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Livro Metodologia do treino desportivo. Livro

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universidade técnica de lisboa 
FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DO DESPORTO 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
DO 
TREINO DESPORTIVO 
 
 
Textos de apoio 
(exclusivamente para uso interno) 
 
Jorge Castelo, Hermínio Barreto, Francisco Alves, Pedro Mil-Homens, 
João Carvalho, Jorge Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciências do Desporto 
 
Edições FMH 
 
 
 
 
 
II • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice • III 
Prefácio 
 
O trabalho que agora se publica deriva de um esforço conjunto, coordenado 
pelo Prof. Jorge Castelo, no âmbito da disciplina de Metodologia do Treino da 
Licenciatura em Educação Física e Desporto Escolar. Até agora, ainda não 
tinha havido capacidade para realizar tal desiderato no âmbito da Cadeira, pelo 
que este facto, representa, antes de tudo, um acréscimo da capacidade 
organizativa e de intervenção das pessoas que nela intervêm. O que se espera é 
que trabalhos desta qualidade e volume possam, também, ser desenvolvidos 
por outras disciplinas. 
 
Não podemos ainda de deixar de referir que nesta obra, para além de terem 
colaborado diversos professores da FMH, dá-se a circunstância de nela terem 
também participado professores externos à FMH que aqui trabalham em 
termos pontuais. É um esforço de cooperação entre a FMH - Departamento de 
Ciências do Desporto e o Sistema Desportivo que nos apraz referenciar. Na 
realidade, todos sabemos que é da conjugação de esforços, entre as diversas 
entidades que interagem no Sistema Desportivo, que podem ser dados passos 
significativos na procura da qualidade e da excelência. 
 
Finalmente, gostaríamos de concluir referindo que esta obra para além de 
satisfazer as necessidades internas do curso, ela poderá, também, ser de grande 
utilidade no âmbito do Sistema Desportivo. O conhecimento não é desta ou 
daquela pessoa, deste ou daquele organismo ou até sistema. O conhecimento é 
um bem universal que deve ser comungado e partilhado por todos, em prol do 
desenvolvimento humano. Estão pois de parabéns todos aqueles que 
participaram nesta publicação. O futuro vai ser necessariamente diferente 
daquele que seria caso não o tivessem feito. 
Parabéns 
 
Gustavo Pires 
Presidente do Departamento de Ciências do Desporto 
 
 
 
IV • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo do conteúdo programático da disciplina de Metodologia do 
Treino I 
 
 
Conceitos do treino
 desportivo Parte I
Parte II
Factores do rendi-
mento desportivo
O exercício de trei-
no desportivo
Fundamentos do
exercício de treino
Bases conceptuais 
exercício de treino
 Bases de aplicação
exercício de treino
 Bases de eficácia
exercício de treino
Parte III
Parte IV
 Factores do treino
 desportivo
O factor técnico
 desportivo
O factor táctico
 desportivo
O factor físico
 desportivo
Parte V
Parte VI
Parte VII
Estudo sobre
a forca
Estudo sobre 
a resistência
Estudo sobre 
a velocidade
Estudo sobre 
a flexibilidade
Planeamento do
treino desportivo
Planeamento
Conceptual
Planeamento
 Estratégico
Planeamento
 Táctico
 Estrutura do
processo de treino
 Período
Preparatório
 Período
Competitivo
 Período
Transitório
Periodizacão do
treino desportivo
Microestrutura
Mesoestrutura
Macroestrutura
Parte VIII
Parte IX
 O treinador
perfil e competências
O controlo do
treino desportivo
Metodologia do treino desportivo I
 Conteúdo Programático
 
Organigrama 1 
 
 
 
 
 
 
Índice • V 
 
Índice das matérias 
 
Prefácio 
 
Parte I - Conceitos do treino desportivo 1 
1. O treino e a treinabilidade 6 
1.1. Preparação desportiva precoce 7 
1.2. A especialização precoce 8 
2. A carga e a cargabilidade 9 
2.1. A natureza da carga 9 
2.1.1. Cargas de treino ou de competição 9 
2.1.2. Cargas específicas e não específicas 10 
2.1.3. Cargas em função da época desportiva 10 
2.2. A grandeza da carga 10 
2.2.1. Externos 10 
2.2.2. Internos 10 
2.3. A orientação da carga 11 
2.3.1. Selectiva 11 
2.3.2. Complexa 12 
3. A adaptação e a capacidade de rendimento 13 
3.1. Adaptação rápida 13 
3.2. Adaptação a longo termo 14 
4. A fadiga e a recuperação 15 
4.1. Fadiga evidente 15 
4.2. Fadiga latente 15 
5. O estado de treino e o estado de preparação 16 
 
Parte II - Factores do rendimento desportivo 17 
1. Os factores do rendimento desportivo (Matvéiev) 21 
1.1. As capacidades individuais e o seu grau de preparação 21 
1.2. A amplitude do movimento desportivo e as condições sociais 22 
1.3. A eficiência do sistema de treino 22 
2. O modelo teórico de Claude Bouchard 23 
2.1. O sub-grupo das determinantes invariáveis da performance 24 
2.1.1. Contributo da hereditariedade nas estruturas morfológicas 25 
2.1.2. Contributo da hereditariedade nas estruturas orgânicas 25 
2.1.3. Contributo da hereditariedade nas estruturas perceptivas 25 
2.1.4. Contributo da hereditariedade no plano das características psicológicas 25 
2.2. O subgrupo das determinantes variáveis da performance 26 
2.2.1. A eficácia técnica 26 
2.2.2. A influência da inteligência táctico-estratégica 26 
2.2.3. A condição física geral 27 
2.2.4. A condição física específica 27 
2.2.5. Nível de preparação psicológica 27 
2.2.6. A influência do meio social 28 
2.2.7. Conjunto de factores complementares 28 
2.2.8. O repouso, a relaxação, a recreação e os tempos livres 28 
2.3. O subgrupo dos factores da organização e do controlo associado à performance 29 
 
 
 
VI • Metodologia do treino desportivo I ! 
2.3.1. O sistema organizativo que programa e controla o treino 29 
2.3.2. O dossier de treino e o dossier do atleta 29 
2.3.3. O exame médico geral preventivo ou correlativo do praticante 29 
2.3.4. Avaliação das condicionantes variáveis gerais 30 
2.3.5. Avaliação das condicionantes variáveis específicas 30 
2.3.6. A acção do pessoal técnico e dos especialistas 30 
 
Parte III - O exercício de treino desportivo 31 
 
Capítulo 1 - Os fundamentos do exercício de treino 33 
1. O processo de treino como vertente fundamental do rendimento desportivo 37 
1.1. O exercício como elemento determinante do processo de treino 37 
1.2. A relação metodológica entre treino e exercício 38 
2. Definição de exercício de treino 39 
3. Caracterização do exercício de treino 39 
3.1. Especificidade 40 
3.1.1. Exercícios específicos determinam respostas biológicas específicas 40 
3.1.2. A base operacional do exercício e a lógica da modalidade desportiva 40 
3.1.3. A dimensão transfer 41 
3.2. Identidade 42 
3.2.1. A dimensão isomórfica e analógica da identidade do exercício 42 
3.2.2. As implicações da inadequação do grau identidade do exercício 43 
4. A natureza do exercício de treino 44 
4.1. O recurso informacional 46 
4.1.1. Definição do termo informação 46 
4.1.2. As fases do tratamento da informação 47 
4.1.3. Os limites do recurso informacional 47 
4.2. O recurso energético 49 
4.2.1. As reacções para a produção de energia 49 
4.2.2. Os limites do recurso energético 50 
4.2.3. As vias de produção energética 50 
4.2.3.1. O processo anaeróbio aláctico 51 
4.2.3.2. O processo anaeróbio láctico 51 
4.2.3.3. O processo aeróbio 52 
4.2.4. As relações entreo custo energético e o gesto motor 52 
4.3. O recurso afectivo 52 
5. A estrutura do exercício de treino 54 
5.1. O objectivo 54 
5.2. O conteúdo 55 
5.3. A Forma 55 
5.4. O nível de performance 56 
6. As componentes estruturais do exercício de treino 57 
6.1. No plano fisiológico 57 
6.1.1. A duração 59 
6.1.2. O volume 60 
6.1.3. A Intensidade 60 
6.1.3.1. As relações entre a intensidade e o volume 61 
6.1.4. A Densidade 62 
6.1.5. A Frequência 64 
6.2. No plano técnico-táctico 64 
6.2.1. O número 64 
 
 
 
Índice • VII 
6.2.2. O espaço 65 
6.2.3. O tempo 66 
6.2.4. A Complexidade 67 
6.2.4.1. No domínio da velocidade de execução 68 
6.2.4.2. No domínio do esforço 69 
7. A classificação dos exercícios de treino 69 
7.1. O factor de treino predominante no conteúdo do exercício 70 
7.1.1. Exercícios técnicos 70 
7.1.2. Exercícios tácticos 70 
7.1.3. Exercícios físicos 70 
7.2. Em função do grau de identidade do exercício 72 
7.2.1. Exercícios de competição 72 
7.2.2. Exercícios especiais 73 
7.2.3. Exercícios gerais 74 
8. Orientações e tendências dos exercícios de treino 76 
8.1. Aumento do volume de treino utilizando exercícios de carácter geral e especial 77 
8.2. Maior utilização dos exercícios de treino de carácter específico 77 
8.3. Adequação dos exercícios de treino à realidade competitiva. Indivisibilidade dos 
factores de treino 77 
8.3.1. A objectividade 78 
8.3.2. A modelação 78 
8.4. Estabelecimento das bases científicas dos exercícios de treino 80 
 
Capítulo 2 - Bases conceptuais para a construção dos exercícios de treino 81 
1. As relações entre a interpretação da natureza da modalidade e os exercícios de treino 
85 
1.1. As perspectivas associativistas 86 
1.2. As perspectivas da forma 89 
1.3. As perspectivas estruturalistas 91 
1.1.3. O modelo 92 
1.1.3.1. os modelos técnico-tácticos 93 
1.1.3.2. o modelo de esforço 93 
1.1.3.3. o modelo de ambiente 93 
1.1.3.4. o modelo integrativo 94 
 
