Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Faculdade de Odontologia da UFBA Disciplina: Microbiologia I Aluno: Leonardo Siquara Data: 11.08.16 RESUMO PARA ESTUDO Assunto: Reprodução e crescimento Material: Aula: Nutrição, Cultivo, Reprodução e Crescimento de micro-organismos Nutrição Organismos quimioorganotróficos – utilizam compostos orgânicos como fonte de C e energia; Replicação microbiana depende de metabolismo – reações catabólicas e anabólicas; Macronutrientes (grandes quantidades exigidas) e micronutrientes (pequenas quantidades exigidas): o Micro – quantidades traço; geralmente cofatores; o Macro: Carbono (50%) e nitrogênio (12%); Enxofre; Potássio, magnésio e cálcio (cofatores); Ferro (respiração celular); Fatores de crescimento – compostos orgânicos: o Vitaminas, aminoácidos, purinas e pirimidinas; o Varia com os organismos: Organismos fastidiosos – nutricionalmente mais exigentes; Cultivo Meios de cultura – soluções de nutrientes utilizadas para crescimento de microrganismos em laboratório: Meios quimicamente definidos – quantidades precisas de compostos puros: o Úteis para a determinação das necessidades nutricionais dos organismos: Cepas prototróficas – não requerem suplemento orgânico para crescer; Cepas auxotróficas – precisam de suplementos orgânicos para crescer; desenvolveu tal necessidade em decorrência de uma mutação; Meios complexos – utilizam digestos de animais ou vegetais (concentrações indefinidas de nutrientes); Podem ser seletivos ou diferenciais: o Seletivos – inibem o crescimento de determinados organismos (ph, concentração salina, etc); o Diferenciais – possuem indicador para diferenciação com reações químicas; Meios de transporte – isentos de nutrientes; têm agente redutor e substâncias tamponantes: o Previnem desidratação e evitam oxidação ou destruição dos organismos; Ágar – carboidrato complexo derivado de alga marinha; componente dos meios sólidos de cultura; permitem o crescimento de colônias – massas isoladas e visíveis de microrganismos: o Diferentes microrganismos produzem diferentes colônias; observação da pureza das colônias; Crescimento microbiano Aumento do número de células; Ocorre por autoduplicação; Dependente de reações químicas (transformação energética e polimerização e montagem de novas estruturas); Células bacilares: o Acúmulo de macromoléculas; o Replicação do material genético; o Alongamento da célula (dobro do tamanho); o Formação do septo; o Divisão do material genético; o Separação das células; Proteínas Fts – formam o divisomo, ou aparelho de divisão celular: o Forma anel FtsZ no centro da célula; o anel atrai outras moléculas (ZipA – estabilizadora – e FtsA – auxiliadora na conexão e faz recrutamento de outras proteínas do divisomo); Proteínas Min – proteínas inibitórias que determinam localização do anel FtsZ: o MinC e MinD – impedem formação do anel FtsZ (inibem divisão): MinD – oscila entre polos da célula; posiciona MinC na membrana (mantem MinC nos polos); MinE: oscila entre polos e desloca MinC e MinD; o Menos presentes no centro da célula (local ideal para montagem do anel FtsZ); Uma divisão celular em duas é uma geração; o tempo requerido para esse processo é o tempo de geração; durante esse tempo, os componentes celulares aumentam proporcionalmente (crescimento balanceado); Crescimento exponencial – padrão de aumento populacional; inicialmente lento e posteriormente acelerado; mais facilmente compreendido através da escala logarítmica: o Crescimento ocorre em progressão geométrica; o 𝑁 = 𝑁0 × 2 𝑛; e o tempo de geração corresponde a t/n; Cultura em batelada – crescimento em recipiente fechado; não continua indiscriminadamente; Fases do crescimento: o Fase lag – ocorre metabolismo, mas não ocorre crescimento (duplicação), pois células estão se adaptando (mudança de meio) ou se reparando: Não ocorre se células mudarem entre meios iguais e não estiverem danificadas (estando com tudo pronto para replicar) o Fase log – crescimento exponencial; máximo e constante; o Fase estacionária – duplicações se igualam ao número de mortes (equilíbrio); sem crescimento; Quorum sensing – sinalização celular ajuda bactéria determinar se o meio tem capacidade para maior crescimento; o Fase de morte – mais células morrendo do que surgindo; Pode ou não ser acompanhada de lise celular; Tempo de duração da colônia e fim do crescimento é determinado geneticamente e pelo meio (falta de nutrientes, ph e etc); Cultura contínua: o Acréscimo constante de meio fresco (renovação de nutrientes; o Retirada constante de produtos de excreção (equilíbrio das condições); o Possibilita manutenção da fase desejada (lag, log, estacionária); o Utilizado para enriquecimento, isolamento e experimentação; Quantificação – observação de números de células ou de mudanças na concentração de componentes celulares: o Citometria de fluxo e contagens microscópicas (nem sempre confiáveis); o Utilização da Câmara de Petroff-Hausser e da Câmara de Neubauer; o Fluoróforos e hibridização in situ fluorescente (visualização): Aumentam resolução; o Contagens diretas tem desvantagens: Células mortas e vivas juntas; Células pequenas não são vistas; Não servem para amostras com poucas células; o Diluição seriada – sucessivas diluições para redução da concentração de células; o Contagem de células viáveis em placa: Semeadura por espalhamento; células crescem superficialmente e profundamente; Semeadura por profundidade; células crescem superficialmente; o Colorimetria/espectrofotometria – métodos turbidimétricos; Fatores que afetam crescimento: o Temperatura – fator mais importante; organismos extremófilos toleram temperaturas extremas (extremófilos); interfere em atividade enzimática: Psicrófilo – temperaturas ideais baixas; Mesófilo – temperaturas ideais médias; Termófilo – temperaturas ideais altas; Hipertermófilo – temperaturas ideais muito altas; o Ph: Acidófilos – ótimo com Ph abaixo de 6; Alcalifílicos – ótimo com Ph acima de 9; Ph intracelular – DNA instável em condições ácidas e RNA instável em condições alcalinas; o Atividade de água e salinidade: Organismos halófilos – proliferam bem em altas concentrações salinas: Discretos (1-6% de sal), moderados (7-15%) e extremos (15-30%); Organismos halotolerantes – suportam certo grau de salinidade; Osmófilos – sobrevivem em altas concentrações de açúcar; Xerófilos – sobrevivem em ambientes secos; o Oxigênio: Aeróbios – crescem em grandes teores de O2 (21% no ar); Microaerófilos – dependem de baixas concentrações de O2; Aeróbios facultativos – podem crescer em ambientes óxicos e anóxicos; Anaeróbios aerotolerantes – toleram a presença de O2, mas não o utilizam; Anaeróbios obrigatórios – inibidos ou mortos pelo O2;
Compartilhar