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26/09/2012 1 HIGIENE E PROCESSAMENTO TECNOLÓGICO DE MEL E DERIVADOS Profª. Iracema M.de Carvalho da Hora � A produção mundial de mel e derivados é de 1.360.000 toneladas de mel por ano (IBGE, 2011) � O Brasil ocupa a posição de 10° produtor mundial. � O consumo per capita do mel no Brasil é de 300g/ano. COMERCIALIZAÇÃO DO MEL NO BRASIL E NO MUNDO 26/09/2012 2 Produtos importantes na comercialização do mel e derivados: 1. cera das abelhas: cosméticos, medicamentos e velas, indústria têxtil, indústria química( polidores e vernizes) 2. própolis: propriedades terapêuticas- cicatrizante, bactericida e fungicida. 3. pólen apícola:suplementação alimentar- rico em vitaminas,minerais, proteínas, lipídios 4. geléia real: formada por mel e pólen; suplementação alimentar- rica em vitaminas do complexo B 5. apitoxina: possui proteínas, constituintes aromáticos. Possui ação anti-reumática. COMERCIALIZAÇÃO DO MEL NO BRASIL E NO MUNDO Organização social 26/09/2012 3 Organização social Estrutura dos alvéolos ou favos na colméia Organização social Localização das realeiras nas colméias 26/09/2012 4 Organização social Morfologia das diferentes castas nas colméias Morfologia das abelhas Estruturas anatômicas externas das abelhas Apis mellifera mellifera 26/09/2012 5 Morfologia das abelhas Estruturas anatômicas Morfologia das abelhas 26/09/2012 6 Morfologia das abelhas Estruturas anatômicas presentes na cabeça das abelhas Na cabeça, estão localizados os olhos - simples e compostos - as antenas, o aparelho bucal e, internamente, as glândulas. Os olhos compostos são dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça. São formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo número varia de acordo com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas. Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja (Nogueira Couto & Couto, 2002). Os ocelos têm a função de detectar luminosidade do ambiente no qual as abelhas se encontram. Organização da colméia 26/09/2012 7 1 - População: 1 rainha; 5.000 a 100.000 operárias e de 0 a 400 zangões; 2 - Rainha - única fêmea fértil da colméia; vôo nupcial em 5 a 7 dias após o seu nascimento; inicia a postura em 3 a 7 dias depois do acasalamento; capacidade de postura: 2.500 a 3.000 ovos/dia Organização e estrutura da colméia 3 - Feromônios: substâncias químicas liberadas com função atrativa e que informam que existe uma rainha presente e em atividade. Também apresentam outras funções. 4 - As operárias escolhem ovos recentemente depositados ou larvas de até 3 dias de idade, que se desenvolvem em realeiras para a produção de nova rainha. Organização e estrutura da colméia 26/09/2012 8 5 - Funções executadas pelas operárias de acordo com a idade: �1º ao 5º dia: faxineiras; �5º ao 10º dia: nutrizes; �11 ao 20º dia: produção de cêra para construção dos favos, recebem e desidratam o néctar trazido pelas campeiras, elaborando o mel; Organização e estrutura da colméia 5 - Funções executadas pelas operárias de acordo com a idade: �18 ao 21º dia: defesa da colméia; nessa etapa a glândula de veneno está desenvolvida; �22º dia até a morte: campeiras- coletam néctar, pólen , própolis e água. Organização e estrutura da colméia 26/09/2012 9 6 - Tipos de feromônios: � De trilha: orienta a localização do ninho e de fontes de alimentos; � De alarme: alerta para a presença de inimigos; � De defesa: liberado pelas operárias durante um ataque, atrai outras operárias para ferroarem um local; Organização e estrutura da colméia 6 - Tipos de feromônios: � De detenção: repele as operárias de fontes sem a disponibilidade de alimento; � Da glândula de Nasonov: liberado na entrada da colméia durante a enxameação, ajuda na orientação e no agrupamento das abelhas. � De rainhas: glândula mandibular(acasalamento), inibe o desenvolvimento dos ovários das operárias e a produção de outras rainhas. Existe o feromônio de trilha que ajuda a produção de novas rainhas. Organização e estrutura da colméia 26/09/2012 10 Obtenção do mel Obtenção do mel 1. Modificação química 1.1. Ação enzimática 1.1.1. Invertase ou sacarase 1.1.2. Diastase ou amilase 2. Modificação física 2.1. Desidratação na colméia: operculação 26/09/2012 11 Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 1. Legislação: Instrução Normativa Nº 11, de 20/10/2000; MAPA 2. Definição:”Entende-se por mel, o produto alimentício produzido pelas abelhs melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colméia.” 