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Tecnologia de Alimentos JOSÉ EVANGELISTA Ex- Professor de Tecnologia de Alimentos do Instituto Annes Dias, Rio de Janeiro. Ex-Professor de Técnica Dietética e Dietoterapia Infantil no Instituto Municipal de Nutrição, Rio de Janeiro. Médico Dietólogo pelo Instituto de La Nutricion de Ia Republica Argentina. Nutrologista pela Associação Brasileira de Nutrologia e Associação Médica Brasileira . .- Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia LI R RIA ATHENEU - Rio de Janeiro. São Paulo. 1987 . CROKINHOSr~~~ j l1.a Parte Embalagens de Alimentos 1. Introdução. 2. Definição e dl . -ivrsao de emb Ia agens. 3. Origem das matérias-primas. 4. Embalagens espe ... clals. 5. Escolha da embal agem. 6. Tecnologia de embala Embalagens r(gida gens Metal. s. Vidro Papelão Madeira·. Plástico rrqido EmPOIPa moldada·. ~~I~~ens semi-rrçídas La s .ICO~emi-r(gido .. E mmaçao mistos mbalagens flex (v ..L. eis arninados .C . P elulose regenerada apel. . 7 Adeq -. uaçao das embala gens aos produtos. Embalagens de Alimentos 1. INTRODUÇAO Ao criar o homem, a natureza deu ao mundo a sua primeira aula sobre tecnologia de em- balagens, pois que o corpo humano é um verdadeiro sistema de acondicionamentos rígidos e fle- , xíveis, protegendo órgãos, tecidos, vasos e nervos. Com requintes de perfeição, vários "produtos frágeis" são abrigados por "embalagens rí- gidas", como no caso do cérebro, defendido pelos ossos da cabeça e dos pulmões e coração, en- voltos por películas específicas, sob a proteção da "caixa torácica"; "embalagens flexíveis" existem, como o peritônio, revestindo as vísceras abdominais, as túnicas testiculares, verdadeiro laminado cobrindo as glândulas; as "embalagens tubulares", representadas por vasos arteriais e venosos, contendo o precioso líquido da vida, o sangue. Enorme série de exemplos podemos ainda buscar, se quizermos demonstrar que o corpo humano é um agrupamento de embalagens, todas com função principalmente protetora, com o objetivo de assegurar a execução das tarefas orgânicas. Em maior ou menor grau, a mesma natureza também conferiu aos alimentos meios para a sua proteção, preservando-os, assim, das agressões ambientais; por isso, concedeu-lhes embala- gens vivas, destinadas a conservá-los, segundo as suas características, até o momento de poderem ser consumidos. Essas embalagens vivas ou naturais são representadas pelos mais variados invólucros, cas- cas ou películas, desde aqueles envoltórios celulósicos no reino vegetal, cobrindo frutas e outros vegetais, até aos protídicos, como a pele, que revestem a carne. Embalagens vegetais existem protegendo e conservando as leguminosas, as frutas frescas (banana, abacaxi, fruta de conde etc.) e secas (coco, noz, amêndoa, avelã, etc.) as vagens da er- vilha, a palha do milho, o ouriço das castanhas; embalagens animais, como a casca do ovo, a bolsa do canguru-fêmea, as conchas dos moluscos, dos mexilhões, os cascos da tartaruga, do jabuti, do tatu e etc., constituem ainda exemplos de embalagens naturais. EMBALAGENS VIVAS OU NATURAIS DE ALIMENTOS A importância das embalagens vivas talvez tenha sido entendida pelo homem, quando obser- vou a coincidente facilidade de deterioração do alimento, quando este era privado do seu invólucro original. Dessa observação e da necessidade da utilização de alimentos, muitas vezes de consumo .regulado em diferentes horários, partiu, então, o homem para soluções possíveis, dentro dos re-: cursos disponentes. Como embalagens para o transporte e a guarda de alimentos foram utilizados bexigas e es- tômagos de animais, sacos de couro, folhas de plantas, pedaços de bambu e de ôcos de árvores, chifres, cabaças, vasos de barro cozido, cestos de cipó, de vime, de bambu, palha costurada etc. 471 EMBALAGENS VIVAS OU NATURAIS 472 As embalagens de barro cozido, - vam recipientes elaborados com argila RECIPIENTES PRIMITIVOS Recipientes da id Recipientes da idade do bronze Metais como o ouro e a prata, depois de fundidos em lingotes, eram martelados por anti- gos chineses, que, das chapas obtidas, fabricavam recipientes de várias formas e tamanhos. O vidro, dos mais populares materiais empregados em embalagens, na forma de garrafas e de recipientes sob vários modelos, é mencionado desde épocas milenares. Recipientes de vidro, artisticamente decorados, foram elaborados há mais de 2 mil anos A.C., especialidade na qual se tornaram famosos, os egípcios. Com referência ao papel, para utilização na escrita, foram os egípcios que o conseguiram, no ano 2.200 A.C., transformando a cana de papirus do Nilo, em folhas de fibras comprimidas; no ano 123 A.C. os chineses obtiveram o papel, com fibras de seda; o chinês T'sai Lun, no ano 105 de nossos tempos, fabricou papel com a celulose da casca interna da amoreira. Incrementada sua produção, o papel, de há muito tem sido utilizado como material para envoltórios. À medida em que o crescimento industrial foi se expandindo, a substituição das embala- gens primitivas tem sido feita, por outras de formas e tamanhos mais funcionais e de material de maior potencialidade protetora. 473 Em 1809, por iniciativa de Nicolas Appert, a folha de flandres foi oficialmente 1:.IWOOll- zida no mercado, como material para embalagens; No século XIX, com a fabricação industrial do papel, este passou a ser o material de em- balagem popularmente mais usado. A utilização de embalagens confeccionadas com material plástico só foi possível em 1907 graças aos ensaios do americano Léo Bakeland. A chamada era do plástico, só tomou verdadeiro impulso, quando, em 1942, foi fabricado o polietileno em escala comercial, apesar de sua descoberta ter ocorrido em 1930. Sucederam-se, daí em diante, mais apurados processos tecnológicos e, com a implantação de novas técnicas, foi possível o surgimento de inúmeros materiais plásticos, aplicados segundo as características dos alimentos e das conveniências nutritivas e mercadológícas, Em nossos dias, as embalagens, em sua variedade e sofisticação, adquiriram, diante de todos, intenso prestígio, não só pelos serviços que prestam, como pela estreita intimidade que com elas mantemos, através de sua presença constante e eficiente. Desde o momento em que se levantam, homens e mulheres, na respectiva ordem de pre- ferência e de consumo, recorrem ao dentifrício, às loções e cosméticos, aos alimentos servidos do dejejum à ceia, todos eles dispostos em funcionais ernbalantes. O cigarro, o fósforo, os comprimidos e outros numerosos produtos acompanham o indi- víduo pelo dia afora, todos servidos em suas embalagens. EMBALAGENS "INUSITADAS" Embalagem para prematuros Versão da "última embalagem" Para a transferência de prematuros, de maternidades para clínicas especializadas, já se conta, hoje, com embalagens apropriadas e, se quizermos exagerar um pouco, podemos lem- brar que, para o nosso transporte para o outro mundo, recorremos ao típico caixão mortuário, a inevitável e última embalagem utilizada pelo indivíduo. Afirmou Enio Mainard: "embalagem é tudo aquilo que envolve o homem, desde a sua pele, a sua roupa, até as ruas asfaltadas' que atravessa, sua casa, sua sala, sua cama, seu ta- pete. É tudo aquilo que está em sua volta". Como se vê, as embalagens representam, na sociedade humana, um pólo estreitamente à ela ligado, pelo convívio constante que estabelecem e pelos benefícios que proporcionam. 474 DEFINIÇAO E DIVISAO DE EMBALAGE S De acordo com a filosofia de marketing, a em ê" protege e protegero que vende" ou "a embalagem é a arre, nar o produto, para que ele seja transportado, vendido e consumido Essa definição, apenas mercadológica, não fixa conseqüen e embalagem, em seus aspectos de atividade, em sua tarefa funcional. Segundo o decreto-lei 986/1969, embalagem "é qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado,guardado, empacotado ou envasado". . De acordo com os dicionários, embalagem "galicisrno" generalizado principalmente em linguagem comercial, significa "enfardar, empacotar, encaixotar, acobertar um produto", na presunção de proteger alguma coisa. Com esse sentido, a designação "embalagem", se adapta â vários tipos de acondicionantes. idade, "vender o que técnica de acondicio- nalidade de cada São receptáculos com a finalidade de abrigar por período variável: matéria-prima alimentar, alimentos "in natura", produtos alimentícios ou produtos intermediários, para fins industriais ou de distribuição em entidades de alimentação recipientes Diferentes Tipos envases de Acondicio- nantes São recipientes destinados a proteger contra qualquer dano ou fraude, produtos neles contidos, durante o seu armaze- namento e transporte, até o momento de seu consumo. São cobertas ou invólucros protetores, que revestem as em- balagens, recipientes, envases ou o próprio produto. ISão vasos destinados a abrigar líquidos ou sólidos, com sis-tema de tamponamento ou não. envoltórios vasilhas Como se vê, há uma enorme série de "acondicionantes", que se tornam mais inusitados ainda, quando não são elaborados em massa e sim para embalar alimentos regionais, que, fora da órbita industrial, são de reduzida produção. Muitos desses "acondicionantes", entretanto, por aparentarem outras características além das de proteção, deixam de ser considerados como "embalagens verdadeiras", recebendo outras denominações. O critério da maioria é o de que o nome de embalagem deve ser dado âquela de presença permanente junto ao produto, desde a elaboração deste, até ao seu consumo; essa mesma cor- rente, julga que não é embalagem, aquela que desempenha ação temporária ou casual e, por conseguinte é um acondicionante meramente auxiliar. A definição contida no decreto-lei 986/69 consigna mais amplo sentido de especificação do que é embalagem, pois afirma categoricamente, que embalagem é aquilo que "acondiciona" "guarda", "empacota" ou envasa" o produto alimentício. . Ela exalta a função de proteção do "acondicionantê" e não faz restrição alguma sobre a sua prestação de serviços, permanente ou temporariamente; na sua essência, o decreto-lei 986/69 considera, pois, embalagem, também aquelas que protegem o alimento, durante o useio da matéria-prima, operações de transporte e de armazenamento do produto, as que se nduzem como embalagens auxiliares e ainda aquelas que atuam como verdadeiras balagens das embalagens". A discrepância sobre a denominação de "embalagem" não se justifica, pois esta se refere ao modo e ao tempo em que o acondicionante exerce sua atividade e não â sua caracte- proteção, que em todos os casos se mantém incólume. o fica, então, que são embalagens todos os acondicionantes, todas as matérias primas e - com função de proteção do produto alimentício, contra os danos ambientais e os oques, até o momento de sua venda. 