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Tutoria 2 UC-10 Proliferação celular

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Matheus Carvalho Diniz
UC-10 - Problema 2
Termos desconhecidos:
SULFONAMIDAS: grupo de antibióticos sintéticos usados no tratamento de doenças infecciosas.
As células tumorais produzem hCG, também alfa-fetoproteína (AFP) e desidrogenase láctica (DHL). Essas três moléculas servem como marcadores tumorais e são úteis no diagnóstico e monitoramento dos pacientes.
ALFA FETOPROTEÍNA: glicoproteína sintetizada pelo fígado, nos adultos e crianças, como um marcador tumoral para alguns tipos de tumor. Nos hepatocarcinomas, a AFP eleva-se permanentemente, >400 ng/ml, em 70% destes tumores. Nos canceres de testículo as subidas analógicas (>400 ng/ml), estando associadas a uma elevação das betas-HCG, marcam os tumores não seminomatosos do testículo. A AFP encontra-se elevada, geralmente de modo mais moderado, em muitos outros cancers: terato carcinomas ováricos, sobretudo, mas também nos cancros do pâncreas, do estômago ou dos brônquios.
BETA HCG: A gonadotrofina coriônica humana é um hormônio importante e necessário para a manutenção e desenvolvimento da gestação. Ela é produzida pelo trofoblasto, um grupo de células do embrião que dá origem à placenta.
DHL: é uma enzima que ajuda no processo de transformação do açúcar em energia para uso das células.
pT1: Estadiamento é o processo para determinar a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa e onde está localizado. É a forma como o médico determina o avanço do câncer de uma pessoa. T=TUMOR ; N=LINFONODO ; M= METÁSTASES
1-FATORES DE RISCO, DIAGNÓSTICO E QUADRO CLÍNICO DAS NEOPLASIAS MASCULINAS (próstata, mama, cólon, pulmão, testículo, estômago) 
Fontes: INCA e Oncologia básica Sabas Viera (2012)
CÂNCER DE PRÓSTATA: O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum no sexo masculino e a sexta neoplasia mais frequente dentre todas as neoplasias. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
 
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
FATORES DE RISCO:
Idade é um fator de risco importante, ganhando um significado especial, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade e morbidade do tratamento aumenta exponencialmente
após a idade de 50 anos. História familiar de parentes do primeiro grau com câncer da próstata antes dos 60 anos de idade é outro fator de importância, podendo aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral e podendo refletir tanto características herdadas quanto estilos de vida compartilhados entre os membros da família. Existe uma incidência cerca de 30% maior em indivíduos da raça negra.
A influência que a dieta pode exercer sobre a gênese do câncer ainda é incerta. As evidências são, no entanto, convincentes que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais; e pobre em gordura, principalmente as de origem animal, não só ajuda a diminuir o risco de câncer, como também o risco de outras doenças crônicas não transmissíveis. O consumo de frutas, vegetais ricos em carotenoides (como o tomate e a cenoura) e leguminosos (como feijões, ervilhas e soja) tem sido associado a um efeito protetor. Portanto estas recomendações dever ser disseminadas na população, pois cerca de 30% dos casos de câncer em geral estão associados a hábitos alimentares inapropriados. Alguns componentes naturais dos alimentos, como as vitaminas (A, D e E) e minerais (selênio), também parecem desempenhar um papel protetor.
Outros fatores cujas associações com câncer da próstata foram detectadas em alguns estudos incluem o “fator de crescimento análogo à insulina” (insulin-like growth factor), consumo excessivo de álcool,
tabagismo e a vasectomia. Em geral, sabe-se pouco sobre a maioria dos fatores estudados em relação ao câncer de próstata, já que os estudos epidemiológicos têm encontrado resultados inconsistentes.
QUADRO CLÍNICO:
Os sintomas na fase inicial podem estar completamente ausentes, em função do acometimento mais comum ser na zona periférica da próstata. A presença de sintomas principalmente obstrutivos como: hesitação urinária, diminuição da força do jato, gotejamento pós-miccional; e irritativos: incontinência ou urgência urinaria; é sugestivo de doença localmente avançada. A impotência é rara complicação, em virtude dos plexos nervosos pélvicos serem invadidos apenas em fases muito avançadas. Dores ósseas, na região lombossacra e pélvica, podem ocorrer em decorrência das metástases ósseas.
