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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * HERPES VÍRUS HSV-1, HSV-2, Varicela-Zoster * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Introdução A propriedade mais notável do herpesvírus consiste na sua capacidade de estabelecer infecções persistentes durante toda a vida de seus hospedeiros, sofrendo reativação periódica. A infecção reativada, pode ser, do ponto de vista clínico, muito diferente da doença causada por infecção primária * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Introdução Existem 100 vírus do grupo Herpes que infectam numerosas espécies animais; Os Herpesvírus que comumente provocam infecções em humanos incluem: Os vírus do herpes simples tipos 1 e 2; O vírus da Varicela-Zoster; O citomegalovírus; O vírus do Epstein-Barr; Os herpesvírus 6 e 7; O herpesvírus associado ao sarcoma de Kaposi. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * TIPOS * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Estrutura Viral Os diferentes membros do grupo compartilham certos detalhes arquitetônicos e são indistínguíveis quando examinados à microscopia eletrônica. Todos possuem um cerne de DNA linear de filamento duplo, na forma toróide, circundado por um revestimento protéico que exibe simetria icosaédrica. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Estrutura Viral O nucleocapsídeo é circundado por um envoltório proveniente da membrana nuclear da célula infectada Contém espículas de glicoproteínas O tegumento refere-se a uma estrutura amorfa e, por vezes, assimétrica localizada entre o capsídeo e o envoltório * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Estrutura Viral * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Classificação O HSV é dividido em subfamílias, com base nas propriedades biológicas dos agentes. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Classificação a-herpesvírus citolítico crescimento lento Infecções latentes nos gânglios Vírus do Herpes simples e da varicela-zoster * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Classificação B-herpesvírus Citomegálicos(aumento maciço das células infectadas) Crescimento lento Latentes nas glandulas secretórias e nos rins Citomegalovírus e vírus do herpes simples 6 e 7 * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Classificação Y-herpesvírus Infectam células linfóides Infecções latentes em células linfóides Vírus do Epstein-Barr e da Varicela-Zoster * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Classificação Existe pouca correlação antigênica entre os membros do grupo do herpesvírus. Apenas os vírus do herpes simples 1 e 2 compartilham um número significativo de antígenos comuns. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Replicação dos Herpesvírus Ligação entre glicoproteínas do envoltório viral e receptores celulares específicos Fusão entre o envoltório viral e membrana celular Penetração do nucleocapsídeo Transporte do capsídeo até o poro nuclear desnudamento DNA viral forma um círculo Expressão genética binding * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Replicação Viral Síntese de DNA viral e proteínas virais Acoplamento do DNA viral a nucleocapsídeo vazio pré-formado no núcleo da célula Brotamento do nucleocapsídeo através da membrana nuclear Liberação do vírus através da célula Expressão genética dnarep encap release * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Replicação Viral As células infectadas por herpesvírus são invariavelmente destruídas. A síntese celular normal de DNA e proteínas é praticamente interrompida quando começa a replicação do vírus * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Replicação Viral * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 CLASSIFICAÇÃO, MORFOLOGIA E ESTRUTURA ANTIGÊNICA Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae Gênero Simplexvírus simetria icosaédrica genoma formado por DNA de fita dupla Os dois tipos sorológicos contém Ag comuns e Ag tipo-específicos structure * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Genoma com homologia significativa Exibem reaçãocruzada, entretanto exibem algumas proteínas próprias Ciclo de cresc. HSV: 8-16 h. - genes a:iniciam o processo de replicação (imediatos iniciais) -genes b:codificam proteínas de replicação ( iniciais) -genes y:codificam proteínas estruturais (tardios) hsvrna * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 São produzidas pelo menos oito glicoproteínas virais gD -> potente indutor de Ac neutralizantes C -> proteínas de ligação do complemento(C3b) gE ->R-Fc gG ->discriminação antigênica entre HSV-1 e HSV-2 * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 PATOGENIA E PATOLOGIA PORTA DE ENTRADA REPLICAÇÃO LOCAL Disseminação hematogênica ou neurogênica mucosa nasofaringea conjuntiva, órgãos genitais e escoriações da pele. propagação infecção primária * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Manifestações Clínicas Recuperação da infecção primária Gengivoestomatiete herpética Ceratoconjutivite herpética Eczema variceliforme de Kaposi Meningoencefalite herpética Vulvovaginite “ Herpes Neonatal Sorotipo 1 Sorotipo 2 O vírus entra em estado de latência, podendo ser reativado latency * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Reativação viral Herpes labial Herpes genital } Infecção secundária * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 O HSV podem causar muitas manifestações clínicas, e as infecções podem ser primárias ou recorrentes As infecções primárias são observadas em indivíduos imunocomprometidos, e na maioria das pessoas são assintomáticas, porém resultam de produção de Acs e no estabelecimento de infecções latentes nos gânglios sensoriais As lesões recorrentes são comuns. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Doença Orofaringea ou gengivoestomatite herpética A doença sintomática ocorrem mais freqüentemente em crianças(1-5 anos) e afeta a mucosa bucal e gengival A doença clínica tem duração de 2-3 sem. - HSV-1 Febre, faringite, lesões vesiculares e ulcerativas, edema, gengivoestomatite, linfadenopatia submandibular, anorexia, mal-estar A doença recorrente localiza-se na borda dos lábios, comdor no início e desapareca de 4-5 dias com recidivas. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Herpes Labial Lesão: vesícula clara que ulcera * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HERPES ORO-FARÍNGEA * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HERPES OROFARÍNGEA * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Ceratoconjuntivite A infecção inicial por HSV-1 pode ocorer nos olhos, produzindo ceratoconjuntivite grave. Lesões oculares recorrentes são comuns(ulcera de córnea e vesículas nas pálpebras) pode levar a cegueira * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírusdo Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Herpes Genital Habitualmente causada po HSV-2 Inf. genitais primárias podem ser graves e durar cerca de 3 sem. Lesões vesículo-ulcerativas do pênis ou colo uterino, vulva, vagina e períneo. Podem estar associadas a febre mal-estar, disúria e linfadenopatia inguinal. Percebe-se reatividade cruzada entre HSV-1 e HSV-2 diminui gravidade recidivas * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HERPES GENITAL * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Infecções Cutâneas A pele intacta é resistente ao HSV Contaminação via escoriações (herpes traumáticas) São quase sempre graves e potencialmente fatais quando ocorrem em indivíduos com distúrbios da pele, como eczema ou queimaduras, que permitem a extensa replicação e disseminação do vírus. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HERPES CUTÂNEA * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Paroníquia Herpética Infecção do dedo que ocorre através de cortes ou infecções na pele * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Encefalite Lesão do lobo temporal presença de pleiocitose (sobretudo linfócitos) no líquido cefalorraquidiano Diagnóstico definitivo - isolamento de vírus por biópsia ou post-mortem taxa de mortalidade ou seqüelas neurológicas residuais * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Hérpes Neonatal A infecção por HSV pode ser adquirida in útero, durante o parto normal ou após o nascimento 1 em 5000 partos por ano RN imunidade doença grave A tx de mortalidade da doença não-tta é de 50% lesão localizadas nos olhos, pele e boca; encefalite;e doença disseminada em múltiplos órgãos + comum(75%),uso Cesária * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HERPES NEONATAL * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Infecções em imunocomprometidos alto risco de infecções graves HIV, desnutrição e paciente submetidos a quimioterapia Na maioria dos casos, a doença reflete a reativação de infecção latente por HSV. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Diagnóstico Laboratorial A)isolamento e identificação do Vírus: pode ser isolado lesões herpéticas(pele, córnea ou cérebro), lavados de garganta, líquido cefalorraquidiano, e nas fezes, tanto nas infecções primárias quanto nas assintomáticas. 2-3 dias, mediante TN e IF indireta * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 B)Sorologia Ac aparecem 4-7 dias após a infecção TN, FC, ELISA, radioimunoensaio ou IF atingem nível máximo 2-4 semanas persistem por toda a vida com pequenas flutuações Limitado, devido aos sorotipos da herpes * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 IMUNOLOGIA RN Acs maternos (desaparecem 6 meses de vida) 6 meses a 2 anos suscetibilidade a infecção herpética primária inf. Primárias aparecimento de IgM transitório, seguidos de IgG e IgA, que persistem por longos períodos de tempo. Imunidade celular e certos fatores inespecíficos do hospedeiro (NK, inf) importantes no controle Não são totalmente protetores, + atenuam e até previne a inf. Primária. