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* * MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA Profª. Ms. Mônica Silva Faculdades Integradas Asmec Enfermagem em UTI * * Pacientes criticamente doentes precisam de avaliação contínua de seu sistema cardiovascular para diagnosticar e tratar condições clínicas complexas. Utiliza-se um sistema de monitorização direta da pressão = monitorização hemodinâmica 1.Monitorização hemodinâmica não invasiva: Ssvv (PA não invasiva) ECG Oxímetro de Pulso (Saturação de O2 no sangue – estimar a PaO2 arterial que chega aos tecidos). Ideal: 95-100% Capnografia: Quantidade de CO2 produzida pelos tecidos e eliminada para o aparelho após a expiração – PaCO2 (oxigenação dos tecidos) 2. Monitorização hemodinâmica invasiva: Pressão Venosa Central (PVC) Pressão arterial invasiva (PAI) Pressão da artéria pulmonar (PAP) MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA * * MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA PVC – PRESSÃO VENOSA CENTRAL Pressão na veia cava ou átrio direito. Avalia: A função ventricular direita (a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole); Retorno venoso para o lado direito do coração. * * Grande Circulação Pequena Circulação Corpo Artéria Aorta Sangue arterial O2 Veia cava superior e inferior Sangue venoso CO2 Pulmões Sangue venoso CO2 Artéria pulmonar Veias pulmonares Sangue arterial O2 AD VD AE VE Válvula mitral Válvula tricúspide Válvula aórtica Válvula pulmonar * * MONITORIZAÇÃO DA PVC Através de um cateter inserido na veia cava superior ou na artéria pulmonar e do sistema de monitorização da pressão. Inserção: cateter central de uma via ou duas vias – duplo lúmen). Vias de acesso: veias braquial, subclávia e jugular (principal). Procedimento: Após limpeza do local com solução antisséptica, o médico insere o cateter de luz única ou dupla acima ou dentro do átrio direito através da jugular externa. Após a introdução o cateter é realizado o curativo no local de inserção do cateter. Posição correta: verificada através de um RX de tórax. * * MONITORIZAÇÃO DA PVC A medida da pressão pode ser: Contínua – quando o cateter é ligado a um transdutor eletrônico e este é ligado a um monitor multiparâmetros em que se observa uma curva característica do átrio direito e fornece a pressão em mmHg. Intermitente – quando o cateter é ligado a um manômetro de coluna líquida graduado em cm (régua de água). * * COMO MEDIR PVC – COLUNA DE ÁGUA Materiais necessários para se monitorizar uma PVC em Coluna de água 01 equipo de monitorização de PVC; 01 frasco de soro fisiológico (100 ou 250 ml); Fita adesiva; Régua de nível (nivelador) Suporte de soro Régua comum * * COMO MEDIR PVC – COLUNA DE ÁGUA Montando o sistema de coluna de água Separe o material. Lave as mãos (evitar infecção). Calce as luvas. Explique o procedimento ao paciente. Abra o equipo e conecte ao soro fisiológico, retirando todo o ar do equipo (das duas vias). Coloque o equipo no suporte de soro e aguarde. Com o nivelador (régua de nível), encontre a linha "zero"de referência (= linha axilar média) para nivelar e equilibrar (“zerar”) o sistema. Marque no suporte de soro a altura encontrada na linha "zero". Nivelamento - Consiste na colocação do transdutor de pressão ou coluna de água no mesmo plano horizontal que o cateter. Equilíbrio do sistema ou “zerar” - Eliminar o efeito de pressão atmosférica no transdutor ou na coluna de água, colocando o sistema de monitorização em uma pressão neutra para iniciar o seu registro. Linha zero de referência = linha axilar média Na linha axilar média, a extremidade do cateter para avaliação de pressão está colocada a nível do coração (átrio), correspondendo ao eixo flebostático. * * * * COMO MEDIR PVC – COLUNA DE ÁGUA Montando o sistema de coluna de água Para encontrar o “zero de referência, coloque o paciente em decúbito dorsal horizontal sem travesseiro e em posição anatômica. Posicione o nivelador sobre o tórax do paciente, no 4º espaço intercostal (a bolha do nivelador deve ficar no centro = zero). Com uma régua normal meça a altura do fim do tórax até a régua de nível. Divida o valor encontrado por 2. O resultado