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Semiologia da Dor

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RAYSSA VASCONCELOS- MEDICINA P2 2016.2-
MÓDULO HPP
-SEMIOLOGIA DA DOR-
Dr Lucas Accioly
1. As diferenças entre Sinal, Sintoma e Síndrome.
Sintoma: É a sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador. 
“É o que o paciente diz sentir”
exemplos: dormência, dores, náuseas, tonturas.
Obs: o paciente quando diz ter febre ou sentiu ter a febre e isso não foi mensurado, pode-se dizer
que é um sintoma.
Sinal: É o que pode ser visto ou mensurado pelo examinador.
Exemplos: eritema, edema, tosse, vômito.
Síndrome: São os sinais e sintomas juntos em diversos processos patológicos distintos e sem uma
causa específica.
2. Dor.
A Associação Internacional para o estudo da Dor (IASP) define a dor como: "Uma 
experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, que se
descreve como causada por uma lesão”. 
A dor é um importante fator para a vida, e sua ausência pode reduzir a sobrevida do indivíduo. Ela é
um mecanismo de defesa e surge antes de lesões mais graves.
Existem dois tipos de dores: Aguda e Crônica.
Aguda: Tem a função de alertar alguma injúria e desaparece quando o fator que ocasiona a lesão é
removido.
Crônica: É persistente ultrapassando o período de cura de um processo mórbido. Seu tempo é
superior a quatro e seis semanas, está associado a afecções crônicas ou decorrente a lesões no
sistema nervoso. Não possui indicativo de alerta, além de causar estresse, depressão, sofrimento e
perda na qualidade de vida.
3. Anatomia funcional da dor.
a) Transdução: é o primeiro mecanismo que ocorre para ocasionar a dor.
Ao ocorrer o estímulo doloroso, a transdução, decodifica os estímulos nocivos e os transformam em
potenciais de ação do nervo sensitivo, estes que são captados perifericamente por nociceptores. A
Amplificação desses eventos dolorosos é feito por susbstâncias Algogênicas, estas que são liberadas
ao tecido próximo devido a algum trauma, inflamação ou processo isquêmico.
Exemplos de substâncias algogênicas: a acetilcolina, as prostaglandinas, a histamina, a serotonina,
a bradicinina, o leucotrieno, a substância P, a tromboxana, o fator de ativação plaquetário, os
radicais ácidos e os íons potássio.
Esse primeiro processo de sensibilização local é chamado de hiperalgesia primária.
Após esse primeiro processo, devido a altas taxas de mediadores químicos ocorre a redução do
limiar da sensibilidade e o aumento da sensibilidade das terminações nervosas vizinhas. Dessa
forma é criado um processo de hiperalgesia que se estende por regiões não envolvidas pelo
nociceptor inicial. Todo esse estimulo ocasiona a dor generalizada , por estimulo dos receptores de
fibras aferentes, que são sensíveis a estímulos de baixa intensidade, isto leva a dor “patológica”
caracterizando a hiperalgesia secundária.
b)Transmissão: São as vias responsáveis por levar o estímulo causado nos nociceptores ao Sistema
nervoso central.
Classificação fisiopatológica 
Dor nociceptiva: são aquelas ocasionada por agressões externas (corte de pele, fraturas), dores
viscerais (cólicas, apendicite) e dores da artrite e da invasão neoplásica dos ossos.
Dor neuropática: são dores ocasionadas por lesões neurais periféricas ou central, por mecanismos
fisiopatologicos não evidêntes: lesão do trato neoespinotalâmico (ou neotrigeminotalâmico, na dor
facial) e desaferentação. E causas traumáticas, inflamatórias, vasculares, infecciosas, neoplásicas,
degenerativas, desmielinizantes, iatrogênicas.
