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1 
 
2 
 
 
Olá galera, como estão os estudos? Tenho certeza que destruindo! 
 
Sabemos que o tempo é uma das coisas mais preciosas em nossa vida, sabemos também que hoje em 
dia é algo que nos falta... e MUITO!! 
 
Por isso, nós, equipe do Direito Esquematizado, reunimos todo o nosso conhecimento e produzimos 
um conteúdo fácil, esquematizado e rápido de aprender 
 
Antes de iniciar o conteúdo, gostaria de pedir 2 favores: 
1. Compartilhem esse material com seus amigos da Faculdade, Advogados, MP, etc., e 
claro, pode compartilhar também com sua mãe, pai, cachorro, papagaio... Pois somente 
com a ajuda de vocês o nosso trabalho irá crescer cada vez mais 
 
2. Deixem sugestões, críticas, feedbacks em nosso site, em nosso e-mail 
contatodireitoesquematizado@gmail.com, ou até mesmo em nossa página do Facebook. 
Somente desta forma os materiais ficarão cada vez melhores 
 
Bem, chega de papo afiado e vamos lá! 
 
“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas 
formas de enxergar o mundo” 
 
 
 
3 
 
DIREITO CIVIL 
 
Antes de iniciar o conteúdo é importante nós localizarmos na linha do tempo do estudo do Direito Civil 
Na Direito Civil Parte Geral estudamos: Pessoa, Bem e Atos Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição 
e Extinção e Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) 
No Direito das Obrigações estudamos a obrigação entre as pessoas 
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie estudamos o vínculo das obrigações estipuladas entre 
pessoas 
E neste momento, no Direito das Coisas ou Direito Real, iremos estudar o vínculo entre pessoa e objeto 
 
Direito das Coisas ou Direitos Reais 
TEORIAS 
Teorias que explicam os Direitos Reais em que quebram os paradigmas que existem o sujeito ativo e o sujeito 
passivo: 
Teoria Realista 
Para esta teoria o Direito Real possui como 
elementos essenciais sujeito ativo, a coisa e a 
inflexão do sujeito sobre a coisa. É portanto um 
poder absoluto 
Entende que a natureza jurídica do direito real 
corresponde a inflexão somente do homem com a 
coisa, não existiria para ela sujeito passivo 
Essa teoria é mais aceita pelo nosso 
ordenamento jurídico 
Teoria Personalista 
Para esta teoria a relação criada pelo Direito Real 
possui como elementos essenciais o sujeito ativo, 
a coisa e o sujeito passivo seria todas as demais 
pessoas 
 
 
 
PRINCÍPIOS 
Princípios que caracterizam os Direitos Reais: 
1) Princípio do Absolutismo – O Direito Real é oponível erga omnes (em face de todos), enquanto que o 
Direito Pessoal é oponível a um sujeito passível determinado (o devedor). Eles podem ser evocados 
contra qualquer pessoa 
2) Princípio da Publicidade – Os Direitos Reais somente se adquirem após o registro no Registro de 
Imóveis, se se tratar de coisa imóvel e com a tradição, se se tratar de coisa móvel 
4 
 
3) Princípio da Tipicidade – Os Direitos Reais são números clausus, ou seja, somente aqueles que a Lei 
especificar. Ao contrário dos Direitos Pessoais, onde prevalece a autonomia da vontade. Portanto 
Direitos Reais são somente aqueles que a Lei especificar (art. 1225 do CC) 
4) Princípio da Sequela – Prerrogativa de obter, perseguir a coisa em poder de quem quer que ela esteja. 
O detendo do Direito Real tem o direito de perseguir a coisa aonde quer que ela esteja e com quem ela 
esteja 
5) Princípio da Especialidade – O objeto do Direito Real é sempre determinado, ex. Comprar de uma 
safra futura; enquanto que o do Direito Pessoal pode ser determinável 
6) Princípio da Atualidade – O Direito Real exige a existência atual da coisa, enquanto que o Direito 
Pessoal é compatível com a futuridade, Ex. o meu cachorro morreu, logo não é mais meu 
7) Princípio da Exclusividade – Não podem existir dois Direitos Reais contraditórios sobre a mesma 
coisa 
8) Usucapião – Alguns Direitos Reais adquirem-se pela usucapião, já os Direitos de Créditos extinguem-se 
pela prescrição extintiva. Ex.: A propriedade não se perde pelo não uso, mas sim por outra pessoa 
estar usando-a algum tempo 
9) Princípio da Preferência – Os Direitos Reais gozam de preferência no rateio (divisão) entre dois 
credores diversos de um mesmo devedor 
10) Posse – Os Direitos Reais são passíveis de posse, ao contrário dos Direitos Pessoais 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS 
Direitos Reais sobre Coisa Própria (a Propriedade): É o Direito Real pleno, é mais completo 
Direitos Reais sobre Coisa Alheia: Subdividem em: 
1. Direitos Reais sobre Coisa Alheia de Fruição: Usufruto, uso, habitação, servidões, a concessão 
especial para fins de moradia; Vincula uma pessoa a uma coisa, mas esta coisa está em garantia de algo 
2. Direito Reais sobre Coisa Alheia de Garantia: Penhor, hipoteca, anticrese, direito do promitente 
comprador de imóvel 
 
DA POSSE 
Cronograma do estudo da Posse: 
 
TEORIAS TERMINOLOGIAS CLASSIFICAÇÃO 
AQUISIÇÃO EFEITOS TUTELA 
5 
 
Natureza Jurídica – Posse é um Fato ou Direito? 
É uma situação de fato que gera um Direito, podemos dizer que POSSE é um Direito Especial que estuda 
dentro dos Direitos das Coisas mas não é um Direito Real 
Elementos constitutivos – “corpus” = apreensão física, contato material com a coisa, “animus” = intenção de 
ter a coisa como sua 
 
TEORIAS DE SAVIGNY E IHERING SOBRE A POSSE: 
 
A Teoria adotada pelo Código Civil foi a de IHERING – Arts. 1198 e 1208 CC 
Fato é uma transcrição linguística de um acontecimento 
Para Ihering é um Direito, para Savigny é um Fato. Como não está descrito no rol taxativo do art. 1225 CC, 
mas está inserido dentro dos direitos reais, a maioria da doutrina, a considera um fato que acarreta ou gera 
direitos, portanto, uma categoria jurídica própria, especial, “sui generis” 
É possível haver posse de direitos pessoais? 
 
TERMINOLOGIAS 
“Jus possidendi” (Direito de Possuir) 
É a faculdade de possuir com base em uma 
situação jurídica preexistente (Ex. proprietário, 
locatário, usufrutuário, etc.) 
 