Capítulo 3 - Bases de aplicação dos exercícios de treino 95 
1. Os princípios biológicos 99 
1.1. Princípio da sobrecarga 99 
1.2. Princípio da especificidade 101 
1.3. Princípio da reversibilidade 103 
1.4. Princípio da heterocronia 104 
2. Os princípios metodológicos 105 
2.1. Princípio da relação óptima entre o exercício e o repouso 106 
2.1.1. A determinação do exercício óptimo 107 
2.1.2. A determinação do momento óptimo de aplicação de um novo exercício 108 
2.2. Princípio da continuidade da aplicação do exercício de treino 111 
2.3. Princípio da progressividade do exercício de treino 112 
2.4. Princípio da ciclicidade do exercício de treino 115 
2.5. Princípio da individualização do exercício de treino 116 
2.6. Princípio da multilateralidade 116 
 
 
 
VIII • Metodologia do treino desportivo I ! 
2.6.1. A inseparabilidade da preparação geral e da preparação especial 117 
2.6.2. O intercondicionalismo do conteúdo da preparação geral e especial 117 
2.6.3. A incompatibilidade da preparação geral e especial 118 
3. Os princípios pedagógicos 119 
3.1. Princípio da actividade consciente 119 
3.2. Princípio da sistematização 119 
3.3. Princípio da actividade apreensível 120 
3.4. Princípio da estabilidade e desenvolvimento das capacidades do praticante 120 
Capítulo 4 - Bases de eficácia dos exercícios de treino 121 
1. Preocupação de unidade do exercício de treino 125 
1.1. Unidade da actividade 125 
1.2. Unidade do praticante 125 
1.3. Unidade da equipa 126 
2. Seleccionar correctamente o exercício de treino 126 
2.1. Fazer correlacionar a lógica interna da modalidade com o exercício de treino 127 
2.2. Ajustar os níveis de complexidade e dificuldade à capacidade dos praticantes 128 
3. Repetição sistemática do exercício de treino 131 
3.1. Repetir para consolidar os elementos críticos do exercício de treino 131 
4. Corrigir correctamente o exercício de treino 132 
4.1. Aspectos chave para a correcção do exercício de treino 132 
5. Motivar correctamente para o exercício de treino 134 
5.1. Aspectos chave para a motivação no exercício de treino 135 
 
 
Parte IV - Os factores do treino desportivo 137 
 
Capítulo 1 - Estudo sobre o factor técnico desportivo 139 
1. Definição de técnica desportiva 143 
2. Objectivos do treino técnico-desportivo 143 
2.1. Aquisição de um conjunto de aptidões técnico-desportivas 143 
2.2. Aperfeiçoamento e desenvolvimento das aptidões técnico-desportivas 144 
3. A importância da técnica nas diferentes modalidades desportivas 144 
3.1. As modalidades de força explosiva 144 
3.2. As modalidades de resistência 145 
3.3. As modalidades de exactidão 145 
3.4. As modalidades de estrutura complexa 145 
4. Relações entre o factor técnico e o factor táctico desportivo 146 
5. As diferentes fases do processo de aprendizagem da técnica desportiva 146 
5.1. Fase de generalização ou de coordenação global do movimento 148 
5.1.1. A compreensão da tarefa motora 148 
5.1.2. A coordenação motora global 149 
5.2. Fase de concentração ou da etapa da coordenação fina 150 
5.2.1. Melhoramento do programa motor 151 
5.2.2. Diminuição da energia necessária para a sua execução 152 
5.2.3. Aumento da velocidade, precisão e melhoramento do timing de execução 152 
5.2.4. Melhoramento da capacidade antecipativa 153 
5.2.5. Aumento da confiança do praticante/jogador em si próprio 153 
5.3. Fase de automatização ou da estabilização e aplicação variável do movimento 154 
 
 
 
Índice • IX 
5.3.1. A evolução técnica desportiva e a sua relação com as modalidades mono e 
poliestruturais 155 
6. Os diferentes aspectos metodológicos do processo de aprendizagem da técnica 157 
6.1. Introdução do gesto técnico-desportivo 159 
6.1.1. Atrair a atenção de todos os praticantes 159 
6.1.2. Posicionamento do grupo de praticantes 160 
6.1.3. A adopção de um nome terminologicamente correcto do gesto 160 
6.2. A explicação verbal do gesto técnico-desportivo 160 
6.2.1. Ser pouco rico em pormenores 161 
6.2.2. Objectivar um estado mental positivo 161 
6.2.3. Relacioná-la com aprendizagens anteriores 161 
 
6.3. A exemplificação/demonstração do gesto técnico 162 
6.3.1. Execução correcta do gesto técnico 162 
6.3.2. Correcta velocidade de execução 163 
6.3.3. Ritmo de execução apropriado 163 
6.3.4. Optar por uma execução completa ou parcial 163 
6.3.5. Estabelecer um número de exemplificações/demonstrações 164 
6.3.6. Evidenciar um conjunto restrito de instruções-chave 164 
6.4. A prática do gesto técnico-desportivo 165 
6.4.1. A prática global do gesto técnico-desportivo ou "por partes" 166 
6.4.2. A formação de um rítmo-padrão de execução do gesto técnico-desportivo 168 
6.4.3. A regulação da velocidade de execução do gesto técnico desportivo 169 
6.5. A correcção do gesto técnico-desportivo 169 
6.5.1. Profundo conhecimento do gesto técnico desportivo 170 
6.5.2. Estabelecer objectivos realistas do gesto técnico desportivo 171 
6.5.3. Hierarquizar os erros observados no gesto técnico desportivo 171 
6.5.4. A atitude do treinador na correcção do gesto técnico desportivo 172 
6.5.5. Aspectos metodológicos a introduzir quando se verifica a consolidação do gesto técnico 
desportivo com erros 174 
6.6. A repetição do gesto técnico-desportivo 175 
6.6.1. A estabilização das aptidões técnico-desportivas 176 
6.6.1.1. Criação de condições favoráveis 176 
6.6.1.2. Exercitar o gesto técnico-desportivo isento de erros 177 
6.6.1.3.Não confundir estabilidade com estereótipos rotineiros 178 
6.6.1.4. Aproximação gradual aos valores-padrão 178 
6.6.2. A diversidade de aptidões técnico-desportivas 178 
6.6.2.1. Variação rigorosamente dirigida 180 
6.6.2.2. Variação livremente dirigida 180 
6.6.3. A segurança das aptidões técnico-desportivas 181 
6.6.3.1. Adaptação das aptidões técnicas às condições máximas de manifestação das 
qualidades físicas no treino 182 
6.6.3.2. Modelação de situações psiquicamente tensas e introdução de dificuldades 
adicionais 182 
6.6.3.3. A prática competitiva 183 
7. Planeamento da preparação técnico-desportiva 184 
7.1. Durante o processo plurianual e anual 184 
7.1.1. A fase da preparação técnica de base 184 
7.1.2. A fase de aperfeiçoamento técnico 185 
7.1.2.1. Primeira fase 185 
7.1.2.2. Segunda fase 185 
7.1.2.3. Terceira fase 186 
 
 
 
X • Metodologia do treino desportivo I ! 
7.2. O treino técnico durante o microciclo 187 
7.3. O treino da técnica desportiva na unidade de treino 188 
 
 
Capítulo 2 - Estudo sobre o factor táctico desportivo 189 
1. Definição de comportamento táctico desportivo 194 
2. Objectivo do comportamento táctico desportivo 194 
3. A natureza do comportamento táctico desportivo 195 
3.1. Ser orientado exigindo a participação da consciência 195 
3.2. Exprime um pensamento produtor 196 
4. Frequência de ocorrência do comportamento táctico desportivo 197 
 
 
5. Características do comportamento táctico desportivo 197 
5.1. Fluidez 197 
5.2. Adaptabilidade 197 
5.3. Originalidade 198 
5.4. Reestruturação 198 
5.5. Antecipação 198 
5.6. Execução 198 
6. Elementos que influenciam o comportamento táctico desportivo 199 
6.1. As características básicas das situações competitivas 199 
6.2. A qualidade de observação por parte do atleta/jogador 200 
6.3. Os fundamentos reais dos conhecimentos e das experiências dos jogadores 200 
6.4. A memória 201 
6.5. Solução associativa dos problemas tácticos 201 
6.6. A rapidez do atleta/jogador a reconhecer as invariantes da situação competitiva 
202 
6.7. Os factores emotivo-psicológicos 203 
7. As fases do comportamento táctico desportivo 203 
7.1. A percepção e análise da situação 206 
7.1.1. A percepção do envolvimento 207 
7.1.1.1. Definição de percepção 207 
7.1.1.2. A percepção como investigação activa do envolvimento 208 
7.1.1.3. A estratégia perceptiva 209 
7.1.1.4. A atenção selectiva 211 
7.1.1.5. Os orgãos da visão 212 
7.1.2. Os cálculos óptico-motores 213 
7.1.2.1. A antecipação 214 
7.1.3. As experiências e os conhecimentos tácticos 218 
7.1.3.1. O transfer 220 
7.2. A solução mental do problema 221 
7.2.1. Os automatismos 223 
7.2.2. As acções sensório-motoras 225 
7.2.3. A forma superior do acto táctico 226 
7.2.3.1. Valor interno 228 
7.2.3.2. O valor externo 229 
7.3. A solução táctica e as respostas técnicas 231 
7.3.1. Um exemplo elucidativo 232 
 
 
 
