Buscar

Educação e Economia Política

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*
*
EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA
A ESCOLA E A FORMAÇÃO DO HOMEM OMINILATERAL 
CURSO DE PEDAGOGIA – professora BEATRIZ PINHEIRO
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2011
*
*
OBJETIVOS
Abordar a dualidade/fragmentação que se estabelecem dentro do sistema social, particularmente nos processos produtivo e educacional;
Analisar como o funcionamento da educação está diretamente ligado ao processo produtivo. 
Identificar o conceito da omnilateralidade opondo-se à unilateralidade
*
*
ESCOLA E O SISTEMA CAPITALISTA
A escola, como aparelho de reprodução do estado, atua como mantenedora da sociedade capitalista. A historia da educação no ocidente e, particularmente na sociedade industrial, está diretamente ligada ao funcionamento da produção capitalista. Seja para os postos “pensantes”, seja para os postos de trabalho “manuais”, a escola está subordinada aos interesses e às necessidades do modelo de produção e, nesta subordinação, exerce a função de fornecer agentes para a manutenção (ideológica e prática) do sistema.
Apoiada no discurso de oferta de uma educação universal e neutra, capaz de conduzir os alunos à liberdade, à moralidade, ao conhecimento, a escola capitalista cumpre, tanto no campo instrumental quanto ideológico, a função reprodutora da relação de exploração capitalista. 
*
*
ESCOLA E A REPRODUÇÃO DA ORDEM CAPITALISTA
Os vários teóricos da Teoria da Reprodução, em que pese a especificidade das suas formulações, compreendem que a escola cumpre um papel na reprodução das classes sociais: a moldagem de consciências. Postulam para a escola uma participação na construção da ordem social ligada à preparação de tipos diferenciados de subjetividade.
No caso brasileiro, essa reprodução social (separação entre alguns pensantes e muitos trabalhadores) promovida pela escola é operada pela separação entre as chamadas escolas de excelência, que são de difícil ingresso e permanência, e as outras escolas. Esta fragmentação escolar (que repete a dualidade do mundo do trabalho) funciona, pedagogicamente em dois níveis: ao mesmo em tempo que legitima a dualidade, educa para dualidade 
*
*
AS TEORIAS DA REPRODUÇÃO
Baudelot e Establet: a escola contribui para a reprodução das relações de produção capitalistas porque, além de inculcar a ideologia burguesa, separa os indivíduos nas duas redes (PP e SS), contribuindo para a repartição material dos indivíduos, que se escolarizam de modo diferenciado, nas duas classes sociais fundamentais, conforme a divisão social do trabalho.
Bourdieu e Passeron: a escola reproduz as diferentes relações de força material através do uso da violência simbólica. Essa violência simbólica significa a imposição de formas de sentir, pensar, agir e perceber – de um arbitrário cultural - apresentadas como legítimas, mas que compõem uma cultura (mais próxima da cultura burguesa) voltada para a dissimulação das relações de força material que estão na base da sociedade.
Althusser: a escola é um dos Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), ao lado da família, igrejas, dos meios de comunicação de massa, etc. Os AIEs, ao lado dos Aparelhos Repressivos de Estado (ARE) reproduzem as relações de produção capitalistas. Enquanto os primeiros agem prioritariamente pela ideologia, os AREs agem prioritariamente pela violência. A escola atua na reprodução inculcando “saberes práticos” envolvidos na ideologia dominante.
*
*
A ESCOLA CAPITALISTA SOB O FORDISMO
Durante o predomínio da organização de trabalho fordista, a escola esteve organicamente vinculada às necessidades de formação de mão-de-obra para este paradigma. Formou os trabalhadores que exerciam as funções instrumentais e os indivíduos que exerciam as funções intelectuais da produção, atendendo à lógica da divisão social e técnica do trabalho fordista. 
O ideal do fordismo era a especialização para funções restritas e repetitivas. Logo, no cenário educacional, houve uma demanda em ofertar, para a classe trabalhadora, uma formação primária que enfatizava uma pedagogia voltada para: o disciplinamento, a repetição, a memorização, a padronização das respostas, a fragmentação dos conteúdos, oferecendo aos trabalhadores uma base de qualificação geral e uma visão de mundo adequada à execução de parcelas do processo produtivo. Para as atividades mais específicas da produção, foram oferecidos cursos técnicos de adestramento rígido, que reforçavam ideologicamente o tecnicismo pedagógico.