DIAGNÓSTICO:
Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença. Nesses casos, é indicada a ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). O resultado da ultrassonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de biópsia prostática transretal. O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente.
• Gleason de 2 a 4 – existe cerca de 25% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.
• Gleason de 5 a 7 - existe cerca de 50% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.
• Gleason de 8 a 10 - existe cerca de 75% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida.
A dosagem rotineira de PSA é muito controversa. Aceitam-se como valores limites normais até 4 ng/ml, porém podem existir tumores com PSA abaixo deste valor. Quando o PSA estiver acima de 10 ng/ml há indicação formal para biópsia. Para valores entre 4-10 ng/ml deve-se também levar em consideração a velocidade do PSA e a relação PSA livre/total.
CÂNCER DE MAMA:
FATORES DE RISCO:
QUADRO CLÍNICO:
DIAGNÓSTICO:
CÂNCER DE CÓLON: O câncer colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil. O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
FATORES DE RISCO:
Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal: 
Estilo de Vida - Vários fatores relacionados ao estilo de vida têm sido associados ao câncer colorretal. Na verdade, as ligações entre dieta, peso e exercício são alguns dos fatores de risco mais comuns para a maioria dos tipos de câncer, inclusive o colorretal.
Dieta - Uma dieta rica em carnes vermelhas e carnes processadas pode aumentar o risco de câncer colorretal. As dietas ricas em legumes, frutas e grãos integrais têm sido associadas com uma diminuição do risco da doença, mas suplementos de fibras não parecem ajudar. Não está claro se outros componentes da dieta, por exemplo, certos tipos de gorduras,afetam o risco de câncer colorretal.
Sedentarismo - Pessoas sedentárias têm uma chance maior de desenvolver a doença.
Obesidade - Estar acima do peso aumenta o risco de câncer colorretal. Este risco parece ser mais forte nos homens.
Tabagismo - O consumo de cigarro aumenta a chance de desenvolvimento de mais de 15 tipos de câncer, incluindo o câncer colorretal.
Alcoolismo - O câncer colorretal tem sido associado ao consumo em excesso de álcool. Pelo menos alguns casos podem estar associados ao fato dos alcóolatras tenderem a ter níveis baixos de ácido fólico no corpo.
Idade - Mais de 90% das pessoas portadoras de câncer colorretal são diagnosticadas após os 50 anos de idade.
Histórico Pessoal de Pólipos ou Câncer Colorretal - Ter um histórico de pólipos adenomatoso (adenomas) aumenta o risco de câncer colorretal, principalmente se os pólipos são grandes ou em grandes quantidades. As pessoas que já tiveram câncer colorretal, embora já tenha sido completamente removido, são mais propensas a desenvolver novos tipos de câncer em outras áreas do cólon e reto. As chances de isso acontecer são maiores se o primeiro câncer colorretal foi diagnosticado quando a pessoa era mais jovem.
Histórico Pessoal de Doença Inflamatória Intestinal - Pessoas que apresentam doença inflamatória intestinal, como colite ulcerativa e Doença de Crohn, com evolução da doença de longa data, têm maiores chances de desenvolver câncer colorretal. A doença inflamatória intestinal é diferente da síndrome do intestino irritável, que não aumenta o risco de câncer colorretal.
Histórico Familiar de Câncer Colorretal - A maioria dos cânceres colorretais ocorre em pessoas sem histórico familiar de câncer colorretal. Ainda assim, 20% das pessoas que desenvolvem a doença têm outros membros da família que foram afetadas pela enfermidade. Pessoas com história de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos em um ou mais parentes de primeiro grau tem o risco aumentado. O risco é dobrado em pacientes com apenas um parente de primeiro grau afetado. Este risco é ainda maior se este parente foi diagnosticado com menos de 45 anos, ou se mais de um parente de primeiro grau foi acometido.
Síndromes Hereditárias - Cerca de 5% a 10% das pessoas que desenvolvem câncer colorretal herdaram mutações genéticas que causam a doença. Vários tipos de câncer podem estar relacionados com estas síndromes, por isso é importante conversar com seu médico sobre os cânceres hereditários, e não apenas para o câncer de cólon e pólipos. As síndromes hereditárias mais comuns associadas ao câncer colorretal são: polipose adenomatosa familiar, câncer colorretal hereditário sem polipose, síndrome de Gardner, síndrome de Turcot, síndrome de Peutz-Jeghers e polipose MUTYH.
