito	a	férias	é	necessário	cumprir	um	PERÍODO	AQUISITIVO,	ou	seja,	a	cada	doze	meses	de	
vigência	 do	 contrato	de	 trabalho	do	 empregado	é	que	haverá	o	direito	 às	 férias,	 que	deverão	 ser	
gozadas	nos	próximos	doze	meses	(PERÍODO	CONCESSIVO).	
O	 aviso	 prévio	 indenizado	 ou	 trabalhado	 também	 compõe	 a	 contagem	 do	 período	
aquisitivo,	uma	vez	que	o	mesmo	deve	ser	integrado	ao	tempo	de	serviço.	As	férias	adquiridas	serão	
sempre	devidas,	mesmo	em	caso	de	despedida	por	justa	causa.	
O	empregado	 se	no	curso	do	período	aquisitivo	ocorrer	umas	das	NÃO	TERÁ	DIREITO	A	FÉRIAS	
hipóteses	abaixo:	(i)	deixar	o	emprego	e	não	for	readmitido	dentro	dos	60	dias	após	a	sua	saída;	(ii)	
permanecer	 em	 gozo	 de	 licença,	 com	 percepção	 de	 salários,	 por	mais	 de	 30	 dias;	 (iii)	 deixar	 de	
trabalhar	com	percepção	de	salário,	por	mais	de	30	dias,	devido	a	paralisação	parcial	ou	total	dos	
serviços	 da	 empresa;	 (iv)	 tiver	 percebido	 da	 Previdência	 prestações	 decorrentede	 acidente	 de	
trabalho	ou	auxílio	doença,	por	afastamento	superior	a	seis	meses.	
O	 	das	férias	corresponde	aos	12	meses	subseqüentes	à	data	em	que	o	PERÍODO	CONCESSIVO
empregado	tenha	adquirido	o	referido	direito	(período	aquisitivo).	É	o	empregador	que	fixa	a	data	de	
concessão	 das	 férias	 de	 acordo	 com	 o	 seu	 interesse	 empresarial	 (art.	 136	 da	 CLT).	 As	 férias	 do	
empregado	serão	participadas	por	escrito,	com	antecedência	mínima	de	30	dias	 (art.	135/CLT)	e	o	
pagamento	deverá	ser	feito	até	dois	dias	antes	do	início	das	férias	(art.	145/CLT).	
O	 empregado	 que	 ficar	 doente	 durante	 o	 seu	 período	 de	 férias	 não	 tem	 direito	 a	
suspensão	da	mesma.		
	
4. FRACIONAMENTO	DO	PERÍODO	DAS	FÉRIAS	
A	regra	geral	é	que	as	férias	serão	concedidas	em	um	só	período,	podendo,	em	caráter	
excepcional,	poderão	ser	gozadas	em	dois	períodos,	desde	que	um	deles	não	seja	inferior	a	10	dias	
corridos.	Tal	regra	só	terá	aplicabilidade	para	as	hipóteses	previstas	nos	incisos	III	e	IV	do	art.	130	da	
CLT	(direito	a	18	e	a	12	dias	de	férias,	respectivamente)	e	em	relação	aos	incisos	I	a	IV	do	art.	130-A	e	
parágrafo	único	do	mesmo	dispositivo	da	CLT	(trabalho	a	tempo	parcial).	
5 
 
