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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE SÃO VICENTE/SP Processo n°: _______________ Distribuição por dependência Juliana (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora da cédula de identidade RG nº _____, inscrita no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliada na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, São Vicente/SP, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexada (doc. nº __), com endereço profissional à Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), vem perante V. Ex.ª propor RECONVENÇÃO com base nos artigos 315 e seguintes do Código de Processo Civil, que corre pelo rito ordinário, em face de Ricardo (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG nº _______, inscrito no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliado na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, Mongaguá/SP, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir deduzidos. DOS FATOS O autor-reconvindo viveu em união estável com a ré-reconvinte, e dessa relação nasceu uma filha. O casal veio a se separar, e após um ano da separação, o pai da criança propôs ação de guarda. Na exordial, ele argumentou que detinha a guarda de fato da criança, e que durante o Carnaval deste ano a menina ficaria com a mãe, que deveria devolvê-la na quarta-feira de cinzas, o que alega não ter ocorrido. Diante disso, a ré-reconvinte ofertou contestação, nela negando os fatos trazidos pelo autor-reconvindo, e ofereceu provas de que a criança esteve sob a sua guarda de fato (atestado de matrícula em escola municipal de São Vicente e histórico de atendimento em policlínica de seu bairro), fls. __. Ainda em sua contestação, a ré-reconvinte informou que o pai não visitava a filha, no entanto resolveu levá-la para passar o Carnaval consigo. Quando recebeu de volta a criança, a mãe percebeu sinais de maus-tratos na filha, que apresentava hematomas pelo corpo e alterações de comportamento. Esse fato ensejou lavratura de boletim de ocorrência e foi realizado exame de corpo de delito, contatando-se que as lesões tinham sido produzidas por agressões físicas recentes. Por todo o exposto, a ré-reconvinte pretende manter a criança sob a sua guarda, convencida de que a procedência da ação em favor do autor-reconvindo representará uma situação de exposição da criança a risco iminente. DO DIREITO Trata-se de Reconvenção, com previsão no Código de Processo Civil, em seus artigos 315 e seguintes: “Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. (...) Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção. Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.” Com o devido amparo legal, a ré-reconvinte pretende garantir a segurança da filha menor, mantendo-a sob sua guarda, com fundamento no que preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos artigos a seguir transcritos: “Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.” “Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.” “Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados. § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. (...)” Visando à proteção dos direitos da criança, principalmente quanto à inviolabilidade de sua integridade física, psíquica e moral, é mister regularizar a guarda de fato da menor em favor da ré-reconvinte. Resta evidente que, em prol do desenvolvimento saudável e pleno da criança, os pedidos formulados nesta Reconvenção devem ser acolhidos em sua integralidade. � DO PEDIDO Em face do exposto, a autora requer de V. Ex.ª: A intimação do autor-reconvindo na pessoa de seu advogado para que apresente defesa, sob pena de revelia; A procedência desta Reconvenção, a fim de obter a fixação da guarda da menor em favor da ré-reconvinte; A condenação do autor-reconvindo ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, conforme previsão no art. 20, § 3º do Código de Processo Civil. Protesta-se por todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial as de natureza documental, testemunhal e pericial. O valor da causa corresponderá a estimativa feita pela ré-reconvinte. Termos em que, Pede deferimento. (Cidade), (data) ___________________ (Nome do advogado) (Nº de inscrição na OAB)
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