Buscar

Aula 1 Dir. Proc. Civil III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2016.2
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
 
Professora: Rafaela Almeida
e-mail: rafaela.oabdf@gmail.com
BIBLIOGRAFIA
- Theodoro Jr, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Vol. III - 49ª Ed. 2016.
- Neves, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil - Vol. Único - 8ª Ed. 2016.
- Didier Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Reescrito Com Base No Novo CPC - Vol. 3 - 18ª Ed. 2016.
- Câmara, Alexandre Freitas. O Novo Processo Civil Brasileiro - 2ª Ed. 2016.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Sentença: espécies e requisitos. Efeitos da sentença. 
Coisa julgada: conceito; espécies e limites. 
Teoria Geral dos recursos. Apelação: conceito, interposição, processamento e julgamento. Agravos: conceito, espécies, interposição, processamento e julgamento. Embargos: conceito, interposição, processamento e julgamento. Recursos para os tribunais superiores: ordinário, especial e extraordinário. Recurso Adesivo. 
Processo judicial eletrônico. Informatização do processo judicial. Comunicação eletrônica dos atos processuais. Processo eletrônico.
Objetivos: Analisar e compreender os diversos institutos e instrumentos da seara processual civil. 
Analisar, reconhecer e utilizar os instrumentos de maneira adequada, especialmente no que tange a fase probatória no processo civil. Identificar e instrução processual, sentença e recursos disponíveis. 
Compreender os mecanismos que viabilizam a informatização do processo judicial. 
Provas:
1º Bimestre: 28/09
2º Bimestre: 07/12
DAS PROVAS
O direito à prova tem origem nos princípios do contraditório e de acesso à justiça. Por meio desse direito, busca-se garantir adequada participação do cidadão no processo. 
Produzida a prova, ela se desprende de quem a apresentou e é integrada aos autos. Torna-se irrelevante saber quem a produziu, inclusive, podendo ser utilizada contra quem a encaminhou ao processo.
O juiz irá valorar e considerar as provas sem se preocupar com a sua origem, a menos que seja ilícita. 
Ademais, elas têm efeito extensivo aos litisconsortes.
Assim, os fatos provados podem alcançar as partes e litisconsórcios, ainda que para prejudicar.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Ora, obviamente um fato não pode ser entendido de uma forma para um sujeito e de outra para outro, senão não se estaria privilegiando a verdade dos fatos. 
O fato é verdadeiro ou falso para todos os sujeitos do processo. 
Não estamos, contudo, afirmando que uma prova surtirá os mesmos efeitos a todos os sujeitos. 
Isso nem sempre ocorrerá e dependerá de como o fato que está sendo provado, ou não, atinge, especificamente, cada pessoa.
 
 ESPÉCIES DE PROVA
O CPC/2015 prevê espécies típicas de provas – testemunhal, pericial, documental, depoimento pessoal, confissão e inspeção judicial, mas não restringe a ocorrência de outras espécies: as atípicas, que devem cumprir a regra do art. 369: a prova deve ser legal e moralmente legítima.
DEPOIMENTO PESSOAL
Quando a parte contrária requer testemunho das partes em juízo, origina-se o depoimento pessoal. 
É uma espécie de prova oral. Não se confunde com prova testemunhal, pois os sujeitos que prestam depoimento pessoal devem estar na relação jurídica processual como partes da demanda.
Também não se confunde depoimento pessoal com prova pericial, pois enquanto o depoimento pessoal deve ser prestado por sujeitos interessados, diretamente, no processo, a prova pericial deve ser dirigida por um terceiro que não tenha interesse na solução processual.
O pedido para depoimento pessoal dos sujeitos envolvidos deve ser feito expressamente pela parte contrária do processo (autor ou réu). 
Admite-se pedido de depoimento pessoal feito por terceiros intervenientes dos sujeitos que se encontram em posição oposta no processo. 