Etnia - Pessoas negras têm uma maior incidência de câncer colorretal, entretanto as razões para isso ainda não são compreendidas. Os judeus de origem europeia oriental têm um dos maiores riscos de câncer colorretal, quando comparados a qualquer outro grupo étnico do mundo. A mutação mais comum encontrada no DNA desse grupo é a mutação I1307K APC, presente em cerca de 6% dos judeus americanos.
Diabetes Tipo 2 - Pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco maior de desenvolver câncer colorretal.
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fatores-de-risco-para-o-cancer-colorretal/7271/878/
QUADRO CLÍNICO:
Pessoas com mais de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue devem fazer endoscopia gastrintestinal superior e inferior. Mudança no hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre), desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação são sinais de alerta. 
Também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar. Diante desses sintomas, procure orientação médica.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico requer biópsia (exame de fragmento de tecido rertirado da lesão suspeita). A retirada do fragmento é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).
CÂNCER DE PULMÃO: É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Altamente letal, a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.
FATORES DE RISCO:
Dentre os fatores de risco para o câncer de pulmão, podemos citar o tabagismo como o principal, seguido de poluição atmosférica, exposição a radônio, asbesto, sílica, cromo, níquel, presença de doenças pulmonares de base e presença de alterações genéticas.
QUADRO CLÍNICO:
Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença.
DIAGNÓSTICO:
A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de raio-X do tórax complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico de certeza, seja pela citologia ou patologia.
Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, respectivamente. 
Em estudo recente realizado pelo Instituto de Câncer Americano, a melhor maneira de diagnosticar precocemente o câncer de pulmão é através da tomografia computadorizada helicoidal de baixa dosagem.
CÂNCER DE TESTÍCULO:
Os testículos fazem parte do órgão reprodutivo masculino e são responsáveis pela produção dos espermatozóides. O câncer de testículo é um tumor menos freqüente, mas com o agravante de ter maior incidência em pessoas jovens em idade produtiva. A criptorquidia (testículo que não desce para a bolsa escrotal) é um fator importante que influi no aparecimento deste tipo de tumor.
FATORES DE RISCO:
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo são: histórico familiar deste tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal e a criptorquidia. Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos para a bolsa escrotal.
QUADRO CLÍNICO:
O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas, ao apalpar qualquer massa que não tenha sido verificada anteriormente, um médico deve ser procurado imediatamente, de preferência um urologista. A alteração encontrada pode se tratar somente de uma infecção, porém, no caso de um tumor, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Deve-se ficar atento à alterações como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor imprecisa no abdômen inferior, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos.
DIAGNÓSTICO:
Se por um lado é uma doença agressiva com alto índice de duplicação das células tumorais (que podem levar à rápida evolução da patologia), por outro lado é de fácil diagnóstico e um dos tumores com maior índice de cura, visto ser altamente responsivo aos quimioterápicos disponíveis no momento. O câncer do testículo possui marcadores tumorais sangüíneos (alfa-feto proteína e beta-HCG) que podem ajudar no diagnóstico e no acompanhamento futuro da doença.
Prevenção
O auto-exame dos testículos é um hábito salutar e muito importante na prevenção deste tipo de câncer e deve ser realizado mensalmente.
Detecção Precoce
Atualmente, o câncer de testículoé considerado um dos mais curáveis, principalmente quando detectado em estágio inicial. A presença de nodulações ou endurecimentos testiculares deverão ser avaliada por um médico especialista. O exame físico é o melhor meio de detecção precoce, visto que a presença de massa testicular é a queixa mais freqüente.
Tratamento
O tratamento inicial é sempre cirúrgico e ocorre através de um pequeno corte no abdome, quando se expõe o testículo e a biópsia é realizada. O resultado do material retirado é feito no momento da cirurgia. Nos casos de positividade para câncer, é procedida a retirada do testículo que não afeta a função sexual ou reprodutiva do paciente, caso tenha o outro testículo normal. A complementação do tratamento dependerá da pesquisa, que será realizada para identificar a presença ou a possibilidade de disseminação da doença para outros órgãos. O tratamento posterior poderá ser cirúrgico, radioterápico, quimioterápico ou através de controle clínico.
