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Revisão Direito Processual Civil II

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Revisão Direito Processual Civil II – Processo de Conhecimento
1 - Em atenção ao art. 347 a 353, quais as possíveis providências preliminares que podem ser adotadas pelo juiz?
Findo o prazo para a contestação o juiz toma as seguintes providências:
1. Da não incidência dos efeitos da revelia: 
Os fatos alegados pelo autor ainda não podem ser considerados verdadeiros mesmo que tenha ocorrido a revelia, o juiz ordena a especificação das provas que o autor alegou.
O juiz permite ao réu a produção de provas, mesmo que não tenha apresentado defesa, contrapostas às alegações do autor, desde que solicite no prazo.
2. De fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor
Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
3. Das alegações do réu
Se o réu alegar qualquer matéria processual no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias permitindo-lhe a produção de prova.
Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.
2 - Na fase do julgamento conforme o estado do processo, que tipos de decisões podem ser proferidas pelo juiz?
O processo deve seguir o rito após as providências preliminares, processo abre para sua fase instrutória (produção de provas). Caso não haja a necessidade de produção de provas, é possível que o processo seja extinto com ou sem o julgamento de mérito.
O juiz pode julgar o processo e: 
1. Extingui-lo - Quando ocorrer qualquer das hipóteses previstas nos art. 485 e 487 incisos I e II.
2. Julgar antecipadamente o mérito - Ocorre quando não houver necessidade de produção de provas e/ou quando o réu for revel e não houver requerimento de prova.
3. Julgar antecipadamente o mérito, mas de forma parcial - Ocorre quando um ou mais dos pedidos formuladores for incontroverso e/ou estiver em condições de imediato julgamento.
3 - Sobre a decisão saneadora: indique a sua natureza, momento processual em que é proferida e o seu conteúdo.
A decisão saneadora ocorre em dois momentos no CPC, por ocasião das providências preliminares e no bojo do julgamento conforme estado do processo.
O juiz deve:
I - Resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV - Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
4 – O que é prova?
Prova é o meio legal empregado no processo para efeito de ministrar ao órgão judicante os elementos de convicção necessários ao julgamento e, mais adiante, também conceitua, como todos elementos legais, inclusive os moralmente legítimos, hábeis para apurar a verdade do fato em que se funda o pedido ou a defesa.
5 - Qual a natureza jurídica da prova no Processo Civil?
A prova é o meio jurídico idôneo para demonstrar ou para convencer o juiz da existência ou da inexistência de um fato jurídico. A prova é o método, instrumento, demonstração e convencimento do juiz.
6 - Quais são os objetos da prova e o que não é objeto de prova, no Processo Civil?
É o fato jurídico pertinente (diz respeito ao processo), relevante (que influencia o resultado do processo) e o contraditório (impugnado). Alegado por uma parte e impugnado por outra. Em princípio, se prova fato.
7 – Em que casos o direito deve ser provado?
O direito discutido no processo não necessita ser provado, pois deve ser de conhecimento do juiz. Em relação a se provar o direito, o que pode ocorrer é que o juiz exija que sejam provados a vigência de certas espécies normativas, previstas no art. 337 do CPC, visto que não é função do juiz conhecer o direito do mundo todo.
8 – Explique o teor do Princípio da Comunhão das Provas.
O princípio da comunhão das provas estabelece que, vez entregues as provas ao tribunal, elas passam a pertencer ao processo e torna-se irrelevante quem as forneceu. Tanto que, não pode a parte seccionar a prova para aproveitar apenas a parcela que lhe interessa apresentada em juízo, a prova pertence ao processo e não as partes, podendo ser aproveitada em favor ou desfavor de qualquer polo (ativo ou passivo) da demanda. Dessa forma, entenda-se: a prova pertence ao processo, até porque são destinadas a formar a convicção do órgão julgador.

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