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1 CONCEITO DE TENSÃO Prof. Ralf Klein, M.Eng. Conceito de tensão - SUMÁRIO � Introdução � Conceito de tensão � Tensões normais � Tensões de cisalhamento � Tensões de esmagamento � Tensões admissíveis, tensões últimas, coeficiente de segurança FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO � Por que o salto do sapato feminino deixa impressões no piso de madeira? FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 2 Conceito de tensão - INTRODUÇÃO � Resposta: porque as tensões causadas pelo salto do sapato feminino são excessivas para o material do piso (considerando a rigidez e/ou a resistência). � Tensões são esforços internos no elemento estrutural determinados a partir dos Esforços Solicitantes. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO � Esforços Solicitantes (ES) Compressão Tração Flexão Torção Corte FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO � Exemplo: Equilíbrio nó B → ES nos tirantes → Escolher seção transversal (e material) → Determinar as tensões na seção transversal → Comparar com o limite de resistência do material → ... processo iterativo. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 3 Conceito de tensão - INTRODUÇÃO � Esforços Solicitantes (ES) → Escolher seção transversal (e material) → Tensões → ≤ Limite resistência material (medido em termos de tensões). � ES → Deformações do elemento estrutural → ≤ Deformações aceitáveis. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO TRAÇÃO TIRANTES (ES: força normal de tração) FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO PILARES (ES: força normal de compressão) COMPRESSÃO FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 4 Conceito de tensão - INTRODUÇÃO VIGA ES: momento fletor e força cortante FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - INTRODUÇÃO FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n CONCEITO DE TENSÃO � Tensão é a quantidade de força que atua na unidade área. � ����ã� � � ç� Á �� � � � � � TRAÇÃO FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 5 CONCEITO DE TENSÃO Unidades de tensão � MKS (SI – Sistema Internacional) � 1N/1m2 = 1Pa (Pascal) � 1kPa = 1000Pa � 1MPa = 106Pa � MKS técnico � 1kgf/cm2 � 1tf/m2 = 1000kgf/m2 � Relações entre unidades � 1tf/m2 = 0,1kgf/cm2 � 1MPa ≅ 10kgf/cm2 FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n CONCEITO DE TENSÃO Tipos de tensão: � Tensões normais (σ) � Tensões de cisalhamento (τ) � “Tensões de esmagamento” FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão – TENSÕES NORMAIS Tensão Normal (σ) � É a tensão que se desenvolve na superfície resistente quando a força é aplicada perpendicularmente à esta. � Ocorrência: tirantes, pilares, barras de treliças, etc. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 6 Conceito de tensão – TENSÕES NORMAIS � Exemplo: determinar a tensão (tipo e intensidade) na seção transversal do tirante esquematizado na figura ao lado. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão – TENSÕES de CISALHAMENTO Tensão de Cisalhamento (τ) � É a tensão que se desenvolve na superfície resistente quando a força é aplicada paralelamente (tangencialmente) à esta. � Ocorrência: emendas, conexões, punção, etc. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão – TENSÕES de CISALHAMENTO � Exemplo: Avaliar a tensão (tipo e intensidade) que se desenvolve entre as faces do pilar e a laje da estrutura esquematizada abaixo. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 7 Conceito de tensão – TENSÕES de CISALHAMENTO FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão – TENSÕES de ESMAGAMENTO Tensão de Esmagamento (σe) � É a tensão que se desenvolve na superfície de contato entre dois corpos. � Ocorrência: salto do sapato x piso, sapata x solo, escoramento de fôrmas, etc. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão – TENSÕES de ESMAGAMENTO � Exemplo: determinar a tensão (tipo e intensidade) na base da sapata esquematizada na figura ao lado. Admita que a sapata é quadrada com 1m x 1m. = 400kN FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 8 Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � Só podemos comparar a resistência de dois materiais comparando as máximas tensões que eles podem resistir, ou seja, o quanto de força por unidade de área eles suportam. � Ensaio de tração do aço. � Corpo de prova – Máquina de testes. � Força aumentando – Alterações no diâmetro e comprimento. � Força máxima – Quebra ou perda de resistência. � Carregamento último (Pu). � Tensão última à tração (σu). FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � Os elementos das estruturas quando submetidos a cargas ficam submetidos a tensões. Estas tensões devem ser menores que a resistência do material para que imprevistos como falhas do material, impossibilidade de execução ideal, cargas maiores que as previstas, não ponham em risco a capacidade portante da estrutura. � Tensões admissíveis (de projeto) são as tensões limites do material divididas por um coeficiente de segurança, maior que um (1,0), com as quais se projetam as estruturas. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � Os materiais apresentam capacidades resistentes diferentes a um ou outro tipo de tensão, por exemplo: � Aço tipo A-36: � σadm = 1500 kgf/cm2 (tensão normal) � τadm = 800 kgf/cm2 (tensão de cisalhamento) � Peroba: � σadm = 90 kgf/cm2 (tensão normal) � τadm = 12 kgf/cm2 (tensão de cisalhamento) � Concreto: � σc,adm = 90 kgf/cm2 (tensão normal de compressão) � σt,adm = 9 kgf/cm2 (tensão normal de tração) � τadm = 6 kgf/cm2 (tensão de cisalhamento) FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 9 Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � Determinação do Coeficiente de Segurança (CS). � CS baixo ⇒ Alta possibilidade de ruína da estrutura. � CS alto ⇒ Estruturas anti-econômicas e ou pouco funcionais. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança Fatores que influem na determinação do CS: 1) Modificações nas propriedades dos materiais. � Processo de fabricação. � Variação de temperatura. 2) Repetições da carga durante a vida útil da estrutura. � Repetições de carga ⇒ Decréscimo da tensão última. � Fadiga ⇒ Ruptura brusca. 3) Tipo de carregamento para o qual se projeta ou que poderá atuar futuramente. � Maioria dos carregamentos são estimados. � Alterações futuras na finalidade da estrutura. � Cargas dinâmicas, cíclicas e instantâneas ⇒ CS alto. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança Fatores que influem na determinação do CS (cont.): 4) Modo de ruptura que poderá ocorrer. � Materiais frágeis (rochas) ⇒ Ruptura repentina. � Materiais dúcteis (aço estrutural) ⇒ Ruptura com aviso (grandes deformações, escoamento). � Perda de estabilidadeda estrutura ⇒ Ruptura repentina ⇒ CS alto. 5) Métodos aproximados de análise. � Métodos de cálculo contem simplificações. 6) Deterioração que poderá ocorrer no futuro devido à falta de manutenção ou por causas naturais imprevisíveis. � Ambientes agressivos. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 10 Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança Fatores que influem na determinação do CS (cont.): 7) Importância de determinado elemento estrutural para a integridade da estrutura. � Peças secundárias ⇒ CS < que peças principais. 8) Risco de vida e danos materiais envolvidos. � Ruína envolve risco de vida ⇒ CS alto. 9) Considerações de ordem prática. � CS alto ⇒ Efeitos inaceitáveis no peso do avião. � CS baixo ⇒ Projetos muito bem elaborados. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � Especificação dos coeficientes de segurança. � Comitês de engenheiros experientes juntamente com sociedades profissionais, indústrias, órgãos federais, estaduais e municipais. � Especificações de projeto. � Códigos de construção. � Brasil: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Tensões últimas, tensões admissíveis, coeficiente de segurança � As normas para o projeto de estruturas, atualmente, não se baseiam mais no Método das Tensões Admissíveis e sim no Método dos Estados Limites. � O Método dos Estados Limites será abordado em disciplinas específicas que tratam do projeto de estruturas (aço, concreto e madeira). FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n 11 TENSÕES EM UM PLANO INCLINADO FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n Conceito de tensão - REFERÊNCIAS � BEER, Ferdinand Pierre; JOHNSTON, Elwood Russell; DEWOLF, John T. Resistência dos materiais, 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. � HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais, 5.ed. São Paulo: Pearson Education e Prentice Hall, 2004. � REBELLO, Yopanan C.P. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora e Comercial Ltda., 2003. FU R B R M P ro f. R al f Kl ei n
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