475 Acolhida como plenamente válida a conceituação expressa no decreto-lei 96 __ tido etimológico da palavra embalagem, podemos generalizar o seu significado, -- - - -=- "embalagem é todo o acondicionante que exerça funções de proteção do alimento . da matéria-prima alimentar ou do produto alimentício, temporária ou permanentemen correr de suas fases de obtenção, elaboração e armazenamento". TIPOS DE EMBALAGENS DE PRODUTOS ALlMENTICIOS -! IMPORTANCIA E FUNÇOES DAS EMBALAGENS As embalagens, no setor do alimento industrializado, criadas com o objetivo de prese e proteger o produto, não mais ostenta somente esse sentido de "prestação física", adquirin ' novas funções, possíveis pela especialização e evolução de sua tecnologia e pelo vigoramen de novos métodos mercadológicos. A importância das embalagens já está conscientizada entre a maioria dos produtores e consumidores; elas atendem aos interesses do consumidor, cumprindo suas metas técnicas e, do produtor, como veículo de comunicação, de distribuição e difusão do produto, dentro do planos operacionais mercadológicos, relacionados com os lucros, perdas e vendas da organiza- ção. Para os produtores, na execução da técnica agressiva que hoje predomina em todo o marketing, a embalagem é a ponta de lança que abre para a empresa, o caminho de suas finalida- des lucrativas. A embalagem perfeita é o elo de comunicação que exprime a mensagem do fabricante ao cliente, informando-o das virtudes possuídas pelo produto. O recado expedido pela má ou boa embalagem, por analogia, se assemelha àquele transmi- tido por pessoas que merecem ou não o crédito devido; a embalagem, sem falar, parece "dizer" o que de verdade existe em seu interior. Axioma freqüente e quase sempre verdadeiro, é o que afirma: "dentro da boa embalagem só cabe o bom produto". Dentro dessa concepção, duas realidades existem: o freguês exige, na embalagem perfeita, o produto correspondente em excelência; o produtor, diante da embalagem apresentada, opina sobre o valor do produto e através dela, demonstra a consideração que dispensa ao cliente. A importância das embalagens, é avaliada: a) Pelas funções que desempenham Avaliação da importân- cia das embalagens b) Pela sua adequação aos produtos 476 FUNÇOES A função fundamental das embalagens é nais à elas se incorporaram, como contingência crescente e das novas modalidades introduzidas pelo As principais funções das embalagens são: a) Proteger o conteúdo do produto poI ela ser atacado b) Resguardar o produto, contra os a: es ientais c) Favorecer ou assegurar os resultados os meios de conservação d) Evitar contatos inconvenientes do ----, e) Melhorar a apresentação do ------i f) Possibilitar melhor observação do ----I g) Favorecer o acesso ao - produto h) Facilitar o transporte dO-------I i) Educar o consumidor do _ reger o produto, porém, funções adicio- aprimoramento tecnológico sempre Funções das emba- lagehs a) Proteger o conteúdo do produto, sem por ela ser atacado Esta é a principal função da embalagem e que tem o sentido de proteção global do produ- to alimentício. b) Resguardar o produto contra ataques ambiéntais Essa função se relaciona não só com a proteção dada contra a penetração de microrganis- mos no interior do alimento, como também com a sua particularidade de impedir a ação indese- jável de agentes físicos, químicos e enzimáticos. A função protetora da embalagem não é somente a de reforçar o envoltório natural do alimento, mas ainda o de substitui-I o quando este desaparece. A proteção se faz contra ataques ambientais, riscos e choques à que estão sujeitos os pro- dutos, dando-lhes melhores condições para resistirem aos danos causados durante o transporte. Essa proteção ao produto, se verifica: 1 - após a sua elaboração; 2 - no período de sua estocagem, no recinto da fábrica, ou junto ao transformador, reta- lhista e lojista; 3 - durante os estágios de transporte; 4 - por ocasião do tempo de uso do produto, quando a embalagem permite sua utiliza- ção, por maior número de vezes. Em sua finalidade de proteção contra os ataques ambientais, as embalagens preservam os produtos alimentícios, contra: 1 - as alterações microrgânicas, enzimáticas, físicas, Químicas ou de agentes predadores; 2 - a depreciação do produto, por agregação de sujeira, substâncias tóxicas e impregna- ções de odores e de sabores indesejáveis; 3 - os choques, vibrações impróprias, esmagamento, roubo e outras perdas de conteúdo do produto. c) Favorecer ou assegurar em proçessos de conservação, melhores resultados Alguns tipos de embalagens como, por exemplo, as de folhas de Flandres, têm dupla parti- cipação como acondicionante de produtos. Depois dos processos de esterilização, de irradiação etc., as embalagens, seguem sua fun- tão de proteção do alimento. d) Evitar contatos inconvenientes Os contatos inconvenientes se referem aos que são produzidosentre um produto e outro e aquele que ocorre entre o consumidor e o produto (contato manual dueto). No primeiro caso, certas embalagens, de utilização provisória, têm a função de não perrni- tir promiscuidade ou atritos danosos entre produtos, diferentes ou da mesma espécie. Assim, para evitar modificações inconvenientes de superfície, pode ser citado co o plo, no congelamento da carne bovina, de lombo de porco etc., o emprego de sacos prole de aniagem, de pano ou plástico. No segundo caso, a funçac da embalagem é a de suprimir a anti-higiênica prática do fre- guês no ato da compra, escolher o produto, por seleção manual direta e, com isso, criar pOSSl . lidades desfavoráveis, inclusive a da contaminação do alimento. e) Melhorar a apresentação A melhoria da apresentação da embalagem visa a duas conveniências: a do consumidor que, em sua opção de compra, defronta-se com um produto mais atraente e a do produtor, "que tem nessa maior atração, mais efetiva promoção de vendas. Com o surgimento de novas modalidades de comércio, corno a instituição de supermerca- dos, lojas de auto-serviço etc., a embalagem se investiu de nova faceta, acrescentada àquelas de dar proteção ao produto e de conservá-lo: a de valorizar o produto, por seu aspecto, motivando a preferência do consumidor. Atualmente, pois, a embalagem adquiriu nova personalidade, beleza e sofisticação. Nos mini e supermercados, onde as mercadorias deixam de ser apregoadas diretamente pela inexistência de balconistas, a embalagem é o vendedor oculto junto ao comprador, que se deixa impressionar, muitas vezes, mais pelo encanto do acondicionamento, do que mesmo pelo valor do produto. Muitos produtos alimentícios, mesmo de preços elevados, são comprados pela sofisticação de suas embalagens. f) Possibilitar melhor observação A identificação do alimento, através das qualidades que o particularizam e que determi- nam a sua preferência, é muito importante para quem adquire o produto. As embalagens de vidro e as de plásticos transparentes, ensejam a contemplação visual do produto, que melhor é avaliado em suas diversas facetas. Muitas embalagens de papelão e de polietileno, possuem visores ou janelas que permitem o reconhecimento imediato, das condições organoléticas e do estado sanitário do produto. g) Favorecer o acesso ao produto A facilidade de acesso ao produto é considerada, sempre, como uma boa qualidade da en; balagem. A chegada acessível ao produto não se relaciona somente com a facilidade de abertura . embalagem; também são importantes as manobras de contato com o produto e sua conserva- ção, quando não retirado de vez do envase. É o que sucede com o café e o mate solúveis, com o leite etc. h) Facilitar o transporte Para facilitar o seu transporte, segundo os tipos de produtos, estes devem encontrar embalagens que lhes correspondem, qualidades efetivas para evitar riscos, inclusive os ',. choque. De modo geral, a embalagem dá maior proteção ao produto, para que ele possa ser corre- tamente transportado. Muitos produtos, que exigem maiores cuidados para a sua locomoção, são despachados em embalagens "coletivas", visando à unidade da espécie ou do peso em que se apresen j) Educar o consumidor Através das indicações impressas nas embalagens, os consumidores podem ser orien sobre o conteúdo, valor, composição e demais características do produto. 478 Iheaptidão para julgar a conveniência ouEssas informações educam o coI1SUI1:ri _ o uso do produto. Procurando observar os dados contidos de fabricação do produto, dos elemen os .=, . ivos etc. o caso de produtos dietéticos, a educação do ar pela observação das anotações resentes nas embalagens, o tomará apto a avaliar as vírm o alimento principalmente no e diz respeito à origem (animal ou vegetal) de prótides e ferro- de demais nutrientes e seus respectivos valores percentuais. ecioalagens, o cliente se inteirará da origem, - que contém. da presença e qualidade REQUISITOS DE USO A embalagem designada para produtos alimentícios, terá de possuir requisitos imprescin- díveis, para exercer suas funções. Esses requisitos, valorizam as embalagens, dando-lhes um sentido de ordenação, uma per- sonalidade definida, uma identidade padrão; de modo geral, são os seguintes: REQUISI- TOS ES- SENCIAIS DASEMBA- LAGENS I microrgânicos e enzimáticos físicos e químicos ambientais. . Manter condições de segurança contra agentes: Ser isenta de toxicidade Não causar incompatibilidade com o produto Ser adequada à forma, tamanho e peso do produto Por sua aparência e poder visual propiciar a venda do produto fácil transporte e armaze- namento do produto. Possuir qualidades funcionais desembaraço em seus sistemas de fechamento e abertura dispositivos de observação de seu conteúdo. Fora dos casos excepcionais, ser de baixo custo. Educar o consumidor para a compra e uso do produto. Indicar a origem do produto, seu fabricante e seu padrão de qualidade. Contribuir o menos possível, para o agravamento do problema da poluição. ORIGEM DAS MATJ:RIAS-PRIMAS Os recursos usufruidos pela tecnologia de embalagens, em sua maior parte são possíveis, . ersidade da matéria-prima, de várias origens, posta à sua disposição; essa variedade, facíli- rdinariamente a indicação do material adequado. ontes de matéria-prima empregada nas embalagens, são de origem animal, vegetal e Animal Bexiga Cera animal Estômago .Pele de porco Tripa 479 Orí das maté- - primas das embalagens Vegetal Mineral Sintética Bambu Borracha Cera vegetal Cipó Fibras prensadas (eucatex) Folhas verdes Madeira Papel e derivados Palha Barro cozido Certos metais Folha de Flandres Folha de alumínio Louça Materiais de revestimento Mármore Parafina Plásticos Vidro Plásticos Muitas' das matérias primas acima relacionadas têm hoje uso restrito e a menção de algu- mas delas, é feita apenas por seu caracter precurssor, como acondicionante; as demais matérias primas são utilizadas separadamente ou associadas entre si, como acontece com os laminados. EMBALAGENS ESPECIAIS A natureza dos materiais empregados nas embalagens e 8 função destas, sua finalidade, adequação ao produto, objetivo de venda etc., fazem com que elas se enquadrem em diferentes classes, ostentando características especiais. Existem embalagens de produtos alimentícios que, além de seu caráter predominante- mente protetor, apresentam outras particularidades a mais, das quais se vale o produtor para de- las tirar partido técnico e mercadológico. Entre as embalagens especiais ou típicas se destacam as que se distinguem: a) por sua impermeabilidade à umidade, aos gases e raios ultravioleta; b) pela proteção que conferem aos produtos submetidos a tratamento por frio; c) por suas propriedades de termo encolhimento; d) pela duração de seu tempo de utilização; e) por sua característica de embalar produtos destinados ao uso individual ou coletivo; f) por seu sentido de "cortesia" para com o consumidor; g) por seus atributos visando à originalidade, utilidade, eficiência do acondicionamento e exaltação do produto. EMBALAGENS IMPERMEÁVEIS Em certos casos, os valores nutritivos t. v;ganoléticos dos produtos alimentícios podem ser. modificados, principalmente sob a ação 'de agentes do meio ambiente, tais como os gases, a umidade, os raios ultravioletas etc. .,. Nem todos os materiais utilizados em embalagens conseguem evitar o intercâmbio desses agentes ambientais com os produtos; alguns, porém, têma particularidade de não permitir esse trânsito, mantendo, cada um deles, seletividade própria. Embalagens do tipo "Pure-pak", "Tetrabrix" etc., silo características, por apresentarem permeabilidade a diversos agentes, em conseqüência de- serem constituídas de fil- mes, dos quais são componentes o polietileno, o papel, o alumínio, o polipropileno,o nylon etc. 480 Bas icularidade, vários produtos são protegidos em seus valores organoléti- o acontece com o leite "longa vida", alimentos sujeitos a frituras, carnescos e nu curadas e- B lados e cação. Carnes curadas, nas quais foram aplicados nitritos e nitratos de Na e de K, são acondicio- nadas em embalagens que assegurem barreiras contra