Epidemiologia
Dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorrem nos testículos. O câncer de testículo atinge principalmente homens entre 15 e 50 anos de idade, sendo considerado raro. Sua incidência é de três a cinco casos para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Quando comparado com outros cânceres que atingem o homem, como o de próstata, o câncer de testículo apresenta baixo índice de mortalidade. O fato de ter maior incidência em pessoas jovens e sexualmente ativas possibilita a chance do câncer de testículo ser confundido ou até mesmo mascarado por orquiepididimites, que são inflamações dos testículos e dos epidídimos, geralmente transmitidas sexualmente. Se após a administração de medicamentos não houver melhora do inchaço ou sintoma, é recomendável procurar o médico novamente. O câncer de testículo é facilmente curado quando detectado precocemente.
CÂNCER DE ESTÔMAGO: Também denominado câncer gástrico, os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
 
O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres.
FATORES DE RISCO:
O cancer gastrico nao apresenta etiologia unica. Para que a doença se instale e necessario a interacao de fatores bacteriano, ambiental e nutricional em hospedeiro geneticamente suscetivel. Os principais fatores de risco reconhecidos sao:
Infeccao gastrica pelo Helicobacter pylori. O H. pylori e considerado o principal agente etiologico em cerca de 95% das gastrites cronicas e relaciona-se a um aumento do risco de câncer em ate 9 vezes. Alem disso, a infeccao por H. pylori representa uma das mais comuns infeccoes humanas, sendo conhecido por causar varias doencas gastrointestinais.
2. Sexo masculino e idade avançada. O câncer gástrico é cerca de duas vezes mais comum nos homens em relação às mulheres. Sua incidência é baixa em torno dos 40 anos, aumentando com o avançar da idade. O diagnóstico ocorre principalmente em torno dos 65 anos.
3. Anemia perniciosa. Corresponde a uma atrofia difusa com intestinalização da mucosa gástrica. Tem sido considerada como um fator de risco para o desenvolvimento de câncer gástrico, ocorrendo mais comumente no fundo e corpo do estômago, contudo, essa relação ainda é questionada.
4. Gastrite crônica atrófica. Promove redução da secreção de ácido e proliferação bacteriana com aumento da produção de nitritos. Cerca de 10% dos pacientes com gastrite crônica atrófica desenvolvem câncer gástrico num período de 15 anos. Na gastrite crônica o epitélio desenvolve alterações citológicas, deforma, tamanho e orientação das células com atipia dos núcleos, que podem ser tão displásicas a ponto de constituir um carcinoma in situ. 
5. Metaplasia intestinal. É caracterizada pela transformação do epitélio gástrico de revestimento e glandular em células absortivas colunares metaplásicas intercaladas por células caliciformes de morfologia intestinal. Diversos estudos têm demonstrado risco aumentado para o desenvolvimento de câncer na presença de metaplasia.
6. Grupo sangüíneo A. Pessoas pertencentes a esse grupo sanguíneo possuem um risco maior para apresentar carcinoma gástrico que as pessoas dos outros grupos sanguíneos. Este risco parece estar associado ao carcinoma gástrico do tipo infiltrativo. 
7. Úlcera gástrica. Os pacientes com úlcera gástrica que apresentam uma produção reduzida de ácido têm um maior risco de desenvolver câncer gástrico. A ressecção gástrica como tratamento da úlcera não reduz esse risco.
8. Pólipos adenomatosos. Este tipo de pólipo comumente apresenta mais de dois centímetros e está associado a um maior risco de desenvolver câncer gástrico sendo aconselhado excisão do pólipo. É observado um risco maior nos portadores de polipose adenomatosa difusa em relação aos portadores de polipose adenomatosa solitária.
9. Ressecção gástrica. Pacientes submetidos à gastrectomia parcial devido uma afecção gástrica benigna apresentam um risco aumentado de desenvolver câncer gástrico 15 a 20 anos após a cirurgia. A ressecção gástrica pode levar a um aumento do pH gástrico e posteriormente a metaplasia intestinal . Outro fator associado é a ocorrência de gastrite crônica atrófica, alguns anos após a cirurgia, em cerca de 50% dos pacientes gastrectomizados.