Índice • XI 
8. As diferentes fases do processo de aprendizagem da táctica desportiva 235 
8.1. 1ª. Fase: aprendizagem e aperfeiçoamento das habilidades motoras inerentes à 
modalidade desportiva 236 
8.1.1. Aprendizagem dos elementos técnicos desportivos 236 
8.1.2. Consolidação dos elementos técnicos desportivos 237 
8.2. 2ª. Fase: aprendizagem, estabilização e aperfeiçoamento das acções técnico-tácticas 
determinadas pelas situações competitivas 238 
8.3. 3ª. Fase: desenvolvimento, estabilização e aperfeiçoamento da capacidade 
competitiva global 239 
8.3.1. Situações competitivas em treino sob condições facilitadas 239 
8.3.2. Situações competitivas em treino sob condições próximas da competição 240 
8.3.3. Situações competitivas em treino sob condições mais difíceis do que as colocadas pela 
realidade competitiva 241 
8.4. 4ª. Fase: utilização e aperfeiçoamento da capacidade competitiva global em 
competições oficiais 241 
 
 
9. Princípios metodológicos da formação táctica desportiva 242 
9.1. Princípio da sistematização 244 
9.2. Princípio do carácter alternativo 244 
9.3. Princípio da formação táctica elementar e da formação táctica complexa 246 
9.4. Princípio da formação táctica individual e da formação táctica colectiva 247 
9.5. Princípio da unidade da formação táctica teórica e da formação táctica prática 248 
9.6. Princípio da síntese óptima indutiva e da dedutiva 249 
 
Capítulo 3 - Estudo sobre o factor físico desportivo 251 
 
Secção A - Estudo sobre a força muscular 251 
1. Definição 251 
2. Factores condicionantes da capacidade de produção de força 251 
2.1. Factores nervosos 258 
2.1.1. Factores nervosos Centrais 259 
2.1.1.1. O recrutamento das Unidades Motoras 259 
2.1.1.2. A frequência de activação das unidades motoras 260 
2.1.1.3. A sincronização das unidades motoras 261 
2.1.2. Factores Nervosos Periféricos 262 
2.1.2.1. Fuso neuromuscular (FNM) 262 
2.1.2.2. Orgão Tendinoso de Golgi (OTG) 264 
2.1.2.3. Receptores articulares (RA) 264 
2.1.3. Consequências metodológicas para o treino da força, decorrentes dos factores 
nervosos 265 
2.1.3.1. A coordenação intra e inter-muscular 265 
2.1.3.2. A activação nervosa e as características da dinâmica da carga 266 
2.2. Factores musculares 267 
2.2.1. Fisiológicos e bioquímicos 267 
2.2.1.1. Área da secção transversal do músculo 267 
2.2.1.2. Tipos de fibras musculares 270 
2.2.1.2.1. A modificação da percentagem relativa do tipo de fibras no 
músculo 272 
2.2.1.3. Consequências metodológicas decorrentes dos factores musculares 273 
 
 
 
XII • Metodologia do treino desportivo I ! 
2.2.2. Mecânicos (contracção muscular) 273 
2.2.2.1. Tipos de contracção muscular 273 
2.2.2.2. Relação força-alongamento 275 
2.2.2.3. Relação força-velocidade 276 
2.3.3. Factores biomecânicos 277 
2.3.3.1. A alavanca muscular 278 
2.3.3.2. A alavanca da resistência exterior 280 
2.3.3.3. Tipos de resistências exteriores 282 
2.3.3.3.1. Resistências constantes 282 
2.3.3.3.2. Resistências variáveis-progressivas 283 
2.3.3.3.3. Resistências variáveis-acomodativas 284 
2.3.3.3.4. Resistênciasa isocinéticas 285 
2.3.3.3.5. A utilização dos diferentes tipos de resistências-equipamentos 287 
3. Componentes e formas de manifestação da força muscular 289 
3.1. Força Máxima 289 
3.1.1. Definição 289 
3.1.2. As componentes da força máxima 289 
3.1.3. A força absoluta, relativa e limite 294 
3.1.4. A relação da força máxima com as outras manifestações de força 295 
 
 
3.2. Força Rápida 296 
3.2.1. Definição 296 
3.2.2. As componentes da força rápida 296 
3.2.3. As relações entre Força Máxima e Força Rápida 301 
3.3. Força de Resistência 302 
4. Os Métodos de Treino 304 
4.1. Os Métodos da Hipertrofia Muscular 305 
4.1.1. Método da carga constante 307 
4.1.2. Método da carga progressiva 307 
4.1.3. Método do culturismo (extensivo) 307 
4.1.4. Método do culturismo (intensivo) 307 
4.1.5. Método isocinético 308 
4.2. Os Métodos da Taxa de Produção de Força 311 
4.2.1. Método quase máximo 313 
4.2.2. Método concêntrico máximo 313 
4.2.3. Método excêntrico máximo 313 
4.2.4. Método concêntrico excêntrico máximo 314 
4.3. Os Métodos Mistos 317 
4.4. Os Métodos Reactivos 318 
4.4.1. Saltos sem progressão 320 
4.4.1. Saltos com progressão 320 
4.4.1. Saltos em profundidade 321 
4.4.1. Exercícios para tronco e braços 322 
 
Secção B - Estudo sobre a resistência 323 
1. Definição de resistência 327 
2.Objectivos da resistência 327 
3. Factores determinantes da resistência 328 
3.1. O sistema nervoso central 328 
3.2. Capacidade volitiva 328 
3.3. Adaptações aeróbias e anaeróbias 329 
 
 
 
Índice • XIII 
4. Formas de manifestação da resistência 329 
4.1. Quanto à participação do sistema muscular 329 
4.1.1. Geral 329 
4.1.2. Local 330 
4.2. Quanto ao regime de contracção muscular 330 
4.2.1. Estática 331 
4.2.2. Dinâmica 331 
4.3. Quanto à solicitação metabólica 331 
4.3.1. Resistência aeróbia 331 
4.3.2. Resistência anaeróbia 332 
4.4. Tendo como referência a situação de competição 332 
4.4.1. Geral ou de Base 332 
4.4.1.1. Resistência de Base I 333 
4.4.1.2. Resistência de Base II 334 
4.4.1.3. Resistência de Base Acíclica 334 
4.4.2. Resistência Específica 335 
4.4.2.1. Resistência de Curta Duração 336 
4.4.2.2. Resistência de Média Duração 336 
4.4.2.3. Resistência de Longa Duração 337 
4.4.2.3.1. Resistência de Longa Duração I 337 
4.4.2.3.2. Resistência de Longa Duração II 337 
4.4.2.3.3. Resistência de Longa Duração III 338 
 
5. Métodos de treino da resistência 339 
5.1. Método contínuo 339 
5.1.1. Método contínuo uniforme 339 
5.1.1.1. Método contínuo uniforme extensivo 340 
5.1.1.2. Método contínuo uniforme intensivo 340 
5.1.2. Método contínuo variado 342 
5.2. Método por intervalos 343 
5.2.1. Pausa incompleta - Treino intervalado 343 
5.2.2. Pausa completa - Treino de repetições 349 
5.3. Método de competição ou controlo 350 
6. Métodos intervalados versus métodos contínuos 351 
 
Secção C - Estudo sobre a velocidade 353 
1. A velocidade como capacidade elementar 358 
2. Definição 359 
3. Em que modalidades desportivas se manifesta a velocidade 360 
4. Formas básicas de estruturação da velocidade 362 
4.1. Velocidade de reacção 362 
4.2. Velocidade de execução 363 
4.3. Capacidade (velocidade) de aceleração 364 
4.4. A velocidade máxima 365 
4.5. A velocidade resistente 365 
5. Factores de que depende a velocidade 366 
5.1. Velocidade de propagação dos impulsos nervosos 367 
5.2. Elevada quantidade de fibras de contracção rápida 368 
5.3. Capacidade de recrutar um número elevado de fibras musculares 368 
5.4. Capacidade de alternância de contracção e descontracção musculares 369 
5.5. A mobilização da vontade 370 
 
 
 
XIV • Metodologia do treino desportivo I ! 
5.6. Eficiência dos mecanismos bioquímicos 370 
5.7. A qualidade técnica 371 
5.8. Nível de mobilidade articular 372 
6. Conceitos fundamentais no treino da velocidade 372 
6.1. Programa temporal 373 
6.1.1. Movimentos acíclicos 374 
6.1.1.1. Programa temporal de curta duração 374 
6.1.1.2. Programa temporal de longa duração 374 
6.1.2. Movimentos cíclicos 375 
6.2. transferência dos programas temporais 377 
7. Orientaçõesmetodológicas para o treino da velocidade 379 
7.1. Treino da velocidade elementar 380 
7.1.1. Velocidade acíclica elementar 380 
7.1.2. Velocidade cíclica elementar 382 
7.1.2.1. Intensidade e volume no treino da velocidade elementar 383 
7.1.2.2. Recomendações metodológicas 384 
7.2. Treino da velocidade complexa 387 
7.2.1. Nos jogos desportivos colectivos e nos jogos de combate 389 
7.2.2. Recomendações metodológicas 391 
7.3. O treino da velocidade de reacção 394 
7.4. Treino das capacidades de velocidade no sprint 396 
7.4.1. Capacidade de aceleração 396 
7.4.2. Velocidade máxima 398 
7.4.3. Velocidade resistente 400 
 
 
Secção D - Estudo sobre a flexibilidade 405 
1. Definição 409 
2. Importância da flexibilidade 410 
2.1. União entre o corpo, a mente e o espírito 410 
2.2. Relaxação da tensão e do stress 410 
2.3. Relaxação muscular 411 
2.4. Auto-disciplina 411 
2.5. Forma física, postura e simetria 411 
2.6. Dores na região lombo-sagrada 412 
2.7. Alívio da dor muscular 412 
2.8. Melhoria da capacidade de execução 412 
2.9. Prevenção de lesões 413 
3. Potenciais desvantagens do treino da flexibilidade 414 
4. Tipos de flexibilidade (classificação) 415 
4.1. A flexibilidade estática e dinâmica 415 
4.2. A flexibilidade activa e passiva 415 
4.3. A flexibilidade geral e específica 416 
5. Principais factores que condicionam a flexibilidade 416 
5.1. Ósteo-articular 416 
5.1.1. Superfícies articulares 416 
5.1.2. Cartilagens, cápsulas e ligamentos 417 
5.1.3. Cápsulas e ligamentos 417 
5.1.4. Consequências metodológicas 417 
5.2. Muscular (estrutura muscular) 418 
5.2.1. a extensibilidade 418 
 