os raios ultravioleta; com a exposição a estes raios, o produto adquire coloração parda, através do seguinte mecanismo: nitrito + mioglobina = nitrosomioglobina, nitrosomioglobina + calor = nítrosohemocrornogénio nitrosohemocromogênio + raios ultravioleta ; coloração parda As embalagens de permeabilidade controlada, são ainda largamente utilizadas para sopas, saladas, sucos de frutas, iogurte, xaropes etc. Outro benefício, ainda, trazido pelas embalagens mencionadas é o de que estas, ao fun- cionarem como "one way", como sucede com o leite, asseguram mais alto rendimento comer- cial, pela economia do espaço antes destinado à manipulação de garrafas. , pele de porco, biscoitinhos Snacks e çutros produtos gordurosos, são emba- plásticos de PVdC e celulose, para que sejam impedidos processos de rancifi- EMBALAGENS DE PROTEÇÃO CONTRA O FRIO Determinados alimentos, principalmente carnes e produtos semi-conservados, devem ser congelados adequadamente, para que não sofram alterações químicas (processos oxidativos), físico (queimaduras por desidratação), estruturais (por agentes agressivos) e por microrganis- mos (contaminação microrgânica). Para que essas alterações não ocorram durante a aplicação de frio, é preciso que as maté- rias primas empregadas nas embalagens sejam aptas para defesa do produto. Com essa finalidade, são elaborados envoltórios e recipientes que possam impedir proble- mas, durante e depois do tratamento de frio. As embalagens dotadas dessa capacidade de proteção, são utilizadas em produtos destina- dos ao comércio varejista, especialmente para supermercados; com esse objetivo, são congeladas em embalagens pequenas peças de carne bovina, de porco e de aves, de siri e de carangueijo, coco ralado e outros e alimento semi-preparados. Os materiais mais utilizados para a proteção de produtos alimentícios congelados são o papel, o papelão, certos tecidos, cartolina, o celofane de várias espessuras, o alumínio e deter- minados plásticos. As embalagens de poliéster são excelentes para o envasamento de carnes congeladas, apre- sentando, ainda, a vantagem de resistir ao calor, se o produto for descongelado por água quente. O celofane e o poliestireno transparente são bastante empregados para envolver pedaços de carnes. As embalagens de poliolefinas, por serem bastante impermeáveis à umidade, impedem o fenômeno de queimadura da carne; por sua permeabilidade ao oxigênio favorece, ainda, a con- servação de sua cor vermelha. EMBALAGENS AUTOCLAVAVEIS As embalagens constituídas por laminados plásticos representam grande conquista da tec- nologia de alimentos, por tomarem possível a apertização de produtos envoltos por plásticos ... Como na apertização de enlatados, as embalagens de larninados plásticos resistem perfei- tamente aos tratamentos térmicos, em temperatura de 121 oC, durante 30 minutos. As combinações de laminados autoclaváveis mais comuns são: ylon + polietileno (Milprint Incorporate) polietileno - (Reynolds Metals Co.) Poliéster + alumínio + ~ polietileno de alta densidade (Continental Can Company) polipropileno - (American Can Co.) EMBALAGENS ENCOLHIVEIS Alimentos como carnes, embutidos, frutas, .queijos, hortaliças, recebem embalagens ciais que, por aquecimento, se tomam encolhidas e rígidas. A matéria prima empregada para a feitura destas embalagens é constituída de pelí plásticas como o cloreto de polivinilo, poliéster, poliestireno, polietileno de baixa densida "" propileno, copolimero de cloreto de polivinilideno e produtos esticáveis, dotados das mesmas qualidades de encolhimento. As propriedades termo-encolhíveis dos citados filmes são adquiridas através de processo de esticamento, de temperaturas e tensões orientadas, para estabelecer uma sistematização molecular; por resfriamento, o filme se mantém neste estado, apto para envolver o alimento e ser posteriormente aquecido. EMBALAGENS ENCOLHIVÉIS Alguns laminados, como o Cryovac e o Barrie Bag Bk-l., também são utilizados como envoltórios encolhíveis. As películas, depois de encolhidas, perdem algumas de suas características: proporcionalmente à sua área de encolhimento, a película se \pma mais grossa; ocorrem perdas: de sua transparência, flexibilidade, elasticidade, resistência à tensão e ao choque; fica reduzida a propriedade de retensão e de tensão, produzida pelo encolhimento; há aumento de sua rigidez, resistência a abrasão e ao dilaceramento. Grande vantagem da embalagem encolhível é a de ser amoldada ao produto, impedindo com isso a proliferação de mofos e o aparecimento de queimadura da carne, durante o seu congelamento. Para o processo de encolhimento destas embalagens, os produtos são introduzidos em tú- neis, constituídos por fomos de ar quente. 482 EMBALAGENS"Q Como o nome indica uma só viagem" o que é importante para o fabricante do prod só vez, EMBALAGENS"Q E " Para o fabricante, a exclusão das etapas de conservação e de esterilização da garrafas, os espaços reservados para o depósito de vasilhames vazios e o seu transporte de retomo, represen- tou grande economia de tempo e de custo. Também para o distribuidor, as embalagens "one way", fizeram baixar os gastos opera- cionais; para o consumidor, o aparecimento das "one way", possibilitou a utilização de emba- lagens mais práticas, sem o ônus da mal recebida prática do "depósito" do casco. As "one way" são elaboradas com os materiais tradicionais: plásticos, latas e vidros. A~ embalagens de plástico (pVC ou combinações com polietileno), em geral, aparecem em formato de garrafínhas; várias marcas de refrigerantes e de sucos as empregam corrente- mente. As embalagens cilindradas de metal laminado, do tipo "one way", tiveram a imediata aprovação dos consumidores, pelo seu manuseio funcional: fácil abertura, pequeno peso e rela- tiva resistência. As "one way" de lata revolucionaram principalmente o mercado de cervejas, de sucos e de refrigerantes, pois além das vantagens mencionadas, ressalta ainda, a da facilidade de resfriamen- to do produto, por melhor transmissão do frio e arrumação nos refrigeradores. As embalagens sem retomo, feitas em vidro especial, apesar de suas paredes pouco espes- sas, apresentam boa resistência; isso é possível, pelo tratamento â que é submetida a sua superfí- cie. Inúmeros produtos já se vendem no comercio em embalagens "one way" de vidro. EMBALAGENS MINI-PORÇÕES As "mini-porções", como o nome indica, são embalagens acondicionando quantidades mí- nimas de produtos alimentícios, que, por essa razão, têm tido ampla aceitação pelo consumidor. 'Os produtos embalados em "miní-porções", ao invés de se apresentarem como antigamen- te, em potes ou tigelinhas (manteiga, doces, geléias etc.), pela sua atual característica, atendem 483 a duas faixas consideráveis de consumidores: a dos de hotéis, restaurantes, cantinas. ....u."-=:,-..-=.. empresas de viagem, de hospitais etc. e a das pequenas famílias ou de pessoas que As condições de rápido consumo, porporcionadas pelas "mini-porções" ,superaram o ~ blema da aquisição de vários produtos, que por sua quantidade excessiva em relação ao mo imediato, geralmente se deterioravam. As embalagens "mini-porções" envasam inúmeros produtos alimentícios, de natureza i qui da, cremosa ou pastosa. Entre nós, os fabricantes do queijo "Polenghi" foram os precurssores das embalagens "mini-porções" . EMBALAGENS DO TIPO "FAMrUA" Ao contrário das "rnini-porções", a embalagem "Família",' é destinada à grupos maiores de pessoas e a coletividades.Entre os produtos alimentícios, oferecidos em nosso mercado, em embalagens "Família" se contam: refrigerantes, leite em pó, maionese, doces em pasta, azeitonas, cebolinha, tremoço, molhos etc. EMBALAGENS "TIPO FAMfUA" EMBALAGENS DO TIPO "KENTlNHA" A comumente chamada "Kentinha" pode ser considerada uma variação das embalagens "mini-porções", pois se destina a acondicionar refeições individuais. Elaboradas com alumínio, as embalagens "Kentinha", são intensamente utilizadas para proteger preparações quentes, vendidas em restaurantes, cantinas, bares etc. Após seu enchimento, essas embalagens são fechadas por prensa, o que ajuda, por certo tempo, a conservação da temperatura do produto, graças à presença do alumínio. EMBALAGENS "CORTESIA" Muitos fabricantes lançaram no mercado embalagens que, após o esvaziamento de seu con- teúdo, são de utilidade doméstica, pelo uso posterior que lhes dão as donas de casa, Essas embalagens, geralmente, são preferidas pelas famílias de nível econômico médio, pois, findo o produto alimentício, fica o recipiente, que se incorporará ao equipamento domés- tico. Várias donas de casa muitas vezes deixam de comprar uma lata de doce, para adquirir um similardesta, que se apresenta em copo de vidro; é o que sucede com os doces, molhos e geléias embalados em copos, procedentes da "Colombo", da "Etti", da "Cica" etc. Os envases das margarinas Doriana, Becel e os vidros de boca larga de produtos da 484 "Nestlé", da "Ritter" e de outros, são u-~.:"--"''-'-''- guardar doces, geléias, primenta, temperos = Vários fabricantes como os de leite "'Q- vetes ''Kibon'' e outros, embalam produtos e casa, transformadas em biscoiteiras etc; também e; =~.:. em linda lata esmaltada, que tem o mesmo aproveir "':-:-",-,,'"', Inúmeros exemplos poderiam ser dados de em ~- rística "cortesia" e que revelam o carácter de reconh - =- retribuir" ao consumidor o gesto amável de sua preferência. EMBALAGENS "CORTESIA" EMBALAGENS "BRINDES" Determinadas embalagens usam inusitados recursos de atração, que constituem verdadei- ros apelos visando à maior venda do produto. Os fabricantes oferecem, através dessas embalagens, prêmios, bonificações, inscrição em concursos, livros de receita e os brindes mais diversos, sempre no afã de conquistarem mais con- sumidores. No mercado, existem vários tipos de balas, trazendo, em seus envoltórios, retratos de ar- tistas, de esportistas, de cientistas ou de pessoas importantes, que, colocados em álbuns, dão ao cliente possibilidades para a conquista de prêmios. O café "Caboclo" em troca de cupões de sua embalagem, oferta ao consumidor livros de receitas culinárias; o açúcar "União" e produtos "Royal" também inserem receitas em suas embalagens. EMBALAGENS AUXI LlARES Dentro desse grupo, para efeito de sua caracterização de prestação de serviços com função de acondicionantes, podem ser incluídas as embalagens classificadas realmente como auxiliares e aquelas consideradas como pré ou sobre-embalagens e que são empregadas temporária ou eventualmente. São embalagens auxiliares aquelas que se destinam a transportar, guardar ou proteger, temporariamente, produtos já embalados. Essas embalagens podem prestar serviços num sistema coletivo ou apenas individual. As caixas de madeira, transportadoras de garrafas, as de polietileno de baixa densidade, utilizadas para conter sacos de leite, as de papelão, para produtos já embalados em plásticos, cartão etc., constituem exemplos do primeiro caso; no segundo, se enquadram as embalagens 485 que completam outras, como acontece com o envase de plástico usado durante a abe ra saquinho de leite, do suporte para os envases destinados à servir café, a sacola etc. A sacola pertence aos tipos de sobre-embalagens, empregadas para acondicionar as merca- dorias de uma só ou de várias procedências. A sua utilidade foi aproveitada por fabricantes, varejistas e negociantes, como inteligente veículo de publicidade; usada pelo comprador, várias vezes, na rua ou em outras dependências, o cliente se torna propagandista eficaz, divulgando o anúncio impresso na sacola. Este tipo de embalagem já é bastante popular entre nós, e lindas sacolas, de variado mate- rial, já são fartamente distribuídas pelo comércio. Na área comercial, o aparecimento da sacola, como sobre-embalagem e sacola-reclame, pelas suas arrojadas formas, desenhos sugestivos e harmonioso colorido, foi motivo de