“Jus possessionis 
É a faculdade de possuir com base na mera 
relação de fato, sem necessidade de título 
preexistente (Ex. aquele que cultiva terra 
abandonada sem relação jurídica ou título que lhe 
justifique a posse) 
 
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
 Posse Justa e Posse Injusta (art. 1200 CC): Posse Justa é aquela não marcada pelos vícios da 
violência, clandestinidade e precariedade (“nec vi”, “nec clan”, “nec precário”), Posse Injusta é aquela em 
que estão presentes tais vícios. 
IHERING 
Teoria Objetiva 
Para haver posse basta a presençao 
do "corpus" + ausência de obstáculo 
legal para a aquisição da posse 
SAVIGNY 
Teoria Subjetiva 
Para que haja posse há a 
necessidade de estar presentes os 
elementos "corpus" (contato físico) 
+ "animus" (intenção de ter a coisa 
pra si, como proprietário) 
6 
 
 Posse de Boa e Má-fé: Boa Fé tem aquele que ignora os vícios da posse (art. 1201 CC) ou os 
obstáculos para a aquisição da coisa, Má Fé tem aquele que conhece tais obstáculos, ou seja, que 
tem consciência da ilegitimidade do seu direito 
 Posse “ad interdicta” e “ad usucapionem”: Para a posse “ad interdicta” basta a demonstração dos 
elementos “corpus” e “animus”, ou “corpus” e ausência de impedimento legal para aquisição da 
posse, é a que se invoca para obtenção os interditos (ações possessórias). Para a posse “ad 
usucapionem” exige-se posse com requisitos especiais (tempo mínimo, “animus domini”, posse 
pacífica, etc), é a que invoca para a obtenção da usucapião 
 Posse Direita e Posse Indireta (art. 1197 CC): Posse Direita ocorre quando todos os elementos da 
posse “corpus” e “animus” encontram-sereunidos na mesma pessoa; Posse Indireta ocorre quando há 
cessão dos poderes diretos fáticos sobre a coisa (sempre via relação jurídica), a divisão da posse é 
qualitativa 
 
COMPOSSE (art. 1199 CC) 
Em princípio, a posse de uma pessoa anula a de outra (exclusividade). Porém, por convenção ou título 
hereditário, pode-se instituir condomínio e, dessa forma, pode haver também a composse, uma vez que a 
posse é o sinal exterior da propriedade 
A composse não se fraciona em partes certas, mas tão somente em partes ideais. Assim, perante terceiros, 
cada um dos co-possuidores procedem como se fossem um único e a todos são assegurados a utilização da 
coisa, a divisão da posse é quantitativa 
 
AQUISIÇÃO DA POSSE (Art. 1204/1205 CC) 
Seguindo a Doutrina de Ihering, para verificar se alguém adquiriu a posse, basta contatar se ocorre uma 
situação de “corpus” + a ausência de obstáculo legal para aquisição da posse. Mas o Código preferiu 
discriminar os modos de aquisição da posse como sendo: 
Modos de Aquisição Originária 
Apreensão: Por ato unilateral, sem qualquer 
ligação ou consentimento do possuidor anterior, ou 
seja, não há transmissão de posse anterior. (Ex. 
peixes adquiridos pelo pescador) 
Exercício do Direito: Objetivando a utilização ou 
função da coisa, ou seja, não basta a mera aptidão 
abstrata. A posse do direito se adquire pelo seu 
exercício 
Disposição do Direito: Quem dispõe de algo, 
exterioriza a sua posse (Ex. Dar em comodato de 
outrem, revela que a pessoa adquiriu a posse, 
posto que a desfrutava) 
Aquisição Derivada ou Bilateral 
Quando existe nexo de causalidade entre a posse 
anterior e a atual, pode ser: 
Por Tradição: Real (entrega efetiva da coisa) ou 
simbólica (Ex. entrega das chaves) 
Pelo Constituto Possessório: Onde o alienante 
conserva a coisa em seu poder, mas sob outro 
título (Ex. Vende o imóvel, mas continua na posse 
como inquilino) 
Por Sucessão Hereditária: Pelo qual o herdeiro 
recebe a posse automaticamente, no exato 
momento da morte do seu antecessor morto, 
mesmo que não haja apreensão (art. 1784 CC) 
 
7 
 
OBS.: Na aquisição por “causa mortis” ou 
“sucessio possessionis” e a título universal, o 
possuidor recebe a posse com todos os réus, 
vícios e qualidades. O herdeiro simplesmente fica 
no lugar do morto 
OBS².: Na aquisição por ato “inter vivos” e a 
título singular (acessio possessionis) o adquirente 
recebe nova posse, podendo juntar ou não à do 
seu antecessor (art. 1207 CC) para efeito da 
usucapião, mas, neste caso, assume os riscos da 
posse anterior 
 
EFEITOS DA POSSE (art. 1210/1222 CC) 
 Conduz a Usucapião: Pois essa decorre da posse prolongada, sendo assim a propriedade não é 
perdida pelo não uso, mas sim pelo uso, desta forma a posse prolongada conduz a usucapião 
 Percepção dos Frutos: Frutos são riquezas/utilidades que a coisa produz sem que haja alteração de 
sua substância (art. 95 CC); Podem ser: 
o Naturais – São os que se renovam por 
força orgânica da própria natureza; Ex. 
Laranjas, peras, tomates, ovos, leite etc. 
o Industriais – São os devidos à atuação 
do homem sobre a natureza como a 
produção de uma fábrica. Ex. Indústria, 
fábrica 
o Civis – São as rendas provenientes da 
utilização de coisa frutífera, como juros e 
alugueis 
 Os frutos ainda podem ser: 
o Pendentes – Quando ainda unidos à 
arvore que os produziu tanto pelos ramos 
quanto pelas raízes. Depois de colhidos 
denominam-se percebidos. Armazenados 
ou acondicionados para venda são 
estantes. Os que deveriam ter sido, mas 
ainda não foram colhidos, chamam-se 
percipiendos. Consumidos são os que 
já foram utilizados 
 
OBS.: O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos (art. 1214 CC), Com 
a citação inicial, a boa-fé transmuda-se para má-fé 
OBS².: O art. 1214 CC impõe a restituição dos frutos pendentes, bem como dos colhidos por 
antecipação, a partir do instante que cessa a boa-fé. Contudo, permite-se o direito de deduzir as 
despesas da produção e custeio. Com relação ao momento da colheita dos frutos naturais, industriais e 
civis, segue-se a regra do art. 1215 CC 
OBS³.: Finalmente, no art. 1216 CC, dispõe que o possuidor de má-fé responde por todos os frutos 
percebidos e estantes, bem como os que, por culpa sua, deixou de perceber desde o momento em que 
constituiu a má-fé. Tem direito, contudo, às despesas de produção e custeio 
 Presunção “juris tantum” de propriedade: Significa que admite prova em contrário, diferente de juris et 
juris, que não admite prova em contrário, sendo absoluta. Ex. Determinado objeto está na minha mão, 
presume-se que ele está sob a minha posse e também é de propriedade minha, entretanto esse objeto 
pode estar sob a minha posse, porém sendo de propriedade de outro, por isso a posse é juris tantum, 
admite prova em contrário 
 