 
 
Índice • XV 
5.2.2. A elasticidade 419 
5.2.3. Consequências metodológicas 419 
5.3. Neuromuscular 420 
5.3.1. Fusos neuromusculares 420 
5.3.2. Os orgãos tendinosos de Golgi 420 
5.3.3. Receptores articulares 421 
5.3.4. Consequências metodológicas 421 
5.4. Outros factores que influenciam a flexibilidade 421 
5.4.1. A idade 421 
5.4.2. Sexo 422 
5.4.3. Factores externos 423 
5.4.4. A temperatura muscular 423 
5.4.5. A fadiga 423 
5.4.6. Estados emotivos 423 
6. Métodos e conteúdos do treino da flexibilidade 424 
6.1. Métodos dinâmico e estático 425 
6.1.1. Argumentos que suportam o método dinâmico 425 
6.1.2. Argumentos contra o método dinâmico 426 
6.1.3. Argumentos que suportam o método estático 426 
6.1.4. Argumentos contra o método estático 427 
6.2. Outras formas de classificação 427 
6.2.1. Estiramento passivo 427 
6.2.2. Estiramento passivo-activo 428 
6.2.3. Estiramento activo-assistido 429 
6.2.4. Estiramento activo 429 
 
 
 
6.3. Método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) 431 
6.3.1. Bases fisiológicas do método PNF 431 
6.3.1.1. Vantagens do método PNF 433 
6.3.1.2. Desvantagens e argumentos contra o método PNF 433 
6.3.2. Técnicas de PNF 434 
6.3.2.1. Contracções repetidas 434 
6.3.2.2. Ritmo de iniciação 434 
6.3.2.3. Lenta inversão 435 
6.3.2.4. Lenta inversão-manter 435 
6.3.2.5. Estabilização do ritmo 435 
6.3.2.6. Contracção-relaxamento 435 
6.3.2.7. Manter-relaxar 436 
6.3.2.8. Lenta inversão-manter-relaxar 436 
6.3.2.9. Inversão agonistica 437 
7. Princípios metodológicos do treino da flexibilidade 437 
 
 
Parte V - O planeamento do treino desportivo 439 
1. Conceito de planeamento 442 
2. A natureza do planeamento 443 
3. Objectivos do planeamento 444 
4. A importância do planeamento 444 
5. Os níveis de planeamento 445 
 
 
 
XVI • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
Capítulo 1 - O planeamento conceptual 447 
1. Conceito de planeamento conceptual 451 
2. Natureza do planeamento conceptual 451 
3. Objectivos do planeamento conceptual 452 
4. Etapas do planeamento conceptual 453 
4.1. Descrição e análise da situação 454 
4.1.1. O subsistema cultural 454 
4.1.2. O subsistema estrutural 454 
4.1.3. O subsistema metodológico 455 
4.1.4. O subsistema relacional 455 
4.1.5. O subsistema técnico-táctico 456 
4.1.6. O subsistema táctico-estratégico 456 
4.1.7. Avaliação da época desportiva anterior 456 
4.2. Descrição do modelo no futuro 457 
4.2.1. Definição de modelo 458 
4.2.2. A natureza do modelo 458 
4.2.3. Objectivos do modelo 459 
4.2.4. Bases para a construção do modelo 459 
4.2.4.1. O responsável pela construção do modelo 460 
4.2.4.2. O factor referencial do modelo 461 
4.2.4.3. As regras fundamentais do modelo 461 
4.2.4.4. Tendências evolutivas do modelo 463 
4.2.5. Determinação dos objectivos da próxima época desportiva464 
4.3. Elaboração de programas de acção 464 
4.3.1. Reproduzir o modelo 465 
4.3.2. Controlar o processo de evolução individual e colectiva 465 
4.3.3. Definir realisticamente objectivos intermédios 466 
 
 
 
Capítulo 2 - O planeamento estratégico 467 
1. Conceito de planeamento estratégico 471 
2. Natureza do planeamento estratégico 471 
3. Objectivos do planeamento estratégico 472 
4. Meios (condicionantes favoráveis) do planeamento estratégico 472 
4.1. Gerais 472 
4.2. Específicos 473 
5. Princípios de orientação do planeamento estratégico 474 
6. Limites do planeamento estratégico 474 
7. Etapas do planeamento estratégico 475 
7.1. Recolha dos dados 476 
7.1.1. As particularidades dos outros factores de treino 476 
7.1.2. A qualidade dos adversários 477 
7.1.3. A qualidade do treinador adversário 477 
7.2. Comparação das forças 479 
7.3. Elaboração do plano táctico-estratégico 479 
7.3.1. A orientação geral do jogo colectivo 480 
7.3.2. A adaptação dos métodos de jogo da equipa em função das particularidades da 
expressão táctica adversária 481 
 
 
 
Índice • XVII 
7.3.3. Planear acções tácticas diferentes de forma a surpreender o adversário 481 
7.3.4. Constituição da equipa 483 
7.3.5. Distribuição das missões tácticas 485 
7.4. Reunião de reconhecimento do(s) adversário(s) 486 
7.4.1. Importância da reunião 486 
7.4.2. Os meios da reunião 486 
7.4.3. Os princípios da reunião 486 
7.5. Elaboração do programa de preparação para o ciclo de treino 487 
7.5.1. Número, duração, gradação, e objectivos fundamentais das sessões de treino para o 
ciclo de preparação 487 
7.5.2. A construção dos exercícios de treino para o ciclo de preparação 488 
7.6. Experimentação do plano táctico-estratégico 488 
7.7. A preparação nas horas que antecedem a competição 489 
7.7.1. A concentração para a competição 489 
7.7.2. O último treino antes da competição 489 
7.7.3. Reunião de preparação para a competição 490 
7.7.3.1. Importância da reunião 490 
7.7.3.2. Objectivos da reunião 490 
7.7.3.3. Os meios da reunião 491 
7.7.3.4. Os princípios da reunião 492 
7.7.3.4.1. Gerais 492 
7.7.3.4.2. Específicos 493 
7.7.3.5. Metodologia da reunião 493 
7.7.3.5.1. Organizativos 494 
7.7.3.5.2. Táctico-estratégicos 494 
7.7.4. Aquecimento para a competição 496 
7.7.4.1. Objectivos do aquecimento 496 
7.7.4.2. Efeitos do aquecimento 497 
7.7.4.3. Aspectos metodológicos do aquecimento 498 
7.7.5. O regresso à calma 498 
7.8. Reunião de análise da competição 499 
7.8.1. Importância da reunião 499 
7.8.2. Objectivos da reunião 499 
7.8.3. Os meios da reunião 500 
7.8.3. Os princípios da reunião 501 
Capítulo 3 - O planeamento táctico 503 
1. Conceito de planeamento táctico 507 
2. Natureza do planeamento táctico 507 
2.1. Concepção unitária para o desenrolar da competição 507 
2.2. Inseparabilidade da acção técnica das intenções tácticas 508 
2.3. Maximização e valorização das particularidades dos praticantes/jogadores 508 
2.4. Confrontação das expressões tácticas quando em confronto directo 508 
2.5. Carácter aplicativo e operativo da planeamento táctico 509 
3. Objectivo do planeamento táctico 509 
4. Meios do planeamento táctico 509 
4.1. Os praticantes/jogadores 509 
4.2. O treinador 510 
5. Limites do planeamento táctico 510 
6. O responsável pela direcção do planeamento táctico 511 
7. Etapas do planeamento táctico 511 
7.1. Direcção durante a competição 512 
 
 
 
XVIII • Metodologia do treino desportivo I ! 
7.1.1. A sucessão, o momento, e as circunstâncias do resultado da competição 513 
7.1.2. As lesões que sucedem durante a competição 514 
7.1.3. As substituições 514 
7.1.4. Os descontos de tempo 518 
7.1.5. A acção do juiz da partida 519 
7.1.6. Os adversários 520 
7.2. Direcção durante o intervalo da competição 520 
7.2.1. Relaxar/tranquilizar 520 
7.2.2. Vigilância médica 521 
7.2.3. Preparação para a segunda parte 521 
7.3. Acções a ter em conta logo após o terminus da competição 522 
 
Parte VI - A estrutura do processo de treino 523 
 
Capítulo 1 - A microestrutura do treino desportivo 525 
1. Os tipos de sessões (unidades) de treino 529 
1.1. Sessões de treino para conhecer o(s) praticante(s) ou a equipa 529 
1.2. Sessões de treino de aprendizagem 530 
1.3. Sessões de treino de repetição 530 
1.4. Sessões de treino de controlo (verificação) 531 
1.5. Sessões de treino mistos 532 
2. A forma da sessão de treino 532 
2.1. Em grupo 532 
2.2. Individualmente 533 
2.3. Mistas 533 
2.4. Livres 533 
3. A duração da sessão de treino 534 
4. A estrutura da sessão de treino 534 
4.1. Parte de introdução da sessão de treino 535 
4.2. Parte preparatória da sessão de treino 536 
4.3. Parte principal da sessão de treino 536 
4.4. Parte final da sessão de treino 537 
5. A elaboração da sessão de treino 537 
 
 
Capítulo 2 - A mesoestrutura do processo de treino 539 
1. Constituição do microciclo 543 
2. Duração do microciclo 543 
3. Parâmetros metodológicos para a construção dos microciclos 543 
4. Critérios para a construção dos microciclos 545 
5. Classificação dos microciclos 546 
5.1. Os microciclos graduais 546 
5.2. Os microciclos de choque 547 
5.3. Os microciclos de aproximação 547 
5.4. Os microciclos de recuperação 547 
5.5. Os microciclos de competição 547 
6. A estrutura dos microciclos 548 
 
 
 