indiscutí- vel sucesso. OUTROS TIPOS DE EMBALAGENS A escalada vertiginosa facultada pela tecnologia das embalagens, faz com que novos acon- dicionamentos surjam a cada momento, sempre com a sua tônica original e útil. A citação da maioria das mais recentes embalagens em seu cunho de novidade, seria im- possível, pois muitas delas ainda não se incorporaram ao "marketing" nacional e seu conheci- mento é apenas informativo. É o caso da embalagem comestível, que Bonis chamou "garrafa ecológica", por não con- tribuir para o lixo das embalagens plásticas. Layo S. Bonis, com outro colega, criou uma garrafa composta de três camadas, em forma de sanduíche. Quando a garrafa fica vazia, puxando-se uma "orelha" situada na parte exterior, esta se desloca, deixando à mostra, o miolo da embalagem, que pode ser comido. Caso não seja ingerida, a garrafa poderá ser destruída por queima, sem exalar substâncias tóxicas, ou derretida por água. Constitui curiosidade e esperança de sua crescente difusão o emprego de embalagens de amilose e biodegradáveis. Entre as embalagens que têm despertado curiosidade, existe a "boil-in-bag" cuja caracte- rística é a de que pode ser colocada, com o produto, emâgua fervendo, com a finalidade do aque- cimento deste. O surgimento de novas matérias primas, é fato importante para a criação de novas embala- gens típicas. Neste caso, se incluem a polpa moldável (K.labin), para produtos alimentícios, as folhas "poly-bolha" da ITAP (polietileno com a superfície saliente, em bolhas,como substituto do papelão ondulado), o "estensible paper" (Cia. Celulose e Papel do Paraná); este material, por sua capacidade de esticar, pode ser empregado em substituição aos sacos de aniagem e, em al- guns casos, aos envases plásticos. No enlatamento de conservas, a tecnologia criou as latas com abridores individuais. Essas latas, com tampas de aço, trazem um abridor embutido, tipo alavanca; o tampona- mento em aço evita as reações químicas indesejáveis, fenômenos correntes em acondiciona- mentos compostos de dois metais, contendo alimentos de alto teor ácido ou salino. Como se depreende, do que foi abordado sobre embalagens especiais, existem produtos cujas embalagens seguem, realmente, uma linha definida, visando sempre a carrear a preferência do consumidor. ESCOLHA DA EMBALAGEM Dentro do desenvolvimento e progresso tecnológico da indústria contemporânea, a emba- lagem de alimento constitui o seu ponto fraco, apesar de ser um dos elementos fundamentais do marketing. A pouca atenção dada pela maioria do empresariado às embalagens e a existência de não 486 muitos especialistas nesta categoria, são O-S.IeS?o;;:~~ embalagens não se revelem atraentes, infonnzrirzs, ~d:l!5.. Para que a embalagem reflita, realmente, to, é imprescindível que ela não seja executada normas técnicas, que exigem o conhecimento de 'i' -- fissionais especializados (designers, pesquisadores, engenaeros, o::'::;-::'!~=::::~~'=:.!:-J.. Assim sendo, é mister que a escolha da embalag atitude formal e sim uma resolução consciente, resultante -~ i:O"':::~E Para que a embalagem possa cumprir todas as funções vel que a sua escolha se faça por rígido planejamento, do qual em todos os seus aspectos e a viabilidade de sua utilização. E quem fará esse planejamento e, conseqüentemente, quem estu produto, a sua embalagem ideal? Naturalmente, essa é missão exclusiva de profissionais especializados no c=~•.•.••;e:~;;::. mente entrosados em equipe, aptos a oferecer ao produtor a embalagem perfe' mercado consumidor, ela sirva, para o produto lançado, de verdadeira senha livre. __ aceitação. Mesmo para indústrias localizadas em pequenos centros, a escolha de suas ernb deve ser confiada aos que delas entendem: aos departamentos especializados dos grandes cen às consultorias ou técnicos de embalagens. Em vários países, inclusive no nosso, o número de organizações técnicas destinadas à cria- ção de modelos de embalagens é ainda insuficiente; porém já contamos com excelentes escritó- rios com essa atividade e diversos profissionais qualificados, que prestam seus serviços a diversas empresas. O valor dessa assessoria é o da substituição da opinião geralmente inadequada que tem o produtor, ou alguém à ele ligado, sobre a concepção da embalagem, pela opinião do técnico, obtida após esgotados os argumentos contrários e favoráveis. Nessa escolha da embalagem, o produtor é informado de todos os problemas técnicos, econômicos, promocionais e jurídicos, capazes de ser, a maioria deles, prejudiciais aos interesses empresariais e públicos. Colocada, pois, a tarefa de obtenção da embalagem ideal na órbita técnica, poderemos chegar, então, à etapa final de sua escolha, que é aquela em que é por todos aceita. O planejamento para a escolha da embalagem compreende diferentes fases, a saber: Estudo Criação do modelo -=====~~fda~cl;;~g;~ Viabilidade da utilização da embalagem Aceitação do modelo Fases do Planejamento para a obtenção da embalagem ESTUDO DA EMBALAGEM O estudo da embalagem abrange a análise e a crítica de todas as suas caracterísu com a finalidade de promover a sua completa adequação ao produto e servir aos interesses mereadolô- gicos. Significa, pois, esse estudo, a abordagem dos múltiplos ângulos da embalagem, através de investigações essencialmente básicas. Para o estudo da embalagem, é necessário conhecer tudo que à ela se refere, desde a maté- ria prima empregada, até os atributos que lhes serao conferidos, e que decidirão, muitas vezes, a venda do produto. Seguindo esse critério, para esse estudo, é preciso: selecionar a matéria prima e criar o modelo da embalagem. 487 1. SELEÇÃO DE MAT~RIA-PRIMA É óbvio que, no estudo para a fabsicação da embalagem, a seleção da matéria prima é constante. Existem certas condições referentes à matéria prima que necessitam ser enfocadas, para que a seleção seja bem sucedida. Relacionadas com ofas): Tipo do produto Influências ambientais Interações entre a embalagem e o produto Condições da matéria prima, que influem na seleção da embalagem A apreciação do tipo do produto a ser lançado é o primeiro passo para o estudo da embalagem. É importante o conhecimento prévio de certas características do produ- to, para que a embalagem atenda às particularidades típicas do alimento industrializado. Estado físico do produto A embalagem terá de ser adequada à condição física do alimento, que se comportará diferentemente, conforme esteja em estado sólido, líquido, cremoso ou em pó. A adequação do material de embalagem prevê, então, a adaptação do continente ao conteúdo, para que os alimentos, em seus vários estados físicos, tenham, no acondicionamento a proteção necessária para resis- tir aos choques a que estão sujeitos, principalmente em seu transporte e armazenamento. Assim sendo, se chegará à conclusão de qual o material mais convenien- te: se o vidro, a folha de flandres, o plástico, etc. Sem afetar as demais qualidades, a embalagem deve ser "forte", em cor- respondência ao produto que envolve - e atender às condições de segu- rança em relação à preservação e conservação do produto e manutenção dos seus valores organoléticos e nutritivos. Tipo do produto Influências ambientais Causas de modificações nutritivas e organoléticas: a escolha da embala- gem obstará as possibilidades de modificações ou alterações dos valores nutritivos e organoléticos do produto. Nos casos previstos, por exemplo, nos alimentos ácidos, as latas deverão ser competentemente revestidas, para evitar corrosões. o produto, na escolha de sua embalagem, necessita ser intensamente le- vado em conta, gara que mantenha, até o seu consumo, todas as suas qualidades. Para isso, devemos considerar as causas que possam, através de embala- gens impróprias, quebrar a unidade nutritiva, organolética e de sanidade do produto. Entre as causas capazes de provocar interferências na qualidade do ali- mento estão as seguintes: Penetração de umidade, de gases e de luz: a penetração destes agentes no produto poderá torná-lo impróprio ao consumo. Em determinados casos e segundo as características do produto,a emba- lagem deverá constituir barreira segura contra a umidade, gases e a luz. Nos produtos sensíveis à luz, a embalagem conterá requisitos indispen- sáveis de proteção. , 488 No estudo das embalagens, terá e ser eA"'--,--""",-_ de interações entre materiais de embalagem e do a cor, o sabor, ou a estrutura do alimento. Os tipos de interações, capazes de aparecer, ocorrem: por dissolução do estanho (influência duto ou de processamento) por presença de N03 e Interações entre embalagem e produ to 2. CUSTO DA EMBALAGEM O custo da embalagem é dos assuntos mais debatidos das técnicas de marb:':!:::;.~ Se a embalagem é a imagem do produto, o elo de comunicação entre que compra, é lógico que ela deva ter, em todos os sentidos, as virtudes para isso. A embalagem comumentevende o produto por si mesma, pelo fascínio que por ~ -=-~ o freguês. Sabendo disso, muitos empresários investem grandes somas na fabricação de suas e lagens, como, por exemplo, nas de refrigerantes, que custam cerca de 50% do preço to produto. Gasto e economia são dois conceitos que caminham paralelamente; para o equilíbrio do custo, se elimina o gasto supérfluo. Esta regra, entretanto, não é norma geral em se tratando de embalagem, pois corrente- mente o acondicionamento mais caro é o preferido, por transmitir, ao produto, categoria mais elevada. Prevalece, então, um conceito de custo, que não é absoluto e sim relativo. Isso porque: a) uma embalagem barata, sem credenciais satisfatórias, não deve substituir outra mais cara e que tenha nítidas virtudes mercadológicas; b) a economia se faz (exceto a do exemplo anterior) â custa da supressão parcial ou total dos atributos da embalagem, isto é, até o ponto em que não são prejudicados os seus outros interesses, também importantes. As despesas relativas ao custo da embalagem podem ser diretas ou indiretas, influindo ambas no lucro do produto. Pertencem âs primeiras, aquelas despendidas com a matéria prima, com o material acessó- rio, com a implantação de inovações etc. As despesas indiretas se relacionam com a diminuição de lucro do produto, ocasionadas pela utilização de embalagem deficiente. A redução de despesas diretas do custo da embalagem, será calculada, em relação: a) ao preço do material básico; b) ao custo do material acessório (revestimentos, fechos etc.); c) à despesa de compra e manutenção da maquinaria e do processamento da embalagem; d) ã faixa de operação, proporcionada pela matéria prima. As despesas indiretas, interferentes no lucro do produto, são provocadas pela adoção de embalagem desorientada. Para que tal não suceda, no cálculo de custo da embalagem se contabilizará, também, qualquer gasto, para que ela detenha sempre, entre as suas funções de acondicionamento, aquela primordial de proteção ao produto. As despesas indiretas, concementes ã embalagem, têm referência: a) com a capacidade de proteção (tempo de vida útil, dada pelo acondicionamento); b) com as perdas sofridas e atribuídas, direta ou indiretamente, ã embalagem; c) com os gastos provocados pelos armazenamentos especiais obrigatórios. Tentaremos exemplificar como poderão ocorrer evasões de dinheiropor razões diretas ou indiretas, todas elas incompatíveis com os objetivos da empresa. 