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HISTÓRIA DIREITO NO BRASIL

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HISTÓRIA DO DIREITO
NO BRASIL
FORMAÇÃO DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
O Direito Brasileiro possui basicamente três fases:
A) Período Colonial (1500-1822): neste período, há uma total dependência ao Direito Português, que por sua vez sofreu influência do Direito Romano, do Direito Germânico, e do Direito Canônico;
B) Período Imperial (1822-1889): é um período de transição de um Direito a outro;
C) Período Republicano (à partir de 1889): período de desenvolvimento do Direito Brasileiro.
DIREITO PORTUGUÊS
O Direito Português, por sua vez, que estava estabelecido nos Forais acabou por ser compilado através das Ordenações do Reino:
A) Ordenações Afonsinas (1500-1514): concluídas no período de Afonso V, compunha-se de cinco livros e envolvia vários Direitos, como civil e processo civil,comercial, penal,organização judiciária e relações do Estado com a Igreja;
DIREITO PORTUGUÊS
B) Ordenações Manuelinas (1514-1603): elaboradas no Reinado de D. Manuel I, era uma compilação de todas as leis e atos modificativos das Ordenações Afonsinas;
C) Ordenações Filipinas: também compostas de cinco livros, coincidem com a época de dominação do governo espanhol sobre Portugal, que se iniciou no governo de Felipe I e terminou no governo de Felipe II, e tiveram vigência no Brasil de 1603 à 1916.
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PERÍODO COLONIAL
Ao tempo do Governo Geral (1548-1581), o Brasil teve a utilização do Código Sebastiânico (concluído no Reinado de D.Sebastião), também conhecido por Código de D.Duarte (que o organizou), que regulava o Direito Civil e o Direito Processual Civil e em muito respeitava o Direito Canônico. 
Este Código trouxe grandes modificações às Ordenações Manuelinas.
PERÍODO COLONIAL
Com a vigência das Ordenações Filipinas, várias leis extravagantes foram promulgadas para atender as necessidades da Colônia,tais como leis sobre câmbio marítimo e seguro.
Neste período também era aplicada a Lei da Boa Razão (1769), do período do Marquês de Pombal e que determinava que em caso de lacuna nas leis portuguesas deveria ser utilizado o Direito Romano para preenchê-las.
PERÍODO COLONIAL
Com a vinda da família real para o Brasil, inicia-se uma fase de um Direito propriamente brasileiro, com a promulgação por D. João VI de várias leis destinadas às necessidades sociais brasileiras, como a Carta Régia (1815), que tornou o Brasil como membro do Reino Unido Portugal, Brasil e Algarves e transformou o Rio de Janeiro em centro político.
PERÍODO COLONIAL
O judiciário, inicialmente com juízes não bacharéis, passou a ter Juízes de Fora (que tinham competência para as vilas) e Juízes Ouvidores (que tinham competência para as Comarcas), sendo que ambas as categorias faziam curso jurídico em Coimbra.
Das decisões destes Juízes cabiam recursos para, respectivamente, a Relação da Bahia, a Relação do Rio de Janeiro e a Relação do Maranhão; e as decisões destas Relações eram encaminhadas para a Casa de Suplicação. 
PERÍODO COLONIAL
Em 1808, a Casa da Suplicação (última corte de recursos, primórdio do Supremo Tribunal Federal) foi transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro.
Em 1821, um Decreto da Corte Portuguesa (que neste período retornava à Portugal) tentou impor ao Brasil a Constituição Espanhola de 1812, que foi revogado no dia seguinte, iniciando-se um movimento pela Constituição Brasileira.
PERÍODO IMPERIAL
A resistência da Corte Portuguesa a esta Constituição, foi um dos motivos da Independência e com o início do Período Imperial as Ordenações Filipinas foram revalidadas, em 1823.
Em 1824, surgiu a primeira Constituição Brasileira, outorgada pro D.Pedro I e compostas de quatro poderes: o Executivo, o Legislativo (sendo os deputados eleitos e os Senadores indicados pelo Imperador, com cargos vitalícios), o Judiciário e o Poder Moderador(que exercido pelo Imperador, regulava os demais poderes, que inclusive poderia dissolver a Câmara dos Deputados).