26/09/2012 12 Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 3. Classificação: 3.1.Origem- mel floral (unifloral ou multifloral); melato ou mel de melato. 3.2. Procedimento de obtenção: escorrido; prensado; centrifugado Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 3.3. Apresentação ou processamento: mel, mel em favos ou em seções; mel com pedaços de favos; mel cristalizado ou granulado; mel cremoso; mel filtrado. 26/09/2012 13 Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 4. Composição e requisitos: 4.1.Composição: o mel é uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose. Contém ainda uma mistura complexa de outros hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substâncias aromáticas, pigmentos e grãos de pólen; podendo conter cera de abelhas procedente do processo de extração. 4.2. Requisitos: 4.2.1.Características sensoriais: cor; sabor e aroma; consistência. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 4.2.2. Características físico-químicas: 4.2.2.1. Maturidade: � Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido): � Mel floral: mínimo 65g /100g � Melato ou mel de melato e sua mistura com mel floral: mínimo 60g / 100g � Umidade: máximo 20g / 100g � Sacarose aparente: � Mel floral: máximo 6g / 100g � Melato ou mel de melato e sua mistura com mel floral: máximo 15g / 100g 26/09/2012 14 Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados 4.2.2.2. Pureza: � Sólidos insolúveis em água: máximo 0,1g / 100g (exceto no mel prensado, no qual se tolera até 0,5g / 100g – unicamente em produtos acondicionados para sua venda direta ao público. � Minerais (cinzas): máximo 0,6g / 100g. No melato ou mel de melato e suas misturas com mel floral, se tolera até 1,2g / 100g. � Pólen: o mel deve necessariamente apresentar grãos de pólen. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel e Derivados � 4.2.2.3. Deterioração: � Fermentação: o mel não deve ter indícios de fermentação. � Acidez: máxima de 50 meq/Kg � Atividade diastásica: como mínimo, 8 na escala de Göethe. O mel com baixo conteúdo enzimático devem ter como mínimo uma diastásica correspondente a 3 na escala de Göethe, sempre que conteúdo de hidroximetilfurfural (HMF) não exceda a 15 mg / Kg. Hidroximetilfurfural (HMF): máximo de 60 mg/Kg. 26/09/2012 15 Regulamento Técnico de Identidade e Qualidadedo Mel e Derivados 4.2.3. Acondicionamento: � O mel pode-se apresentar a granel ou fracionado. Deve ser acondicionado em embalagem apta para alimento, adequada para as condições previstas de armazenamento e que confira uma proteção adequada contra contaminação. O mel em favos e o mel com pedaços de favos só deverá ser acondicionado em embalagens destinadas para sua venda direta ao público. Composição Química do Mel 26/09/2012 16 Composição Química do Mel Água(%): 17,2 Frutose(%):38,19 Glicose(%):31,28 Sacarose(%):1,31 Maltose(%):7,31 Açúcares totais(%):1,50 Outros(%):3,1 pH:3,9 Acidez livre(meq/Kg):22,03 Lactose(meq/Kg):7,11 Acidez total(meq/Kg):29,12 Cinzas(%):0,169 Nitrogênio(%):0,041 Diastase (%):20,8 Controle de Qualidade do Mel 26/09/2012 17 Controle de qualidade do mel 1. Características organolépticas: � Coloração: branco d’água; extra branco; branco; extra âmbar claro; âmbar claro; âmbar; âmbar escuro Essa classificação é realizada em fotômetro ou espectrofotômetro a 560nm. Utiliza-se a escala de Pfund para comparação da côr. 2. Odor: agradável e característico 3. Sabor: próprio e doce 4. Umidade: � Refratometria a 20ºC – refratômetro de Abbé 5. pH � pHâmetro com solução tampão 4 6. Acidez: � Titulação com hidróxido de sódio até pH 8,3 Controle de qualidade do mel 26/09/2012 18 7. Resíduo mineral fixo � Aquecer a amostra em forno mufla a 600ºC % resíduo mineral fixo = P x 100 P' P = peso das cinzas em gramas P' = peso da amostra em gramas Teor máximo tolerado: 0,6% Controle de qualidade do mel 8. INSOLÚVEIS �Princípio Fundamenta-se na insolubilidade na água da cera, grãos de pólen e outros componentes normais do sedimento do mel. % de insolúveis= Px100 P’ Controle de qualidade do mel P= PESO DE INSOLÚVEIS EM g P’= PESO DA AMOSTRA EM g 26/09/2012 19 9. HIDROXIMETILFURFURAL �Prova Qualitativa: Reação de FIEHE O hidroximetilfurfural (produto da desidratacao da frutose que ocorre quando houver inversão da sacarose em meio ácido) reage com a resorcina em meio ácido, dando um composto de condensação de coloração vermelha. A reação também ocorre em menor intensidade em mel estocado em temperatura ambiental elevada. Prova Quantitativa: Reação de WINCKLER � Em meio ácido, o ácido barbitúrico, condensa-se com o HMF formando um composto de coloração vermelha. Controle de qualidade do mel 10. PROVA DE LUND �Fundamenta-se no fato de que o ácido tânico precipita as proteínas albuminóides que são componentes normais do mel. �Na presença de mel natural, forma-se um depósito de 0,6 a 3 mL ( 40mL de água destilada + 10mL de mel + 5 mL de solução de ácido tânico a 0,5%). �Na presença de mel artificial não se formará depósito. �Na presença de mel adulterado, o depósito será menor. Controle de qualidade do mel 26/09/2012 20 11. Índice de diastase � Fundamenta-se na hidrólise do amido por ação das amilases presentes no mel. �O índice de atividade diastásica deverá ser de no mínimo 8 na escala de Goethe. 12. Índice de sacarase (invertase)- método de Hadorn �Baseia-se na hidrólise da sacarose pela sacarase presente no mel. �Valor mínimo:7 Controle de qualidade do mel Fluxograma do processo produtivo do mel e criação de belhas 26/09/2012 21 Fluxograma do processo produtivo do mel e criação de abelhas Principais microrganismos associados ao mel de abelha 26/09/2012 22 Principais microrganismos associados ao mel de abelha • Os microrganismos nos alimentos são causadores de alterações químicas prejudiciais, resultando no que chamamos “deterioração microbiana”.Estes microrganismos podem representar um risco à saúde dos animais e do homem. • A qualidade do mel, não depende apenas das práticas higiênicas da produção, mas também esta relacionado com os hábitos higiênicos das abelhas. Principais microrganismos associados ao mel de abelha • Os microrganismos com a capacidade de desenvolvimento em um ambiente com elevada concentração de açúcares,são conhecidos como osmofílicos ou sacarofílicos. • As leveduras osmofílicas pertencentes ao gênero Saccharomyces são responsáveis pela fermentação do produto, quando as condições de umidade 26/09/2012 23 Dentro do gênero Saccharomyces as espécies mais frequentes são: • Saccharomyces bispous variedade mellis • S.rouxii • S.balii variedade osmophilus Principais microrganismos associados ao mel de abelha Além do gênero Saccharomyces destacam-se como deterioradores do mel e derivados os gêneros. • Zygosaccharomyces • Schizosaccharomyces Principais microrganismos associados ao mel de abelha 26/09/2012 24 • No mel, raras vezes se encontram Staphylococcus e bactérias entéricas. • O mel é o único alimento natural não processado consumido por crianças, reconhecidamente capaz de veicular esporos de Clostridium botulinum e está implicado em casos de botulismo infantil. Principais microrganismos associados ao mel de abelha !!!! Botulismo infantil associado ao consumo de mel e derivados 26/09/2012 25 Botulismo infantil associado ao consumo de mel e derivados Clostridium botulinum agente do botulismo, apresenta entre 3-10 µm de comprimento e 0,3-1,2 µm de largura. É um