489 Existem matérias-primas substituíveis entre si, passíveis de serem empregadas em i de de condições, sem quebra do seu uso. Esta particularidade permite diferentes opções de escolha, fato que faculta o barateamen- to da embalagem. A preferência por outras matérias-primas, por exemplo, em lugar do metal ou do vidro, é uma providência de poupança. Também as falhas por má orientação do material de embalagem pesam no custo desta, como acontece com filmes plásticos, quando, inadvertidamente, apresentam maior espessura do que necessita o produto. Verifica-se, ainda, extravio de dinheiro, em embalagem de papelão, quando este é utiliza- do com maior peso do que devia. Em matéria de espessura demasiada, será oportuno lembrar o emprego indevido da folha de flandres mais grossa e portanto mais cara, quando mais fina e com a aplicação de revestimen- to, se tomaria de custo mais acessível. Determinados produtos, que antigamente exigiam acondicionamento de vidro ou de metal, hoje poderão ser vendidos em embalagens mais baratas, sem que se afetem os objetivos de sua segurança. É o que acontece com várias embalagens, inclusive aquelas à vácuo e nas que se introdu- zem substâncias químicas ou gasosas, todas visando a melhor garantia da vida útil do alimento; esses artifícios dispensam o uso de embalagens mais caras, sujeitas também a processos de prote- ção do alimento, em grau porém mais enérgico, geralmente sob a ação de alta caloria. Para o cálculo de custo da embalagem, devemos, finalmente, quando for o caso, debitar como despesa de elaboração, o que for gasto com a finalidade de evitar futuros prejuízos ligados à baixa de padrão do produto. Alguns tipos de embalagens, onde essa previsão não é suscitada, poderão baixar o tempo de vida de prateleira do alimento, facilitar o aparecimento de outras inconveniências, capazes de provocar a devolução do produto. O problema das aparas do material de confecção da embalagem, também é uma razão indireta de despesa, que merece ser computada. 3. EXIGÊNCIAS DO MARKETING Naturalmente que o desempenho cabal de todas as funções da embalagem corresponde às conveniências do marketing. Algumas virtudes, entretanto, que distinguem as embalagens, são de íntimo caracter rner- cadológico. Examinar essas qualidades, dar-Ihes dimensões mais amplas, é o objetivo do estudo da em- balagem . .As qualidades que mais de perto valorizam e. exaltam a embalagem são as que revelam a sua originalidade, domínio .atrativo e utilização funcional. Também a capacidade de segurança da embalagem, quanto à proteção ao produto, recebe o devido apreço; nesse ponto, é importante lembrar a possibilidade de, através da embalagem, surgirem no alimento contaminações microorgânicas e danos por choques. Qualquer dessas duas ocorrências, se verificadas, proporcionarão ao produtor saldos nega- tivos. 4. CRIAÇÃO DO MODELO DA EMBALAGEM A criação do modelo da embalagem constitui importante etapa para o lançamento desta. É a "etapa da inspiração", na qual prevalece a inteligência, o bom gosto e o apurado senso de rendimento do "designer". Cabe a este especialista a paternidade das virtudes nascidas de sua técnica e de seu espírito de criatividade 490 A tarefa do "designer" é transbordante - - ri'--=.-.,o< ~:-_P':-:;~nc;-.-.;;. :_-..,. -.n-:-r-,.-'~",-" gulos; a ele compete a responsabilidade da fo disposição de todos os figurantes da embalagem. A exposição dessas características fazem IMPORTÂNCIA DAS CARACTERISTICAS DEAPAR~ Podem variar, nunca porém deixando de co:~~:x::::~ cas que regem a relação embalagem-produto. A forma constitui o "porte" a "estatura" da em e marca a sua presença. Principalmente quando produzidas em vidro, dispõem -~ ~- =-:::Z~'~=;;:;05., que as fazem apresentar-se nas mais diversas e sofisticadas - -::- Forma e volume A cor é elemento que deve projetar a imagem do produto a onm-( :!-,~~3, gundo a expressão que é peculiar à cada tonalidade. As diferentes classes de produtos obrigam, em suas embalagens, disposíções coloridas, condizentes com as suas marcas e o seu conteúdo. A policromia tem sua língua especial. As cores branca e azul claro, por exemplo, transmitem sensação de preserva- ção higiênica. A reprodução de cores, nas embalagens de alimentos, não só exige a sua com- binação harmônica, mas também a escolha de tonalidades, que, em determi- nados mercados, causam ao consumidor o impacto desejado. A influência da cor deve ser considerada, ainda, em produtos alimentícios de exportação, pois freqüentemente a mensagem colorida de certas embalagens não se torna sensível e, por isso, nada comunica ao consumidor estrangeiro .. .Cor Pela força de convicção que desperta, o retratado pela foto, tem imediata identificação com o comprador que a contempla. Por essa razão, em muitas embalagens, o anúncio do produto, se faz melhor, quando este é mostrado em montagens fotográficas. É o que ocorre em embalagens de alimentos, que não são preparados sozinhos (macarrão, salsicha, massa de tomate ett); nas embalagens de macarrão, este aparece como participante de macarronadas e, nas salsichas, estas são repro- duzidas ao lado de saladas, como parte de "cachorro quente" etc. A capacidade descritiva da fotografia mostra detalhes positivos, determina veracidade e, de longe, supera a propaganda ditada pelos gráficos e símbolos. Foto Letras Os tipos de letras, de caixa alta e baixa, grandes ou pequenos, finos ou gros- sos, são importantes na rotulagem das embalagens, por seu carácter informa- tivo. A colocação das letras, entretanto, deverá acompanhar o estilo da embalagem compondo sempre um texto incisivo, nunca perdido em prolixidades; seguin- do a linha da embalagem, geralmente as letras de caracteres an: igo encimam a rotulagem tradicional, enquanto que as de tipo moderno agressivas e chamativas, aparecem nos envoltórios mais avançados. Símbolos Nas embalagens, os símbolos permitem uma distinção de origem, que lhes é beneficiosa, por sugerir idéia de idoneidade. do produto e de seu fabricante. Os símbolos presentes, em suas diversas expressões; terão de funcionar corno a forma, a cor, a foto e as letras das embalagens, como eficiente elemento de fixação. 491 Viabilidade da utilização da embalagem' Terminada a fase de estudo da embalagem, se estabelece a viabilidade de sua utilização. Tudo o que foi visto e analisado durante o seu estudo, visando ao encontro das melhores soluções, será novamente revisto, â guisa de exame, de aprovação [mal da embalagem planejada. As vantagens e desvantagens de todas as características 'das embalagens, após o seu re-estu- do, são finalmente mensuradas quanto â sua aparência, por testes e determinações especiais. Entre as diversas determinações e testes [mais para a aceitação da embalagem, se des- tacam: Determinações Determinações e testes para a viabilidade da embalagem Do ângulo de visibilidade De dimensão relativa De facilidade de abertura e de fechamento Testes De vitrine Psicológicos Determinações O "ângulo de visibilidade" é conseguido através do visiômetro ou de aparelhos similares, destinados â apreciação da forma da embalagem, das cores empregadas no rótulo e da impressão deste. A "dimensão relativa", é obtida por projeção sobre a tela ou de modo comparativo entre diversas embalagens. A "facilidade de abertura ou de fechamento" das embalagens, é característica importante, pois da parte do consumidor, há sempre preferência para aquelas que se mostram engenhosas e práticas' e que prescindam de artifícios estranhos e complexos para abri-Ias ou fechá-Ias. Testes Os "testes de vitrina" respondem ao grau de agrado ou não dos compradores para com a embalagem, que é mostrada juntamente com competidores seus. Os "testes psicológicos" poderão informar,ou não, sobre a a~eitação da embalagem em exame; estes testes são desenvolvidos por meio de questionários, de simples opiniões, de entre- vistas em grupos, de breves concursos etc. Esgotadas todas as providências requeridas, conclui-se pela viabilidade ou não da emba- lagem; em caso favorável, teremos alcançado a última fase do planejamento da embalagem: a de sua aceitação. Aceitação do modelo da embalagem À fase de aceitação podemos denominá-Ia de "fase da responsabilidade", pois é nela que realmente fica decidida qual a embalagem escolhida para acondicionar o produto. Apontados, analisados e discutidos todos os "prós e contras", surge, afinal, o modelo da embalagem, que deverá dar ao produto, segurança, condições práticas e beleza de apresentação. Terá, então, o consumidor, espontânea inclinação para adquirir o produto e o industrial, arma valiosa para a competição mercadológica. TECNOLOGIA DE EMBALAGENS A criação da indústria de embalagens só foi tomada possível, graças â implantação de uma tecnologia própria, expandida intensamente nos últimos tempos. Dentro dessa indústria, outras pequenas indústrias a ela se associaram, formando poderosa infra-estrutura na qual se apóiam, hoje, as empresas operantes. Para a fabricação de embalagens são necessárias matérias primas básicas, maquinaria quada para o desenvolvimento dos processos, materiais complementares específicos e acessóri indispensáveis. 492 Os setores principais destas indústrias se concentram dentro das seguintes atividades: Atividades para a IproduÇão da matéria prima indispensável (vidro, folha de flandres, plás- obtenção de matérias- ticos, papel, alumínio), etc .. primas Atividades para a fabricação de elemen- tos químicos auxiliares ! ProduÇão de substâncias químicas, para utilização nas embalagens e nos produtos alimentícios (revestimentos, vernizes, aditivos etc.) Atividades para a construção de máquinas Produção de máquinas empregadas nas etapas de transformação (com- pressoras, acopladoras, extrusoras, estampadoras, etc.) e de confeccio- namento (dosadoras, termossoldadoras, enchedoras etiquetadoras etc.) Atividades para a elaboração de !ProduÇão de rótulos, etiquetas, estampados etc. elementos de identifica- ção comercial Atividades para a fabri-IProduÇão de tampas, fitas adesivas, cintos, materiais de alcochoamento cação de acessórios etc. Outras atividades se intensificam em torno da produção de embalagens, principalmente aquelas em que estão envolvidos especialistas ligados à área. O "Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)" de Campinas, através dos trabalhos de seus técnicos, já tem contribuído bastante para a divulgação de conhecimentos sobre a tecnolo- gia de embalagens. O "ITAL", inaugurou o "Centro de Tecnologia de Embalagens", do qual se espera, como todas as iniciativas daquele órgão, inestimável apoio para o rendimento técnico do setor. Segundo a sua consistência e matéria-prima utilizada, as embalagens se dividem: Divisão das embalagens EMBALAGENS SEGUNDO A SUA CONSISTENCIA Metal Vidro Papelão Madeira Plásticos rígidos Rígidas Semi-rígidas Garrafas e recipientes plásticos Laminados mistos Flexíveis Plásticos Celulose regenerada (celofane) Alumínio (folha) Papel EMBALAGENS RrGlDAS As embalagens rígidas se caracterizam por sua dureza, qualidade que assegura aos produ- tos ampla proteção contra impactos ou choques. 