No entanto, não se admite o pedido de ofício feito pelo juiz, pois, nesse caso, estaria ocorrendo o interrogatório da parte e não depoimento pessoal.
O Ministério Público, quando atuar como parte, poderá requerer depoimento pessoal da parte contrária. Quando atuar como fiscal da ordem pública, não se pode falar em parte contrária, mas o MP poderá requerer o depoimento pessoal das partes. 
Frise-se que figura como sujeito no depoimento pessoal, sempre, a pessoa física. Essa regra se aplica à pessoa jurídica que seja parte no processo, de modo que o depoimento pessoal da pessoa jurídica será realizado por representante legal ou preposto com poderes de confessar. 
Por fim, regem o depoimento pessoal o princípio da pessoalidade e da indelegabilidade.
A - Consequências do depoimento pessoal
O depoimento pessoal terá seus efeitos definidos em razão de fatores diversos, como presença da parte na audiência de instrução, da postura adotada, do conhecimento dos fatos. 
A parte que prestar o depoimento pessoal deverá ser intimada pessoalmente, não sendo suficiente a intimação do seu patrono.
Também se deve ter em mente que a presença não é dever processual, e sendo assim, não é admitida a aplicação de nenhuma sanção ao ausente. 
Entretanto, há um efeito processual originado da ausência da parte: a confissão tácita, ou seja, os fatos apresentados pela parte contrária serão considerados verdadeiros.
Além de que, acarretará o mesmo efeito citado quando a parte comparecer, mas ficar em silêncio – não respondendo às perguntas do juiz, do defensor da parte contrária ou às respondendo de modo evasivo, salvo se a parte permanecer em silêncio nos casos previstos nos arts. 386 e 388, CPC/2015, situações em que não sofrerá sanção de serem imputados como verdadeiros os fatos não contestados.
Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
Contudo, mesmo nas exceções acima citadas, não se admite o silêncio quando as ações forem de caráter de estado e de família (parágrafo único do art. 388, CPC/2015).
A confissão expressa poderá ocorrer na audiência. Para que isso ocorra, basta a parte, no depoimento pessoal, responder positivamente às perguntas que contêm como objeto fatos contrários a seu interesse.
B – Procedimento
O depoimento pessoal é composto por quatro etapas: propositura, admissibilidade, produção e valoração.
1 – Propositura: para o autor, ocorre com a petição inicial e para o réu, com a contestação.
2 – Admissibilidade: ocorre no saneamento do processo devendo ser feita oralmente, na audiência preliminar, ou por escrito por meio da decisão saneadora. 
Em qualquer das formas, trata-se de uma decisão interlocutória, recorrível por agravo.
3 – Produção: divide-se em duas fases: preparação e realização. 
A preparação ocorre antes da audiência de instrução, constitui a intimação. Essa temcaráter pessoal e poderá ser feita por meio dos correios ou pelo oficial de justiça. A realização, por sua vez, ocorre na audiência de instrução e julgamento.
4 – Valoração: ocorrerá no momento em que o magistrado proferir a sentença.
INTERROGATÓRIO DAS PARTES
Constitui um meio de prova e pode ser determinado de ofício pelo juiz, a qualquer tempo, para esclarecer fatos que não tenham ficado claros ao longo do processo. 
Tem caráter complementar e por isso geralmente é solicitado depois do encerramento da instrução quando o juiz ainda precisa sanar alguma dúvida que restou após analisar as provas.
Não deve ser confundido com o depoimento pessoal, que apesar de também ser um meio de prova é requerido pelo adversário e ocorre na fase de instrução do processo tendo como objetivo extrair da parte uma confissão.
A - Procedimento
O juiz manda intimar as partes pessoalmente para serem interrogadas. O intimado não tem a obrigação de comparecer e sim o ônus, logo se não o fizer deverá arcar com os prejuízos de sua omissão. 