bacilo móvel ,apresenta flagelos peritríquios e são formadores de esporos; nos meios nutritivos não apresenta exigência especial, Gram positivo, esporulado, com esporo oval, ou subterminal. Clostridium botulinum Características 26/09/2012 26 Clostridium botulinum Características • Anaeróbio • Produtor de esporos • Esporos com elevada resistência térmica • Reservatório : Solo • Amplamente distribuído na natureza • Produtor de neurotoxinas termolábeis. • 7 tipos sorológicos : A,B,C,D,E e F • A,B,E e F causam botulismo humano • C e D causam botulismo animal • G : sem evidência de causar doença • Toxina : ação nas junções mioneurais através do bloqueio de neurotransmissores (AcC) Clostridium botulinum Características 26/09/2012 27 As condições ideais para que a bactéria assuma as formas vegetativas produtoras de toxina são: •Anaerobiose •pH alcalino •Temperatura ótima : 37 °C Clostridium botulinum Características BOTULISMO 26/09/2012 28 BOTULISMO O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, de caráter agudo e causada pela ação da toxina produzida pelo Clostridium botulinum. • Forma clássica: botulismo por intoxicação alimentar , que se estabelece em conseqüência da ingestão da toxina pré- formada no alimento contaminado. • Botulismo infantil: é uma intoxicação intestinal de lactentes,na qual a toxina é sintetizada in vivo no trato intestinal. • Botulismo por ferimentos: infecção de ferimentos com produção e absorção de BOTULISMO 26/09/2012 29 • Botulismo em indivíduos acima de 12 anos: que não estão envolvidos em ferimentos nem alimentos contaminados mas sim em situações onde a microbiota intestinal tenha sido modificada. • ex: Cirurgia gastrointestinal. BOTULISMO • O botulismo de origem alimentar tem o período de incubação de 12 a 36 h, dependendo da quantidade de toxina ingerida. • A única diferença entre o botulismo infantil e o botulismo transmitido por alimentos é o início da doença,pois no botulismo do lactente, o individuo precisa necessariamente, ingerir esporos do Clostridium botulinum diferente do botulismo por alimentos do qual são ingeridas toxinas já formadas. BOTULISMO 26/09/2012 30 PATOGENIA PATOGENIA Após ser ingerida a toxina passa por absorção desde o estômago e intestino ao sangue. A toxina botulínica é uma neurotoxina, mas que também ocasionalesões nas células dos vasos sanguineos e outros tecidos. Desenvolve sua ação sobre as terminações nervosas colinérgicas ,dos sistemas periféricos e autônomo. Na evolução da doença é produzida a paralisia progressiva dos nervos motores que , por último, culmina com a paralisia do nervo frênico. As lesões nervosas são irreversíveis. 26/09/2012 31 PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS 26/09/2012 32 SINAIS CLÍNICOS • Antes do surgimento dos sintomas neurológicos, são descritas alterações gastrointestinais. • O quadro neurológico consta de : distúrbios visuais como a diplopia, paralisia dos músculos da face, cabeça, faringe, comprometimento da musculatura das pálpebras e parada cárdio-respiratória, associada ao comprometimento da Em crianças com menos de 1 ano de idade,o primeiro sintoma é a constipação seguida de fraqueza , perda de apetite, letargia, dificuldade de sucção e deglutição, choro fraco, hipotonia, acúmulo de secreções orais e perda do controle da cabeça. A nível neuronal há ptose, oftalmoplegia, pupilas dilatadas e boca seca, levando à óbito quando acontece a parada respiratória. Tem-se estimado que o botulismo infantil contribua pelo menos em 5% nos casos de morte súbita em lactentes. SINAIS CLÍNICOS 26/09/2012 33 Diplopia-visão dupla Ptose palpebral em uma criança com menos de 1 ano. SINAIS CLÍNICOS Sistemas neurológicos Criança de 6 meses, com botulismo e com hipotonia SINAIS CLÍNICOS Sistemas neurológicos 26/09/2012 34 EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA Apesar de ainda ser considerada, pelo senso comum, como uma doença causada pelo consumo de embutidos ou enlatados, o botulismo pode acontecer também por contaminação de outros tipos de alimentos e por outras formas de contaminação. 