10. Doença de Menétrier. Também denominada gastropatia hipertrófica hipoproteinêmica é uma afecção gástrica pré-maligna. O câncer gástrico tem sido observado no momento do diagnóstico dos pacientes com essa desordem ou durante o seguimento dos mesmos.
11. História familiar de câncer. Há indicações de que 4% dos cânceres gástricos tenham fatores genéticos ligados a sua tumorigênese. Pessoas com história familiar para câncer gástrico são mais propensas a desenvolver essa afecção.
12. Fatores nutricionais. O câncer gástrico está relacionado a um consumo de dieta rica em sal, peixes crus ou defumados, nitratos, e baixo consumo de frutas e vitaminas A e C. Os nitratos e nitritos ingeridos com alimentos em conserva e defumados são convertidos no estômago a N-nitrosaminas, um importante carcinógeno. A hipocloridria favorece esta conversão e a vitamina C a inibe. A alta ingesta de sal e o baixo consumo de vitaminas antioxidantes estão associados à atrofia da mucosa gástrica. Os compostos nitrogenados e seus metabólitos possuem um papel agressor à mucosa gástrica e acredita-se que sua ação tenha relação com a inibição de vitamina C e de outros antioxidantes que protegem o DNA. O álcool é conhecido como fator de risco por lesar a mucosa gástrica, um tecido diretamente exposto durante o consumo, e por agir de maneira sinérgica com o tabaco.
13. Fatores ocupacionais. A exposição à mineração de carvão, processamento do níquel, borracha e madeira têm sido relacionados a um aumento no risco de carcinoma gástrico.
14. Tabagismo. A fumaça do tabaco é um carcinógeno tipo A, em que não há nível de exposição seguro conhecido para o consumo do mesmo. Está relacionado ao surgimento de diversos tipos de cânceres e atua como um fator predisponente ao desenvolvimento de câncer gástrico.
15. Baixo nível socioeconômico.
QUADRO CLÍNICO:
Os sinais e sintomas apresentados entre 18.365 pacientes com câncer gástrico por ocasião do diagnóstico foram:
Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, alguns sinais como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) ou mesmo tumor de estômago.
Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágioavançado da doença.
DIAGNÓSTICO:
São utilizados dois exames: a endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica. Nesse exame, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera é introduzida pela boca e conduzida até o estômago. O exame é realizado sob sedação e com anestesia da garganta, para diminuir o desconforto. Na radiografia contrastada do estômago, os raios-x delineiam o interior do esôfago e estômago e o médico procura por áreas anormais ou tumores. Grande parte dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado porque não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais.
Através da ultrassonografia endoscópica, é possível avaliar o comprometimento da parede gástrica e a propagação das células cancerosas para órgãos próximos e nódulos linfáticos.
A maioria dos casos de câncer gástrico é diagnosticada em estágio avançado. O diagnóstico baseia-se nos aspectos clínicos, radiológicos, endoscópicos.
Diagnóstico Clínico
A anamnese basear-se-á na busca de fatores de risco para o câncer gástrico, nos sintomas e tempo de aparecimento destes, assim como mudanças ocorridas nos mesmos. Os sintomas mais precoces – plenitude pós-prandial e anorexia – são usualmente mal interpretados tanto pelos doentes como pelos médicos, não sendo investigados na maioria das vezes.
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO: O câncer de cabeça e pescoço representa aproximadamente 5% de todas as neoplasias e atinge cerca de 1,7% da população brasileira, correspondendo a um grupo grande e heterogêneo de tumores localizados na pele e lábios, cavidade oral, orofaringe, laringe, hipofaringe, nasofaringe, glândulas salivares, cavidade nasal e seios paranasais, meato acústico externo e ouvido médio . O câncer de cabeça e pescoço (CCP) acomete ambos os sexos e todas as raças, sendo até 3 a 4 vezes mais freqüentes em homens do que em mulheres e mais comum em negros e asiáticos. A incidência do CCP aumenta com a idade e sua ocorrência é maior em pessoas acima de 50 anos. O aumento de incidência em mulheres foi observado nos últimos anos e é atribuído ao aumento do tabagismo e etilismo entre elas.
