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* Universidade Estadual de Londrina Curso de Enfermagem COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO LEITE Profª Drª Geni da Silva Varéa genivarea@uel.br Departamento de Bioquímica e Biotecnologia Centro de Ciências Exatas Fone : 3371 4270 * LEITE ♠ Secreção rica em nutrientes sintetizada pela glândula mamária sob efeito hormonal. ♠ Alguns nutrientes são retirados prontos do sangue, enquanto outros são sintetizados pelas células secretoras. ♠ CADA MAMADA É FORMADA POR 3 PORÇÕES RICAS EM NUTRIENTES ESPECÍFICOS ♠ Solução: íons e moléculas dissolvidas Minerais, carboidratos Primeira porção - mais pesada ♠ Suspensão: agregados moleculares Proteínas Segunda porção - peso intermediário ♠ Emulsão: glóbulos emulsificados em proteínas Lipídeos Terceira e última porção – mais leve * Estrutura da glândula mamária Alvéolos Células Alveolares (secretoras) * * * * COMPOSIÇÃO PERCENTUAL DO LEITE HUMANO DE VÁRIOS ESTÁGIOS COLOSTRO: secretado de 10 a 100mL/dia Proteção – mais anticorpos e células brancas Rico em proteínas, vitaminas A, E e K, minerais zinco e sódio LEITE DE TRANSIÇÃO: Aumento de gorduras e diminuição de proteínas e minerais LEITE MADURO: recomendação da livre mamada Começo rico em proteínas, lactose, minerais e água Final contém mais gorduras * COMPOSIÇÃO DE AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS DO LEITE HUMANO EM VÁRIOS ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO * MACRONUTRIENTES DO LEITE: Gorduras PROTEÍNAS: secretadas de 1,2 a 1,5g/100mL/dia Leite humano proporção caseína: proteínas do soro (40:60%) Favorece esvaziamento gástrico Leite bovino proporção caseína: proteínas do soro (80:20%) Proteína do glóbulo de gordura – mantém as gorduras em emulsão Leite bovino não tem lactoalbumina – pode explicar casos de alergia ou até intolerância a lactose Caseína várias frações mantidas em suspensão com fosfato de cálcio Frações , , , e caseínas * Suspensão de proteínas * Frações de caseína são mantidas em suspensão pela k-caseína Precipitação e digestão de Proteínas no recém-nascido (RN) VANTAGEM: Queijo ou precipitado proteico permanece mais tempo para ser melhor digerido no estômago do RN Renina (enzima proteolítica do estômago do RN) degrada a k-caseína e a suspensão solúvel de proteínas precipita * MACRONUTRIENTES DO LEITE- Gorduras GORDURAS: secretadas de 2 (colostro) a 3,5g/100mL/dia Responsáveis por 35 a 50% da ingestão de energia Triglicerídeos ou ácidos graxos e glicerol - 90% . Ácidos graxos saturados - 43% Láurico (12:0), mirístico (14:0), palmítico (16:0), esteárico (18:0) . Ácidos graxos insaturados – 57% Palmitoleico (16:1), oleico (18:1), linolêico (18:2), linolênico (18:3) - Colesterol e fosfolipídeos – lipideos de membrana Emulsão de gorduras * * MACRONUTRIENTES DO LEITE HUMANO: Lactose Síntese na glândula mamária - glicose do sangue materno (sangue materno) UTP PPi HO H H H * MICRONUTRIENTES DO LEITE - Vitaminas e minerais 1. VITAMINAS . Geralmente estão em concentração adequada para po RN . Podem variar conforme dieta materna 1.1. Vitaminas lipossolúveis - Vitamina A no colostro é o dobro que no leite maduro - Vitamina K – protege RN contra doença hemorrágica - Vitamina E – anti-oxidante - Vitamina D – associar com luz solar 1.2. Vitaminas hidrossolúveis . Geralmente suficientes, mesmo em mães vegetarianas 2. MINERAIS . Concentração não é significativamente afetada pela dieta materna 2.2. Cálcio e fósforo - Relação 2:1 favorece absorção do cálcio - Relação 2:1 diminui o teor de fósforo e o pH intestinal - pH mais ácido favorece a flora benéfica intestinal 2.3. Ferro - Concentrações pequenas - Alta disponibilidade podendo evitar anemia * * ♠ ENZIMAS DO LEITE - Amilase: . Digestibilidade dos carboidratos - Lipases: . Digestibilidade das gorduras - Glicuronil transferase: . Digestibilidade de gorduras . Reconjugação de sais biliares e redução da icterícia * www.uff.br/disicamep/ictericia.htm Icterícia do leite materno (ILM) A ILM foi identificada pela primeira vez na década de 1960. Embora várias causas tenham sido sugeridas, a teoria atual concentra-se em níveis elevados da enzima beta-glucuronidase no leite materno. Os pesquisadores acreditam que essa enzima causa uma maior absorção de bilirrubina intestinal no neonato, assim bloqueando a excreção de bilirrubina. A ILM aparece quando a icterícia fisiológica cede (após o 7º dia). O nível sérico de bilirrubina atinge o máximo em 15 a 25mg/dl entre o 10 e o 15º dia. A ILM pode persistir por várias semanas ou, raramente, vários meses. Um nível de bilirrubina sérica que diminui 24 a 48 horas após a descontinuação da amamentação confirma o diagnóstico (KENNER, 2001). Há controvérsia quanto à necessidade, ou não, de tratamento para a ILM. Alguns médicos e defensores da amamentação consideram o tratamento desnecessário. O tratamento conservador envolve suspender temporariamente a amamentação até que o nível de bilirrubina diminua; isso em geral leva 24 a 48 horas. A mãe deve manter a lactação fazendo a extração do leite a mão ou com bomba (KENNER, 2001). * www.uff.br/disicamep/ictericia.htm Icterícia associada à amamentação (IAA). A IAA se correlaciona com o padrão de amamentação do neonato. A causa subjacente da IAA é uma ingestão calórica deficiente que leva a um transporte hepático e remoção da bilirrubina corporal reduzidos. Geralmente, o recém-nascido que desenvolve a IAA não foi capaz de estimular um suprimento precoce e adequado de leite materno. A IAA em geral manifesta-se 48 a 72 horas após o nascimento. O nível de bilirrubina sérica atinge o pico em 15 a 19mg/dl por 72 horas. O nível sérico médio de bilirrubina aumenta em menos de 5mg/dl/dia (KENNER, 2001). A IAA é uma das principais complicações que se observam nas altas precoces. O leite materno pode não aparecer, ou um padrão adequado de amamentação não é estabelecido antes da alta. A bilirrubina sérica do neonato ira se elevar se ocorrer desidratação. Se a mãe não reconhece os sintomas da hiperbilirrubinemia ou desidratação precocemente, ocorre Kernicterus (KENNER,2001). O tratamento da IAA envolve medidas que garantem um adequado suprimento de leite materno. Alguns clínicos recomendam amamentar o neonato a cada 2 horas para estimular a produção de leite materno e a motilidade intestinal do neonato. A mãe que rapidamente identifica sinais de fome em seu bebê deve iniciar a alimentação em vez de esperar que o bebê chore vigorosamente. Se o nível de bilirrubina se aproxima de 18 a 20mg/dl, pode ser necessária a fototerapia (KENNER,2001). * Universidade Estadual de Londrina Curso de Enfermagem OBRIGADA PELA ATENÇÃO Profª Drª Geni da Silva Varéa genivarea@uel.br Departamento de Bioquímica e Biotecnologia Centro de Ciências Exatas Fone : 3371 4270
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