8 
 
TUTELA DA POSSE 
Autotutela (Art. 1210 §1º CC) 
Só pode ser exercida pessoalmente e de forma proporcional à agressão. É a legítima defesa da posse 
enquanto estiver ocorrendo a turbação e o desforço imediato, quando o possuidor sofre esbulho e, já tendo 
perdido a posse, a retoma ainda no calor dos acontecimentos 
 
Ações Possessórias (Art. 1210 a 1229 CC c.c art. 920 a 933 CPC) 
São meios defensivos previstos na lei para resolver a situação originada do rompimento antijurídico da 
relação estabelecida pelo poder do homem sobre a coisa sem a necessidade de se debater sobre a 
propriedade 
 
Ações Possessórias em Sentido Estrito: 
 
Reintegração de Posse 
Art. 1210 CC c.c art. 926 CPC 
Visa restaurar a posse desfeita 
pelo esbulho. O esbulhado 
perde a posse 
 
Manutenção da Posse 
Art. 1210 CC c.c art. 926 CPC 
Visa impedir o 
desapossamento que ainda 
não ocorreu, mas que já atos 
turbativos (dificulta ou 
embaraça o exercício) 
Interdito Proibitório 
Art. 1210 CC c.c art. 932 CPC) 
Tem caráter preventivo e visa 
impedir que o esbulho e a 
turbação comecem. Pode ser 
usado preceito cominatório 
 
Caráter dúplice das ações possessórias: Qualquer dos litigantes pode assumir a posição de autor ou réu. 
Portanto, é lícito ao réu, pleitear seu direito e reclamar perdas e danos na própria contestação (Art. 922 CPC) 
 
Princípio da Fungibilidade da Ação Possessória é o caso de não saber com qual modalidade de ação 
possessória entrar, sendo assim usa esse princípio para o Juiz irá adequar a modalidade será usada (art. 920 
CPC) 
 
 
Ritos das Ações Possessórias 
 
Em princípio, seguem o Rito Ordinário. Se o esbulho datar de menos do que um ano e um dia, cabe liminar 
(ação de força nova) 
Se datar de mais de um ano e um dia não cabe liminar (ação de força velha). O prazo de ano e dia conta-se a 
partir da consumação do esbulho ou turbação (quando não há mais resistência do possuidor) 
 
Foro Competente: É o da situação do imóvel (art. 95 CPC). A jurisprudência tem entendido ser aplicável o 
foro de eleição no caso da reintegração de posse ser consequência da resolução do contrato 
9 
 
 
Outras Ações Consideradas Possessórias 
Tem natureza possessória para defender a posse: 
 
Nunciação de Obra Nova 
Art. 934/940 CPC 
Visa impedir (embargar) 
edificação ou obra no imóvel 
vizinho que cause prejuízo ou 
que estejam em desacordo 
com normas administrativas 
O pedido, nesta ação versa 
sobre: 
Embargo liminar da obra 
Cumulação de cominação de 
pena em caso de 
descumprimento 
Cumulação com ação 
demolitória 
Perdas e danos 
Embargos de Terceiro 
Art. 1046 a 1054 CPC 
Se a ofensa à posse (turbação 
ou esbulho) decorrer ato 
judicial (penhora, arresto, etc.),o remédio adequado são os 
embargos de terceiro. 
Requisitos: 
Que o embargante seja o 
dono ou o possuidor da 
coisa 
Existência de processo 
judicial no qual o embargante 
não seja parte 
A concretização de turbação 
ou esbulho por ato judicial 
Imissão de Posse 
Embora sem previsão legal no 
Código Civil e Código de 
Processo Civil, é admitida no 
rito ordinário. Visa entregar a 
posse a quem nunca a teve, 
permitindo a quem adquiriu um 
bem e tem a posse jurídica ou 
de direito, passe a ter também 
a posse de fato 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
PROPRIEDADE 
É o Direito que toda pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos de usar, gozar e dispor de 
um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem quer que injustamente o detenha 
É o Direito Real MAIS AMPLO E DE MAIOR CONTEÚDO 
Art. 1228 CC 
 “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do 
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha” 
A noção de direito de propriedade tem sido modificada ao longo do tempo, antigamente o direito de 
propriedade era muito absoluto, ao passar dos anos o direito de propriedade foi relativizando. Podemos 
levar em consideração as Gerações do Direito, sendo que a 1ª geração garantia a propriedade absoluta ao 
indivíduo, na 2ª geração o Estado, para defesa da sociedade retirou a propriedade dos indivíduos, na 3ª 
geração viu-se que a humanidade é autodestrutiva, desta forma o direito de propriedade perdeu o caráter 
absoluto em prol do direito social 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
Jus utendi: É a prerrogativa de tirar do bem todos os serviços que ele pode prestar, sem que haja alteração 
em sua substância; Direito de Usar 
Jus fruendi: É o direito de perceber os frutos e de utilizar os produtos da coisa; Direito de Fruir 
Jus abutendi ou disponendi: É o direito de poder dispor da coisa ou o poder de aliená-la a título gratuito ou 
oneroso, abrangendo também o poder de consumi-la e o poder de gravá-la de ônus ou submetê-la ao serviço 
de outrem. Direito de Dispor 
Reinvidicatio: É o poder que tem o proprietário de mover ação para obter o bem de quem quer que 
injustamente o detenha; Direito de Reivindicar 
 
CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE 
a) Caráter absoluto: Devido à sua oponibilidade “erga omnes”, pelo fato de ser o mais completo dos 
direitos reais e de que o seu titular pode desfrutar do bem como quiser, sujeitando-se apenas às 
limitações legais impostas em razão do interesse público ou da coexistência do direito de propriedade 
de outros titulares (art. 1231 CC) 
b) Caráter exclusivo: Em razão do princípio de que uma coisa não pode pertencer com 
exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. O Condomínio é a propriedade dividida 
em partes ideais, sendo assim o condomínio não exclui o caráter exclusivo 
11 
 
c) Caráter perpétuo: O domínio subsiste independentemente do exercício, enquanto não sobrevier 
causa extintiva legal ou oriunda da própria vontade do titular. O Direito de propriedade não se perde 
pelo não uso 
d) Caráter elástico: A propriedade pode ser distendida ou contraída no seu exercício, conforme se 
lhe adicionem ou subtraiam poderes destacáveis 
 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – Art. 5º, XXIII CF, c.c art. 1228 §§ 1º e 2º CC 
Desloca-se o foco do individualismo e do absolutismo para consolidar o interesse social 
A propriedade cumpre a sua função social quando respeita a riqueza do desenvolvimento social, ao meio 
ambiente e cumpre as legislações 
Valores perseguidos, além do interesse individual: 
 Coletividade 
 Meio Ambiente – Ecologicamente equilibrado 
o Fauna 
o Flora 
o Patrimônio Histórico 
o Água 
o Ar 
 Utilização da propriedade em prol do desenvolvimento da riqueza social 
 