Exemplos: polineuropatias (diabética e alcoólica), neuralgia pós herpética, dor do membro fantasma
Elementos da dor neuropática
Constante: 
•Presente em praticamente 100% dos casos
•Queimação, dormência ou formigamento
•Disestesia (sensação anormal desagradável)
Intermintente:
•Ativação das vias nociceptivas pela cicatriz formada no foco da lesão 
•Secção cirúrgica da via neoespinotalâmica abole essa dor
Evocada:
•Deve-se aos rearranjos sinápticos após desaferentação
•Reinervação das células nociceptivas desaferentadas por aferentes táteis (alodínia)
•Secção cirúrgica da via neoespinotalâmica alivia essa dor
Classificação da dor fisiopatológica:
Dor mista: 
•Decorre dos dois mecanismos anteriores
•Ocorre por estimulo e destruição de fibras nociceptivas
•Ex: dor por neoplasia maligna
Dor psicogênica: 
•Ausência de substrato orgânico
•Ocasionada por mecanismos psíquicos
•Tende a ser difusa, generalizada, imprecisa
•Muda de localização sem qualquer razão aparente
•Intensidade variável 
•Muito associada a depressão e ansiedade
Tipos de dor
Somática superficial
•Dor nociceptiva decorrente da estimulação de nociceptores do tegumento
•Bem localizada
•Qualidade bem distinta (picada, pontada, queimor)
•Intensidade variável, proporcional à intensidade do estímulo
•Decorre de traumatismo, queimadura, processo inflamatório
Somática profunda:
•Ativação de nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações
•Causas: estiramento muscular, contusão, artrite, artrose
•Dor mais difusa, localização imprecisa (dor surda, dolorimento, câimbra)
•Intensidade proporcional ao estímulo causal (em geral leve a moderada)
Visceral:
•Estimulação de nociceptores viscerais
•Dor profunda, difusa, difícil localização (semelhante à somática profunda)
•Acentua-se com solicitação funcional do órgão acometido
•Causas: comprometimento da própria víscera (dor visceral verdadeira), acometimento secundário
do peritônio ou pleura parietal, irritação do diafragma
Visceral verdadeira:
•Tende a se localizar próxima ao órgão que a origina
•Relação de modalidades de dor com determinadas vísceras
Referida:
•Sensação dolorosa superficial, distante da estrutura profunda (visceral ou somática) cuja
estimulação nóxica é responsável pela dor
•Obedece à distribuição metamérica e ocorre pela maior representação no SNC do tegumento
Irradiada:
 •Dor sentida à distância de sua origem, porém, obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz
nervosa ou nervo cuja estimulação nóxica é responsável pela dor
•Ex: ciatalgia por compressão de raiz nervosa (hérnia de disco)
Características da semiologia da Dor:
•Solicitar ao paciente que aponte a área da dor
•Delimitação da região da dor pelo examinador (registrar todos os locais de dor)
•Avaliar sensibilidade na área da dor e adjacências
•Hipoestesia (dor neuropática); hiperestesia, hiperalgesia; alodínea e hiperpatia (dor neuropática)
•Dor somática superficial (localizada)
•Dor somática profunda, visceral e neuropática (mais difusas)
Irradiação:
•Dor segue o trajeto de uma raiz nervosa ou nervo conhecido
Características Semiológicas da Dor:
Qualidade ou caráter:
•O paciente descreve como a sua dor se parece ou que tipo de sensação ou emoção lhe traz
•Dor evocada – mediante alguma provocação (Ex: alodínea, hiperpatia, hiperalgesia)
•Dor espontânea: constante e intermitente
Intensidade:
•Quantificação se baseia em critérios rígidos
•Comparar a dor com a dor mais intensa já sentida
•Determinar o grau de interferência nas atividades diárias fornece pista da intensidade
Duração:
•Anotar data de início da dor
•Contínua, cíclica ou intermitente
•Aguda x crônica (3 meses)
Evolução:
•Revela a trajetória da dor
•Início→anamnese→acompanhamento
•Modo de instalação: súbito ou insidioso
•Pode apresentar mudança de característica (Ex: úlcera péptica que perfura)
•Dor crônica: ritmicidade e periodicidade
Relação com funções orgânicas :
•Dor articular acentuada pelo movimento da articulação
•Dor da insuficiência arterial mesentérica intensificada após alimentação (aumento do peristaltismo)
Fatores desencadeantes
Fatores atenuantes: incluindo medicação.
Manifestação concomitantes:Ex: enxaqueca (fotofobia, náusea, vômito)

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