 
Índice • XIX 
Capítulo 3 - A macroestrutura do processo de treino 549 
1. Constituição do macrociclo 553 
2. Duração do macrociclo 553 
3. Estrutura do macrociclo 553 
4. A macroestrutura do treino desportivo e a periodização 554 
4.1. A forma desportiva 555 
4.1.1. As fases da forma desportiva 555 
4.1.1.1. A fase de aquisição 556 
4.1.1.2. A fase de estabilização 556 
4.1.1.3. A fase da perda temporária 556 
4.2. Razões da periodização do treino desportivo 557 
4.3. Duração da forma desportiva 558 
4.4. As fases da forma desportiva e os períodos de treino 559 
5. Classificação das macroestruturas de treino 560 
5.1. Periodização simples 560 
5.2. Periodização dupla 561 
5.3. Periodização tripla 562 
6. Diferentes modelos de periodização do treino 563 
6.1. O modelo proposto por Matveiev 563 
6.2. O modelo pendular 565 
6.3. O modelo por "saltos" 566 
6.4. O modelo por "blocos" 566 
6.5. O modelo proposto por Tschiene 567 
6.6. O modelo proposto por Bondartchouk 568 
 
Parte VII - A periodização do treino desportivo 569 
 
Capítulo 1 - O período preparatório 571 
1. Objectivos do período preparatório 575 
2. A duração do período preparatório 575 
3. A divisão do período preparatório 576 
3.1. A etapa de preparação geral 576 
3.1.1. Dinâmica da carga de treino 577 
3.2. A etapa de preparação específica 579 
3.2.1. Dinâmica das cargas 580 
3.2.2. A correlação entre a preparação geral e específica 581 
3.2.3. As competições no período preparatório 581 
 
Capítulo 2 - O Período Competitivo 583 
1. Objectivos do período competitivo 587 
2. A duração do período preparatório 588 
3. A dinâmica das cargas de treino 588 
4. As competições no período competitivo 589 
4.1. As competições preparatórias 590 
4.2. As competições principais 591 
 
Capítulo 3 - O Período de Transição 593 
1. Duração do período transitório 597 
 
 
 
XX • Metodologia do treino desportivo I ! 
2. Objectivos do período transitório 598 
3. Variantesdo período transitório 598 
3.1. Transição passiva 599 
3.2. Transição activa 599 
4. Dinâmica da carga de treino 600 
 
Parte VIII - O controlo do treino desportivo 601 
1. Os limites do controlo do treino 605 
2. Formas de controlo do treino 605 
2.1. O controlo por etapa 606 
2.2. O controlo corrente 607 
2.3. O controlo operacional 607 
 
Parte IX - O treinador desportivo 609 
1. Estatuto e função do treinador desportivo 613 
2. A autoridade do treinador desportivo 614 
3. Diferentes estilos de liderança do treinador desportivo 614 
3.1. Estilo na base da imposição da ordem e da disciplina 614 
3.2. Estilo na base das relações afectivas 615 
3.3. Estilo na base na participação 615 
3.4. Os estilos de liderança e a especificidade da situação 616 
3.5. A gestão de problemas/conflitos 619 
4. Atributos caracteriais da personalidade do treinador 621 
4.1. Ser um líder 621 
4.2. Aptidão para criar um grupo ou equipa 622 
4.3. Ter imaginação 623 
4.4. Afastamento ou aproximação 623 
4.5. Espírito combativo 624 
4.6. Sentido de humor 624 
4.7. Ser firme - mente forte 625 
4.8. Serenidade e dignidade 626 
4.9. Independência, decisão e coragem 626 
4.10. Ter entusiasmo 627 
4.11. Saber reagir face ao resultado 627 
5. Competências do treinador desportivo 629 
5.1. Competência técnico-desportiva 629 
5.1.1. Técnico especializado 629 
5.1.2. Saber comunicar 630 
5.1.2.1. Credibilidade 630 
5.1.2.2. Aproximação positiva 631 
5.1.2.3. Comunicar com coerência 633 
5.1.3. Saber ouvir 633 
5.1.3.1. Aprender a ouvir 634 
5.1.3.2. Ouvinte activo 635 
5.1.3.3. A comunicação não verbal 635 
5.2. Competência táctico-estratégica 636 
5.2.1. Dimensão conceptual 637 
5.2.1.1. Descrição e análise da situação 637 
5.2.1.2. O responsável pela construção do modelo 638 
 
 
 
Índice • XXI 
5.2.1.3. Elaboração de programas de acção 639 
5.2.2. Dimensão estratégica 640 
5.2.3.1. Recolha de dados e a elaboração de planos 640 
A/ Recolha de dados 640 
B/ Elaboração do programa de preparação para o ciclo de treino 640 
C/ Elaboração do plano táctico-estratégico 640 
5.2.3.2. Orientação e constituição da equipa 641 
A/ A orientação geral do jogo colectivo 641 
B/ Constituição da equipa 641 
C/ Distribuição das missões tácticas 642 
5.2.3.3. Reuniões com a equipa 642 
A/ Reunião de reconhecimento do adversário 642 
B/ Reuniões de preparação para a competição 643 
C/ Reuniões de análise da competição 644 
5.2.4. Dimensão táctica 644 
5.2.4.1. Direcção durante a competição 645 
A/ As substituições 645 
B/ Os descontos de tempo 646 
5.2.4.2. Direcção durante o intervalo da competição 646 
5.2.4.3. Direcção logo após o terminus da competição 647 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE I 
 
CONCEITOS DO TREINO DESPORTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resp: Jorge Castelo 
 
 
 
 
 
2 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
 
Conteúdo da Parte I 
 
Nesta 1ª Parte incidiremos o nosso esforço de reflexão sobre um 
conjunto de conceitos do treino desportivo por forma a objectivar dois 
aspectos fundamentais: i) por um lado, contribuir para a sua 
clarificação e, ii) por outro, estabelecer um código referencial por forma 
que o leitor valorize homogénea e relevantemente os diferentes 
significados nela implícitos. 
 
 
 
 
 
 
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII
Planeamento do
treino desportivo
Planeamento
Conceptual
Planeamento
 Estratégico
Planeamento
 Táctico
 Estrutura do
processo de treino
 Período
Preparatório
 Período
Competitivo
 Período
Transitório
Periodizacão do
treino desportivo
Microestrutura
Mesoestrutura
Macroestrutura
Parte VIII
Parte IX
O controlo do
treino desportivo
Metodologia do treino desportivo I
 Conteúdo Programático
Fundamentos do
exercício de treino
Conceitos do treino
 desportivo 
Factores do rendi-
mento desportivo
O exercício de trei-
no desportivo
Bases conceptuais 
exercício de treino
 Bases de aplicação
exercício de treino
 Bases de eficácia
exercício de treino
 Factores do treino
 desportivo
O factor técnico
 desportivo
O factor táctico
 desportivo
O factor físico
 desportivo
Estudo sobre
a força
Estudo sobre 
a resistência
Estudo sobre 
a velocidade
Estudo sobre 
a flexibilidade
 O treinador
perfil e competências
 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 3 
Organigrama 2 
 
Parte I 
 
Conceitos do treino desportivo 
 
Sumário 
 
1. O treino e a treinabilidade 
1.1. Preparação desportiva precoce 
1.2. A especialização precoce 
2. A carga e a cargabilidade 
2.1. A natureza da carga 
2.1.1. Cargas de treino ou de competição 
2.1.2. Cargas específicas ou não específicas 
2.1.3. Cargas em função da época desportiva 
2.2. A grandeza da carga 
2.2.1. Externo 
2.2.2. Interno 
2.3. A orientação da carga 
2.3.1. Selectiva 
2.3.2. Complexa 
3. A adaptação e a capacidade de rendimento 
3.1. Adaptação rápida 
3.2. Adaptação a longo termo 
4. A fadiga e a recuperação 
4.1. Fadiga evidente 
4.2 Fadiga latente 
5. O estado de treino e o estado de preparação 
 
 
 
 
 
4 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
 
Bibliografia: 
 
BOMPA, T. (1990) - Theory and methodology of training. York University, 
Toronto 
CARVALHO, A., (1985) Organização e condução do processo de treino I, 
Revista horizonte, Vol.I, nº4, Nov/Dez 1984, pp 111-114, Vol I, nº5, Jan/Fev 
MARQUES, A., (1991) A especialização precoce na preparação desportiva, 
Revista treino desportivo, IIº série, nº19, Março 
MATVEYEV, L., (1986), Fundamentos do Treino Desportivo, Livros 
Horizonte, Lisboa 
PLATONOV, V., (1988) L' Entrâinement Sportif: Théorie et Méthodologie, 
Ed. E.P.S., Paris 
WEINECK, J., (1983), Manuel d' Entrâinement, Ed. Vigot, Paris 
Sector de formação da DGD, O conceito do treino desportivo, Revista treino 
desportivo, nº1, pp. 3-6 
ZATSIORSKY, V., (1966) Les qualités physiques du sportif, Moscovo, Doc 
INS nº685 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 5 
 
 
A noção de "treino", é empregue nas mais variadas áreas, abrangendo um 
processo que, através de exercícios, visa a atingir um nível mais elevado na 
área do objectivo previsto. 
 
O treino desportivo liga-se indissoluvelmente ao fenómeno desportivo e é 
condição essencial ao cumprimento de uma das facetas definidoras deste 
fenómeno: a superação. De facto, universalmente o treino desportivo tem como 
um dos seus objectivos obter um rendimento desportivo máximo. 
 
A preparação de um praticante ou de uma equipa para a competição desportiva 
pretende conseguir que estes sejam capazes de resolver as situações que 
enfrentam durante a competição, procurando obter a vitória através: 
 do domínio das acções técnicas e dos comportamentos tácticos de uma 
determinada modalidade; 
 da adaptação do organismo aos esforços intensos solicitados pela 
competição; e, 
 da habituação progressiva dos praticantes às exigências psico-emocionais 
da competição. 
 
O treino desportivo procura pois, estabelecer pelos seus efeitos, uma adaptação 
do(s) praticante(s) às condições que lhe são impostas pela competição, de 
modo assegurar: 
• uma eficiência máxima;• com um dispêndio mínimo de energia; e 
• uma recuperação rápida. 
 