493 Considerando as peculiaridades de vários produtos, as embalagens rígidas ain ridas, mesmo como aparecimento de novos acondícionantes. Os materiais empregados nas embalagens rígidas são os seguintes: Metal I açoalumínio Vidro Madeira Papelão 'I li o~~ulado Plásticos rígidos Cerâmica . Material básico Materiais empre- gados na indús- tria de embala- gens rígidas Revestimento de estanho Revestimentos óleo-resinosos e sintéticos Outros revestimentos Tintas. óleos e colas Material acessório EMBALAGENS DE METAL As embalagens rígidas de metal, utilizadas para envasar produtos alimentícios, são fabrica- das com folhas de aço e de alumínio, em diferentes formas e tamanhos. As latas usadas para envasar produtos alimentícios não são simples recipientes. Elas representam um complexo sistema, para garantir a sua função de proteger o produto. Constitui um sistema, porque se põem em jogo e se somam diversos elementos seus e fatores; as latas, além do metal básico que contêm, requerem material acessório (diferente se- gundo os casos); necessitam de manobras operacionais para cortes e moldagens de revestimen- tos específicos, de fechamentos especiais, de substâncias vedantes e de processos de soldagem. Sendo, pois, as latas um sistema e não uma conseqüência de simples modelagem mecânica da folha-de-flandres, elas precisam ser conhecidas detalhadamente, através de seus elementos formadores, de sua elaboração, de seu comportamento em relação ao produto envasado e tudo o que à elas se refere, capazes de influir no maior tempo de "vida útil" do produto. Trataremos, então, primeiramente, dos componentes da matéria-prima das latas e, em se- guida, do que à estas se referem, dentro de suas características mais marcantes e que, por isso mesmo, devem ser mencionadas; também serão vistos os materiais acessórios para a fabricação das latas. Materiais para embalagens rígidas de metal O aço laminado e a folha de alumínio constituem o'material empregado pela indústria de latas. A folha de alumínio é material de uso pouco difundido entre nós, apesar do magnífico alcance de suas possibilidades. Em razão de suas múltiplas vantagens técnicas e econômicas, a folha de flandres concen- tra absoluta preferência de emprego, perfazendo, como material acondicionante, quase a tota- lidade dos alimentos enlatados. Para a fabricação de latas são empregadas diferentes chapas de metal, sendo que a maioria delas não é usada pela nossa indústria. Folha de flandres Tipos de chapas pro- duzidas para a indús- tria de latas I Constitui a matéria prima para a fabricação das Ia- . tas nacionais. Utilizada nos Estados Unidos, como 'material corrente do alumínio. Em sua especifícação, tem 55 a 60 Ib[cb. Folha-de- flan dres reduzida 494 Chapa preta Tipos de chapas pro- duzidas para a indús- tria de latas É o "-~1""";"-'5~ c;-=- :: nesa. Chapa cromada EMBALAGENS DE LATAS (FOLHA DE FLANDR'ES) A folha-de-flandres é um produto làminado do aço, contendo es;leC'Q;2;i~ responder às exigências de seu emprego. As folhas-de-flandres são resultantes da laminação de lingote de aço, e o carbono comparece com reduzida fração (0,06 a 0,15%). O baixo teor de carbono do aço utilizado para a obtenção de folhas-de-flan finalidade dar a esta ductilidade suficiente para que a lata possa se deformar durante a C"_ill!::=:::Ji~ gem, sem sofrer rompimentos. Os lingotes, por processos térmicos de laminação, produzem folhas de diferentes espesso- ras e têmperas, que são enroladas em bobinas. O aço utilizado nas folhas-de-flandres, de acordo com a sua constituição química, se apre- sentam em diversos tipos. ,- "L" Se caracteriza por possuir pequeno conteúdo de fósforo e de me- tais residuais. Produz folhas aplicadas em embalagens para produtos sujeitos a elevada corrosão (ameixas secas em xarope, picles, cerejas etc.). "MS" Apresenta semelhança com o aço "L", contendo, porém, maior valor de cobre. As folhas que apresentam esse aço se prestam para acondicionar chucrutes. "MR" Contém maior quantidade de fósforo do que o aço "L". As folhas desse aço são preferidas como material de embalagem para abacaxi, sucos cítricos, pêssego, pêra etc. "MC" É submetido à refosforização, com o objetivo de dar às latas maior qualidade de rigidez. Por sua constituição química e pelos tratamentos necessários à sua elaboração, as folhas- de-flandres devem adquirir propriedades, para que seja possívela sua aplicação adequada. Entre essas propriedades se destaca a de "têmpera" da folha, que representa um conjunto de qualidades, que permite sua maior ou menor maleabilidade ou dureza. A obtenção da "têmpera" da folha-de-flandres, na C.N.S., é obtida pela composição da liga de aço, do recozimento das bobinas e da laminação de encroamento. No caso de sua utilização como material para embalagem de alimentos, a folha-de-flandres deve ter as seguintes condições: Receber revestimentos protetores Ser resistente Conduzir calor Ter maleabilidade Permitir soldagem segura Condições essenciais da folha-de- tlandres como material de embalagem 495 As três primeiras propriedades têm características de proteção doproduto; a de maleabili- dade visa a possibilitar as manobras de formação do recipiente, as de envasamento e as de fe- chamento (por dobragem dos bordos, sem rompimento da folha); a capacidade de soldagem se- gura representa uma das condições precisas para o fechamento hermético da lata. REVESTIMENTOS O tempo de "vida útil" do produto é assegurado por um sistema total, isto é, por uma série de fatores englobados e individuais; qualquer falha de um deles poderá produzir a perda do alimento. Esses fatores se referem à lata, no que diz respeito à qualidade de seu material, aos reves- timentos de que necessita e à sua elaboração; ao produto, correspondem as suas características, seu processamento, comportamento dentro do envase e armazenamento. A normalidade desses fatores garante, pois, a harmonia da relação "recipiente-produto' e, com isso, o tempo de "vida útil" do produto alimentício. Os revestimentos, na parte que lhes cabe nesse sistema total de proteção à lata e conse- qüentemente ao produto, deve desempenhar, com segurança e técnica, o seu papel. Para isso, a sua aplicação é regulada em termos de qualidade e de oportunidade, segundo o material a ser recoberto e o produto a ser enlatado. Há várias classes de revestimentos e, dentro delas, grande diversidade de tipos. Revestimento de estanho Revestimentos óleo-resinosos Revestimentos sintéticos Outros revestimentos (fosfatização, cromagem etc.) Tipos de Revestimen- tos REVESTIMENTO DE ESTANHO A folha-de-flandres, apesar de todas as suas vantagens, não é a sonhada matéria prima ideal, pois a lata, mesmo deixada vazia, ao relento, (principalmente em local úmido), ou fechada hermeticamente com seu conteúdo, pode apresentar problemas, gerados especialmente por oxi- dação de suas superfícies. O estanhamento da folha de aço visa a impedir o contacto direto do interior da lata com o produto, evitando a sua corrosão e o isolamento da sua face externa com a atmosfera, impossi- bilitando seu enferrujamento. ' Ademais, o enlatamento favorece a soldagem do corpo da lata; em suas costuras longitudi- nais (agrafagem). O estanhamento se faz, imergindo as folhas-de-flandres em banho de estanho fundido. Dois são os processos objetivando o estanhamento: de imersão e eletrolítico. O processo de estanhamento por imersão consta do mergulhamento de folhas de aço cortadas, em banho de estanho fundido e em óleo. Embora controlada, a camada de estanho apresenta oscilação de peso e, na superfície da folha, aparecem diferenças de espessura. Este processo se tornou, então, obsoleto, pela deficiência de controle em seu processamento e pela maior quantidade de material gasto, de alto custo. Estanhamento por imersão Estanhamento ele- trolítico O processo de estanhamento eletrolítico se realiza colocando-se as folhas preparadas em tanques e unidades dispostas em seqüência; ao fi- nal da linha, o material é cortado. O processo eletrolítico apresenta várias vantagens sobre o de imersão, tais como; - Camada mais uniforme do que no processo de imersão. - Possibilidade de revestimento mais fino e por isso, mais barato - Aplicação controlada de diferentes camadas de estanho, nas duas faces da chapa. 496 Para a execução do estanhamento ~~ • métodos: Banho de ácido Ferrostan, Banho em ácido halogênico; o =--=------"'-....:::.-e com ion de estanho bivalente. Banho alcalino de estanhato de 0_ As folhas-de-flandres estanhadas eletraliticamente são i".,,"-u~-":"'-"-"- nhia Siderúrgica Nacional, pelo processo Ferrostan, sob licenç "United States Steel". Este processo se desenvolve na seguinte seqüência: Desbobinamento do material Desenrolamento da bobina e soldagem da ponta da fo outra bobina. Principais métodos de estanhamento eletro- lítico 8 I Limpeza eletrolítica da bobina desenrolada A bobina é submetida a processo de limpeza eletrolítica; é imersa solução alcalina; ela fica negativa ou positivamente eletrizada, facilitan- do, assim, a limpeza da superfície. Remoção de resíduos alcalinos A bobina é lavada, para a limpeza da solução alcalina do banho anterior. Decapagem eletrol ítica É feita em solução sulfúrica diluída, com a finalidade de varrer da su- perfície do material os óxidos superficiais existentes, facilitando, assim, a aplicação do estanho. Remoção dos resíduos ácidos A bobina é lavada, para que fique limpa da solução ácida aplicada na etapa anterior. Eletrodeposição Esta operação é realizada em tanques em série contendo o eletrolito. Enquanto o estanho é eletrizado positivamente (ánodo), a bobina o é negativamente (cátodo); dissolvendo-se os ánodos, o estanho fica em es- tado de solução e se deposita na face da bobina A velocidade da bobina, quando da deposição do estanho, e a densida- de da corrente, são os fatores que regulam a maior ou menor espessura do revestimento. Fusão do revestimento Imediatamente após a sua deposição, o estanho é fundido, para que a chapa se torne de aspecto brilhante. Tratamento eletroquímico superficial O material é imerso em dois tanques, com solução de ácido crômico e bicromato de sódio. As películas de óxido superficial, resultantes da fusão, são transferidas e tracadas por outras mais complexas; essa substituição confere ao mate- rial maior resistência à corrosão e melhor capacidade para aceitar aplica- ções de vernizes, esmaltes e tintas. 497 Oleamento superficial Eletroliticamente, o ,,1aterial é submetido a tratamento com óleo ~ JJ- goJão. O~craç:5es de acao ame nto ~ São operações finais, que consistem em: corte em tamanhos; inspeção; separação de chapas com orifícios (por célula fotoelétrica); afastamento 10~ etapa elas folhas com espessuras impróprias (através de micrôrnetro automáti- co). Após essas manobras, por processo eletrônico, as folhas são ernpi- lhadas c contadas. Em corte transversal, a chapa estanhada tem a seguinte apresentação: CÓRTE TRANSVERSAL DA CHAPA ESTANHADA ~ ~~~~~~~~ _Camada de óleo~Hidr\ó](idO ou sais de Sn ~6xjdo de estanho _---Eslanho ...----Uga de"eSn' .__---Chapa de aço REVESTIMENTO ÓLEO-RESINOSOS E SINTtTICOS A proteção dada à lata, pela camada de estanho, não é absoluta, pois há casos em que, por imposição de características do produto, essa barreira não é suficiente. O aparecimento dos revestimentos óleo-resinosos e sintéticos vieram complementar a ação protetora do estanho e, em certos casos substituí-Io totalmente. A CANCO já formulou cerca de 350 revestimentos para emprego interno e externo de latas. A aplicação dos revestimentos óleo-resinosos e sintéticos abrange, hoje, enorme campo, dentro da tecnologia de embalagem. Estes revestimentos, às vezes chamados "vernizes dourados" são aplicados antes ou depois da elaboração das latas, em uma ou nas duas de suas faces, conforme seja »reciso. Eles conseguem .luas finalidades importantes: protetora e econômica, Protetora Impede o aparecimento de manchas negras na superfície interna da lata (produzidas por enxofre do produto); Finalidades dos reves- timentos óleo-resinosos e sintéticos Econõn.ica IFaculta a redução da camada de estanho, sem problemas de corrosão por alimentosácidos. Impossibilita (em latas sem estanharnento) a ação do hidrogênio do recipiente sobre as antocianinas modifican- do a cor do produto. Utilização dos revestimentos óleo resinosos e sintéticos Os revestimentos óleo resinosos e sintéticos, para sua correta utilização, necessitam possuir os seguintes requisitos: a) Ausência de substâncias nocivas ou tóxicas, como, por exemplo, o chumbo e o arsênico; b) Não propagar, ao produto, odor, sabor e cor inconvenientes; 498 c) Consistência n te aplicados, distribuídos e aderidos à lata; d) Elastícidade suficiente elaboração da lata (estampagem, formação dos bordos, agrafagera - e) Resistência às temperaturas, pri - - :.: - ~ ••-~""c..!l.j""';"<1U, f) -Resistência a arranhões e à ação de g) Indiferença ao contacto prolongado Essas virtudes, evidentemente, não existem nos casos previstos, terão de ser adaptados, na lata, ao produto acc);:l(5z:i:::C.c:l.. Não havendo, pois, um revestimento universal, sua do-se das condições que contraindicam ou aprovam a sua aplicação. e necessário conhecer: a) o pH do alimento enlatado; b) se o produto contém ou não enxofre; c) o processo térmico a ser empregado d) o tipo ele estampagem escolhida para a peça revestida. Tipos de revestimeJitOsbleo-resinosos e sjntéticos Os revestimentos' óleo-resinosos e sintéticos são de vários tipos, dos quais veremos suas principais características. REVESTIMENTOS ÓLEO-RESINOSOS Os óleo-resinosos são constituídos de uma solução de resina, mais um óleo secativo. Entre os principais revestimentos pertencentes a este grupo, se destacam os seguintes: Esmaltes sanitários Lata C-esmaltada Vários revestimentos brancos e vernizes externos contendo óleo-resino- sós Revestimentos ôleo-resinosos REVESTIMENTOS SINTÉTICOS Revestimentos de Polibutadieno ISimplesFenólico vinilo Simples Epoxy-fenólicos Epoxy+ vinilo ISimplesPolibutadieno + vinilo Revestimentos Fenólicos Revestimentos de Epoxy Revestimentos Sintéticos Revestimentos vinílicos Resinas acrílicas CARACTERrSTICAS PRINCIPAIS E UTILlZAÇAO DOS REVESTIMENTOS OLEO-RESINOSOS E SINTETICOS REVESTIMENTOS ÓLEO-RESINOSOS Tipos de revestimentos Características Lata-C-esmaltada O revestimento contém pigmentos com compostos de zinco A lata-C-esmaltada foi criação da "American Company", em 1924. 