ESPÉCIES DE PROPRIEDADE 
Quanto à Extensão do Direito do Titular 
I. Propriedade Plena: Quando todos os elementos constitutivos se acham reunidos na pessoa do 
proprietário. Art. 1231 CC 
II. Propriedade Restrita: Quando se desmembram um ou alguns dos seus poderes, que passam a ser 
de outrem. Ex.: Hipoteca, penhor 
 
Quanto a Perpetuidade do Domínio 
I. Propriedade Perpétua: É a que tem duração ilimitada 
II. Propriedade Resolúvel: É a que encontra no seu próprio título constitutivo uma razão de sua 
extinção, ou seja, as próprias partes estabelecem uma condição resolutiva, tem um prazo limitado 
para extinguir o domínio da propriedade 
 
SUJEITOS DA PROPRIEDADE – Qualquer pessoa física ou jurídica. Estrangeiro depende de autorização 
do INCRA para comprar imóvel rural acima de determinada dimensão (Lei 5709/71). Ascendente, não pode 
vender a descendentes sem autorização dos demais 
12 
 
EXTENSÃO DA PROPRIEDADE – A propriedade se estende na vertical, tanto para o subsolo ou para o céu, 
na proporção da necessidade, até onde tenha interesse e utilidade 
Entretanto os as jazidas e demais recursos minerais e potenciais de energia hidráulica NÃO pertencem 
ao proprietário, mas sim a UNIÃO 
O Código do ar proíbe construções que embaracem o tráfego aéreo 
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL 
Somente se adquire com o Registro no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1245 CC). A lei 6015/73 
regulamenta o registro de imóveis 
Principais Princípios que regem o Registro de Imóveis: 
 Publicidade: Presume-se que o registro torna 
conhecido todos os fatos nele constantes 
 Inscrição: A transmissão e constituição de 
direitos reais sobre imóveis somente se dão 
com o registro. Antes é mero direito pessoal 
de crédito ou obrigação de fazer 
 Fé Pública: Presume-se pertencer o direito 
real à pessoa cujo nome está o registro (art. 
1245, §1º CC) 
 Da Prioridade: Em um concurso de direitos 
reais sobre imóveis, a classificação é feita por 
ordem cronológica do seu aparecimento. A 
prioridade se dá com a apresentação do título 
ao registrador e não com o registro 
 Continuidade: Com relação a cada imóvel, 
deve haver uma cadeia de titularidades, sendo 
em regra vintenária (20 anos) 
 
Aquisição da Propriedade Imóvel pela ACESSÃO (Art. 1248/1257 CC) 
Formação de ilhas 
Em rios navegáveis são públicas em rios não 
navegáveis são particulares. As particulares são 
atribuídas aos proprietários ribeirinhos na 
proporção de suas testadas (a distância da lateral 
do terreno até o meio do rio). Se estiver no meio do 
rio, a ilha pertencerá aos proprietários ribeirinhos a 
partir do eixo do rio. Se for formada a ilha pelo 
desdobramento de novo braço de rio, pertence aos 
proprietários dos terrenos às custas dos quais se 
formaram (Art. 24 Código Águas) 
Álveo abandonado 
Álveo significa o leito do rio. Se for particular o rio, 
o direito dos proprietários ribeirinhos vai até o meio 
do eixo do rio, de acordo com suas testadas 
Aluvião 
São acréscimos, os depósitos e os aterros 
naturais que o rio anexa vagarosamente às 
margens de modo sucessível e imperceptível. 
Pertence aos proprietários dos imóveis ribeirinhos, 
salvo se for águas públicas 
Avulsão 
É a desagregação violenta de uma porção de 
imóvel para se juntar a outro. No prazo de UM 
ANO o proprietário que sofre a avulsão pode 
reclamar do que recebeu a remoção da coisa ou 
indenização 
 
 
 
13 
 
Construção de Obras ou Plantações 
Art. 1253/1257 CC 
Presunção: Todas as construções/plantações 
foram feitas pelo proprietário 
 Semeadura, plantação ou construção em 
terreno próprio com material alheio (art. 
1254 CC): Quem planou/construiu fica com o 
material, mas fica obrigado a pagar o 
respectivo valor. Se agiu de má-fé, responde, 
também por perdas e danos 
 
Semeadura, plantação ou construção em 
terreno alheio com material próprio (art. 
1255 CC): Quem plantou/construiu, perde o 
material em proveito do proprietário do solo. 
Se procedeu de boa-fé, tem direito à 
indenização 
 
EXCEÇÃO: Se o valor da construção ou 
plantação exceder consideravelmente o valor 
do terreno, aquele que plantou ou construiu de 
boa-fé, pode adquirir a propriedade do solo, 
mediante pagamento de indenização 
(judicialmente fixada, se não houver acordo – 
art. 1255, § único CC) 
ATENÇÃO: Se houve má-fé de ambas as 
partes, o proprietário do terreno fica com as 
sementes/construções, mas indeniza o valor 
das acessões 
 
 
 
Construção feita Parcialmente em Solo Alheio 
Art. 1258/1259 CC 
Se a invasão for em parte não superior à 20ª 
parte do solo alheio, o construtor adquire a 
propriedade do solo invadido desde que: 
 Esteja de boa-fé 
 O valor da construção seja maior do que o 
valor da parte do solo invadido 
 Indenize o proprietário do solo pelo valor da 
área invadida e pela desvalorização da área 
remanescente 
Se a área invadida não for superior à 20ª parte 
(5%) do solo alheio e o construtor agiu de má-
fé, terá de demolir o que construiu. Se não for 
possível a demolição o que construiu (Ex. 
comprometer a estrutura do prédio, o construtor 
(de má-fé) terá direito de adquirir a parte invadida 
desde que pague o valor equivalente a 10 vezes o 
valor que deveria pagar se estivesse de boa-fé 
Se a área invadida for superior a 20ª parte (5%) 
do solo invadido, o invasor de boa-fé terá direito 
de adquirir a propriedade do solo invadido desde 
que pague indenização que englobe: 
 Valor que a invasão acrescer à construção 
 Valor da área invadida 
 Valor correspondente à desvalorização da 
área invadida 
Se, a invasão for de área superior à 20ª parte 
(5%) da área invadida e o invasor agiu de má-fé, 
não se confere o direito de aquisição do solo 
invadido, devendo o invasor demolir o que 
construiu no solo alheio, além de pagar em dobro 
as perdas e danos que foram apuradas 
 