encontrado corresponde a linha axilar média. Com a régua normal, marque no paciente a linha axilar média, medindo o valor encontrado a partir do final do tórax. Coloque o nivelador na linha axilar média e marque na suporte de soro a altura encontrada na linha “zero” (bolha no centro). * * * * * * COMO MEDIR PVC – COLUNA DE ÁGUA Fixe a fita graduada no suporte de soro e começando o ponto zero no local marcado. Pegue o equipo e fixe no ponto zero a região do equipo em que ele se divide em duas vias. Conecte a via mais longa ao paciente (cateter). A via curta, fixe junto à fita graduada. * * COMO MEDIR PVC – COLUNA DE ÁGUA Verifique se existem outras soluções correndo no mesmo acesso venoso central. Caso ocorra, feche todas, deixando apenas a via do equipo da PVC. Outras infusões alteram o valor real da PVC. Abra a via do paciente e depois a via do equipo para que o soro infunda no paciente. Feche a via do equipo. Abra a via da coluna graduada (via curta), fazendo descer o soro da coluna graduada, observando o ponto em que a coluna irá parar de oscilar. Normalmente a coluna d'água ou as curvas em monitor oscilam de acordo com a respiração do paciente. Caso isso não ocorra, investigue a possibilidade do cateter estar dobrado ou não totalmente pérvio. Quando parar de oscilar, anote este valor que corresponde a pressão venosa central. * * COMO MEDIR PVC- COLUNA DE ÁGUA Após aferir a PVC: O equipo do PVC deve ficar fechado e sem ar no seu interior. Feche a via do paciente e abra o equipo do soro com a ponta curta aberta até que o ar saia completamente e o soro caia na lixeira. Retorne o gotejamento normal das outras infusões (caso existam). Retornar o paciente na posição anterior do procedimento. Recolha os materias restantes, organizando o ambiente para a equipe. Retire as luvas. * * COMO MEDIR PVC - TRANSDUTOR 1. Com o paciente em decúbito dorsal horizontal sem travesseiro, encontre o “zero de referência que pode ser a linha axilar média ou o ângulo esternal, que na maioria das pessoas é cerca de 5 cm acima do ponto médio do átrio direito. O nível adequado no transdutor é o nível da torneirinha, pois este é o lugar onde o transdutor é aberto para a atmosfera para zerar e leva em conta a coluna de líquido que é necessário preencher o sistema. Então a torneirinha deve ficar na altura da linha axilar média ou 5 cm abaixo do ângulo external . 2. Proceda a leitura da pressão no monitor (Pressão = mmHg). * * VALORES NORMAIS DE PVC E COMPLICAÇÕES valor normal: 8 – 12 cm H2O ou 0 – 8 mmHg Valores baixos: hipovolemia Valores altos: sobrecarga hídrica >> hipervolemia. Complicações: Infecção Embolia gasosa * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PVC Preparar material necessário. Explicar o procedimento ao paciente. Instalar o equipo de PVC após confirmação de posicionamento do cateter por RX de tórax. Encontrar o zero de referência e se a medida da PVC for intermitente, montar a coluna de água. Registrar os valores da PVC de acordo com a rotina da instituição. Recolher o material e organizar o ambiente. Trocar o equipo de PVC a cada 72 horas (datar). * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PVC Se a medida da PVC for intermitente (coluna de água) e o paciente estiver sob ventilação mecânica, NÃO desconectar o respirador. Estar atento a desconexões do sistema. Realizar curativo seco e estéril após a inserção do cateter, de acordo com a política da instituição. Observar sinais de infecção no local de inserção do cateter. Monitorar o balanço hídrico a cada 24 h, registrando os volumes de solução infundidos nas aferições da PVC. Realizar as anotações no prontuário do paciente. * * PRESSÃO DA ARTÉRIA PULMONAR - PAP Avalia: Função ventricular direita. Reposta do paciente ao tratamento (ex. administração de líquidos, drogas vasoativas), orientando a terapêutica e fornecendo dados indicativos do prognóstico. Monitora mudanças do estado hemodinâmico. Diagnosticar a etiologia do choque. Não é um método terapêutico, pois fornece dados hemodinâmicos para o diagnóstico. * * MONITORIZAÇÃO DA PAP É realizada através do cateter de artéria pulmonar (cateter de Swan Ganz) e do sistema de monitorização