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Nutrição Animal Teórica – Metabolismo de Proteína em Monogástrico

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Nutrição Animal Teórica – Aula 5 (14/04/16)
Metabolismo de Proteína em Monogástrico
O que acontece no metabolismo de proteína? O animal ingere a proteína e ela será digerida pela pepsina no estômago formando fracionamentos, e no intestino ela começa a sofrer ação das enzimas duodenais e pancreáticas. E os aminoácidos serão absorvidos e direcionados ao fígado. 
Os aminoácidos podem ser classificados de duas maneiras: essenciais (não sintetizam em quantidade e velocidade adequadas para o uso nutricional do animal e precisa ser obtida através da dieta) e não essenciais (produzido pelo organismo em quantidade e velocidade suficiente). 
A essencialidade por aminoácidos é influenciada por três fatores: a dieta (a composição), espécie do animal e a idade.
Isoleucina, leucina, valina e fenilalanina são aminoácidos de cadeia ramificada que não são metabolizados no fígado, por isso vão para a corrente sanguínea e vão ser metabolizados no músculo, no rim ou no tecido sanguíneo.
Os aminoácidos têm funções específicas. A citrolina e a ornitina são extremamente importantes porque fazem parte do ciclo da ureia. 
Dentre os aminoácidos considerados glicogênicos (vão ser usados como esqueleto de C para a síntese de glicose) temos a valina, estamina, estidina, 09i89prolina, arginina, alanina, serina e o aspartato. Os carnívoros usam esses aminoácidos com excelência. Eles descarboxilam e desaminam esses aminoácidos para produção de glicose.
Os aminoácidos considerados cetogênicos são a lisina, leucina, triptofano, a fenilalanina e tirosina. São levados principalmente para tecido adiposo onde serão descarboxilados dando origem ao CoA, por exemplo.
Existem particularidades que são específicas de espécies. 
Aminoácido limitante: são aminoácidos essenciais e caso não exista a quantidade mínima do aac essencial vindo da dieta a síntese proteica não ocorre, porque o corpo não consegue produzi-lo. Então durante a síntese de uma proteína caso um aminoácido não esteja em quantidade necessária – esse aminoácido limitante – essa síntese não vai ocorrer. É necessário então que haja a adição desse aminoácido específico na dieta.
Lisina, metionina, triptofano e treonina são aminoácidos limitantes para aves e suínos.
Leucina, isoleucina e valina são aminoácidos limitantes para equinos.
Taurina e metionina são os aminoácidos limitantes para felinos.
Lisina e metionina são aminoácidos limitantes para cães.
Existe no metabolismo proteico dos felinos, eles sintetizam três aminoácidos que são específicos para a espécie: felinina, isovaltina e isobuteína. No caso específico dos felinos, a taurina tem um papel extremamente importante
Os aminoácidos sulfurados são cisteína, cistina e metionina e eles dão origem à taurina.
Degeneração Retiniana Central Felina (DRCF) e também uma Cardiomiopatia Dilatada (CMD) são causados pela deficiência de taurina. 
Logo a deficiência dos aminoácidos sulfurados pode levar à deficiência de taurina e isso causa problemas enormes. A metionina pode, ao invés de se tornar taurina, ir pela via alternativa (que é competitiva) e gerar Ác. Piruvático. Se houver um desequilíbrio e prevalência da via alternativa vai levar à deficiência de taurina. 
Outra particularidade na dieta diz respeito à deficiência de arginina que interfere diretamente no ciclo da ureia, gerando hiperamonemia porque o clico da ureia – que utiliza arginina – não vai se completar. 
O excesso de aminoácido também pode levar a intoxicação. 
A exigência para arginina pelo felino é sempre 12% a mais do que no cão.
Quando vamos formular uma ração e levamos em conta a sua composição em proteínas, um dos fatores específicos para os monogástricos é levar em conta o valor biológico e biodisponibilidade dessa proteína. A biodisponibilidade pode estar alterada por exemplo pelo calor durante o processamento e em consequência pode ser que as expectativas nutricionais não sejam alcançadas. 
Nas aves, quando há deficiência de aminoácido limitante nós temos a deficiência no crescimento (ele é lento), há casos de canibalismo...
Metabolismo de Lipídeos em Ruminantes.
Os lipídeos são ácidos graxos que apresentam dupla ligação. Com 18 átomos de carbono com duas duplas ou três duplas ligações. 
Esses ácidos graxos sofrem dois processos nos ruminantes: hidrólise e biohidrogenização. Esses ácidos graxos passam a ter 18 átomos de carbono sem duplas ligações, pois eles vão ser saturados por hidrogênios.
Esses ácidos graxos é que vão dar origem aos origens de ácidos graxos de cadeia longa que vão estar no leite ou no tecido adiposo. 
O que precisamos prestar atenção no fornecimento de lipídeos na dieta? Tem 4 fatores. O fornecimento excessivo de lipídeos pode provocar sérios problemas na fermentação como:
Redução dos constituintes da parede celilar.
Redução da fibra,
Pode formar/provocar uma película protetora nos constituintes da parede celular e podem, dessa forma, impedindo a ação das bactérias.
Competição por Ca²+
Podemos colocar no máximo de 7 a 10% de lipídeos na dieta. 
O fornecimento de gordura protegida ajuda no controle do balanço energético negativo, pois ela passa intacta pelo rúmen do animal e vai sofrer ataques enzimáticos lá no duodeno através da lipase pancreática e logo não há produção de calor. E com isso aumentamos a densidade energética na célula do animal. O problema dessa técnica é que ela é cara!
O grande X da questão é que por ser uma técnica cara você dá para animais de alta produção. O problema também é que isso não significa que o animal vai produzir mais, mas sim que ela será capaz de produzir quantidade suficiente para não gerar prejuízos.

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