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Intolerância alimentar e alergia alimentar

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Intolerância alimentar e alergia alimentar 
Acadêmicas:
Ana Beatriz Oliveira
Danielly Costa
Helena Cunha 
Jhully Sales
Thalia Kelly Caetano
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
O que é alergia alimentar?
Reação específica do organismo que envolve o sistema imunológico.
Predisposição genética, desenvolvimento de um anticorpo específico a um alimento. 
O sistema imunológico é uma organização de células e moléculas com funções especializadas na defesa contra a infecção. Funciona como o mecanismo de defesa do corpo contra as incontáveis substâncias estranhas presentes no ar que respiramos, nos alimentos que ingerimos e nos objetos que tocamos. Dentro desse imenso grupo de substâncias estranhas, o termo “alérgeno” refere-se àquelas que resultam numa resposta imune alérgica. 
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Alergia alimentar
Os alérgenos alimentares estáveis, resistem a temperatura, pH, e a digestão enzimática e, por meio da sua ingestão, são capazes de induzir sensibilizações mediadas por IgE em indivíduos geneticamente predispostos. Já em sucessivas exposições por via digestiva produziram sintomas frequentemente sistêmicos.
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. 
Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia.
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A mucosa gastrointestinal constitui uma porta de entrada aos antígenos alimentares e às bactérias não patogênicas da microflora, que representam uma forte fonte de perturbação da atividade imunológica no organismo. 
Alergia alimentar
O desenvolvimento do sistema imune local e sistêmico com o estimulo da microflora matura o sistema imune e impede a estruturação de resposta alérgica.
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Para que a reação alérgica a um alimento ocorra, proteínas ou outros antígenos devem ser absorvidos pelo trato gastrointestinal, interagir com o sistema imunológico e produzir uma resposta.
Alergia alimentar
Os alérgenos alimentares mais comuns responsáveis por até 90% de todas as reações alérgicas são as proteínas do leite de vaca, ovo, amendoim, trigo, soja, peixe, frutos do mar e nozes. 
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FAIXA ETÁRIA 
Até 3 anos de idade: 
leite de vaca, ovo, amendoim, trigo e soja. 
Crianças > 3 anos / Adultos :
crustáceos (camarão, frutos do mar), oleaginosas (amendoim, nozes, castanhas); 
Aditivos alimentares: 
corantes, conservantes, flavorizantes (glutamato monosódico, sulfitos, tartranzina, etc). 
Alergia alimentar
* Os aditivos afetam em qualquer idade, desde que consumidos, pq uma criança menor de 3 anos não é para consumir alimentos que contenham aditivos.
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ADITIVOS
Devido ao desenvolvimento tecnológico e as mudanças nos hábitos alimentares, tem aumentando a exposição da população a uma grande variedade de aditivos e contaminantes, principalmente nos alimentos processados, e isso vem criando um microambiente no intestino que favorece o desenvolvimento das reações adversas.
Alergia alimentar
Os aditivos em alimentos podem servir para muitos propósitos, desde o de realçar a cor e o sabor dos alimentos até o de atuar como complemento nutricional e como agente antimicrobiano. 
A maioria dos aditivos é ingerida em pequenas quantidades e os efeitos adversos decorrentes da sua ingestão podem variar de letargia a crises de asma grave. O diagnóstico preciso de reação alérgica a aditivos só pode ser feito através de procedimentos de provocação apropriados.
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ALERGIA DO CACHORRO QUENTE
O causador da alergia ao cachorro quente é a semente de urucum, que é utilizada com um corante natural para transformar os alimentos na cor laranja ou rosada.
Alergia alimentar
As reações verdadeiramente alérgicas aos aditivos são raras. São de aparecimento rápido, surgindo até 1 hora após a ingestão e podem ocorrer com quantidades mínimas ingeridas. Podem se manifestar através de sintomas variados, na pele (urticária, angioedema), no sistema respiratório (falta de ar, broncoespasmo) ou com sintomas gerais (vômitos, cólicas). Sabe-se que alguns tipos de aftas de repetição e estomatite alérgica de contato podem ser relacionadas com a ingestão de aditivos alimentares. 
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ALERGIA A PROTEÍNA DA CARNE VERMELHA
Uma alergia à proteína na carne vermelha desenvolve quando o sistema imune reconhece erroneamente a proteína como uma substância potencialmente nociva. 