Nesse caso o juiz não aplicará a pena de confesso, pois essa só cabe para recusa de depoimento pessoal, porém como ele precisava de esclarecimentos que não obteve, isso poderá prejudicar o que se omitiu.
Uma vez determinado o interrogatório o juiz questionará os pontos que precisa elucidar e os advogados poderão participar e até formular perguntas.
CONFISSÃO
A parte favorece o adversário declarando fatos contrários ao seu próprio interesse. A confissão tem natureza jurídica de declaração unilateral de reconhecimento de fatos e não deve ser considerada como meio de prova , pois não é um mecanismo à disposição das partes para obter informações a respeito de fatos relevantes para o processo. 
Apesar disso, ela influencia fortemente o convencimento do juiz, já que afasta a controvérsia quanto ao fato discutido.
É diferente da renúncia ao direito ou do reconhecimento jurídico do pedido, pois, nestes (renúncia o direito e reconhecimento jurídico do pedido) a parte abre mão do direito discutido no processo e extingue-se o processo com o julgamento do mérito em desfavor de quem tenha renunciado a direito, ou, em seu favor, se houver reconhecimento jurídico do pedido pelo réu.
Por meio da confissão, a parte admite a verdade de um fato, mas isso não significa que o pedido do adversário será acolhido, pois cabe ao juiz estabelecer as consequências desse ato, fundamentando-se no princípio do livre convencimento motivado.
Dessa forma, a confissão ocorre quando a parte admite como verdadeiros os fatos alegados contra si. 
Ela engloba três elementos: reconhecimento de fato alegado; voluntariedade; prejuízo à parte que confessou. 
Além disso, para que a confissão seja eficaz, é necessário preencher alguns requisitos: o confitente deve ter capacidade plena; inexigibilidade de forma especial para a validade do ato; disponibilidade do direito relacionado ao fato confessado.
É considerada pela lei processual como negócio jurídico, tanto que pode ser anulada se houver vício de consentimento.
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.
A - Espécies de confissão
A confissão pode ser:
1 – Judicial: realizada nos autos por meio de atos do processo e pode ser feita tanto pela parte como por representante com poderes para confessar . Verifica-se no processo, podendo ocorrer a qualquer tempo durante o depoimento da parte e podendo ter a forma escrita ou oral. 
Se for escrita poderá vir em qualquer manifestação das partes, como contestação, réplica ou petição apresentada aos autos. 
Além disso, pode ser provocada ou espontânea.
a) Provocada: é resultado do depoimento pessoal, podendo ser real – quando a parte responde às perguntas – e ficta, quando a parte não comparece na audiência ou nega-se a responder às perguntas injustificadamente.
b) Espontânea: realiza-se fora do depoimento pessoal, podendo ser oral ou escrita.
2 – Extrajudicial: feita fora do processo, oralmente (caso em que só terá eficácia se a lei não exigir prova literal – CPC/2015, art. 393) ou de modo escrito. 
Quando escrita e feita pela parte ou por representante, terá a mesma eficácia probatória da judicial.
Quando feita por terceiros ou contida em testamento, será apreciada livremente pelo magistrado. 
Devemos lembrar que nenhuma das formas de confissão é prova plena. Ademais, a confissão é indivisível, não sendo permitido à parte aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável.
A confissão judicial ou extrajudicial poderá ser feita pela parte ou por procurador com poderes especiais.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.
§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
B - Eficácia da confissão
A confissão dispensa a prova porque torna os fatos sobre os quais se discute incontroversos (CPC/2015, art. 374). 
Porém, essa regra é relativa e não absoluta devido ao princípio do livre convencimento motivado do juiz. 
Ou seja, embora a confissão provoque presunção de veracidade dos fatos, ela é um dos vários elementos de convencimento do juiz e ele é quem decidirá se ela torna os fatos incontroversos dispensando outras provas, ou se não os considera assim determinando as provas e baseando sua decisão no conjunto dos elementos, entre eles a confissão.