Se bem que a problemática profunda do treino desportivo se vincule 
prioritariamente à prática desportiva de alta e média competição não podemos 
desligá-los da prática desportiva de carácter recreativo e de manutenção. Os 
 
 
 
6 • Metodologia do treino desportivo I ! 
princípios e os aspectos assinalados no conceito de treino desportivo mantêm-
se válidos só variando a sua latitude de aplicação e os limites dos seus 
objectivos. 
Seguidamente iremos desenvolver cinco conceitos fundamentais e 
"tradicionais" do treino desportivo: o treino e a treinabilidade, a carga e a 
cargabilidade, a adaptação e a capacidade de rendimento, a fadiga e a 
recuperação, o estado de treino e o estado de preparação. 
 
 
1. O treino e a treinabilidade 
 
O treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades 
técnicas, tácticas, físicas e psicológicas do(s) praticante(s) e das equipas no 
quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e 
planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente 
fundamentadas no conhecimento científico. Aumenta os limites de adaptação 
do indivíduo ou grupo de indivíduos com a finalidade de atingir com o máximo 
de rendimento e sob um regime de economia de esforço e de resistência à 
fadiga, um resultado pré-estabelecido de acordo com uma previsão anterior. 
 
A treinabilidade exprime o grau de adaptabilidade e de modificação positiva do 
estado informacional, funcional e afectivo do(s) praticante(s) como resultado 
dos efeitos dos exercícios de treino. Trata-se de uma medida dinâmica que 
depende de uma série de factores. Na infância ou na adolescência, as fases 
chamadas "sensitivas" são muito importantes para a treinabilidade. Isto 
significa a existência de períodos de desenvolvimento particularmente 
favoráveis ao treino de determinados factores da "performance" motora 
desportiva, isto é, a treinabilidade é particularmente elevada nesse período 
(Hirtz, 1976, Winter, 1980). Todavia, a discussão em torno da exacta 
ocorrência dessas fases não está ainda esgotada. O não aproveitamento dessas 
fases "sensitivas" pode resultar em que factores de "performance", que a um 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 7 
dado momento e com um estímulo conveniente acusariam taxas elevadas de 
melhoria, já não podem ser atingidos a não ser mediante um esforço 
desproporcional despendido no treino. 
 
 
1.1. Preparação desportiva precoce 
 
Uma questão que está intimamente ligada à treinabilidade é o problema da 
especialização precoce do treino da criança e do jovem. Como é do 
conhecimento comum, a preocupação generalizada de todas as modalidades 
desportivas é de iniciarem o processo de formação e preparação dos seus 
praticantes cada vez mais cedo, isto é, em idades jovens. Neste sentido, 
entende-se a preparação desportiva como "um processo permanente que 
começa cedo na vida da criança e acaba tarde numa fase avançada na vida 
do indivíduo" (Marques, 1991). Com efeito, embora a preparação/formação 
dos jovens comece cedo, é realizada através de cargas de treino de carácter 
multilateral que não visam a obtenção de elevados níveis de rendimento 
relativos, mas preocupam-se fundamentalmente com a formação global e 
integrada dos jovens praticantes. 
 
 
 
 
8 • Metodologia do treino desportivo I ! 
Capacidade de 
aprendizagem motora
Capacidade de diferenciação 
e controlo
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Capacidade de reacção
óptica e auditiva
Capacidade de orientação
espacial
Capacidade de ritmo
Capacidade de equilíbrio
Resistência
Força
Velocidade
Flexibilidade
Capacidade afectivo-
-cognoscitiva
Capacidade de
aprendizagem
C
o
m
p
o
n
en
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s 
p
si
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p
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co
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n
o
sc
it
iv
as
Idade
 
Figura 1. Modelo das fases sensíveis para cada componente da capacidade de 
desempenho motor (Martin, 1982) 
 
1.2. A especialização precoce 
 
Por especialização precoce entende-se a potencialização dos jovens para se 
atingir resultados desportivos e níveis de rendimento elevados de forma 
precoce, isto é, rápida. Daqui se infere, que a preparação dos jovens 
praticantes é orientada e potencializada de forma unilateral prematuramente, 
forçado-os a cumprir regimes de treino com um elevado ritmo no 
incremento das cargas, fundamentalmente na componente intensidade e na 
especificidade de um número limitado de gestos técnicos. 
 
Segundo Matveiev (1983), a formação multilateral tem reflexos a longo 
prazo no rendimento e faz parte integrante do processo pedagógico unitário 
de formação e educação no treino desportivo, mas pela sua orientação 
multivariada não cria as condições para os êxitos imediatos numa dada 
modalidade desportiva. Pelo contrário, a especialização precoce permite 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 9 
uma rápida obtenção de resultados, mas limita a sua evolução posterior, 
reduzindo o tempo de actividade desportiva a alto nível e em muitos casos 
os praticantes nem chegam a essas fases porque esgotam prematuramente a 
sua capacidade de prestação, abandonando por vezes a carreira desportiva 
mais cedo. 
 
Concluindo, todos os especialistas convergem para as seguintes 
necessidades: 
• respeitar na prática desportiva o princípio da universalidade, isto é, o 
primado da preparação multilateral sobre a preparação especializada, nas 
fases mais baixas do processo de preparação desportiva; 
• adequar o treino à idade biológica dos praticantes; 
• assegurar a preponderância do desenvolvimento das técnicas 
desportivas sobre o aumento da capacidade funcional do organismo; 
• privilegiar no desenvolvimento das capacidades motoras o princípio da 
dominância das exigências no plano coordenativo, isto é, da prioridade 
no desenvolvimento da velocidade, das capacidades coordenativas e da 
mobilidade articular; 
• assegurar um ritmo mais lento no incremento das cargas de treino, ou 
seja observar o princípio da relação óptimal entre carga e recuperação, o 
que passa por considerar também a necessidade de compatibilização de 
cargas duplas escola/treino num ser em crescimento e desenvolvimento. 
Com efeito, em paralelo com os processos de biosíntese necessários para 
a recuperação das cargas de treino, isto é para a renovação tecidular, 
ocorrem processos de biosíntese para o crescimento; 
• respeitar o princípio da variação das condições de exercitação, da 
realização de movimentos, da variação dos exercícios; 
• recorrer a métodos de treino mais atraentes e agradáveis, ou seja, a 
uma maior valorização do jogo como método de treino mais efectivo para 
a criança. 
 
 
 
 
10 • Metodologia do treino desportivo I ! 
2. A carga e a cargabilidade 
 
A carga é o elemento central do sistema de treino, compreende no sentido lato 
o processo de confronto do praticante com as exigências que lhe são 
apresentadas durante o treino, com o objectivo de optimizar o rendimento 
desportivo. A carga é definida por três vertentes fundamentais: natureza, 
grandeza e orientação. 
 
2.1. A natureza da carga 
 
A natureza da carga pode ser denominada da cargas de treino ou de 
competição, cargas específicas e não específicas e cargas em função da 
época desportiva. 
 
2.1.1. Cargas de treino ou de competição 
 
A reconstituição de um clima competitivo durante as sessões de treino 
assegura uma maior mobilização informacional, energéticae afectiva dos 
praticantes, permitindo, assim, integrar numa estrutura única o conjunto 
de capacidades e de qualidades fundamentais predominantes à 
consecução dos objectivos da modalidade desportiva em análise. 
2.1.2. Cargas específicas ou não específicas 
 
A especificidade da carga é definida pela analogia dos exercícios que a 
constituem e a actividade competitiva da modalidade desportiva. Se a 
analogia é elevada o efeito de transfer no binómio treino/competição 
também o é, aumentando-se assim, o rendimento desportivo dos 
praticantes ou das equipas. Neste sentido, embora as cargas específicas, 
não possam substituir completamente os exercícios de competição, 
devem reproduzi-los total ou parcialmente de forma mais fiel possível. 
 
2.1.3. Cargas em função da época desportiva 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 11 
 
As cargas podem ser igualmente denominadas em função do período de 
planeamento anual de treino na qual esta se insere (preparação geral ou 
especial, de competição, de transição). 
 
2.2. A natureza da carga 
 
A grandeza da carga é determinada pela importância das solicitações (fraca, 
média, elevada, ou máxima) exigidas aos praticantes, sendo avaliada sob 
dois tipos de índices: externos e internos. 
 
2.2.1. Externas 
 
Traduz as tarefas que o(s) praticante(s) deverá(m) cumprir sendo 
determinado pelo exercício ou exercícios efectuados (volume) na unidade 
de tempo (intensidade). 
 
2.2.2. Internos 
 
Corresponde à repercussão ao nível dos diferentes recursos do praticante 
(informacional, energética e afectiva, sendo altamente individualizada), 
que a aplicação da carga externa provoca. 
Os índices externos e internos da carga são interdependentes, pois, o 
aumento do volume ou da intensidade determina de imediato o aumento 
das solicitações dos sistemas funcionais. Importa igualmente referir que o 
estado de treino ou de preparação do(s) praticante(s) influem de forma 
decisiva sobre a reacção interna de uma determinada carga. Neste 
contexto, "a mesma carga externa utilizada por diferentes praticantes 
provoca neles diferentes níveis de adaptação, uma vez que esta depende 
da capacidade momentânea de rendimento de cada um deles. Assim, 
para aqueles que estão num estado de treino avançado, essa carga pode 
ser demasiado baixa e não atingir o limiar de adaptação, logo não 
 
 
 
12 • Metodologia do treino desportivo I ! 
reproduzir qualquer efeito, enquanto para um principiante poderá ser 
demasiado elevada, se for continuamente repetida poderá mesmo 
originar uma situação de supertreino" (Carvalho, 1984) 
 
Do mesmo modo a aplicação de cargas limite suscitam diferentes 
reacções em praticantes com diferentes níveis de preparação. Com efeito, 
os praticantes melhor preparados apresentam reacções mais intensas 
perante a carga e uma recuperação mais rápida. 
 