PERÍODO IMPERIAL
A Constituição de 1824 sofreu várias modificações, em especial porque quando da abdicação de D.Pedro I, seu filho D.Pedro II era menor e o Império foi governado por Regentes, até que ele assumisse o Trono.
 Mesmo no governo de D.Pedro II, outras modificações ocorreram.
PERÍODO IMPERIAL
Em 1830 foi criado o Código Criminal do Império e em 1832, o Código de Processo Criminal de Primeira Instância, substituído pelo Código de Processo Criminal em 1841. 
Aliás, a questão criminal foi abordada em primeiro lugar ante à severidade das punições impostas pelas Ordenações Filipinas.
Em 1850, surgiu o Código Comercial do Império no Brasil.
PERÍODO IMPERIAL
Em 1890, entrou em vigor o Código Penal dos Estados Unidos do Brasil que vigorou até a organização da Consolidação das Lei Penais, em 1932.
Tal Consolidação foi substituída pelo Código Penal de 1942, o qual sofreu reformas em 1984.
Em 1891, foi promulgada a primeira Constituição Republicana.
PERÍODO REPUBLICANO
À partir de 1.850, iniciou-se um trabalho do jurista Teixeira de Freitas para a construção de um Código Civil Brasileiro, que embora tenha influenciado o Código da Argentina não teve acolhida no Brasil. 
Em 1.900, Clóvis Bevilacqua começou um novo Projeto de Código Civil,que após parecer de Rui Barbosa, acabou por ser aprovado em 1.916,entrando em vigor em 01/01/17, substituindo as Ordenações Filipinas até então vigentes no campo do Direito Civil.
PERÍODO REPUBLICANO
Desde 1.916, várias leis extravagantes foram sendo promulgadas ao longo do tempo, o que culminou com a Constituição de 1.988 e seus princípios democráticos.
 Em 1.967, já havia sido nomeada uma comissão de revisão do Código Civil, que apresentou um Anteprojeto em 1.972, que por sua vez, transformou-se no Projeto de Lei 634/75, e que finalmente após grandes discussões levou à aprovação das alterações no Código Civil de 1.916.
PERÍODO REPUBLICANO
Mesmo sendo denominado “Novo Código Civil”, manteve ao máximo os princípios do Código de 1.916; ampliou a unificação dos Códigos Civil e Comercial, mantendo a autonomia entre ambos; realizou o afastamento de princípios processuais; fez a instituição de clásulas gerais e abstratas a serem preenchidas pelo julgador; e a inclusão de matérias especiais e jurisprudência posteriores a 1.916 em seu sistema.Inverteu a sequência das matérias, e incluiu Direito de Empresa.
PERÍODO REPUBLICANO
No que se refere às Constituições, além da Constituição Imperial e da primeira Constituição da República, o Brasil ainda teve:
Constituição de 1934: promulgada em 16 de julho pela Assembleia Nacional Constituinte, no governo de Getúlio Vargas.
Constituição de 1937: Outorgada no governo de Getúlio Vargas, em 10 de Novembro de 1937, mesmo dia em que implanta a ditadura do Estado Novo.
PERÍODO REPUBLICANO
Constituição de 1.946: elaborada por Eurico Gaspar Dutra, então presidente (1946-1951), promulgou Constituição dos Estados Unidos do Brasil, consagrando as liberdades expressas na Constituição de 1934, que haviam sido retiradas em 1937.
Constituição de 1967: Elaborada no governo de Castelo Branco. O Congresso Nacional foi transformado em Assembleia Nacional Constituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou, sob pressão dos militares, uma Carta Constitucional semi-outorgada que buscou legalizar e institucionalizar o regime militar.
Constituição de 1969: emenda à Constituição de 1967,considerada por muitos como uma nova Constituição.
PERÍODO REPUBLICANO
Constituição Brasileira de 1988: Elaborada no governo de José Sarney. É a primeira elaborada com respeito aos princípios democráticos de Direito.
Já recebeu cerca de setenta emendas constitucionais.

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