Câncer de pele - Câncer da cavidade oral - Câncer de nasofaringe - Câncer de orofaringe - Câncer de hipofaringe- Câncer de laringe - Câncer do nariz e dos seios paranasais - Câncer em glândulas salivares - Câncer em meato auditivo externo e ouvido médio - 
FATORES DE RISCO:
O tabagismo e o etilismo têm sido consistentemente associados com um aumento do risco de câncer de cabeça e pescoço. O risco relativo para quem usa bebida alcoólica de maneira abusiva é estimado em duas a seis vezes enquanto os que usam tabaco aumentam o risco de cinco a 25 vezes dependendo da quantidade de maços/ano, do sexo e diferenças raciais. A presença de ambos os fatores aumenta o risco para até 15 vezes o risco de uma pessoa sem esses vícios em relação a todas as formas de tumores. O tabagismo é o principal fator associado ao desenvolvimento de CCP, com 90% dos pacientes exibindo história prévia de tabagismo, estando relacionado principalmente ao câncer localizado em laringe e assoalho da boca. O hábito de fumar cachimbo está particularmente associado ao carcinoma de lábio, da língua e também do assoalho da boca. Da mesma forma, cheirar e mascar tabaco também influem.
Outros fatores implicados na carcinogênese do CCP são viroses principalmente no câncer da laringe e da rinofaringe (vírus de Epstein -Barr); exposições ocupacionais nas refinarias de níquel, marcenarias e fábricas de artigos de couro e trabalhadores em minas de asbestos. A exposição à radiação ionizante e a exposição à radiação solar se mostram extremamente importantes principalmente no câncer de lábio e câncer de pele localizado em região cabeça-pescoço. Fatores dietéticos também estão relacionados ao aparecimento do CCP quando se observa que a carência de vitamina A e carotenóides propicia o aparecimento destes tumores. A suscetibilidade genética também deve ser considerada um possível fator, isolada ou associada ao tabagismo, podendo manifestar-se na herança de síndromes de suscetibilidade ao câncer claramente definidas, defeitos de reparo do DNA, alterações da capacidade de metabolização do carcinógeno ou alterações nas respostas imunológicas do hospedeiro.
QUADRO CLÍNICO:
DIAGNÓSTICO:
Os cânceres de cabeça e pescoço podem apresentar sintomatologia variada, dependendo do local do tumor. Algumas vezes podem ser encontrados incidentalmente e não é raro que os pacientes sejam encaminhados por seu dentista ou ortodontista. Os carcinomas laríngeos, no geral, manifestam-se precocemente, porque apenas uma leve irritação pode causar o sintoma mais comum, que é a rouquidão. Em contrapartida, os tumores da nasofaringe e os carcinomas da hipofaringe tendem a surgir tardiamente no decorrer de sua história natural, seja com linfadenopatia cervical palpável ou, no caso do carcinoma da hipofaringe, com disfagia. Outros locais difíceis, nos quais a apresentação tende a ser “silenciosa”, são a base da língua, a laringe supraglótica, o seio piriforme e os seios paranasais. Sintomas como dor de garganta persistente, dor de ouvido ou uma tumefação mal definida devem ser acompanhados cuidadosamente.
2-ESTADIAMENTO TRATAMENTO DE CANCER (importância e características)
Fontes: INCA e Oncologia básica Sabas Viera
Na maioria dos casos, a abordagem cirúrgica se faz necessária para o correto estadiamento de uma neoplasia maligna. Muitas classificações utilizam como parâmetro a invasão de camadas histológicas específicas pelo tecido tumoral, bem como o grau de diferenciação do tumor e o número exato de linfonodos acometidos, informações que só podem ser adquiridas mediante cirurgia. Neste intuito, o estadiamento pode ser feito ainda durante a cirurgia e, a partir disso, ditar a conduta subseqüente que pode ser, inclusive, ampliar para uma cirurgia mais radical ou partir para um tratamento adjuvante.
A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos.
Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação. Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento.
O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do paciente, etc.
Diversos sistemas de estadiamento poderiam ser concebidos, tendo por base uma ou mais das variáveis mencionadas.
O sistema de estadiamento mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação dos Tumores Malignos. Este sistema baseia-se na extensão anatômica da doença, levando em conta as características do tumor primário (T), as características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N), e a presença ou ausência de metástases à distância (M). Estes parâmetros recebem graduações, geralmente de T0 a T4, de N0 a N3 e de M0 a M1, respectivamente.