*
*
A ESCOLA CAPITALISTA NO PADRÃO DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
A escola tem servido, com o avanço tecnológico, para formar mão-de-obra para um modelo que precisa de trabalhadores flexíveis, ágeis e polivalentes. Assim, a educação tem diversificado sua atuação e as escolas de formação geral (e as técnicas também), têm ajustado seus procedimentos para atender a atual demanda calcada no trabalhador polivalente, apto a aprender e a lidar com novos procedimentos e situações. Vive-se o momento no ensino profissional do desenvolvimento de competências, da formação em áreas, para a polivalência, concebida em itinerários formativos.
Esse trabalhador, polivalente e preparado para trabalhar em equipe precisa ter maior domínio intelectual. Aumenta a demanda por ensino médio, que em conjunto com o ensino fundamental, forma a base mínima de escolaridade necessária para atuação profissional na atualidade.
*
*
A ESCOLA CAPITALISTA NO PADRÃO DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
Entretanto, essa formação não é para todos. Num modelo social e econômico excludente como o da atualidade, cinde-se também a educação profissional do trabalhador. Ao lado de uma formação profissional de qualidade, oferecida por escolas e empresas para uma minoria, são oferecidas propostas de educação profissional aligeiradas para a maioria. Porque não se oferece uma formação sólida aos trabalhadores, acaba-se por legitimar a exclusão dos trabalhadores no mercado de trabalho.
Mudou a forma, mas não mudou a essência. Apesar da inclusão e da universalização da educação, a escola ainda é fragmentada e continua formando para a manutenção do sistema de acumulação. 
*
*
A ESCOLA CAPITALISTA NO PADRÃO DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
A desigualdade social continua a manter a dualidade na educação. A elite, que historicamente, está vinculada ao poder, à erudição e ao controle da economia do país, para se perpetuar no lugar de ‘dominação’, mantem a dualidade educacional viva: viabiliza para seus filhos uma educação com base na formação geral, rica e de qualidade, enquanto para outra parte da sociedade, a educação é aligeirada e voltada para o mundo do trabalho.
Assim, a formação geral e a profissional estão estreitamente ligadas às dinâmicas econômicas e financeiras, sendo que, uma está destinada á minoria e a outra para o restante da sociedade. Ou seja, o que é perseguido na educação profissional, é a formação do sujeito produtivo que reproduz as relações estabelecidas na sociedade 
*
*
A FORMAÇÃO UNILATERAL
A sociedade e a escola formam o homem unilateral (aquele que vai aprender parcialmente procedimentos tecnológicos e, passivamente, atender aos interesses do capital) Ao defender uma educação para o trabalho e que só objetiva a inserção no mercado de trabalho, estamos ampliando a dualidade e a exclusão nas práticas educativas. 
A unilateralidade burguesa se revela de diversas formas. Revela-se por meio do desenvolvimento dos indivíduos em direções específicas; pela especialização da formação; pelo desenvolvimento no plano intelectual ou no plano manual; pela internalização de valores burgueses relacionados à competitividade, ao individualismo, egoísmo, etc. Uma formação de pessoas ajustadas ao modelo sócio-produtivo que, na atualidade, apesar da formação técnica/profissional, não terão a garantia do emprego.
*
*
A FORMAÇÃO QUE DESEJAMOS
Essa realidade e a incerteza sobre as condições de trabalho nos desafiam, enquanto educadores, a refletir sobre a formação humana desejável para que os trabalhadores possam enfrentar as lutas cotidianassem separá-las da totalidade histórica de que são sujeitos.
Sabemos que a educação reproduz a realidade. Sabemos também que uma escola verdadeiramente igualitária só é possível em um novo tipo de sociedade. Mas compreendemos que é possível atuar desde já no sentido de construir a sociedade e a escola que estão no horizonte da nossa utopia.
E é na tradição do pensamento marxista que os educadores vêm buscando a inspiração para pensar a educação na perspectiva do processo de emancipação do homem. 