499 Esmaltes sanitátios Revestimentos fenólicos Revestimentos de epoxy Revestimentos de políbutadieno Revestimentos vinílicos 500 Similares à C-esmaltada, porém.sem a presença de zinco Utilizados em latas para embalar produtos cítricos e imersos em sal- moura. Caracterizam-se por sua ótima resistência física, porém pouca resistên- cia relativa; por causa desta particularidade, utilizam-se camadas finas. Essa circunstância e a de ter preço alto, equilibram a aplicação destas delgadas películas. Os revestimentos fenólicos, dos quais existem diversos tipos, são empre- gados para cobrir ambasas faces de latas destinadas ao acondicionamen- to de pescado, carnes e determinados vegetais. São utilizados em formas simples ou misturados com outros revestimen- tos (epoxy-esteres, epoxy-fenólicos, epoxy-vinílicos). Este tipo de revestimento apresenta várias qualidades positivas, entre as quais, as de flexibilidade, de adesividade e a de resistência química; a par dessas propriedades, uma particularidade negativa: os revestimentos de epoxy, são débeis aos tratamentos à vapor. Internamente, são aplicados em latas a pressão e como revestimento bá- sico (envases de bebidas carbonatadas). Epoxy-fenólicos: entre inúmeras e excelentes características, se desta- cam a sua flexibilidade, capacidade adesiva e qualidades de resistência física, ao ressecamento e ao processamento. Usados em latas para embalar carne. Epoxy + vinilo: empregados em embalagens para cervejas Usados em latas para envasar cerveja (em camada dupla), bebidas car- bonatadas ou não e frutas e hortaliças (camada única). Com óxido de zinco, podem, ainda, ser utilizados em latas contendo produtos com enxofre. A desvantagem destes revestimenots, é a do seu alto preço, maior do que o dos óleo-resinosos. . No que diz respeito às suas propriedades, estas são excelentes; latas com cervejas e refrigerantes não transmitem nenhum sabor desagradável, pois o revestimento forma, no interior do recipiente, fina camada, bastante resistente, mecânica e quimicamente. Como ponto fraco, osrevestimentosvinílicosapresentam: pequena adesi- vida de para a folha-de-flandres simples, mesmo recobrindo revestimento básico: os vinílicos ficam vermelhos e se soltam das latas, se estas são tratadas por vapor, em calor elevado. Organossol: é um revestimento especial de vinilo, desenvolvido pela CANCO. Nos revestimentos comuns de vinilo, as resinas são dissolvidas em sol- ventes; nos organossóis, porém, resinas de alto peso molecular e de gran- de resistência química, são dispersadas do mesmo modo em que os pig- mentos são dissociados nas tintas para pintura de automóveis. Pelo coamento dos organossóis, as frações dispersas de resina se fundem, com o auxílio de plastificantes, formando um fllme. Por sua particular flexibilidade, os organossóls oferecem a vantagem de permitir coberturas mais espessas. Resinas acrílicas Utilizadas, de. "'=--=:;_ ~=-~",,-.;=_..:::::=:;;:==~=== Sua propriedade _~~---,.- Denotam ainda, b02. 7""'<::==--,.-,""" ;;-- .•...•----~ PROPRIEDADES GER TIPOS DE Acr í- Epoxy Epoxy t:- -lico amino cster F -VERNIZES 'i...o SABOR 1 1 2 1 2 I I FLEXIBI LIDADE 1 1 1 1 1 ADEIlliNCIA 1 1 1 1 1 I ~1 COR 1 1 2 3 2 3 2 CUSTO 3 2 2 2 1 1 1 3 RESISTÊNCIA 1 1 2 1 2 1 1 3ASOLDAGEM RESISTÊNCIA ÁCIDA - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 3 3 1 1 ESCALA = 1 BOM 2 REGULAR 3 RUIM LATAS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS A folha de metal apareceu, pela primeira vez, em 1820, na Boemia, tendo sido, um século após, introduzida na Inglaterra. Em 1808, na França, Nicolas Appert despertou a atenção da Europa, com sua extraordi- nária descoberta, pioneira da "appertização" de nossa época. A descoberta de Appert, talvez não tivesse a repercussão suscitada, não fora Pierre Durand que, em 1810, patenteou, na Inglaterra, seu método de conservação através de recipiente de lata. A princípio, na fabricação de lata, empregou-se ferro polido; porém, em meados do século XIX, o material utilizado foi o aço doce. Os antigos recipientes de folha de metal eram feitos à mão e eram soldados o seu corpo e os extremos. Em 1847, a indústria obteve grande impulso, com a obtenção por Taylor, da patente para fabricação de latas estampadas, que, com pequenas diferenças, se assemelhavam às que hoje são elaboradas. Quanto ao sistema de vedação, ainda imperfeito, foi melhorado quando da instituição dos anéis de borracha e, mais tarde, em 1893, Ams propôs a substituição destes por uma emulsão à base de borracha, mais prática pela sua rápida aplicação. Estes fatos históricos, perdidos no tempo, pela importância que tiveram, tornaram possí- vel a criação da atual indústria de embalagem de metal e, mais ainda, abriram perspectivas ex- traordinárias dentro do campo de conservação de alimentos. Nos dias atuais, as latas, em suas diversas formas geométricas, são o envase mais utilizado na indústria de conservas. O advento de novas embalagens, muitas delas feitas de material mais prático e econômico, afetou de certo modo o emprego de latas para acondicionar alimentos. 501 Esta intromissão, porém, só foi levada a efeito, em determinadas linhas de produtos, continuando as latas como embalagens ideais para envasar leite em pó ou concentrado, carnes, doces em pasta ou em calda e numerosos vegetais. PRINCIPAIS QUALIDADES DAS LATAS E CONDiÇÕES PARA SUA UTILIZAÇÃO As latas constituem um ótimo acondicionante para alimentos, em razão das inúmeras e excelentes qualidades que apresentam. Principaisqualidades das latas Impermeabilidade à luz aos vapores de água aos gases Conductibilidade excelente Resistência aos aquecimentos e resfriamentos ao váculo à pressão interna (bebidas fermentadas) aos choques Fechamento à vácuo favorecido Fácil soldagem Manejo fácil, quando vazias ou cheias Custo baixo Fácil produção em massa Transporte mais favorável Espaço menor para a armazenagem Na escolha da lata, devem ser balanceados os fatores que garantam o tempo de "vida útil" do alimento, representados pelas condições da lata (service life) e do produto No que se refere às latas, para que estas sejam usadas e cumpram a sua missão funcional, necessitam apresentar as seguintes condições: Condições para o uso de latas Ser de primeiro uso Não apresentar solução de continuidade Ter os revestimentos de acordo com o produto envasado Não possuir defeitos, avarias ou porosidades CONSTITUIÇAO E MORFOLOGIA DAS LATAS A lata comumente utilizada em nosso mercado tem um segumento principal - o corpo - e duas partes extremas, representadas pelo fundo e pela tampa. Existem, ainda, latas de apenas duas partes: corpo e tampa. O corpo da lata é a sua parte maior e cilíndrica, cujas extremidades são unidas por agrafa- gem lateral, após a aplicação, no local, de vedante especial. Na extremidade inferior do recipiente é colocado, de acordo com o seu formato, o fundo da lata, que é recravado antes de sua saída da fábrica. A tampa da lata é o terceiro segmento, que também é recravado, porém pelo enlatador, após o enchimento da lata. Existem máquinas que fabricam envases de uma só peça: essas latas, pequenas e de pouca profundidade( destinadas geralmente para embalar sardinhas), são elaboradas com os bordos já prontos para o recebimento da tampa. 502 MORFOLOG LATA COM TRÊS SEGMENTOS I TAMPA r CORPO FUNDO11.-- ~1 FUNDO .__ 1 As latas para embalar produtos alimentícios são fabricadas sob distintas formas e mais ou menos são típicas para determinados alimentos. DIFERENTES FORMAS DE LATAS Os formatos tradicionais das latas de metal, com suas variantes são as seguiu es: cilíndrica pode ser baixa, média e alta. Embala carne bovina e suína, pescados, massas tipo patê extrato de tomate, petit-pois, azeitonas etc. utilizada para envasar produtos de pequeno tamanho (sardinhas e outros) paralelipédica 503 tronco-piramidal ovalada empregada para acondicionar corned-beef usada para envasar sardinhas e alguns doces em pasta Capacidade e tamanho A capacidade do recipiente é avaliada "pelo número de centímetros cúbicos equivalen ao peso de água destilada a 200C, que encha inteirarnen-e o vaso". Naturalmente que a capacidade da lata, seu tamanho, espessura e demais características. deverão corresponder às condições de volume e do estado físico do produto. A indústria para produtos alimentícios, se utiliza de latas de inúmeros tamanhos: no mer- cado existem desde as latas grandes de 20 quilos (contendo azeitonas, óleos etc.), até as peque- nas, acondicionando carnes em pasta, pescados etc. É comum, em nosso meio, a presença de latas de vários tamanhos, contendo produtos si- milares, em quantidades oscilantes, muitas vezes com o objetivo de auferir lucros ilícitos. Isso acontece especialmente com latas de óleos comestíveis, cuja capacidade em mililitros não é avaliada em relação ao preço do produto, quando adquiridas pelo consumidor pouco avi- sado. Na República Argentina, o "Instituto Argentino de Racionalização de Materiais" (IRAM) instituiu as seguintes normas, regulamentando o envasamento de conservas. Regulamento do "IRAM", para o acondicionamento de conservas alimentícias r IRAI\1-6003 IRAM-6007 IRAM-6008 lRAM-6004 envases metálicos: para conservas alimentícias envases metálicos: fundos para latões destinados a conservas envases metálicos: para fundos de latas destinadas a conservas envases de folhas-de-flandres: para óleos comestíveis FABRICAÇÃO DE LATAS A elaboração de latas se faz através de indústria própria, na qual são utilizadas máquinas especiais, manuais ou automáticas, segundo os tipos de recipientes e as necessidades da pro- dução. O processo de fabricação da lata se desenvolve em diversas etapas, obedientes à uma deter- minada seqüência. ; 504 ETAPAS DE FABRICAÇÃO DE LATAS Classificação da chapa, por qualidade e espessura. Seleção de faltas defeituosas (com ferrugem, porosidades, falhas de estanhamento, gretas etc.). As folhas são recortadas por tesouras ou guilhotinas, em pedaços certos, destinados ao corpo da lata. Em prensas pequenas, na extremidade superior do corpo, são feitos pe- quenos cortes (piques). Para efeito da junção das extremidades do corpo, este é enrolado, to- mando a folha forma cilíndrica. O fechamento ou união das partes do corpo se faz através de agrafadeí- ras e pela aplicação de vedante. Como parte do sistema de vedação do recipiente aplica-se à tampa, pousada sobre os bordos do fundo e posteriormente aos da tampa (no enlatado r), a substância vedante. t Recravação }- Através da recravadeira, o fundo se incorpora definitivamente à lata. A união do corpo pode se verificar de três modos, segundo o tipo do produto a ser enla- tado. Tratando-se de alimentos em pó ou em grãos, o fechamento por frisagem é o bastante; em recipientes de reduzido porte é necessária a soldagem; em latas grandes e destinadas à líqui- dos ou produtos conservados, devem ser feitas, frisagem e soldagem. Os discos correspondentes às tampas e aos fundos das latas, são recortados através de má- quinas estam padoras. Estes cortes, são feitos nos tamanhos requeridos e nessa ocasião, também são estampadas as nervuras concêntricas das tampas e dos fundos da lata. O reviramento dos o.' . do orpo é feito com a finalidade de receber, para a recravação 0:- io e a tampa da lata. O processo de reviram ·0 ocorre em dois tempos: o primeiro é um ato preparatório, denomin o eaç o que consiste no reviramento fraco (marcação) dos bordos No segundo tempo, se p efe . amente, o reviramento das extremi- dades superior e inferior do co para a po-sterior fixação do fundo e da tampa da lata. ETAPAS DE FORMAÇÃO DO CORPO DA LATA ~..,.,.,,,,,,nto dos rura e é executado porMartelaçâo L L......