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial transmissão por contato com secreções infectadas HSV-1 É provável que seja o vírus mais constantemente encontrado em humanos A infecção primária é geralmente assintomática Estabelece um estado de portador por toda vida HSV-2 DST; 500.000 novos casos por ano Abortos espontâneos em mães com 20 sem de gestação * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Considerações Gerais agentes antivirais inibidores da síntese de DNA viral - pode reduzir a tx de mortalidade neonatal. RNs e Indivíduos com eczema devem ser protegidos da exposição a indivíduos com lesões herpéticas ativas. Estão sendo desenvolvidas vários tipos de vacinas experimentais(p/ inf primária) * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Tratamento O tratamento é feito com medicamentos antivirais, por via oral e tópica, e tem como objetivo encurtar a duração dos sintomas, prevenir as complicações e diminuir os riscos de transmissão Inibidores da DNA polimerase viral- Aciclovir (200 a 400 mg de 6/6h) * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA-ZOSTER Introdução A varicela é uma doença leve e altamente contagiosa, ocorrendo usualmente na infância; Caracteriza-se do ponto de vista clínico por erupção vesicular generalizada da pele e das mucosas; A doença pode ser grave em adultos e crianças imunocomprometidas O vírus da varicela-zoster pode causar a própria varicela (catapora) ou o Zoster (cobreiro) * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA-ZOSTER PROPRIEDADES DOS VÍRUS *Pertence ao grupo dos herpesvírus *Constituído por DNA medindo serca de 100nm de diâmetro *Apresenta forma icosaédrica *O envelope viral contém glicoproteínas que representam os marcadores primários da imunidade humoral e celular; *A varicela e o herpes zoster apresentam quadros clínicos produzidos pelo mesmo agente etiológico: vírus varicela-zoster * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA-ZOSTER Assim como os outros membros da família herpesvírus, apresentam como caráter comum o fato de permanecerem em estado latente durante toda a vida do indivíduo; Ocorre recrudescência por ocasião de imunodepressão (Zoster); O vírus VZ é exclusivamente humano; * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA PATOLOGIA E PATOGENIA Via da infecção: vias aéreas superiores e a conjuntiva; As lesões cutâneas e mucosa focais são produzidas por infecção viral das células endoteliais capilares; A replicação e a disseminação do vírus são limitadas pelas respostas imunes humorais e celulares do hospedeiro. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período de incubação: Em média de 12 a 15 dias Período prodrômico Apresenta uma duração variável de horas até 3 dias. Período exantemático Há o aparecimento de erupção da pele e mucosa * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As erupções de início maculopapular transforman-se em vesicular no dia seguinte; Após 2 a 4 dias transformam-se em crostas que se despredem sem deixar cicatrizes 4 a 6 dias depois; O mal-estar e febre constituem sintomas iniciais, seguidos rapidamente de erupções a principio no tronco, depois no rosto, nos membros e nas mucosa bucal e faríngea. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A febre persiste enquanto houver novas lesões, e é proporcional a intensidade das erupções; As complicações são raras em crianças normais,e a taxa de mortalidade é muito baixa; Na varicela neonatal, a infecção é contraída da mãe pouco antes ou pouco depois do parto; Em lactantes a taxa de mortalidade pode ultrapassar os 30%; * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Infecção cutânea: A superinfecção com bactérias piogênicas constitui, também, uma das mais frequentes complicações que inclui abcessos, linfadenite, celulite, erisipela e gangrena * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Complicações pulmonares: São complicações frequentes e graves podemdo ser ocasionadas pelo próprio vírus, produzindo um quadro de pneumonite intersticial, ou por infecção bacteriana associada. Pneumonite ocorre em 16 a 50% dos adultos com varicela. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Complicações do SNC Compreendem encefalite, meningite asséptica, ataxia cerebelar aguda, mielite transversa aguda. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * VARICELA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Varicela hemorrágica: Forma grave com queda acentuada do estado geral, estado toxêmico, manifestações hemorrágicas cutâneas (vesículas hemorrágicas petéquias, sufusões) e viscerais, plaquetopenia com mecanismo de coagulação intravascular disseminada implicados. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER INTRODUÇÃO O zoster (cobreiro) é uma doença esporádica e incapacitante de adultos ou indivíduos imunocomprometidos, caracterizada por erupção cuja distribuição se limita a pele inervada por um gânglio sensitivo. As lesões se assemelham a da varicela * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER INTRODUÇÃO A varicela representa a doença aguda, enquanto o zoster constitui a resposta do hospedeiro parcialmente imune a reativação do vírus da varicela presente na forma latente em gânglios sensoriais. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER PATOGENIA E PATOLOGIA Do ponto de vista histopatológico, as lesões cutânea do zoster são idênticas às da varicela Verifica-se a ocorrência de inflamação aguda dos nervos e gânglios sensoriais. Não se sabe ao certo o que deflagra a reativação das infecções latentes pelo vírus localizados nos gânglios. Acredita-se que o declínio da imunidade possa permitir a ocorrência da replicação do vírus no gânglio. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER PATOLOGIA E PATOGENIA O vírus segue o trajeto do nervo até a pele onde induz a formação de vesículas; A imunidade celular constitui a mais importante defesa do hospedeiro para conter o vírus da varicela-zoster; As reativações são esporádicas, e raramente sofrem recidiva. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A primeira manifestação é a dor na área correspondente ao trajeto do nervo afetado, precedendo as lesões cutâneas de 3 a 5 dias, sendo acompanhada de febre discreta, cefaléia e mal estar. As lesões cutâneas são inicialmente eritematopapulosas, evoluindo rapidamente para papulo vesiculosas e papulopustulosas, começando então a regredir. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Apresentam-se reunidas em pequenos grupos situados em um ou mais dermátomos; É caracteristico do herpes Zoster ser unilateral; As regiões mais comumente comprometidas são: -Torácica- 53% dos casos; -Cervical- 20% dos casos*; -Trigêmio(d.o.)- 15% dos casos; -Lombossacra-11% dos casos*, * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Em pacientes imunodeprimidos, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente disseminadas (HIV). Estudos mostram que a incidência da herpes-zoster assim como a sua recorrência, ocorre com mais freqüência em pacientes HIV positivos. O zoster tende a disseminar-se e a ser mais grave quando existe alguma doença subjacente, particularmente em pacientes com câncer. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS/ VARICELA- ZOSTER O diagnóstico clínico da varicela e herpes-zoster apoia-se nas manifestações clínicas próprias e em dados epidemiológicos. Devem ser diferenciados principalmente de outras doenças que apresentam axantemas semelhantes, como: varíola, eczema herpético, rickettioses e infecções por vírus coxsackie e impetigo. * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS/ VARICELA- ZOSTER Em esfregaços corados de raspados ou de swbs da base das vesículas, observa-se a presença de céls gigantes multinucleadas céls ausentes nas vesículas n-herpéticas (por IF detecta-se a presença de Ag virais intracelulares). É possível detectar uma elevação dos t´tulos de Ac específicos no soro do paciente por meio de vários testes(FC, TN, IF e imunoensaio enzimático.) * * * * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * EPIDEMIOLOGIA- VARICELA- ZOSTER Cosmopolita Varicela-comum e epidêmica na infância(2 a 6 anos) Todavia, ocorrem casos em adultos Propaga-se por perdigotos de modo fácil e, de modo menos importante, por contato com erupções cutâneas. Menos de 1% dos pacientes vão a óbito, geralmente em decorrências de complicações pulmonares ou do SNC. Zoster- ocorre de modo esporádico, principalmente em adultos, sem prevalência sazonal. A infecção é menos comum por contato, talvez pelo fato de o vírus estar ausente nas vias aéreas superiores nos casos típicos. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * A Varicela em crianças é uma doença branda, que não necessita de tto. Uso de gamaglobulina em caso de imunocompetentes e RNs expostos a Varicela- Zoster- uma iniciada a varicela carece de valor terapêutico. Em 1995, foi aprovada vacina de vírus atenuado contra a varicela Tto com antivirais pode ser usado em casos de imunossuprimidos * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * CITOMEGALOVÍRUS Citomegalovírus é um patógeno comum, que infecta, 0,5% a 2,5% de todos os recém-nascidos e cerca de 50% da população adulta em países desenvolvidos. Trata-se da causa mais comum de defeitos congênitos. O CMV torna-se particularmente importante como patógeno em pacientes imunodeprimidos. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * O vírus da citomegalia humana (HCMV) ou herpesvírus humano tipo 5 (HHV-5) pertence à família HERPESVIRIDAE, subfamília BETAHERPESVIRINAE, gênero CITOMEGALOVIRUS. Morfologicamente, o HCMV é indistinguível dos outros membros do grupo, mas, ao contrário destes, só é cultivável em culturas celulares de origem humana * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Somente em culturas de células, os mecanismos de replicação viral levam á produção de partículas virais completas, infecciosas, surgindo um efeito citopático característico, com aumento das células infectadas, desenvolvimento de corpúsculos de inclusão intranucleares e intracitoplásmicos e, por vezes, formação de aglomerados celulares gigantes. O vírus tem uma tendência em se manter associado às células da cultura, com liberação de um número muito reduzido de partículas virais, no sobrenadante* Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Manifestações Clinicas Em adultos saudáveis, o CMV não produz normalmente nenhum sintoma ou sinal. Algumas pessoas podem apresentar sintomas semelhantes a um quadro de mononucleose infecciosa como, por exemplo, enfartamento ganglionar, febre, mal-estar, dores articulares e cansaço, além de aumento de volume do fígado e/ou do baço e erupções cutâneas; estes sintomas e sinais tem evolução autolimitada * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Na biópsia hepática, a infecção congênita aparece como "hepatite neonatal de células gigantes", sendo que essas células gigantes multinucleadas são umas respostas inespecífica do fígado. O achado característico da hepatite pelo CMV são inclusões grandes e únicas no núcleo das células, chamadas de "olhos de coruja" ( Cowdrey tipo A ). Elas podem ser encontradas nos hepatócitos e nas células de Kupffer, mas são mais comuns nas células do epitélio biliar. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Inclusão típica do CMV em "olho de coruja" * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * HEPATITE - CMV * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Manifestações Clinicas LESÃO DE RETINA -CMV LESÃO NA PELE -CMV * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Complicações Quando ocorre a transmissão vertical do CMV, ou seja, a transmissão da gestante para o feto, principalmente durante o primeiro trimestre de gravidez, há uma grande possibilidade da criança nascer e se desenvolver com retardamento mental, cegueira, surdez, paralisia cerebral, epilepsia. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Transmissão As formas de transmissão do CMV não são completamente compreendidas. A infecção ocorre quando há proximidade e contato íntimo com uma pessoa que esteja excretando o vírus em sua saliva, urina ou outro fluído corpóreo. O CMV pode ser transmitido sexualmente, e pode também ser transmitido pelo leite materno, transfusões sangüíneas e transplantes de órgãos. Muitas mulheres apresentam-se assintomáticas quando infectadas pelo CMV. São seus bebês que correm o risco de desenvolver uma enfermidade congênita. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Infecção intra-uterina A infecção intra-uterina pelo CMV pode ser adquirida por uma infecção primária, desenvolvida durante a gestação, ou através de uma recorrência da infecção materna (reativação ou reinfecção), em uma mulher soropositiva. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * Complicações Quando o CMV é adquirido, ou se reativa, nos indivíduos imunocomprometidos, pode provocar doenças graves. Nos portadores do HIV são mais comuns o comprometimento do sistema nervoso central, do trato digestivo (colite, esofagite), hepatite, pneumonia e retinite, que pode levar à cegueira. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * DIAGNÓSTICO O diagnóstico baseia-se no isolamento do vírus e em ensaios sorológicos e moleculares. Também pode ser feita pesquisa de células citomegálicas com inclusões intranucleares típicas, no sedimento urinário e nas secreções das vias respiratórias por microscopia óptica, microscopia eletrônica, hibridização in situ ou imunofluorescência anticomplemento. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * IMUNOFLUORESCÊNCIA Antigenemia pp65 - CMV Shell-vial. pp72 CMV * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * A inoculação em culturas de fibroblastos de origem humana, com vistas à identificação do ECP do citomegalovírus, é um processo demorado, uma vez que este pode aparecer ao fim de cinco semanas ou mais. No entanto, a presença de antígenos virais pode ser detectada mais precocemente, tanto por imunofluorescência, como por técnicas imunoenzimáticas * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * DIAGNÓSTICO O diagnóstico de infecções por ciotmegalovírus pode ser confirmado pela soroconversão significativa, usando-se as reações de fixação do complemento, neutralização, imunofluorescência e hemaglutinação indireta, assim como pela pesquisa de anticorpos da classe IgM. A fixação do complemento é a reação mais utilizada tanto no diagnóstico clínico, como nos levantamentos epidemiológicos, mais exige o uso de antígeno de título elevado. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * TRATAMENTO Não existe tratamento específico para as infecções por citomegalovírus, e a generalização do uso de vacinas atenuadas, submetidas a diversos testes, está sujeita as restrições várias. Dentre elas, podemos citar a necessidade de serem utilizadas as diversas cepas de vírus conhecidos, a duração da imunidade, a participação da imunidade medida por células e o potencial oncogênico do citomegalovírus, como de todos os membros da família Herpesviridade * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * TRATAMENTO O ganciclovir e o foscarnet foram aprovados pela FDA para tratamento de infecção por CMV, e são especialmente úteis para pacientes imunossuprimidos ganciclovir é estruturalmente semelhante ao ACV; ele é fosforilado e ativado por uma enzima do CMV, inibe a DNA polimerase viral e induz terminalização da cadeia de DNA. Ele é mais tóxico que o ACV. * Dr.Luis Carlos F.Carvalho DeptoPatologia - UFMA * TRATAMENTO O foscarnet é uma molécula simples que inibe a DNA polimerase viral ao mimetizar a porção pirofosfato dos nucleotídeo trifosfato. Foi aprovado como alternativa ao ganciclovir,o CMV dessemina-se principalmente pela via sexual,transplante de tecido e vias de transfusão e a transmissão por essas vias é evitável
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