Alergia alimentar
Os sintomas tipicamente, desenvolve-minutos a uma hora após a ingestão de carne vermelha ou de um produto alimentar que contenha carne vermelha. Hives - uma erupção cutânea composta de pápulas vermelhas - é um sintoma comum, embora os sintomas de pele pode ser mais leve e presente como uma erupção localizada ao redor da boca ou face.
Um diagnóstico de alergia à proteína na carne vermelha é frequentemente suspeita com base na história clínica de uma pessoa ou a cadeia de eventos que levou-se à reacção.
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Alergia alimentar
ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
Mais conhecida como APLV – é uma reação alérgica às proteínas presentes no leite de vaca ou em seus derivados (queijo, iogurte ou outros alimentos que contêm leite). 
A causa da APLV não é totalmente definida, uma vez que diversos fatores podem contribuir para o seu surgimento, tais como: 
- Contato com o alérgeno alimentar (o intestino das crianças é imaturo e a ingestão das proteínas do leite pode iniciar um processo de inflamação); 
- Predisposição genética (cerca de dois terços das crianças com APLV têm casos de alergia em familiares do primeiro grau); 
- Crianças que passam por excessivos cuidados em relação à higiene tem pouco contato com agentes infecciosos, o que altera o desenvolvimento do sistema imunológico e pode aumentar a susceptibilidade a doenças alérgicas; 
- Etnia e mudanças na dieta são outras causas que também podem se associar ao desenvolvimento desta alergia.
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As manifestações clínicas da APLV dependem do tipo de resposta do sistema imune à presença do alérgeno: IgE mediada, não IgE mediada ou mista.
Alergia alimentar
No primeiro caso, a reação ocorre geralmente em até duas horas após o contato com o alérgeno e é caracterizada por alterações na pele (urticária e inchaço na superfície da pele) e na mucosa da boca, que podem ser acompanhadas de manifestações respiratórias (rinite, asma) e gastrointestinais (vômitos e dores abdominais). Já as reações não mediadas por IgE demoram mais a aparecer e normalmente são relacionadas a sintomas gastrointestinais como diarreia, vômitos e possível perda de peso; podendo também ocorrer dermatite. Nas manifestações mistas dermatite e esofagite representam os principais sintomas, mas a asma pode ser detectada como uma das reações.
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A apresentação clínica é muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. 
Trato gastrointestinal
Vômitos, diarreia, constipação, sangue nas fezes...
Pele
Dermatiteatópica,angioedema, urticária...
Respiratório
Coriza, tosse crônica, chiado...
Geral
Cólicaou irritabilidade persistente pelo menos 3 dias/ semana, durante 3 semanas ou mais.
Reações alérgicas 
As reações podem ser leves, com simples coceira nos lábios, até reações graves que podem comprometer vários órgãos.
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Características genéticas; 
Imaturidade do Sistema imune de mucosas;
Introdução precoce de alimentos sólidos antes de 6 meses;
Falha nos mecanismos de defesa do TGI;
Alterações de permeabilidade da mucosa;
Interações inadequadas com a flora comensal;
Alterações imunológicas;
Infecções gastrintestinais; 
Fatores de risco para alergia alimentar 
O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. 
Segundo a Sociedade Americana de Pediatria (AAP), recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes
e peixe, somente após o 3º ano de vida.
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Intolerância alimentar 
Intolerância: todo mecanismo que não pode ser identificado como verdadeira reação alérgica e inclui as reações imunológicas, difíceis de relacionar com um alimento, mais cuja patologia moderada pode desencadear uma série de sintomas pouco específicos.
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Intolerância alimentar 
Fatores que levam aos sintomas
Também conhecida como sensibilidade alimentar, pode ser resultado de uma reação adversa do organismo. Os sintomas de intolerância alimentar advêm de vários fatores: uma deficiência de enzima, a exemplo, da intolerância a lactose; sensibilidade a certos agentes químicos, por exemplo, aminas no chocolate e no vinho tinto podem causar enxaquecas; ou uma resposta imune IgG, conforme indicação de resultados de testes. 
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INTOLERÂNCIA A LACTOSE
É a incapacidade de digerir a lactose, resultando da deficiência da enzima intestinal chamada lactase. Essa enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção.