Ressalte-se	que	a	Convenção	132/70	da	OIT,	aprovada	pelo	Decreto	Legislativo	47/1988	
e	ratificada	pelo	Decreto	3.197,	de	5	de	outubro	de	1999,	ao	dispor	sobre	o	fracionamento	das	férias,	
determina	que	seja	observado	o	mínimo	de	14	dias,	para	um	dos	períodos.		
Assim,	para	quem	tem	direito	a	30	dias	de	férias,	o	fracionamento	sempre	resultará	em	
um	dos	períodos	com	o	mínimo	de	15	dias.	No	entanto,	para	quem	faz	jus	a	24	ou	18	dias	de	férias,	o	
fracionamento	 de	 um	 dos	 períodos	 deve	 observar	 o	 mínimo	 de	 14	 dias,	 de	 acordo	 com	 o	 que	
prescreve	a	referida	Convenção.	
Face	ao	exposto,	verifica-se	que	não	se	deve	aplicar	o	fracionamento	de	férias	para	as	
hipóteses	previstas	no	inciso	IV	do	art.	130	da	CLT	(12	dias	de	férias),	nas	hipótese	dos	incisos	IV,	V	e	
VI	do	art.	130-A,	da	CLT	(12,	10	e	8	dias	de	férias	para	quem	cumpre	trabalho	a	tempo	parcial),	bem	
como,	na	hipótese	do	parágrafo	único	do	art.	130-A	da	CLT.	
Os	maiores	de	50	anos	e	os	menores	de	18	anos	terão	a	concessão	das	férias	em	um	só	
período	(art.	134,	§	2º	da	CLT).	O	empregado	estudante	que	tenha	menos	de	18	anos	terá	direito	a	
fazer	coincidir	suas	férias	com	as	escolares	(art.	136,	§	2º).	Os	membros	da	uma	mesma	família	que	
trabalhem	no	mesmo	estabelecimento,	ou	na	mesma	empresa	terão	direito	de	gozar	suas	férias	em	
um	mesmo	período,	desde	que	requeiram	e	não	causem	prejuízo	ao	serviço.	
	
5. DIREITOS	GERAIS	SOBRE	O	PERÍODO	FÉRIAS	
As	férias	deverão	ser	anotadas	na	CTPS	do	empregado	que	não	poderá	inicial	o	seu	gozo	
sem	apresentar	ao	empregador	sua	carteira,	para	devida	anotação.	A	concessão	das	férias	também	
será	anotada	no	livro	ou	na	ficha	de	registro	de	empregados.	
Os	 adicionais	 de	 horas	 extras,	 noturno,	 de	 insalubridade	 ou	 de	 periculosidade	 serão	
computados	no	salário	para	efeito	do	cálculo	da	remuneração	das	férias	(art.	142,	§	5º).	
Se	 o	 empregado	 paga	 salário	 em	 utilidade,	 como	 alimentação	 ou	 habitação,	 há	
necessidade	de	se	apurar	tal	montante	para	efeito	de	pagamento	de	férias.	
O	empregado	tem	a	faculdade	de	 ,	no	converter	1/3	de	suas	férias	em	abono	pecuniário
valor	da	remuneração	que	lhe	seria	devida	nos	dias	correspondentes	(art.	143/CLT).	
O	 abono	 pecuniário,	 previsto	 no	 art.	 143	 da	 CLT,	 deve	 ser	 calculado	 sobre	 a	
remuneração	das	 férias	 já	acrescida	de	1/3	do	salário	previsto,	conforme	dispõe	o	 inciso	XVII	do	
art.	7º	da	CF/88,	devendo	ser	requerido	15	dias	antes	do	término	do	período	aquisitivo.		
6 
 