 
 
14 
 
Aquisição da Propriedade Imóvel pela USUCAPIÃO 
É também denominada de prescrição aquisitiva porque concorrem para a aquisição da propriedade, a inércia 
do titular e o tempo de posse 
Considerações gerais: 
Requisitos Pessoais 
O usucapiente deve ser pessoa 
(natural) capaz, incapazes 
devem ser representados. 
Relativamente incapazes 
podem por ato próprio adquirir 
a posse e mantê-la pelo tempo 
necessário à usucapião 
Já, se o proprietário for 
incapaz, o prazo não flui em 
seu desfavor. Se o prazo para 
usucapião já se iniciou, ficará 
suspenso até que o proprietário 
complete 16 anos. (Art. 198, I e 
1244 CC) 
Pessoa jurídica só pode 
adquirir por usucapião se 
exercer a posse e a 
modalidade da usucapião 
pretendida não exija como 
requisito a moradia 
Pessoa jurídica pode ser ré 
Bens públicos não podem ser 
usucapidos (Art. 120 CC e art. 
191 § único CF) 
É possível que no condomínio 
comum haja usucapião, 
pedindo a parte fracionada dos 
outros condôminos, entretanto 
no condomínio edilício não é 
possível 
 
Requisitos Reais 
Coisa Hábil (“res habilis”) e no 
comércio (“rescommercio”) – 
Só é possível pedir usucapião 
de Bens móveis e imóveis. Ex.: 
Não é possível usucapir o ar 
OBS.: Não comportam 
usucapião bem de 
absolutamente incapazes e os 
bens nas situações dos arts. 
197 e 198 CC 
BENS PÚBLICOS NÃO 
PODEM SER USUCAPIDOS 
Ex.: No caso de uma pessoa 
estar morando em uma casa há 
dois anos, e a proprietária do 
imóvel falece, passando a 
propriedade para um herdeiro 
absolutamente incapaz, o 
prazo de contagem para a 
usucapião suspende, e 
somente irá voltar quando 
completar 16 anos, tornando-se 
relativamente incapaz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Requisitos Formais 
Posse e tempo são os 
elementos essenciais para a 
Usucapião 
A posse deve ser mansa, 
pacífica, contínua e com ânimo 
de proprietário “animus domini”. 
Contínua é a que não sofreu 
interrupção, transcorrendo no 
tempo, sem intervalo. 
Posse mansa, pacífica e 
tranquila é aquela da qual não 
houve, por parte do proprietário 
qualquer contestação 
Justo título é aquele 
potencialmente hábil para a 
transferência de domínio. A 
doutrina tradicional exige o 
registro. A jurisprudência 
moderna o dispensa 
Boa fé é a crença do possuidor 
de que a coisa realmente lhe 
pertença 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Modalidades de adquirir Coisa Imóvel por Usucapião: 
 
Usucapião Extraordinária - Art. 1238 CC 
É a modalidade de Usucapião que exige menos requisitos para a sua concessão, pois é também a que exige 
mais prazo. Há duas modalidades de usucapião extraordinária: 
 
1ª MODALIDADE (CAPUT) 
Requisitos: 
 
 
2ª MODALIDADE (PARÁGRAFO ÚNICO) 
Requisitos: 
 
OBS.: Estas 2 modalidades de usucapião independem de boa-fé e de título 
OBS.²: Observe que quanto mais tempo menos requisitos são exigidos 
 
USUCAPIÃO 
EXTRAORDINÁRIA 
USUCAPIÃO 
ORDINÁRIA 
USUCAPIÃO ESPECIAL 
RURAL 
USUCAPIÃO ESPECIAL 
URBANA 
USUCAPIÃO ESPECIAL 
URBANA COLETIVA 
ANIMUS DOMINI 
POSSE PÚBLICA 
POSSE MANSA, PACÍFICA e CONTÍNUA 
15 ANOS 
ANIMUS DOMINI 
POSSE PÚBLICA 
POSSE MANSA, PACÍFICA e CONTÍNUA 
10 ANOS 
Usucapiente residir no imóvel ou nele fizer obras (melhorias de caráter produtivo, ex.: 
Loja) 
16 
 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA - Art. 1242 CC 
Requisitos: 
 
OBS.: O PRAZO SERÁ DE 5 ANOS: 
 No caso de ter adquirido com base no registro constante no respectivo cartório e ter cancelado 
posteriormente, e 
 Os possuidores estiverem estabelecidos no imóvel (morando) ou tiver realizado investimento de 
interesse social e econômico 
Relembrando: 
Justo título: Traduz-se em documento em que o possuidor acredite que a coisa lhe pertence, mas, na 
realidade, é portador de um documento viciado, cujo defeito o impede de adquirir legitimamente a coisa 
A boa-fé é a decorrência do fato do possuidor desconhecer que prejudica o direito alheio. Impõe como 
expressão de um estado psicológico, subjetivo, no qual o possuidor ignora a ilegitimidade de sua situação 
jurídica 
 
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL (PRO LABORE) – Art. 191 CF c.c 1239 CC 
Veio pela CF como uma parte política de reforma agrária 
Requisitos: SÓ VALE PARA PESSOA FÍSICA 
 
OBS.: Observe que para essa modalidade NÃO é exigido justo título e nem boa-fé 
OBS.²: Caso o possuidor tenha posse de uma área de 90 HECTARES, ele poderá entrar com Usucapião 
Especial Rural apenas sob 50 hectares desta área, e posteriormente entrar com uma outra ação, que não 
seja Usucapião Especial Rural, para adquirir o restante da área 
 
ANIMUS DOMINI 
POSSE PÚBLICA 
POSSE MANSA, PACÍFICA e CONTÍNUA 
10 ANOS 
JUSTO TÍTULO E BOA-FÉ 
ANIMUS DOMINI 
POSSE MANSA, PACÍFICA e CONTÍNUA 
05 ANOS 
ÁREA EM ZONA RURAL NAO SUPERIOR A 50 HECTARES 
MORADIA DO POSSUIDOR E SUA FAMÍLIA, TORNANDO A ÁREA PRODUTIVA 
NAO SER PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMÓVEL URBANO OU RURAL 
17 
 
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA 
Art. 183 CF, art. 1240 CC e arts. 9 a 14 da Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) 
Essa modalidade de usucapião tem a ideia das pessoas carentes ter moradia. Requisitos: 
 
 
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA COLETIVA - Art. 10 da Lei 10.257/2001 
Requisitos: Os mesmos exigidos para a Usucapião Especial Urbana mais: 
 