Além das graduações numéricas, as categorias T e N podem ser subclassificadas em graduações alfabéticas (a, b, c). Tanto as graduações numéricas como as alfabéticas expressam o nível de evolução do tumor e dos linfonodos comprometidos.
O símbolo "X" é utilizado quando uma categoria não pode ser devidamente avaliada.
Quando as categorias T, N e M são agrupadas em combinações pré-estabelecidas, ficam distribuídas em estádios que,geralmente, variam de I a IV. Estes estádios podem ser subclassificados em A e B, para expressar o nível de evolução da doença.
Entretanto, existem sistemas de classificação que utilizam algarismos romanos sem que estes resultem da combinação de valores de T, N e M, como ocorre no estadiamento da doença de Hodgkin e dos linfomas malignos. Estes também são subclassificados em A e B, significando, respectivamente, ausência ou presença de manifestações sistêmicas.
Grupos que se dedicam ao estudo de tumores específicos costumam desenvolver sistemas próprios de estadiamento, mesmo que o tumor já possua regras de classificação pela UICC. Isto não significa que os sistemas sejam incompatíveis, mas sim que se complementam. É o caso, por exemplo, dos sistemas de estadiamento que expressam a classificação do tumor através de letras maiúsculas (A, B, C, D), tal como ocorre no estadiamento dos tumores de próstata, bexiga e intestino. Outro exemplo se verifica com o estadiamento dos tumores ovarianos (UICC e FIGO - Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia), atualmente compatibilizados.
O estadiamento pode ser clínico e patológico. O estadiamento clínico é estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos exames complementares pertinentes ao caso. O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anátomopatológico da peça operatória. É estabelecido após tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. O estadiamento patológico pode ou não coincidir com o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os tumores.
Independentemente do tipo de sistema utilizado para a classificação anatômica do tumor, este deve ser classificado quanto ao grau de diferenciação histológica, que varia de Gx a G4. Por vezes a própria denominação patológica do tumor inclui a sua diferenciação - é o caso do adenocarcinoma gástrico classificado como "difuso de Lauren" (maldiferenciado) ou do "tipo intestinal de Lauren" (bem diferenciado).
Tendo em vista que um órgão pode apresentar vários tipos histológicos de tumor, é de se esperar que os sistemas de estadiamento variem com a classificação histopatológica do mesmo. Por exemplo, os sistemas de estadiamento do câncer gástrico da UICC e da SJCG só são aplicáveis ao adenocarcinoma de estômago.
O estadiamento implica que tumores com a mesma classificação histopatológica e extensão apresentam evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico semelhantes.
A determinação da extensão da doença e a identificação dos órgãos por ela envolvidos auxiliam nas seguintes etapas:
 	a) obtenção de informações sobre o comportamento biológico do tumor; 
b) seleção da terapêutica; 
c) previsão das complicações; 
d) obtenção de informações sobre o prognóstico do caso; 
e) avaliação dos resultados do tratamento; 
f) investigação em oncologia: pesquisa clínica, publicação de resultados e troca de informações. 
Os parâmetros de estadiamento devem incluir os fatores relacionados ao tumor e ao hospedeiro, quais sejam:
 	a) órgão e tecido de origem do tumor; 
b) classificação histopatológica do tumor; 
c) extensão do tumor primário: tamanho ou volume; invasão de tecidos adjacentes; comprometimento de nervos, vasos ou sistema linfático; 
d) locais das metástases detectadas; 
e) dosagem de marcadores tumorais; 
f) estado funcional do paciente.
O conhecimento do diagnóstico histopatológico do tumor não é pré-requisito para seu estadiamento. Em consulta de primeira vez, suspeitado o diagnóstico de neoplasia maligna, o médico deve, a partir do conhecimento da história natural do tumor, identificar queixas e buscar sinais que se associam ao mesmo, procurando assim avaliar a extensão da doença.
As evidências clínico-diagnósticas podem sugerir forte suspeita de neoplasia maligna, sendo a confirmação histopatológica obtida no decorrer da avaliação clínica, ou após a mesma. Às vezes, o estadiamento só pode ser estabelecido através de procedimentos cirúrgico-terapêuticos, como, por exemplo, nos casos de tumor de ovário, no qual é indicada cirurgia para ressecção do tumor e inventário da cavidade abdominal.