da pressão. Inserção: cateter central. Vias de acesso: veias subclávias, femoral e jugular interna (escolha). Procedimento: Após limpeza do local com solução antisséptica, o médico insere o cateter (2, 4 a 7 lúmens) que possui um balão na extremidade na veia cava ou átrio direito através da jugular interna. O balonete é insuflado e carregado pelo fluxo sanguíneo para o ventrículo direito através da válvula pulmonar e depois para a artéria pulmonar. Quando chega na artéria pulmonar, o balonete é desinsuflado e o cateter fixo com sutura. A inserção do cateter é acompanhada pelo monitor (cada câmara cardíaca possui uma curva específica que permite localizar o cateter). Posição correta: RX de tórax. * * Cateter de Swan Ganz Via distal: PAP e POAP Via proximal: Débito cardíaco (DC), drogas e eletrólitos Termistor: DC (solução fria) e temperatura do sangue Via do balão: insuflar o balão * * Grande Circulação Pequena Circulação Corpo Artéria Aorta Sangue arterial O2 Veia cava superior e inferior Sangue venoso CO2 Pulmões Sangue venoso CO2 Artéria pulmonar Veias pulmonares Sangue arterial O2 AD VD AE VE Válvula mitral Válvula tricúspide Válvula aórtica Válvula pulmonar * * * * MONITORIZAÇÃO DA PAP * * MONITORIZAÇÃO DA PAP Após a introdução o cateter é realizado o curativo no local de inserção do cateter e sua conexão com a manômetro de coluna de água (bolsa pressurizada) e ao transdutor, e este ao monitor multiparâmetros. A coluna líquida deve ser preparada com SF 0,9% + heparina (1 unidade/ml), mantendo a bolsa com pressão de 300 mmHg (pressão abaixo de 300 não permitem uma irrigação adequada que é de 3ml/h). * * Bolsa pressurizada Monitor Swan-Ganz Balão * * MONITORIZAÇÃO DA PAP O monitor fornece a medida contínua de várias pressões: Pressão da Artéria Pulmonar (PAP) sistólica, diastólica e média; Pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP) - Quando ocluímos a artéria pulmonar através do cateter, estamos eliminando a influência das pressões do lado direito do coração e, a pressão de átrio esquerdo será refletida). PVC (7 vias); Débito cardíaco através de outro monitor chamado Vigilance (cateter de termodiluição - 7 vias). * * COMO MEDIR PAP - TRANSDUTOR 1. Prepare a bolsa pressurizada. 2. Com o paciente em decúbito dorsal, horizontal, sem travesseiro, encontre o “zero de referência para nivelar e equilibra (“zerar”) o sistema. O nível adequado no transdutor é o nível da torneirinha, pois este é o lugar onde o transdutor é aberto para a atmosfera para zerar e leva em conta a coluna de líquido que é necessário preencher o sistema. Torneirinha deve ficar na altura da linha axilar média ou 5 cm abaixo do ângulo external. 3. Proceda a leitura da pressão no monitor * * VALORES NORMAIS E COMPLICAÇÕES - PAP Valores normais: 25/9 mmHg Sistólica: 25-35 mmHg Diastólica: 6-12 mmHg Média : 15 - 20 mmHg Valores baixos: hipovolemia Valores altos: PAP sistólica: aumento do fluxo sanguíneo (hipertensão pulmonar, doença da válvula mitral) PAP diastólica: embolia pulmonar, taquicardia. Complicações: Infecção Ruptura da artéria pulmonar (raro) Dobra do cateter Embolia gasosa Disritmias * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PAP Preparar o material necessário: SF 0,9%, heparina, bolsa pressurizada, cateter Swan-Ganz, monitor, suporte de soro. Lavar as mãos. Calçar as luvas. Preparar a coluna líquida com SF 0,9% + heparina (1 unidade/ml), mantendo a bolsa com pressão de 300 mmHg. Explicar o procedimento ao paciente. Auxiliar na inserção do cateter na artéria pulmonar, se necessário. Durante a inserção do cateter estar atento as alterações na curva de pressão. Realizar curativo seco e estéril após a inserção do cateter. Posicionar o transdutor no “zero” de referência com o paciente em decúbito horizontal (torneirinha na linha axilar média). * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PAP Registrar os valores da PAP de acordo com a rotina da instituição. Trocar curativo com técnica estéril de acordo com a política da instituição. Evitar manipulação desnecessária do cateter que pode levar a contaminação e perda. Observar sinais de infecção no local de inserção do cateter. Trocar o SF com