 
OBS.: Cria-se uma espécie de condomínio especial coletivo 
Na sentença que a reconhecer, o Juiz deve designar as frações ideais de cada umdos copossuidores 
O condomínio assim formado é uno e indivisível, mas os copossuidores (condôminos) podem dissolvê-lo 
mediante deliberação de, pelo menos, 2/3 dos condôminos 
As duas espécies de usucapião especial urbanas podem ser alegadas em matéria de ação ou de defesa 
(exceção) 
 
ANIMUS DOMINI 
POSSE MANSA, PACÍFICA, CONTÍNUA e PÚBLICA 
05 ANOS 
ÁREA URBANA NAO SUPERIOR A 250M² 
MORADIA DO POSSUIDOR E SUA FAMÍLIA 
NAO SER PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMÓVEL URBANO OU RURAL 
SÓ PODE SER REQUERIDO UMA VEZ 
ANIMUS DOMINI 
POSSE MANSA, PACÍFICA, CONTÍNUA e PÚBLICA 
05 ANOS 
ÁREA URBANA SUPERIOR A 250M² 
MORADIA DO POSSUIDOR E SUA FAMÍLIA 
NAO SER PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMÓVEL URBANO OU RURAL 
SÓ PODE SER REQUERIDO UMA VEZ 
Ocupação para moradia por população de baixa renda – Exige uma aglomeração 
de ocupantes 
Não ser possível individualizar a área ocupada por cada um 
Não serem os copossuidores proprietários de outro imóvel urbano ou rural 
18 
 
OBSERVAÇÕES 
A sentença de matéria de defesa da usucapião especial de imóvel urbano irá valer para reconhecer como 
título para registro no cartório de registro de imóvel. Sendo assim a Lei se omite e não prevê isso, no qual 
traz um problema, pois o processo da declaração de usucapião deve ter o croqui da área, a citação dos 
confrontantes, e outros requisitos essenciais, no qual na defesa da ação de usucapião especial de imóvel não 
é necessário esses requisitos (art.13 da Lei 10.257/01) 
A área de 250 m² pode ser tanto de terreno quanto de construção, entretanto se o terreno for de 300 m² e a 
construção de 250 m², não será possível a usucapião especial urbana 
Para a usucapião especial não é possível pedir uma fração de 250 m² do terreno, e deixar de lado a outra 
parte 
Outra questão que pode entrar em conflito com a Lei do Estatuto da Cidade é no caso de usucapião especial 
urbana coletiva, sendo que em uma determinada área ocupam 20 pessoas, mas se dividir a área total do 
terreno pela quantidade de pessoas, a porção ideal para cada um ultrapassa de 250 m², porém cada um 
ocupa somente 250 m², tendo uma parte vazia. Neste caso deve ser observado isso para que possa ser 
possível a usucapião 
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 
Modos de adquirir a propriedade móvel: Usucapião, Ocupação, Achado do Tesouro, Tradição, 
Especificação, Confusão, Comistão e Adjunção 
 
Usucapião de Coisa Móvel 
 
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 1261 CC) 
Requisitos: 
 Posse “cum animus domini” 
 Mansa, Contínua e Pacífica 
 5 Anos 
 
 
 
 
 
 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA (art. 1260 CC) 
Requisitos: 
 Posse “cum animus domini” 
 Mansa, Contínua e Pacífica 
 3 Anos 
 Justo Título (expresso em qualquer 
documento que indique a transmissão da 
posse, mas que não seja idôneo para transferir 
a propriedade 
 Boa-Fé, representada pela convicção de que a 
possui legitimamente, embora isso não 
corresponda a verdade 
 
 
19 
 
Ocupação 
É uma modalidade de aquisição da propriedade móvel por quem tomar posse, apreender coisa sem dono, 
com o objetivo de torna-la sua 
Pressupostos para que a coisa seja considerada abandonada: 
a) Pressuposto objetivo ou derreição, que se evidencia pelo abandono material da coisa 
b) Pressuposto subjetivo, traduzido na vontade de não se ter mais a coisa como sua 
É considerada forma de aquisição originária da propriedade pois não há transmissão de um proprietário a 
outro. 
Apreensão da “res nullius”, é outra modalidade de aquisição, pois não tem proprietário, ex.: pegar peixe em 
um rio. (coisa que nunca teve dono) 
Apreensão da “res derelicta” teve dono mas foi abandonada, o dono quis abandonar a matéria, teve a 
intenção; essas duas modalidades são passíveis de ocupação. 
 
Questões para fixar melhor a matéria: 
1) Tício adquiriu uma geladeira de Mévio que lhe forneceu um recibo pelo pagamento em 16 de abril de 
2011. Ocorre que na data de hoje, 15 de abril de 2014, Joaquim, procura Tício provando ser o 
proprietário da geladeira e a exigindo de volta. Na hipótese apresentada é possível a alegação de 
usucapião? 
Resposta: Não será possível usucapir, pois em se tratando de usucapião de propriedade móvel 
requisita-se no mínimo 3 anos de posse mansa, pacífica e contínua com justo título, boa-fé e animus 
domini, sendo que neste caso falta 1 dia para a aquisição da propriedade móvel 
2) Cardoso, consta como titular de uma linha telefônica desde 1980. Ocorre que o mesmo faleceu em 1992, 
sendo a respectiva linha utilizada desde então por Maria, e não possui nenhum tipo de vínculo de 
parentesco com o “de cujus”. Desejando a titularidade do uso da linha telefônica em comento indique a 
melhor solução para o caso apresentado 
Resposta: A linha telefônica pode ser adquirida por usucapião conforme a Súmula 193 do STJ, sendo 
que neste caso há posse mansa, pacífica e contínua, com animus domini e há mais de 5 anos 
3) Zeca deixou sua motocicleta para reparos mecânicos em 31 de março de 2009. O conserto ficou pronto 
em 17 de abril daquele mesmo ano, quando então o proprietário foi comunicado do términos dos serviços 
para que o proprietário viesse buscar. Tendo-se em vista que até a presente data não houve a retirada do 
veículo em questão, o proprietário da oficina pretende ficar com a moto para si e, deste modo, indaga-se: 
A intenção do mecânico encontra amparo jurídico? 
Resposta: Abandono é uma forma de perda de propriedade que pode gerar usucapião, entretanto neste 
caso não foram preenchidos todos os requisitos para a usucapião extraordinária de coisa móvel, pois 
faltam 2 dias para dar 5 anos de posse com animus domini, mansa, contínua e pacífica 
 
20 
 
Achado de Tesouro 
Tesouro: Depósito antigo de coisas preciosas, oculto, sem dono conhecido. 
Os objetivos, assim encontrados, pertencerão: 
a) Ao proprietário do prédio, se for achado por ele ou em pesquisa que ele ordenou ou por terceiro não 
autorizado (se invadir o terreno proibido de um proprietário, o tesouro achado será somente do 
proprietário do terreno) 
b) Ao proprietário do prédio e a terceiro que tenha encontrado casualmente, dividindo-o em partes iguais 
OBS.: Se for possível identificar o dono, não será considerado tesouro 
 