Intolerância alimentar 
Retirada da lactose da dieta/ substituição dos alimentos; 
Monitoramento regular do estado nutricional do paciente, verificando e corrigindo inadequações e suplementando micronutrientes, quando necessário 
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Há três tipos de intolerância á lactose, que são decorrentes de diferentes processos:
deficiência congênita
diminuição enzimática secundária a doenças intestinais
deficiência primaria ou ontogenética
Intolerância alimentar 
deficiência congênita: é um tipo genético muito raro, no qual a criança nasce sem a capacidade de produzir a lactase. É acometida logo após o nascimento.
diminuição enzimática secundária a doenças intestinais: é bastante comum em crianças no primeiro ano de vida e ocorre devido á diarreia persistente, pois há morte das células da mucosa intestinal (produtoras de lactase). Assim a pessoa fica com deficiência temporária de lactase ate que as células seja repostas.
deficiência primaria ou ontogenética: é o tipo mais comum na população. Com o avanço da idade, existe a tendência natural no organismo á diminuição da produção da lactase.
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Intolerância alimentar – doença celíaca 
INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN
A doença celíaca se caracteriza por uma intolerância permanente ao glúten que é a principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e no malte.
A ingestão de alimentos com esse tipo de proteína pelos celíacos, se torna tóxica e provoca lesão no intestino delgado, impedindo a adequada absorção do alimento.
Seu único tratamento é a dieta isenta de glúten.
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Intolerância alimentar – doença celíaca 
TRATAMENTO 
Quando não tratada a doença celíaca pode ter um prognostico reservado, evoluindo em associação a uma série de patologias como: esterilidade, osteoporose, endocrinopatias, distúrbios neurológicos e psiquiátricos, doenças hepáticas, doenças do sistema conjuntivo e associação com doenças autoimunes, tais como dermatite herpetiforme, diabetes mellitus, deficiência seletiva de IgA e doenças da tireóide.
De modo geral
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada aos dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos.
Diagnóstico de alergia e intolerância alimentar 
O teste alérgico ou de intolerância é um método de diagnóstico seguro e geralmente indolor. 
O diagnóstico correto da alergia e intolerância alimentar é fundamental para o tratamento adequado e para que não se instituam dietas desnecessárias. Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie e forneça pormenores acerca dos alimentos ingeridos rotineiramente ou eventualmente. 
O teste alérgico é um método de diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que, após a história clínica e o exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas.
As provas de provocação alimentar assumem importância fundamental, uma vez que a sensibilidade clínica do doente, assim como o limiar de reação, não podem ser previstos com base na sensibilidade demonstrada quer por testes cutâneos por picada ou epicutâneos, quer in vitro, por meio do doseamento de IgE específicas 
O diagnóstico laboratorial da intolerância alimentar pode ser feito através de um simples exame de sangue. 
Este teste tem a capacidade de identificar quais são os alimentos que provocam intolerância em um grupo extenso de alimentos.
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O único tratamento comprovadamente eficaz é a exclusão completa do alérgeno da dieta!! 
Conscientização do paciente e família;
Educação/ informação;
Alternativas de substituição;
Manutenção das necessidades nutricionais;
Manutenção da qualidade de vida.
Tratamento de alergias alimentares e intolerâncias alimentares
As orientações devem ser fornecidas por escrito, visando à substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento, e verificar o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia.
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E agora, você já sabe diferenciar? 
Obrigado!!!
FERREIRA, C. T.; SEIDMAN, E. Alergia alimentar: atualização prática do ponto de vista gastroenterológico. Jornal de Pediatria – vol. 83, nº 1, 2007.
MATTAR, R.; FERRAZ, D. C. M. Intolerância à lactose: Mudança de paradigmas com a biologia molecular – Revista da Associação Médica Brasileira, 2010.
PEREIRA, A. C. S.; MOURA, S. M.; CONSTANT, P. B. L. Alergia alimentar: sistema imunológico e principais alimentos envolvidos. Seminário: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 29, n. 2, p. 189-200, jul./dez. 2008.
SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar - 2007. Revista brasileira de alergia e imunopatologia – Vol. 31, Nº 2, 2008 . 
SOUSA, G. Intolerancia alimentar. Centro de Medicina Laboratorial e Patologias Clinicas Associadas. Design: kahn , Fev, 2013.
Referencias bibliográficas

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