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FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS SHEREVE, R. M. Indústria de processos químicos. Rio de Janeiro: Ed Guanabara, 1980. ALQUILAÇÕES O Fenobarbital, ácido 5-etil-5-fenilbarbitúrico é utilizado no tratamento da epilepsia. É feito a partir de um éster, feniletilmalonato de dietila, que é condensado com uréia para formar o produto. Alquilações O Barbital, o ácido dietilbarbitúrico, é o mais antigo dos barbituratos de ação demorada, sendo derivado do malonato de dietila pelas reações: Cloreto de Procaína Este analgésico local é considerado menos tóxico que a cocaína e não provoca dependência, sendo utilizado como vasoconstritor, como a epinefrina, para assegurar a ação prolongada. Uma das principais reações da sua preparação é a alquilação. Inicia-se pela alquilação da etilenocloridrina mediante a dietilamina, que é condensada com o cloreto de p-nitrobenzoíla e reduzida com estanho e ácido clorídrico, para se ter procaína: Codeína Há algum tempo era possível isolar uma quantidade suficiente de codeína do ópio, para atender as demandas deste fármaco sedativo e analgésico. A codeína era obtida do ópio numa fração de 10% da morfina produzida, tornou-se necessário metilar cerca de 90% desta morfina para atender o aumento de demanda, quando se descobriu a superioridade da codeína no alívio da tosse entre outras aplicações. A alquilação é difícil pois existem três sítios em que se pode metilar a molécula da morfina: a hidroxila alcóolica, a hidroxila fenólica e o nitrogênio terciário. Para dirigir a alquilação para hidroxíla fenólica e reduzí-l no nitrogênio terciário, emprega-se um alquilante com nitrogênio quaternário, o cloreto de feniltrimetilamônio, obtendo-se um rendimento de 93% em codeína e uma certa recuperação de morfina não alquilada. A alquilação é feita com a morfina dissolvida em álcool absoluto, na presença de etilato de sódio, mediante o aquecimento com o a gente alquilante, numa autoclave de cobre, a 60 psi e cerca de 130oC. A dimetilanilina e os solventes são recuperados e reutilizados. Observe que a base desta reação é a morfina, obtida pelo isolamento a partir do ópio. A relação entre a morfina e a codeína pode ser percebida nas fórmulas estruturais. Ácido Salicílico e Salicilatos O Acido salicílico e seus derivados tem diversas aplicações como: medicamentos, borrachas, preservativos, perfumes e corantes. A fabricação do ácido acetilsalicílico e dos salicilatos segue a carboxilação, mediante a modificação de Schmitt da reação de Kolbe conforme a figura a seguir: O fenolato de sódio deve estra finamente dividido e exposto à ação do CO2 sob pressão e calor. O equipamento recomendado para esse propósito é o moinho de bolas aquecido, em que se introduz a solução do fenolato de sódio. Com a rotação do moinho, a vácuo e a quente, o fenolato de sódio é reduzido a um pó muito seco depois do que se injeta CO2 sob pressão( 7atm) e a quente. Forma-se primeiro o fenilcarbonato de sódio, que em seguida se isomeriza a salicilato de sódio. O sal pode ser dissolvido e sai do moinho; o ácido salicílico é descorado por carvão ativo e precipitado pela adição sulfúrico, numa cuba de madeira, para evitar a presença de ferro nesta etapa. A sublimação é empregada para purificar o ácido salicílico, que pode ser esterificado com metanol e um pouco de ácido sulfúrico, para formar o salicilato de metila Esterificação A ácido acetilsalicílico é empregado como antipirético a analgésico em várias circunstâncias; também usado contra gota e febre reumática aguda. A reação de formação: Halogenação A cloração ou halogenação, é muito usada na fabricação de intermediários como cloreto e brometo de etila. O etanol e a cal clorada eram usados para fabricar o clorofórmio; mais recentemente emprega-se com maior vantagem o hipoclorito de cálcio e a acetona, pois a reação é mais rápida e o rendimento mais elevado. O clorofórmio absolutamente puro decompõem-se de modo rápido, em repouso, especialmente quando exposto à umidade e à luz solar. Por isso a farmacopéia recomenda a presença de 0,5 a 1 % de álcool para retardas esta decomposição. Oxidação A isoniazida, hidrazida do ácido isonicotínico, é o mais poderoso dos agentes bactericidas tuberculostáticos, e também se tornou conhecido como o agente mais eficaz na terapia da tuberculose. É preparado pela oxidação da g-picolina (4-metilpiridina), conforme a equação: Sulfonação Sulfadiazina é a única sulfonamida empregada atualmente, quando se deseja ter ações sistêmicas e antibactericida desses agentes. A fabricação mediante sulfonação e condensação pode ser representada a seguir: Produção e Isolamento da Penicilina, Eritromicina e Estreptomicina Produção de 3 antibióticos de estruturas química diferentes são formados nos processos biológicos de 3 microorganismos diferentes, cada qual crescendo em culturas puras individuais, e como cada uma das substâncias pode ser extraída e purificada. Penicilina Resfriar a solução aquosa acidular até pH 2, com o que se tem uma forma ácida da penicilina. Extrair o solvente num extrator Podbielniak, rotatório e em contracorrente, com um volume de acetato de amila na porporção 1 :10, obtendo-se a penicilina com a pureza de 75 a 80%. Inverter a extração a um pH 7,5, numa solução aquosa, com maior concentração e pureza. Descorar a carvão; adicionar a solução salina: centrifugar rapidamente, para remover o lodo. Agitar para formar cristais intermediários Recuperar os solutos da água-mãe por um solvente acidulado em contra corrente. Na purificação final, esterilizar mediante filtro Seitz. Precipitar, com cloridrato de procaína, para ter a procaína penicilina ou com um sal de potássio ou sódio. Eritrimicina Alcalinizar e extrair a solvente num extraror Podbielniak a contracorrente. Aduzir ácido e centrifugar o iodo Descorar a carvão Salgar, para precipitar os cristais intermediários, e centrifugar Recristalizar ou precipitar, para ter a eritromicina Esterilizar mediante filtros Seitz Secar em condições estéreis Estreptomicina Extrair a estreptomicina do “mosto” aquoso, com conventrações de 10 a 15 mg/ml, mediante uma resina trocadora de íons. Eluir a resina com água acidulada Concentrar, descorar, cristalizar e centrifugar os cristais intermediários. Converter ao sal desejado e esterilizar em filtros Seitz. Secar em condições estéreis.
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