Enfim, o estadiamento de uma neoplasia maligna requer, por parte do médico, conhecimentos básicos sobre o comportamento biológico do tumor que se estadia e sobre o sistema de estadiamento adotado.
A indicação terapêutica do câncer depende do estadiamento da doença. Assim é que um estadiamento bem conduzido leva a condutas terapêuticas corretamente aplicadas.
PULMÃO:
MAMA:
O estadiamento do câncer de mama parte do exame físico, incluindo avaliação da pele, glândulas mamárias e dos linfonodos axilares, supraclaviculares e cervicais; continua com métodos de imagem (radiografia ou TC de tórax, US ou TC de abdome ou pelve, cintilografia óssea) e dosagens sangüíneas de desidrogenase lática (DHL) e fosfatase alcalina (FA); até exames histopatológicos da mama ou de outros tecidos. PET-CT ainda não é indicado de rotina no estadiamento do câncer de mama, mas os resultados dos estudos iniciais são promissores.
COLÓN:
3-POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DE CANCER NO HOMEM Fontes: ABC do câncer (MS) - INCA
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO
Desde o final da década de 1980, sob a ótica da promoção da saúde, a gestão e a governança do controle do tabagismo no Brasil vêm sendo articuladas pelo Ministério da Saúde através do INCA, o que inclui as ações que compõem o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). O Programa tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco, seguindo um modelo no qual ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde, associadas às medidas legislativas e econômicas, se potencializam para prevenir a iniciação do tabagismo, promover a cessação de fumar e proteger a população da exposição à fumaça ambiental do tabaco.
Expansão da Assistência Oncológia (Projeto EXPANDE)
O Projeto de Expansão da Assistência Oncológica – Projeto Expande – foi implantado em 2000 pelo Ministério da Saúde, com a coordenação do Instituto Nacional de Câncer, visando a ampliação do acesso ao tratamento do câncer no Brasil, tendo em vista o desafio de reduzir as desigualdades regionais na oferta de assistência oncológica à população brasileira no SUS.
Programa de Qualidade em Radioterapia (PQRT) 
- Atuar junto a todas as instituições, preferencialmente as que atendem ao SUS, implementando ações e realizando medidas de controle de qualidade, para que cada uma, de acordo com seu estágio tecnológico, proporcione a seus pacientes a aplicação desse tipo de terapia com qualidade e eficiência; 
- Estimular e promover a capacitação dos profissionais vinculados à radioterapia. 
Atualmente, sua meta é atender, prioritariamente, a todas as instituições prestadoras de assistência no âmbito do SUS que possuam serviços de radioterapia.
Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco
As ações nacionais de Vigilância do Câncer têm como objetivo conhecer com detalhes o atual quadro do câncer no Brasil. A vigilância do câncer é realizada por meio da implantação, acompanhamento e aprimoramento dos Registros de Câncer de Base Populacional e dos Registros Hospitalares de Câncer (centros de coleta, processamento, análise e divulgação de informações sobre a doença, de forma padronizada, sistemática e contínua). Os registros possibilitam conhecer os novos casos e realizar estimativas de incidência do câncer, subsídios fundamentais para o planejamento das ações locais de prevenção e controle da doença de acordo com cada região.
Rede Nacional de Câncer Familial
A Rede Nacional de Câncer Familial, coordenada pela Divisão de Genética do INCA, é composta por centros de referência em oncogenética, incluindo centros assistenciais especializados com profissionais capacitados a oferecer aconselhamento genético e laboratórios especializados na análise molecular dos genes relacionados às principais síndromes de predisposição hereditária ao câncer.Uma de suas metas é dar suporte para implementação de pesquisa clínica e socioepidemiológica.
As ações serão realizadas por quatro sub-redes: Aconselhamento Genético, Laboratorial, Pesquisa Clínica/Banco de Tumores Hereditários, e Epidemiologia.
Programa de Transplante de Medula Óssea Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME)
Criado em 2000, reúne as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de voluntários que se dispõem a doar medula para o transplante de pacientes com doenças do sangue, como leucemia e anemia aplástica, entre outras. Com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.
Novembro Azul
Conscientização do câncer de próstata
	
	Página 18
	 MCD

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