Restrições à eficácia da confissão:
a) A confissão extrajudicial, feita verbalmente, só será eficaz se a lei não exigir prova literal.
b) Não é possível provar por confissão atos ou negócios jurídicos para os quais se exija por lei a forma escrita como substância do ato.
c) Terá sua eficácia apreciada pelo juiz confissão judicial ou extrajudicial feita por escrito a terceiro. Nesse caso, o juiz aprecia a existência e não a eficácia da confissão e decide livremente se ela ocorreu ou não.
d) Se a forma constituir a própria substância do ato, a confissão não será eficaz como prova. Exemplo: quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir lhe a falta. (CPC/2015, art. 406).
Nos casos de litisconsórcio, qualquer um dos litisconsortes pode confessar sem o consentimento dos demais, mas essa confissão só é prova contra ele mesmo (CPC, art. 391). 
Inclusive, pode ocorrer de essa confissão não ser eficaz nem mesmo para o confitente, pois o fato por ele confessado pode ser impugnado pelos demais litisconsortes, tornando-o controverso e fazendo com que se torne necessária a produção de provas.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.
Assim, a dispensa de provas, nesse caso, só ocorreráse o litisconsorte confessar fato que se refira somente a ele e a seus interesses, o que só é possível no litisconsórcio simples já que no unitário o que é relevante a um litisconsorte é relevante para todos, forçando-se uma solução comum.
Aplica-se a regra do art. 391 do CPC/2015, referente aos litisconsortes, à confissão expressa e ficta. No parágrafo único do mesmo dispositivo (art. 391), estabelece-se que “nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens”. 
Com isso, o legislador procura evitar que se burle a exigência de outorga uxória (exigência de que a pessoa casada tenha o consentimento do outro cônjuge) nas demandas que versem sobre bens imóveis. 
Constitui exceção a essa regra, segundo o novo Código Civil, os casos de casamento em regime de separação absoluta de bens, que dispensa a outorga uxória (consentimento expresso pela esposa ao cônjuge), sendo suficiente a confissão de cônjuge titular do bem, mesmo que desacompanhado.
Será considerada confissão ineficaz aquela referente a fatos relacionados a direitos indisponíveis, geralmente, de natureza extrapatrimonial e pública. 
Nesses casos, o juiz não considerará os fatos incontroversos e procederá à produção de provas.
Ademais, a eficácia da confissão está restrita a prova de fatos, jamais de direitos.
C - Perda de eficácia
O art. 393, CPC2015, trata da irrevogabilidade da confissão. 
A confissão será anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. 
 A legitimidade para a postulação em juízo é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.
Durante o curso do processo não há nada que impeça ao confitente de demonstrar que sua confissão não partiu de uma declaração de vontade livre e consciente. 
Assim, a ineficácia será decidida incidenter tantum (incidentalmente), sem força de coisa julgada, pelo mesmo juiz que já está cuidando do processo e, se demonstrado o vício, ele negará sua eficácia e não se baseará nela para seu convencimento.
D - Indivisibilidade da confissão
Está disposta no CPC/2015, art. 395: “Art. 395: a confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduz ir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.”
A leitura do referido artigo transmite uma impressão equivocada de que a parte é quem decidirá se invoca ou não a confissão como prova. 
Porém, a confissão constará nos autos e o juiz é quem decidirá qual sua importância para a formação de seu convencimento.
A indivisibilidade significa que a confissão deve ser analisada como um todo e não isoladamente, admitindo apenas a parte em que o confitente declare algo em seu desfavor. Se o réu confessar na contestação ou o autor na reconvenção novos fatos que constituam fundamento de defesa, haverá a cisão. Pois não é possível confessar em seu próprio favor, somente sobre fatos contrários ao interesse próprio.
O juiz é quem decidirá se dispensa ou não a produção de provas por causa da confissão.

Outros materiais