2.3. A orientação da carga 
 
A orientação da carga é definida pela qualidade ou capacidade que é 
potencializada (no plano, físico, técnico, táctico, ou psicológico) e pela fonte 
energética predominantemente solicitada (processos aeróbios, ou anaeróbios). 
Esta orientação pode ser classificada em: selectiva e complexa. 
 
2.3.1. Selectiva 
 
A carga é selectiva quando privilegia uma determinada capacidade e 
concomitantemente uma determinada fonte energética. 
 
2.3.2. Complexa 
 
A carga é complexa quando se solicita diferentes capacidades e 
diferentes fontes energéticas. 
 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 13 
carga Recuperação
R
ea
cç
ão
Praticantes pouco treinados
Praticantes de nível médio
Praticantes de nível superior
 carga limite Recuperação
R
ea
cç
ão
Praticantes de nível médio
Praticantes de nível superior
 
Figura 2. A reacção e a recuperação dos praticantes de diferentes níveis de rendimento 
perante uma carga semelhante e perante uma carga limite 
 
Cargabilidade ou capacidade de suportar a carga de treino, é o nível óptimo das 
componentes estruturais (fisiológicas: volume e da intensidade, etc., 
técnico-tácticos: espaço, tempo, etc.), com o que se pode realizar um ou vários 
exercícios sem que dai advenham malefícios (lesões) para o(s) praticante(s). 
Basicamente podemos definir dois tipos de carga: limite e máxima. 
 a carga limite: é a carga que se encontra no limite das capacidades 
funcionais do organismo dos praticantes. Nunca deve servir de ponto de 
referência de forma a traduzir as possibilidades de adaptação dos praticantes 
ao treino, pois a sua utilização diminuirá não só essas possibilidades como 
originará um estado de supertreino com todas as implicações que daí 
advêm; e, 
 a carga máxima: a medida quantitativa concreta desta carga depende 
naturalmente do nível de treino prévio do praticante, das suas características 
individuais e dos aspectos específicos da modalidade desportiva em causa. 
É a carga que permite alcançar o mais alto nível de treino, exigindo do 
organismo do praticante um estado fisiológico pleno. À medida que o efeito 
do treino se faz sentir e se elevem as possibilidades funcionais e de 
adaptação, aumenta na mesma proporção os valores máximos da carga. 
3. A adaptação e a capacidade de rendimento 
 
 
 
 
14 • Metodologia do treino desportivo I ! 
A adaptação é a reacção natural do organismo quando as cargas de treino são 
aplicados regular, metódica e sistematicamente criando um novo estado de 
equilíbrio qualitativamente superior através das progressivas modificações 
neurológicas, biológicas, fisiológicas e psicológicas. A dinâmica da adaptação 
é consubstanciado pela dinâmica da carga. Neste sentido, o ser humano para 
além da capacidade de reagir a estímulos, quando estes possuem uma certa 
intensidade e quando são aplicados regularmente, tem também a capacidade de 
se adaptar, criando as condições mais favoráveis ao aumento do rendimento 
desportivo dos praticantes e das equipas. Podemos distinguir dois tipos de 
adaptação (Platonov, 1988): rápida e a longo termo. 
 
3.1. A adaptação rápida 
 
A adaptação rápida traduzida pela reacção do organismo a um exercício de 
intensidade máxima. Os sistemas funcionais atingem, neste contexto, uma 
actividade elevada desde o seu início até ao seu terminus. Observa-se três 
fases fundamentais na reacção do organismo a este tipo de carga: 
• a primeira é caracterizada pela activação dos sistemas funcionais 
solicitados que se traduz por um aumento brusco da frequência cardíaca, 
do débito ventilatório, do consumo de oxigénio, da concentração de 
lactato, etc.; 
• a segunda é caracterizada por se atingir um estado estável. A 
actividade dos diferentes sistemas funcionais mantêm-se a um nível 
constante; e, 
• a terceira é caracterizada pela diminuição progressiva do equilíbrio 
entre as necessidades ligadas à actividade e a capacidade do organismo 
em satisfazê-las. 
 
 
 
3.2. A adaptação a longo termo 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 15 
 
A adaptação a longo termo; faz intervir mecanismos totalmente diferentes 
da adaptação rápida. Com efeito, a aplicação de uma carga superior ao nível 
habitual, mas com uma intensidade submáxima opera uma adaptação em 
quatro fases: 
• a primeira é constituída pela utilização repetitiva de cargas de forma a 
solicitar os mecanismos de adaptação rápida; 
• durante a segunda fase a repetição planificada das cargas e o seu 
aumento progressivo, determinam a adaptação dos orgãos e dos sistemas 
nas suas novas condições de funcionamento; 
• a terceira fase é de estabilização, implicando uma correcta 
coordenação entre os orgãos de execução e os sistemasfuncionais de 
base. Esta coordenação assegura o aumento das reservas funcionais; e, 
• a quarta fase produz-se logo que a terceira se torna demasiado intensa, 
ou conduzida de forma pouco racional, não respeitando os intervalos 
necessárias para recuperação. 
 
A diferença entre a adaptação rápida e a adaptação a longo termo é 
consubstanciada fundamentalmente pela rápida normalização dos diferentes 
índices fisiológicos (por exemplo: uma corrida de 400 metros), enquanto que a 
segunda poderá levar alguns dias para que estes se normalizem (por exemplo 
uma prova de maratona). 
 
A capacidade de rendimento é o grau de expressão de um determinado 
rendimento desportivo individual ou colectivo. Representa o resultado real. 
 
 
 
 
 
4. A fadiga e a recuperação 
 
 
 
16 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
A fadiga é considerada um importante factor de mobilização dos recursos 
funcionais e, neste sentido, um potente factor de adaptação. 
Complementarmente, a fadiga intervem na limitação do volume de treino e na 
frequência na prestação desportiva. Podemos distinguir (Platonov, 1988) a: 
fadiga evidente e a fadiga latente. 
 
4.1. A fadiga evidente 
 
A fadiga evidente manifesta-se pela redução da capacidade de trabalho e a 
incapacidade de suportar o regime de treino num determinado nível. 
 
4.2. A fadiga latente 
 
A fadiga latente corresponde à capacidade de manter a capacidade de 
trabalho, fazendo continuamente apelo a diferentes recursos funcionais e a 
mecanismos de compensação. Verifica-se ainda, neste contexto, o aumento 
da despesa energética. 
 
A recuperação 
 
Após a aplicação de uma carga de treino, a capacidade de trabalho do 
organismo vai evoluir de uma forma sistemática na qual podemos distinguir 
quatro etapas: diminuição das capacidades, restauração das capacidades, 
supercompensação e estabilização num nível próximo do inicial. Com efeito, 
após o trabalho, subrevem um período durante o qual as possibilidades de 
adaptação do sistema funcional é reforçado. Logo, o treino tem por objectivo 
tirar partido dessa elevação de possibilidades de adaptação para as solicitar 
cada vez mais. 
 
Podemos distinguir duas fases na reacção dos sistemas funcionais a uma carga 
de treino: 
 
 
 
" Conceitos do treino desportivo • 17 
 uma fase de retorno à homeostase que demora entre alguns minutos e 
umas horas; 
 uma fase construtiva, no decurso do qual se organizam as modificações 
funcionais e estruturais ao nível dos tecidos ou sistema funcionais 
solicitados. 
 
Segundo Bompa (1990) 70% da recuperação verifica-se no primeiro terço do 
tempo necessário para essa recuperação, 20% no segundo terço e os restantes 
10% no terceiro terço. 
 
100%
0%
 1/3
70%
 2/3
20%
 3/3
10%
N
ív
el
 d
e 
fa
d
ig
a
Tempo de recuperação
 
Figura 3. A dinâmica da curva de recuperação (Bompa, 1990) 
 
5. O estado de treino e o estado de preparação 
 
O estado de treino reflecte a adaptação biológica geral do organismo. 
Distingue-se habitualmente: 
 o treino geral que resulta de exercícios que melhoram a saúde e 
aumentam as possibilidades funcionais gerais; 
 o treino específico que resulta do aperfeiçoamento no domínio 
especializado da actividade. 
 
O estado de preparação exprime a capacidade do organismo de manifestar as 
suas possibilidades máximas durante o decurso da competição. Este estado 
condiciona a forma desportiva. 
 
 
 
 
18 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
�� 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE II 
 
FACTORES DO RENDIMENTO DESPORTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resp: Jorge Castelo 
 
 
 
 
 
18 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
 
Conteúdo da Parte II 
 
A segunda parte deste livro reflecte a análise dos factores fundamentais 
do rendimento desportivo. Embora se observe uma multiplicidade e 
variabilidade de componentes, incidiremos a nossa reflexão sobretudo 
na eficácia do sistema de treino considerando-o como vertente central 
do rendimento dos atletas/praticantes. Dentro deste sistema 
evocaremos a importância do exercício no contexto do treino 
desportivo bem como as suas relações metodológicas. 
 