Se	 houver	 concessão	 de	 férias	 coletivas,	 a	 conversão	 do	 abono	 de	 férias	 deverá	 ser	
objeto	de	acordo	coletivo	entre	o	empregador	e	o	sindicato	dos	empregados.	
O	empregado	que	exerce	jornada	a	tempo	parcial	não	poderá	converter	parte	de	suas	
férias	em	abono	pecuniário	(art.	143,	§	único	da	CLT)	nem	no	caso	de	concessão	de	férias	coletivas.	
Quando	 da	 cessação	 do	 contrato	 de	 trabalho	 as	 férias	 podem	 ser	 classificadas	 como	
,	 referente	 ao	 período	 aquisitivo	 já	 transcorrido	 e	 que	férias	 vencidas férias	 proporcionais	
correspondem	ao	período	aquisitivo	em	curso,	que	ainda	não	está	completo.	
Haverá	direito	a	férias	em	dobro	se	elas	não	forem	concedidas	no	período	apropriado.	
Se	 as	 férias	 forem	 pagas	 na	 rescisão	 contratual	 elas	 terão	 natureza	 indenizatória,	 pois	 não	 foram	
gozadas,	 sejam	 elas	 proporcionais	 ou	 não.	 De	 acordo	 com	 a	 Súmula	 81/TST,	 os	 dias	 de	 férias	
gozados	após	o	período	legal	de	concessão	deverão	ser	remunerados	em	dobro.	
Findo	o	contrato	de	trabalho,	as	férias	adquiridas,	mas	ainda	não	gozadas,	serão	sempre	
devidas,	na	 forma	de	 indenização,	 com	o	acréscimo	de	1/3	do	salário,	 conforme	dispõe	a	Súmula	
328	 do	 TST.	 Por	 outro	 lado,	 se	 o	período	 concessivo	 já	 tiver	 sido	 encerrado	 quando	 da	 extinção	
contratual,	as	referidas	férias	indenizadas	com	o	1/3	do	salário	são	devidas	em	dobro,	na	forma	do	
art.	137,	caput,	da	CLT.	
O	pagamento	dos	valores	relativos	às	 férias	não	concedidas	não	corresponde	à	parcela	
salarial,	mas	sim	à	verba	indenizatória,	não	incidindo	FGTS,	conforme	a	OJ	195	da	SBDI-I/TST.	
Quando	 o	 empregado	 é	 ,	 perde	 o	 direito	 às	 férias	dispensado	 por	 justa	 causa
proporcionais	 relativas	 ao	 período	 incompleto	 de	 férias.	 Porém,	 se	 houver	 o	 TST	culpa	 recíproca	
entende	que	é	devido	metade	das	férias.	(Súmula	14	do	TST).	
De	acordo	com	o	que	estabelece	a	Súmula	171/TST,	salvo	na	hipótese	de	dispensa	do	
empregado	por	justa	causa,	a	extinção	do	contrato	de	trabalho	sujeita	o	empregador	ao	pagamento	
da	remuneração	das	férias	proporcionais,	ainda	que	incompleto	o	período	aquisitivo	de	12	meses.	
Quanto	à	dispensa	sem	justa	causa	e	o	término	do	contrato	de	trabalho	por	prazo	certo,	
o	 art.	 147	 da	 CLT,	 expressamente	 assegura	 o	 direito	 às	 férias	 proporcionais,	 que	 também	 serão	
devidas	 no	 caso	 de	 despedida	 indireta	 (art.	 483	 da	 CLT).	 A	 atual	 redação	 da	 Súmula	 171/TST	
manteve	 a	 exclusão	 do	 direito	 às	 férias	 proporcionais	 na	 hipótese	 de	 dispensa	 por	 justa	 causa,	
amparado	pelo	que	dispõe	o	parágrafo	único	do	art.	146	da	CLT.	Empregado	 tenha	menos	de	um	
de	empresa	e	não	é	demitido	por	justa	causa	tem	direito	a	férias	proporcionais.		ano	
7 
 
O	 dispõe	que	se	o	contrato	de	trabalho	cessar,	após	parágrafo	único	do	art.	146	da	CLT	
12	meses	de	serviço,	o	empregado,	desde	que	não	tenha	sido	demitido	por	justa	causa,	terá	direito	
à	remuneração	relativa	ao	período	incompleto	de	férias.		
A	 não	 faz	 distinção	 quanto	 ao	 modo	 de	 cessação	 do	Convenção	 nº	 132/70	 da	 OIT	
contrato	de	trabalho,	se	o	mesmo	decorreu	de	justa	causa	ou	de	pedido	de	demissão	do	empregado.	
O	art.	11	da	citada	norma	prevê	o	direito	às	férias	proporcionais	bastando	apenas	que	o	trabalhador	
cumpra	o	período	aquisitivo.	Assim,	mesmo	que	o	empregado	peça	demissão	e	tenha	menos	de	um	
ano	de	casa	ou	seja	dispensado	com	justa	causa,	terá	direito	a	férias	proporcionais	indenizadas.		
A	nova	redação	da	Súmula	261	do	TST dispõe	que	o	empregado	que	se	demite	antes	de		
completar	 12	meses	 de	 serviço	 tem	direito	 a	 férias	 proporcionais.	 Se	 já	 tem	mais	 de	 um	ano	na	
empresa,	 mesmo	 pedindo	 demissão,	 também	 terá	 direito	 às	 férias	 proporcionais	 referentes	 ao	
período	incompleto	de	férias.	
Quanto	às	 férias	vencidas,	o	empregado	fará	 jus	a	elas,	mesmo	pedindo	demissão	ou	
sendo	 dispensado	 com	 justa	 causa.	 O	 cálculo	 das	 férias	 indenizadas	 será	 feito	 com	 base	 na	
remuneração	 devida	 ao	 empregado	 à	 época	 da	 reclamação,	 ouse	 for	 o	 caso,	 à	 da	 época	 da	
cessação	do	contrato	de	trabalho	(Súmula	7/TST).		
As	Súmula	10	do	TST	dispõe	que	é	assegurado	ao	professor	o	pagamento	dos	salários	no	
período	de	férias	escolares.	Se	despedido	sem	justa	causa,	ao	término	do	ano	letivo	ou	no	curso	das	
férias,	faz	jus	aos	referidos	salários.		
	