*
*
A FORMAÇÃO OMNILATERAL
Em sentido contrário a essa formação unilateral, o marxismo nos traz o conceito de formação do omnilateral (aquela que, controlando e integrando, na totalidade, saberes e procedimentos técnico-tecnológicos da concepção e da produção, capacita para que o sujeito atue de forma ativa na sociedade). 
Enquanto a formação unilateral alija o trabalhador dos saberes, a formação omnilateral defende a formação integral dos indivíduos, uma formação para o domínio da ciência, da técnica, da tecnologia, integrando saber geral e profissional e desenvolvendo as potencialidades do sujeito. A integração dos saberes e dos procedimentos técnicos viabiliza o controle dos processos produtivos, que podem deixar de ser um monopólio de um grupo, criando a possibilidade de quebrar a lógica da dominação historicamente construída.
*
*
A FORMAÇÃO OMNILATERAL
A formação omnilateral se propõe a romper com a formação do homem limitado e se opõe à formação unilateral, comprometida como trabalho alienado, com a divisão social do trabalho, e a manutenção das relações de dominação. A formação do sujeito omnilateral supõe a articulação entre educação e trabalho, rompendo com os processos associados à alienação. Alienação que se concretiza na separação e na negação da dimensão educadora existente no trabalho e que cria a dicotomia escola/mundo do trabalho.
O desafio que se coloca para nós educadores, é pensarmos possibilidades de uma educação integrada, que possa romper e superar não só a dualidade sócio-educacional e que, para isso, seja uma prática educacional cidadã, que forme sujeitos ativos, críticos e autônomos.
*
*
O HOMEM OMNILATERAL
O conceito de omnilateralidade estabelece uma relação de correspondência com a idéia da universalidade.
O homem omnilateral não se define pelo que sabe, domina, gosta, conhece, muito menos pelo que possui, mas pela sua ampla abertura e disponibilidade para saber, dominar, gostar, conhecer coisas, pessoas, enfim, realidades diversas. 
É na sua ação sobre o mundo que o homem se afirma como tal, entretanto, ele precisa atuar como um todo sobre o real, com todas as suas faculdades humanas, todo seu potencial e não como ser fragmentado.
*
*
O CONCEITO DE OMNILATERALIDADE
O conceito de omnilateralidade se refere à ruptura com o homem limitado da sociedade capitalista. Essa ruptura deve ser ampla e radical, isto é, deve atingir uma gama muito variada de aspectos da formação do ser social, expressando-se nos campos da moral, da ética, do fazer prático, da criação intelectual, artística, da afetividade, da sensibilidade, da emoção, etc. Entretanto, essa ruptura não implica a compreensão de uma formação de indivíduos geniais, mas de homens que se afirmam historicamente, que se reconhecem mutuamente em sua liberdade e submetem as relações sociais a um controle coletivo, que superam a separação entre trabalho manual e intelectual e, especialmente, superam o individualismo e os preconceitos da vida social burguesa.
A omnilateralidade tem como condição a superação do capital, da alienação e da propriedade privada.
*
*
OMNILATERALIDADE E POLITECNIA
O conceito de omnilateralidade guarda relação com outro conceito marxiano importante para a formação humana, que é o  conceito de politecnia, estratégia marxiana para a educação dos trabalhadores sob o capitalismo.
De acordo com Nogueira (1990, p. 129):
“Para Marx, a educação politécnica não é utopia da criação de um indivíduo ideal, desenvolvido em todas as suas dimensões. Mas é antes, dialeticamente e ao mesmo tempo, uma virtualidade posta pelo desenvolvimento da produção capitalista e um dos fatores em jogo na luta política dos trabalhadores contra a divisão capitalista do trabalho”.
*
*
POLITECNIA
Para Marx, a politecnia era uma forma de confrontar a formação unilateral e os malefícios da divisão do trabalho capitalista. Ela representava a reunião de diversos aspectos que, uma vez associados, significariam uma formação mais elevada dos filhos dos trabalhadores em relação às demais classes sociais. Assim, a experiência do trabalho (em atividades diversas), associada aos estudos dos fundamentos teóricos do trabalho e à formação escolar, e ainda aos exercícios físicos e militares, representariam um salto na formação dos trabalhadores, pois iriam trazer fortes elementos contrários à empobrecedora formação decorrente das condições de trabalho capitalistas.