 
 
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII
Planeamento do
treino desportivo
Planeamento
Conceptual
Planeamento
 Estratégico
Planeamento
 Táctico
 Estrutura do
processo de treino
 Período
Preparatório
 Período
Competitivo
 Período
Transitório
Periodizacão do
treino desportivo
Microestrutura
Mesoestrutura
Macroestrutura
Parte VIII
Parte IX
O controlo do
treino desportivo
Metodologia do treino desportivo I
 Conteúdo Programático
Fundamentos do
exercício de treino
Conceitos do treino
 desportivo 
Factores do rendi-
mento desportivo
O exercício de trei-
no desportivo
Bases conceptuais 
exercício de treino
 Bases de aplicação
exercício de treino
 Bases de eficácia
exercício de treino
 Factores do treino
 desportivo
O factor técnico
 desportivo
O factor táctico
 desportivo
O factor físico
 desportivo
Estudo sobre
a força
Estudo sobre 
a resistência
Estudo sobre 
a velocidade
Estudo sobre 
a flexibilidade
 O treinador
perfil e competências
 
Organigrama 3 
 
 
 
" Factores do rendimento desportivo • 19 
 
 
 
Parte II 
 
Factores do rendimento desportivo 
 
Sumário 
 
1. Os factores do rendimento desportivo (Matvéiev) 
1.1. As capacidades individuais e o seu grau de preparação 
1.2. A amplitude do movimento desportivo e as condições sociais 
1.3. A eficiência do sistema de treino 
 
2. O modelo teórico de Claude Bouchard 
2.1. O sub-grupo das determinantes invariáveis da performance 
2.1.1. Contributo da hereditariedade nas estruturas morfológicas 
2.1.2. Contributo da hereditariedade nas estruturas orgânicas 
2.1.3. Contributo da hereditariedade nas estruturas perceptivas 
2.1.4. Contributo da hereditariedade no plano das características psicológicas 
2.2. O subgrupo das determinantes variáveis da performance 
2.2.1. A eficácia técnica 
2.2.2. A influência da inteligência táctico-estratégica 
2.2.3. A condição física geral 
2.2.4. A condição física específica 
2.2.5. Nível de preparação psicológica 
2.2.6. A influência do meio social 
2.2.7. Conjunto de factores complementares 
2.2.8. O repouso, a relaxação, a recreação e os tempos livres 
2.3. O subgrupo dos factores da organização e do controlo associado à 
performance 
2.3.1. O sistema organizativo que programa e controla o treino 
2.3.2. O dossier de treino e o dossier do atleta 
2.3.3. O exame médico geral preventivo ou correlativo do praticante 
2.3.4. Avaliação das condicionantes variáveis gerais 
2.3.5. Avaliação das condicionantes variáveis específicas 
2.3.6. A acção do pessoal técnico e dos especialistas 
 
 
 
 
 
 
 
20 • Metodologia do treino desportivo I ! 
 
Bibliografia: 
 
BOUCHARD, C. (1973) "La preparation d´un champion" Un essai sur la 
préparation à la performance sportive. Pélican. Québec. 
MATVÉIEV, L. (1986) Fundamentos do treino desportivo. Livros Horizonte, 
Lisboa 
PLATONOV, V., (1988) L' Entrâinement Sportif: Théorie et Méthodologie, 
Ed. E.P.S., Paris 
ULATOWSKI, T. La theorie de l´entrainement sportif. Comité Internacional 
Olympique, 1975 
WEINECK, J., (1983), Manuel d' Entrâinement, Ed. Vigot, Paris" Factores do rendimento desportivo • 21 
 
Numa análise substancial e profunda do rendimento desportivo a qualquer 
nível, quer individual (desportos individuais) como colectivo (desportos 
colectivos) em competição, observa-se uma multiplicidade e uma variabilidade 
de componentes, uns de origem endógena (respeitantes aos praticantes) e, 
outros, de origem exógena (respeitantes ao contexto em que a competição se 
desenvolve) que intervêm directa ou indirectamente nos resultados obtidos. 
 
1. Os factores do rendimento desportivo (Matvéiev) 
 
Segundo Matvéiev (1977), podemos agrupar a dinâmica do rendimento 
desportivo na base de três vertentes fundamentais: i) as capacidades individuais 
e o seu grau de preparação, ii) a amplitude do movimento desportivo e as 
condições sociais e, iii) a eficiência do sistema de treino. 
 
1.1. As capacidades individuais e o seu grau de preparação 
 
Numa primeira análise, todo o indivíduo é portador de um potencial 
genético cuja importância é decisiva na obtenção de elevados rendimentos 
desportivos. Este factor de base é relativamente constante. Todavia, embora 
não menosprezando a importância deste factor no contexto do rendimento 
desportivo, a sua expressão depende das experiências vividas, que são 
determinadas por uma actividade (treino/competição) racionalmente 
conduzida. Durante o qual o praticante domina os comportamentos técnicos 
e tácticos de base da lógica interna da modalidade escolhida, aperfeiçoando-
as e, desenvolve as suas capacidades naturais criando as aptidões 
necessárias para o seu progresso desportivo que consubstancia o grau de 
preparação do(s) praticante(s). Nestas circunstâncias, o treino/competição 
aparece como um factor dinâmico o qual modifica constantemente a 
capacidade de rendimento do(s) praticante(s), em função do empenhamento 
 
 
 
22 • Metodologia do treino desportivo I ! 
deste(s) à modalidade que escolheram e à qualidade científico-metodológica 
deste processo. 
Com efeito, entre os factores do rendimento desportivo, não é difícil 
distinguir por um lado, factores internos estabelecidos pelas possibilidades 
genéticas do(s) praticante(s) e o seu estado de preparação e, por outro, os 
factores externos que se ligam indissoluvelmente aos meios e métodos de 
treino que asseguram a sua preparação. Logo, na actualidade, nem os mais 
dotados no plano genético podem atingir elevados níveis de rendimento se 
não criarem as condições mais favoráveis para a sua obtenção, que é 
consubstanciado pelo treino persistente num grande esforço de 
auto-aperfeiçoamento, nas diferentes fases da formação competitiva. 
 
1.2. A amplitude do movimento desportivo e as condições sociais 
 
"Como fenómeno social o desporto está organicamente contido no sistema 
de relações sociais e o seu desenvolvimento é condicionado pelos factores 
sociais, económicos e correlativos. É por esse motivo que o nível de 
resultados desportivos obtidos num ou noutro país depende, em última 
análise, das condições de vida da sociedade e da sua organização social, 
que determinam o desenvolvimento do movimento desportivo" (Matvéiev, 
1977). 
 
No entanto, refere o mesmo autor (1977), "o efeito deste factor, mediante 
um certo número de relações e condições indirectas, não garante 
automaticamente, a melhoria do rendimento desportivo dos praticante(s), 
havendo a necessidade de canalizar de forma correcta as possibilidades 
existentes" 
 
1.3. A eficácia do sistema de treino 
 
 
 
 
" Factores do rendimento desportivo • 23 
"À medida que se aperfeiçoa o sistema de treino desportivo, especialmente 
as suas bases científicas e metodológicas, o seu conteúdo, a sua orgânica, 
as disponibilidades materiais e técnicas aumentaram o seu efeito no nível 
geral dos resultados desportivos" (Matvéiev, 1977). Isto só foi possível 
devido à diversificação de estudos que estabeleceram um conhecimento 
profundo sobre o conteúdo (lógica interna) das diferentes modalidades 
desportivas, bem como, os processo inerentes à aprendizagem, 
aperfeiçoamento e desenvolvimento dos diferente(s) praticante(s), numa 
simbiose cada vez mais adaptada às necessidades e evoluções da actividade 
competitiva. 
 
Neste sentido, é sintomático que as marcas dos Jogos Olímpicos da era 
moderna, que nos seus tempos pareceram extraordinárias, estejam hoje em 
dia ao alcance de muitos milhares de praticantes de nível mediano. Este 
facto explica-se especialmente, pela elaboração de métodos de treino e de 
meios de execução dos exercícios novos e cientificamente fundamentados. 
 
2. O modelo teórico de Claude Bouchard 
 
Claude Bouchard (1973) no seu livro "A preparação de um campeão" 
apresenta um conjunto de determinantes, tão gerais e universais quanto 
possível da performance desportiva superior. O presente modelo teórico da 
performance desportiva (P) apoia-se essencialmente em três subgrupos: 
 H - o subgrupo das determinantes invariáveis da performance; 
 D - o subgrupo das determinantes variáveis da performance; e, 
 C - o subgrupo dos factores da organização e do controlo associado à 
performance. 
 
Da observação da figura 4 facilmente podemos constatar os seguintes aspectos: 
• o subgrupo H (determinantes invariáveis da performance) é perfeitamente 
constante e invariável exercendo uma influência directa sobre a 
 
 
 
24 • Metodologia do treino desportivo I ! 
performance não podendo ser ignorada quando se pretende explicar uma 
alta, uma fraca ou simplesmente uma performance desportiva; 
• O subgrupo D (determinantes variáveis da performance) exerce 
igualmente influência sobre a performance desportiva. Todavia, este 
subgrupo é dinâmico e composto por factores flexíveis, isto é, podem ser 
objecto de um tratamento ou de uma manipulação; e finalmente, 
• O subgrupo C (factores de organização e do controlo da performance) tal 
como o subgrupo anterior sendo dinâmico exige a presença de informações 
para se adequarem ao valor visado ou efectivo da performance do 
praticante. Este subgrupo tem uma dupla influência sobre a performance 
desportiva, uma directa, que provém dos seus próprios elementos de 
organização e controlo e, uma indirecta, devido ao seu efeito retroactivo 
sobre o subgrupo D. Esta influência sobre o subgrupo D reveste-se da mais 
alta importância no quadro da preparação sistemática para uma performance 
de alto nível. 
 
Por fim, importa salientar que a performance (P) exerce igualmente uma 
influência sob o subgrupo C exigindo que este tenha em conta as modificações 
positivas ou negativas das performances e as suas flutuações aleatórias ou 
previsíveis com o intuito de activar os mecanismo de controlo requeridos 
permitindo desta forma despoletar os mecanismos subjacentes. 
 
Performance
 (P)
Determinantes
invariáveis da
performance
 (H)
Determinantes
variáveis da
performance
 (D)
Determinantes da
organização e do
controlo associado
à performance (C)
 
Figura 4. Modelo teórico das determinantes da performance desportiva 
(adaptado de Bouchard, 1973) 
 
 
2.1. Análise do subgrupo das determinantes invariáveis (H) 
 
 
 
" Factores do rendimento desportivo • 25 
 
O conjunto de factores que parecem desempenhar um papel importante 
neste subgrupo de determinantes invariáveis da performance desportiva são 
os seguintes: 
H Hm, Ho, Hp, Hps ... 
 
 
 
 
 
2.1.1. Contributo da hereditariedade no seio dos factores do subgrupo das 
estruturas morfológicas do praticante (Hm) 
 
O reconhecimento do Hm sobre o P implica que um certo tipo de 
praticante é nitidamente favorecido pela hereditariedade

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