	
6. FÉRIAS	COLETIVAS	
As	férias	podem	ser	classificas	em	 individuais	e	coletivas,	estas	previstas	no	art.	139	da	
CLT,	podendo	ser	concedidas	a	todos	os	empregados	de	determinados	setores	da	empresa;	a	todos	os	
empregados	de	determinados	estabelecimentos	da	empresa;	e	a	todos	os	empregados	da	empresa.	
Quando	se	tratar	de	férias	coletivas	o	empregador	avisará	ao	órgão	oficial	do	Ministério	
do	 Trabalho	 e	 Emprego	 e	 aos	 sindicatos	 representativos	 dos	 trabalhadores,	 com	 antecedência	
mínima	 de	 15	 dias,	 as	 datas	 de	 início	 e	 término	 do	 período	 de	 férias,	 precisando	 quais	 os	
estabelecimentos	ou	setores	abrangidos	pela	medida	(art.	139	da	CLT).	A	LC	123/2006	dispensou	as	
micro	e	pequenas	empresas	de	informar	ao	MTE	tal	medida.	
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No	 caso	 de	 férias	 coletivas,	 os	 empregados	 contratados	 há	menos	 de	 um	 ano	 gozarão	
férias	proporcionais,	iniciando-se,	a	partir	daí,	um	novo	período	aquisitivo	(art.	140	da	CLT).	Por	outro	
lado,	 se	 as	 férias	 coletivas	 forem	 concedidas	 em	 período	 superior	 àquele	 que	 o	 empregado	 teria	
direito,	os	dias	 restantes	devem	ser	considerados	como	 licença	 remunerada,	pois	é	o	empregador	
quem	dirige	a	atividade	laboral,	correndo	os	riscos	naturais	do	empreendimento.	
No	 caso	 de	 férias	 coletivas	 ou	 da	 concessão	 de	 licença	 remunerada	 o	 terço	 de	 férias	
também	será	devido.	Sempre	que	as	férias	forem	concedidas	após	o	período	concessivo	as	mesmas	
deverão	ser	pagas	em	dobro	(art.	137/CLT).	
	
	
	
	
REFERÊNCIAS	
	
CASSAR,	Vólia	Bomfim.	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Método,	8ª	ed.,	2013.				
DELGADO,	Maurício	Godinho.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	LTR,	12ª	ed.,	2013.	
GARCIA,	Gustavo	Filipe	Barbosa.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	8ª	ed.,	2014	
MARTINS,	Sérgio	Pinto.	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Atlas,	2014.	
MARTINEZ,	Luciano.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Saraiva,	6ª	ed.	2015.	
NASCIMENTO,	Amauri	Mascaro.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Saraiva,	2012.	
	
BONS	ESTUDOS	E	NÃO	SE	ESQUEÇA	DE	COMPLEMENTAR	OS	SEUS	ESTUDOS	COM	A	LEITURA	DO	MATERIAL	
DISPONIBILIZADO	E	DA	BIBLIOGRAFIA	RECOMENDADA!	
PROF.	JOÃO	LUÍS	PRIÁTICO	SAPUCAIA

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