26/09/2012 35 O Clostridium botulinum, pode ser encontrado no solo e em outros produtos de origem vegetal e animal. O tratamento térmico dos alimentos nem sempre é suficiente para inativação de determinadas cepas da bactéria. Na forma esporulada são capazes de sobreviver horas à elevadas temperaturas. Ao contrário, da toxina botulínica que é destruída em temperaturas superiores a 80 °C durante 15 minutos. EPIDEMIOLOGIA Os esporos de Clostridium botulinum ,são inofensivos para pessoas em geral,mas representam um perigo biológico para crianças menores de 1 ano de idade e para aqueles com problema de imunidade ou tomando antibióticos por longo tempo. EPIDEMIOLOGIA 26/09/2012 36 O grande risco para todos os consumidores é o desenvolvimento da toxina em um alimento (ex : conservas),e quando ocorre a presença de células vegetativas do Clostridium botulinum em um meio sem oxigênio (processos a vácuo ou alimentos envolvidos por óleos ou gorduras) e sem quantidade certa de sal, ácidos ou outros conservantes para inibir o microrganismo EPIDEMIOLOGIA PREVENÇÃO E CONTROLE 26/09/2012 37 PREVENÇÃO E CONTROLE • Não fazer uso do mel de abelha, na alimentação de crianças com menos de 1 ano de idade. • Evitar o consumo de conservas caseiras. • No ato da compra, do mel e de seus derivados ,exigir o carimbo do Serviço de Inspeção sanitária. PREVENÇÃO E CONTROLE • Eliminar as latas de conserva que estejam estufadas ou com indícios de vazamento. • Durante a coleta e beneficiamento do mel seria importante a utilização das Boas Práticas Agrícolas e Agropecuárias (BPA), associadas com as Boas Práticas de Apicolas (BPA), nos entrepostos de mel e derivados. 26/09/2012 38 • O controle envolve a proibição de alimentos deteriorados ou suspeitos. • O cozimento a 100ºC por 10 min. ou 80ºC por 30 min. destrói a toxina. • O esporo só e destruído em processo de esterilização em autoclaves à 121ºC durante 20 minutos . PREVENÇÃO E CONTROLE • Alguns microrganismos fermentativos (bactérias láticas por exemplo), produzem ácidos em quantidades suficientes para impedir a multiplicação de toxinas do Clostridium botulinum • Outras substancias inibitórias; como bacteriocinas, água oxigenada e antibióticos. • Faz-se uso também de nitritos e nitratos no controle do botulismo como conservadores químicos em produtos cárneos. PREVENÇÃO E CONTROLE 26/09/2012 39 DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Baseado no sintomas e exames neurológicos. • Identificação da toxina no alimento ou conteúdo gástrico (fezes). • Nos casos de botulismo intestinal e alimentar o diagnóstico laboratorial é baseado na análise de amostras clínicas e de amostras bromatológicas. 26/09/2012 40 Técnicas laboratoriais : • ELISA • Imunodifusão • Imunofluorescência • Teste da neutralização em cobaias. DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Tratamento 26/09/2012 41 Tratamento suporte: assistência respiratória necessária em 30 a 50% dos casos; hidratação parenteral, reposição de eletrólitos além de alimentação por meio de sondas. Tratamento medicamentoso: Uso de soro antibotulínico (SAB) e de antibióticos. Tratamento Geralmente desfavorável, porém o êxito do tratamento irá depender da precocidade do diagnóstico e do grau de toxicidade (lesão) no sistema nervoso. Prognóstico 26/09/2012 42 Legislação (padrões microbiológicos) Legislação (padrões microbiológicos) • Pesquisa de Salmonella sp.- Ausência em 25g. • Contagem padrão em placas de fungos filamentosos e leveduras – máximo de 10 UFC/g. • Pesquisa de Shigella sp. – ausência em 25g. • NMP de coliformes a 35ºC - ausência em 1g. 26/09/2012 43 • A legislação não sugere pesquisa de esporos de bactérias no mel e seus derivados • A dose infectante do Clostridium botulinum para lactentes pode variar entre 10 a 100 esporos. Legislação (padrões microbiológicos)
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