Tradição 
É a entrega da coisa móvel pelo transmitente ao adquirente com a intenção de lhe transferir o domínio 
Modalidades de tradição: 
a) Real – Entrega efetiva da coisa (antes = direito obrigacional/pessoal) 
b) Simbólica – Se perfaz por um ato representativo da alienação (ex.: Entrega das chaves de um veículo) 
c) Ficta – Na hipótese de constituto possessório (O alienante conserva a coisa em seu poder, mas sob título 
de outra pessoa) 
Circunstâncias que levam à tradição 
a) Quando o transmitente cede ao adquirente o direito à restituição da coisa 
b) Quando o adquirente já está na posse da coisa 
Tradição por quem não é dono da coisa: regra geral não transfere a propriedade 
Exceções: Coisa oferecida em público em leilão ou estabelecimento comerciais. “Teoria da Aparência” 
A transferência por quem não é dono pode ser convalidada se o alienante adquirir depois a propriedade da 
coisa entregue 
 
Especificação 
Modo de adquirir a propriedade mediante transformação de coisa móvel em espécie nova em virtude de 
trabalho ou indústria do especificador, sem que possa voltar a forma anterior 
Matéria Prima Parte Alheia: O especificador fica com a coisa nova, mas indeniza o proprietário da matéria 
prima o equivalente a sua parte 
Matéria Prima Toda Alheia: Se boa-fé do especificador, fica com a coisa nova indenizando o dono da 
matéria prima; Se má-fé do especificador, a coisa nova fica para o dono da matéria prima. Se não quiser a 
coisa nova, tem direitoà indenização 
Todavia, se o valor da coisa nova exceder consideravelmente o valor da matéria prima, o 
especificador fica com a coisa nova, mas indeniza o dono da matéria prima 
21 
 
Confusão, Comistão e Adjunção 
Confusão – Mistura de líquidos 
Comistão – Mistura de sólidos 
Adjunção – Justaposição de uma coisa à outra 
Se não for possível separá-las, forma-se um condomínio com quotas proporcionais ao valor da coisa que 
agregou ao todo 
OBS.: Se puder considerar uma das coisas como principal em função do valor, o dono dessa coisa, fica com 
o todo indenizando os demais 
OBS².: Se houver má-fé abre-se a opção do prejudicado: Ficar com o todo, indenizando; Renunciar o todo 
com direito à indenização 
 
PERDA DA PROPRIEDADE 
 
FORMAIS 
1) Alienação: consiste na entrega, por ato de vontade do titular, a título gratuito ou oneroso de coisa de sua 
propriedade com intenção de não mais perpetrar 
No caso de bem imóvel, se perfaz com o registro do título translativo no Registro de Imóvel 
2) Renúncia: Consiste num ato unilateral voluntário e expresso abdicativo de direito, onde o titular declara 
expressamente, o propósito de despojar-se do seu direito 
Se se tratar de coisa móvel, não se exige formalidades, basta deixar clara a intenção de não desejar mais 
a propriedade. No caso de imóveis exige a transcrição do ato renunciativo no registro de Imóveis. 
OBS.: O antigo CC considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel, para efeitos legais. Assim a 
renúncia de direito sucessoriais só é possível por escritura pública ou petição nos autos do inventário 
3) Abandono: É assim como a renúncia, ato unilateral e voluntário abdicativo do direito de propriedade. No 
que se refere a bem móvel é praticamente impossível fazer distinção entre a renúncia e o abandono, 
posto que ambos se expressam da mesma forma 
Já no que diz respeito à imóveis, o art. 1276 CC, prevê a possibilidade de ser considerado bem, após 3 
anos se o proprietário não mais manifestar intenção de mantê-lo sob sua propriedade e não estiver na 
posse de alguém 
OBS.: O §2º do artigo 1276 CC, prevê uma presunção absoluta de abandono, se, cessado os atos de 
posse, o proprietário deixar de pagar os impostos sobre a propriedade 
Neste caso, se declarado (via judicial) como bem vago, o imóvel urbano passa a ser propriedade do 
município e se imóvel rural, para a União, independentemente de sua localidade 
4) Perecimento do objeto 
5) Desapropriação 
6) Arrematação 
7) Adjudicação 
8) Usucapião 
9) Acessão 
22 
 
DIREITOS DE PROPRIEDADE – DIREITO DE VIZINHANÇA 
Trata-se do uso anormal da propriedade 
Alguns critérios para a composição do conflito: 
a) A pré-ocupação – Quem ocupou primeiro o lugar tem preferência 
b) A natureza da ocupação 
c) A localização do prédio 
d) As normas relativas às edificações 
e) Limites da tolerância dos vizinhos com base no homem médio – Nem o mais intolerante e nem o mais 
tolerante 
Os três valores a serem preservados: 
a) Segurança 
b) Sossego 
c) Saúde 
Soluções para o conflito 
a) Leva-se em conta a normalidade, com base no homem médio 
b) Busca-se reduzir o incômodo, para adequá-los às proporções normais 
c) Não sendo isso possível, determina-se a cessão de atividade 
d) Se a atividade for de interesse social e não puder ser cessada, os vizinhos são indenizados 
Ações típicas para dirimir os conflitos de vizinhança: 
- Ação cominatória 
- Ação de obrigação de fazer/não fazer 
- Ação demolitória 
- Ação de dano infecto – Gera uma caução, uma garantia de indenização 
- Todas com as providências do art. 461 CPC 
 
Arvores Limítrofes 
a) Se a árvore estiver na linha divisória, pertence aos proprietários confinantes, assim como os frutos e 
os troncos. Nem um deles pode cortá-la sem a autorização do outro 
b) Se a árvore pertencer a um dos confinantes mas seus ramos e raízes se estendem além da linha 
divisória, os frutos pendentes pertencem ao proprietário da árvore que poderá colhê-los de forma a 
não invadir a propriedade vizinha. O vizinho tem direito a cortar até o plano vertical divisório 
 
 
23 
 
 
Passagem Forçada (Art. 1285/1286 CC) 
Não se confunde com servidão de passagem. É também chamada de servidão legal e tem natureza de 
limitação do direito de propriedade e como fundamento a solidariedade social 
O preceito assegura ao dono de prédio rústico ou urbano encravado em outro, sem saída para a via pública, a 
reclamar do vizinho que lhe deixe passagem. O encravamento deve ser natural (não provocado) 
A passagem é indenizável e os rumos devem ser fixados de modo a causar o menor sacrifício possível 
 