*
*
OMNILATERALIDADE E A PRÁXIS REVOLUCIONÁRIA
Esses dois conceitos, apesar de apresentarem distinções, se complementam. Politecnia e omnilateralidade são realizações da práxis 
A omnilateralidade é uma busca da práxis revolucionária no presente, embora sua realização plena apenas seja possível com a superação das determinações históricas da sociedade do capital. Porém, de maneira plena, como ruptura ampla e radical, a omnilateralidade só se realiza como práxis social, coletiva e livre, pois depende da universalização das relações não-alienadas entre os indivíduos.
*
*
POLITECNIA E A PRÁXIS REVOLUCIONÁRIA
A politecnia é proposta para se realizar no presente da opressão. A politecnia não almeja alcançar a formação plena do homem livre, mas a formação técnica e política, prática e teórica dos trabalhadores no sentido de elevá-los na busca da sua autotransformação em classe-para-si. Portanto, a politecnia não tem como condição para sua realização a ruptura ou superação das determinações históricas da sociedade capitalista.
A formação politécnica é vista como uma formação capaz de elevar as classes trabalhadoras a um patamar superior de compreensão de sua própria condição social e histórica. 
*
*
POLITECNIA, OMNILATERALIDADE E O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO HUMANA
Politecnia e omnilateralidade se complementam no processo que vai da formação do sujeito social revolucionário até a consolidação do homem emancipado. 
Se a omnilateralidade como formação plena é impossível – senão de forma germinal - no seio das relações capitalistas, é precisamente neste momento que a politecnia aparece como proposta de educação de grande importância, até que se consolidem as condições históricas de possibilidade de realização plena da omnilateralidade. A politecnia é a formação dos trabalhadores no âmbito da sociedade capitalista que, unida aos outros elementos da proposta marxiana de educação, deve encontrar o caminho entre a existência alienada e a emancipação humana em que se constrói o homem omnilateral. 
*
*
A ESCOLA ATUAL E A FORMAÇÃO OMNILATERAL
No plano da construção da escola omnilateral, a educação precisará partir da realidade dos sujeitos sociais e não concebê-los em uma ótica individualizada. Mais do que romper com os arbitrários educacionais, os quais são responsáveis por todo o atraso da formação humana, a formação omnilateral representa uma visível exigência pela qualificação da força de trabalho, para a efetivação do processo social e educacional em todas suas dimensões. Tendo o trabalho desalienado como princípio educativo, a escola unitária transcende à promessa da empregabilidade e da formação flexível, almejando um sujeito conscientemente construtor de realidade social. (FRIGOTTO, 2003).
*
*
A ESCOLA ATUAL E A FORMAÇÃO OMNILATERAL
Nessa perspectiva, a escola não deve ser concebida de modo mecânico como mera reprodutora de mão-de-obra para a produção capitalista (ainda que hegemonicamente cumpra esta função). Não deve ser vista também como instrumento de ascensão social, a partirde uma leitura salvacionista, redentora da escola. É necessário entender a escola a partir de uma análise estrutural e superestrutural da sociedade, enfatizando o caráter histórico da luta de classes.
É preciso combater a exacerbação do indivíduo como responsável, através de formação polivalente, por sua inclusão e sucesso no mundo do trabalho. É necessário caminhar na direção contrária ao discurso da empregabilidade, chamando atenção dos trabalhadores para o fato de que “o indivíduo pode possuir determinadas condições de empregabilidade e nem por isso garantir sua inserção no mercado de trabalho” (GENTILI, 2004, p. 55), para o fato de que a exclusão é um problema estrutural e não individual. 
*
*
CONCLUSÃO
Entende-se ser essencial a análise a respeito das incoerências do projeto educativo da burguesia, para compreender a lógica contraditória do capital e chamar atenção para a impossibilidade de realização humana num sistema capitalista excludente.
Importa denunciar o caráter ideológico da pedagogia burguesa e fortalecer os movimentos sócioeducativos que se colocam a favor do processo de emancipação humana. 
Trata-se de colocar nossa atuação acadêmica e política em prol da luta contra os interesses unilaterais da sociedade e da escola capitalista.
*

Outros materiais