heparina a cada 24 horas ou de acordo com a rotina da instituição. Trocar o equipo do transdutor a cada 72 horas ou de acordo com a rotina da instituição. Recolher o material restante, organizando o ambiente para a equipe. Realizar as anotações no prontuário do paciente. * * PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA - PAI Pressão arterial medida diretamente e continuamente através de um cateter introduzido na artéria de escolha e do sistema de monitorização da pressão. Inserção: cateter periférico na artéria radial (escolha – menos complicações), braquial (evitada – tromboembolia do braço e antebraço), femoral ou dorsal do pé. Procedimento: cateter é introduzido na artéria. Após a introdução do cateter é realizado o curativo no local de inserção e sua conexão com o manômetro de coluna de água (bolsa pressurizada) e ao transdutor, e este ao monitor. O monitor fornece PA sistólica, diastólica e média em mmHg. * * MONITORIZAÇÃO DA PAI Transdutor Bolsa pressurizada Monitor Cateter * * MONITORIZAÇÃO DA PAI A coluna líquida deve ser preparada com SF 0,9% + heparina (1 unidade/ml), mantendo a bolsa com pressão de 300 mmHg (pressão abaixo de 300 não permitem uma irrigação adequada que é de 3ml/h). Antes de puncionar ou seccionar o local, a circulação colateral deve verificada pelo teste de Allen (evitar perfusão colateral comprometida para a área de inserção do cateter). Quando não há circulação e a artéria fica ocluída = isquemia * * TESTE DE ALLEN Avaliação rápida da circulação colateral da mão. É essencial antes da punção da artéria radial. A enfermeira deve: Comprimir as artérias radial e ulnar ao mesmo tempo. Pedir ao paciente que cerre o punho (feche a mão). Pedir ao paciente que abra a mão, notando que ela está esmaecida (pálida). Liberar a pressão sobre a artéria ulnar e manter a artéria radial pressionada. A mão do paciente ficará rósea em 5 a 10 segundos se a artéria ulnar estiver permeável, em virtude da circulação colateral. Se o teste não for satisfatório (mão não ficar rósea), não puncionar a artéria radial. j * * TESTE DE ALLEN Artéria ra Artéria Ulnar Artéria radial Artéria ulnar 1 2 3 * * VALORES NORMAI E COMPLICAÇÕES - PAI Valores normais (mesmos da PA não invasiva): PA sistólica: 90-130 mmHg PA diastólica: 60-90 mmHg PAM: 70-100 mmHg Complicações: Infecção Isquemia distal Hemorragia externa Embolia gasosa Dor local Hematoma * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PAI Preparar o material necessário: SF 0,9%, heparina, bolsa pressurizada, cateter, monitor, suporte de soro. Lavar as mãos. Calçar as luvas. Preparar a coluna líquida com SF 0,9% + heparina (1 unidade/ml), mantendo a bolsa com pressão de 300 mmHg. Explicar o procedimento ao paciente. Auxiliar na punção do cateter, se necessário. Realizar curativo seco e estéril após a inserção do cateter. Posicionar o transdutor no “zero” de referência com o paciente em decúbito horizontal (torneirinha na linha axilar média ou 5 cm abaixo do ângulo external). Registrar os valores da PAI de acordo com a rotina da instituição. * * CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MONITORIZAÇÃO DA PAI Trocar curativo com técnica estéril de acordo com a política da instituição. Observar sinais de infecção no local de inserção do cateter Monitorar as extremidades do membro puncionado (coloração, temperatura, edema, sensibilidade e movimentação). Estar atento a desconexões do sistema. Trocar o SF com heparina a cada 24 horas ou de acordo com a rotina da instituição. Trocar o equipo do transdutor a cada 72 horas ou de acordo com a rotina da instituição Recolher material restante, organizando o ambiente para a equipe. Realizar as anotações no prontuário do paciente. * * PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA PAM não precisa necessariamente ter um cateter ligado a um sistema de monitorização. Você pode usar seguinte fórmula: PAM = PAS + (PAD x 2) 3 PAM = pressão arterial média PAS= pressão arterial sistólica PAD=pressão arterial diastólica * * REFERÊNCIAS SMELTZER, S. C., BARE, B. G. Brunner & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. *
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