 
Passagem de Cabos e Tubulações 
O vizinho é obrigado a tolerar que, sob seu imóvel passem cabos, tubulações, ou outros condutos 
subterrâneos desde que os vizinhos não tenham outro meio condutor ou quando for muito dispendiosa a sua 
realização, sem atravessar a propriedade vizinha 
É necessário, para que haja essa obrigatoriedade, que a coisa conduzida seja de utilidade pública, como 
água potável ou água servida e não de interesse exclusivo do vizinho 
Os tubos e condutos devem ser instalados em local que lhe cause menos prejuízo ao proprietário que sofre o 
incômodo. Cabe indenização pelo incômodo e pela desvalorização da área remanescente 
O proprietário do imóvel que sofre o incômodo pode exigir obras para manter a segurança e, caso queira 
mudar os tubos/canos de local, poderá fazê-los, mas arcará com os custos da obra 
 
 
Águas 
Diplomas regulamentadores: Decreto 24.643/34 (mais amplo); Código Civil art. 1288 a 1296 (referente a 
vizinhança) 
O proprietário ou possuidor do imóvel inferior (terreno de baixo), é obrigado a receber as águas das chuvas e 
nascentes, não podendo realizar obras que interrompem o seu curso. É defeso, também poluir tais água 
É lícita a construção de barragens, açudes ou outras obras para represamento da água, mas se houver 
vazamentos, responderá pelo prejuízo causado 
O proprietário ou possuidor, tem direito de construir canais em prédio alheio para captação das águas 
indispensáveis para às primeiras necessidades da vida, desde que não cause prejuízo considerável à 
agricultura e à indústria 
Também poderá construir canais em prédio alheio para exoar as águas supérfluas ou para drenar o terreno, 
mediante indenização 
 
 
24 
 
 
Limites entre Prédios e Direito de Tapagem 
O proprietário tem direito de exigir do seu confinante a divisão dos custos da demarcação das respectivas 
áreas, aviventação de rumos apagados, renovar marcos destruídos ou arruinados 
A forma de exigir este direito é a ação demarcatória (art. 950 a 952 CPC) 
Ação de dano infecto cabe quando a obra prejudicar a construção do outro 
OBS.: Esse direito de vizinhança corresponde, ao outro vizinho como uma obrigação “propter rem” 
OBS².: Tapumes especiais para contenção de animais de pequeno porte, não estão incluídos e deve ser 
custeado exclusivamente por quem se beneficiar 
 
 
DIREITO DE CONSTRUIR 
Limitações: 
 Ordem Privada – Direito de Vizinhança 
 Ordem Pública – Código Civil = O mínimo é regulado pelo Poder Municipal 
OBS.: Durante a construção, cabe nunciação de obra nova. Depois do término da obra, ação demolitória 
Construção de Varandas, Terrações, e Abertura de Janelas a menos de 1,5 metro da Linha Divisória 
 Espaço para luz e ventilação menores de 10x20cm, construída a mais de 2 metros do piso – Não há 
limitação 
 Prazo decadencial de ano e dia para o desfazimento da obra ou janela irregular. Depois pode 
construir/levantar muro 
Imóveis Rurais, é proibido qualquer edificação a menos de 3 metros da Linha Divisória 
 O proprietário não pode construir de modo que o seuprédio despeje águas diretamente sobre o terreno 
vizinho 
 As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória ou perpendicularmente poderão ser abertos, no 
mínimo a 75 centímetros 
 Nos imóveis sujeitos a alinhamento, o proprietário vizinho pode utilizar a parede divisória para assentar 
madeiramento, desde que a mesma suporte 
No caso de proceder escavações capazes de por em risco a propriedade vizinha, o prejudicado pode exigir 
caução contra risco de desabamento. 
OBS.: As paredes construídas na linha divisória entre dois prédios presume-se em condomínio e, cada um 
poderá utilizá-la até a metade. O vizinho que primeiro a construir é que fixará a espessura e altura do muro 
divisório e pode exigir a repartição das despesas. 
25 
 
Art. 1313 CC – Tolerância para ingresso no imóvel vizinho 
O prazo para entrar com a ação após o término da construção é de 1 ano e 1 dia, após esse prazo não 
será mais possível entrar com ação para tirar a janela, a sacada, e outros tipos 
 
Direito Real de Usufruto, de Uso e de Habitação (Arts.1390/1415 CC) 
Direito Real de Usufruto: É um direito real pelo qual uma pessoa, que não o proprietário, é investida da 
prerrogativa de usar da coisa e receber dela os seus frutos temporariamente, sem alterar-lhe a substância 
(art. 1390 CC). 
Características 
a) É um Direito Real: Adere à coisa e a acompanha, ainda que haja alienação a terceiros (distingue-se, 
portanto, do comodato, da locação). Se for sobre bem imóvel, está sujeita a registro (salvo no caso do 
usufruto do direito de família). 
b) Objeto: Incide sobre coisa móvel ou imóvel, corpóreos ou incorpóreos sobre um patrimônio inteiro ou 
parte dele. Embora seja mais comum sobre imóveis, hoje prolifera o usufruto sobre ações de S/A, pelo 
qual o usufrutuário recebe os dividendos (desdobramentos pertencem ao proprietário) 
c) Fruição: Cabe ao usufrutuário o poder de fruir as utilidades da coisa, inclusive sobre acessórios, salvo 
disposição em contrário (art. 1392 CC) 
d) Posse: A posse direta é do usufrutuário, a indireta ao nu-proprietário 
e) Temporariedade: Nunca é perpétuo. Pode ser vitalício, por prazo certo ou subordinado a certa condição 
ou estado. Normalmente confere-se a uma determinada pessoa e desaparece com ela. Costuma-se dizer 
que o usufruto é construído sobre a cabeça de um titular 
f) Constituição 
1. Por convenção: Ou seja, pela vontade das partes, quer seja por contrato específico, quer por 
reserva em doação ou casamento. Se recair sobre bem imóvel depende de registro no CRI 
2. Por testamento 
OBS.: Existe modalidade própria de usufruto que tem origem na lei, como o usufruto decorrente do poder 
familiar – art. 1689, I CC. 
 
Direito do Usufrutuário (Arts. 1394/1399 CC) 
a) Posse (inclusive usar as ações possessórias) 
b) Uso, salvo restrições contidas no próprio título 
c) Administrar livremente, desde que não aliene a coisa (não tem o “jus abutendi”) 
d) Percepção dos frutos tanto civis quanto naturais. Os frutos vencidos, na data da constituição do 
usufruto são do proprietário. Os pendentes e na data final são do usufrutuário. 
e) Ceder: O usufrutuário não pode alienar o direito real porque é constituído em caráter personalíssimo (art. 
1393 CC), mas pode cedê-lo a título gratuito ou oneroso. Como consequência, não pode ser penhorado, 
nem arrendado a terceiros. Pode haver penhora dos rendimentos dos bens (RT 759:278) 
26 
 
 
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“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas 
formas de enxergar o mundo” 
 
Um grande abraço e aguardo vocês em nosso site

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