--.,--_l 1 O processo de martelação visa a refo > prensa martelo. 1 4 . - Ranhura dos extremos da lata z. Ei urvarnento »: -=.;l harnento dos extremos - - ento do gancho morto para formar a costura lateral - - ~m dos extremos do corpo, para constituir o rebordo 2 65 505 PRODUTOS ALlMENTICIOS ENVASADOS EM LATAS Inúmeros produtos alimentícios são ainda envasados em latas. Pfo~ODIJTOS ALlMENTICIOS EM EMBALAGENS DE LATAS Os principais produtos contidos nessas embalagens e que se encontram em nosso mercado são os seguintes: Aspargo Atum Azeite Azeitona Bife vegetal Broto de soja Caju em calda Castanha de caju Chucrute Cerveja Chop Creme de coco Creme de leite Doce de leite Ervilha Feijão branco com lingüiça Feijoada Fermento Fiarnbrada Figo Fundo de alcachofra Gordura de coco Grão de bico Leite condensado Leite em pó Leite evaporado Leite modificado Lingüiça Mandioca cozida Massa de tomate Mate Milho Molho de macarrão Morango Nescau Nestogeno Óleo Ovomaltine Palmito Pasta de gergelim Pasta de presunto Pasta vegetal Patê Pêssego em calda Presunto com vegetais Raviole com molho de tomate Refrigerantes Salsicha Sardinha 506 EMBALAGENS DE AI,.UMfNIO A obtenção do alumínio se fazia ao . constituía sério empecilho para a expansão de se u-,--,-,--uo. Com o advento, porém, da eletricidade, to ' el a produção eletrolítica do alu- mínio, este metal entrou definitivamente em sua fase j'~y-;"""~_,, O alumínio é produto da hidrólise de alumina pura, tratada. A bauxita é constituída por mistura de óxidos de al "0e ferro, ntendo, em certos casos, óxidos de sílica e outras substâncias impuras, O processo industrial, para a fabricação do alumínio,' se realiza em nas etapas separada- mente: a do isolamento do óxido de alumínio ou elaboração da alumina e a de obtenção, por eletrólise, da alumina fundida. O alumínio produzido pode ser de primeira fusão quando resulta diretamente do óxido de alumina reduzida eletroliticamente e de segunda fusão, quando proveniente da refundição de sobras e sucatas de alumínio. As impurezas que se verificam no alumínio são o ferro e o silício, ambos contidos na bau- xita; a· maior resistência do metal à corrosão se relaciona com o seu maior grau de pureza. O consumo do alumínio, em todos os setores, cresce cada vez mais pelas vantagens com- petitivas que apresenta em relação a outros metais, em preço e qualidades funcionais. No mercado existem vários tipos de alumínio, utilizados segundo a sua especificação. cesso químico; seu custo oneroso vez, se origina da bauxita CARACTERI'STICAS DAS EMBALAGENS DE ALUMfNIO As embalagens dealumínio podem ser rígidas ou flexíveis; o grau de rigidez deste metal depende da espessura de sua folha, da qualidade de sua liga e tempera e do feitio e tamanho de embalagem. A difusão do uso de alumínio como acondicionante de produtos alimentícios, tem ocor- rido em vários países; ao contrário do que sucede entre nós (por dificuldades ainda não contor- nadas), em centros americanos e europeus, diversos produtos alimentícios são envasados em recipientes de alumínio. DISPOSITIVOS IIEASY-OPEN" PARA ABERTURA DE LATAS 507 No mercado nacional, no entanto, já se encontram alguns produtos em lata feita material; ainda acondicionando cervejas, sucos de frutas, castanha de caju etc., existem de folhas de flandres, com dispositivos de alumínio de fácil remoção para sua abertura (eapsy- open), que consta de uma tira removível, presa à lata com plastisol. O alumínio, corno material de embalagem, oferece as seguintes vantagens e desvantagens: PRINCIPAIS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOALUMINIO. COMOMATERIAL DE EMBALAGEM VANTAGENS DESVANTAGENS É atóxico Tem ação protetora contra o calor Por sua grande maleabilidade, permite vários processos de deformação plástica: extrusão, estiramento, estampagem etc. É leve (tem menor peso do que a folha de flandres). É resistente à corrosão É impermeável aos gases e à umidade Demonstra elevada capacidade de refletir Tem reduzido poder emissivo Tem baixa densidade (2,7 contra 7,8 do ferro) Apresenta apreciável condutibilidade térmica (os alimentos podem ser cozidos na própria embalagem) Não provoca enegrecimento no interior da lata (formação de sais incolores e inofensivos ao conteúdo) Não confere cheiro ou sabor metálico Possibilita fácil transporte Comparativamente, é de maior disponibili- dade, como matéria prima É atacado por alimentos ácidos, ou de grande teor salino. Por sua moleza em relação a folha de flan- dres, é de mais difícil agrafagem Durante a esterilização, em autoclave, neces- sita de dispositivos de contrapressão, por não tolerar altas pressões. Os recipientes de alumínio, como os de folha de flandres, são fabricados em várias formas e tainanhos. FORMAS E TAMANHO DE RECIPIENTES DE AlUMll\IlO 508 EMBALAGENS D~ VIDRO Para o acondicionamento de produtos alimentícios em vários tipos de eL1 alagens, o vidro constitui tradicional e vulgarizada matéria prima. Segundo Plinio, a obtenção do vidro, foi obra do acaso, quando, em seu esembarque na Síria, no ano 5 mil A.C., os fenícios observaram a formação de novo e caracterísicoi corpo, no local onde, sobre a areia e com blocos de soda cáustica, erguiam seus rústicos fogões; pela ação do calor sobre a soda e a areia, foi então encontrado o precurssor do vidro, na forma de placa dura, transparente e brilhante. Muito antes desse acontecimento, em áreas vulcânicas, seus habitantes, já empregavam a lava obsidiana, originada das erupções. Este vidro natural, às vezes era translúcido ou de colo- ração verde, castanha ou vermelha; sua fragilidade, determinava sua fácil rotura, em pedaços compridos; por essa particularidade, o material bastante ponteagudo, era aproveitado para lâ- minas de facas ou na extremidade de flechas e lanças. Em várias partes do mundo, da Grécia à Patagônia, foram achados objetos elaborados com lava obsidiana. A primeira manifestação industrial de produção de vidro foi assinalada no Egito (1.500 anos A.C.). Foram, porém, os fenícios, principalmente na região do Mediterrâneo, os divulgadores do novo produto. . A fabricação comercial do vidro foi consideravelmente incrementada, quando, no ano 300 A.C., foi descoberta e aplicada por um fenício, a cana para o assopramento. Desta época em diante, segundo o tipo de aproveitamento e destinação dos objetos de vi- dro, foram surgindo novos centros para a sua fabricação. Os romanos, além da introdução de melhores métodos para a obtenção de mosaicos de vidro, conseguiram criar tipos de vidros planos, colocados, pela primeira vez, em vidraças de ja- nelas. Outros núcleos onde foi iniciada a fabricação das mais variadas utilidades de vidro, são principalmente a Grécia, Itália, Egito, Inglaterra e Síria: Os primeiros "vitraux" coloridos se confeccionaram em Constantinopla, que, em razão da invasão dos bárbaros, transformou-se em importante reduto industrial vidreiro. Já então se foi tornando conhecida, por volta dos 200 anos A.C., a assopragem do vidro fundido, dentro de moldes; os primeiros destes, foram feitos de madeira e, posteriormente, de ferro. Julga-se, porém, que o processo de assopragem por tubo, era praticado em .Sidon, 100 anos A.C. Por ordem hierárquica, os maiores destaques sobre as atividades de produção de vidro e as suas diferentes aplicações, foram: Século XV - desenvolvimento da fabricação de vidro artístico, notadamente em Veneza (Ilha de Murano); Século XVII - Zacharius e Jansen (1600), graças ao vidro, descobriram o telescópio; George Izvenscrof Howoon (1608), conseguiu vidros de cristal, intensamente brilhantes. Século XIX - Newton (1868), conseguiu o telescópio refletor; sob os mesmos princípios, foi construído o grande telescópio de 200 polegadas de Mount Palomar, equipado com refletor c . do pela "Corning Glass Workes". Eu! 1 O, surgiu o processo de produção de vidros em cadeia, através de equipe consti- Q -s- - homens e quatro meninos. Era ~ 9, foi feito o primeiro bulbo de vidro apropriado, destinado à lampada elétrica de E ·0 b pnmi O, , rn iou-se o fabrico de garrafas de vidro, através de máquina provida de ar com- asso. m do recipiente. 509 Um médico interessado no transporte higiênico do leite, em 1884 inven o Por volta de 1896, a Allas Glass Works, iniciou o fabrico de garrafas de boca de máquina semi-autornática. Século XX - O soprador de vidro Michael J. Owens, em 1903, possibilitou o aumen o capacidade de produção na indústria vidreira, com o aperfeiçoamento da máquina automá . de fabricar garrafas. Em 1917, o número destas máquinas, inteiramente automáticas, atingia cerca de 200 uni- dades. A "Corning Glass Workes" introduziu, no mercado, vidros de alta resistência ao calor (py- rex). O material vítreo, com a evolução e recursos surgidos, tem, hoje, intensa versatilidade, com suas enormes e variadas linhas de produtos destinados à numerosos campos de uso. Esta matéria prima, com suas especificações próprias, é utilizada para a confecção de vidros para automóveis (parabrisa), para tijolos, e outras finalidades, segundo as suas qualidades de resistência, de foto-sensibilidade, de conductibilidade elétrica, de poder isolante, de imper- meabilidade etc. RECIPIENTES LIGADOS À ALIMENTOS A indústria vidreira abastece o mercado, com extensa linha de recipientes ligados a alimentos. Para embalagens de alimentos Potes Garrafas GarrafõesCopos Utros \ Recipientes brancos ou coloridos Utensílios para mesa:coloridos, brilhantesou foscos Pyrex Na embalagem de alimentos, os recipientes de vidro são utilizados para produtos líquidos e sólidos; para utensílios domésticos, os vidros (pratos, travessas, copos, biscoiteiras, bombonei- ras etc.), são de diferentes espessuras e se apresentam em variados matizes. Na culinária, o pyrex é o vidro empregado, principalmente no preparo de alimentos em ambiente confinado (forno), por suportar, sem rachar ou quebrar, sucessivas mudanças de tem- peratura. Os diferentes tipos de vidro, em sua versatilidade, são ainda utilizados como base de inú- meras indústrias e, por isso, se encontram presentes em quase todos os ambientes. Principais aplicações de produtos de vidro ligados a alimentos Para utensílios domésticos EMBALAGENS DE VIDRO EM PRODUTOS ALlMENTlCIOS Pelas características de sua matéria prima e pelo seu método de elaboração, as embalagens de vidro destinadas a produtos alimentícios, são, de todas, as mais sofisticadas, em seus vários e magníficos feitios. Seu emprego apresenta vantagens e desvantagens, que refletem, geralmente, opções conve- nientes ou não, sempre relacionadas com a adequação embalagem-produto . .As principais vantagens e desvantagens das embalagens de vidro, se apontam: VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS EMBALAGENS DE VIDRO Vantagens Fragilidade Peso relativamente grande Preço mais elevado. Menor conductilidade térmica Desvantagens Alto valor mercadológico de visualização Atóxico Inerte, quimicamente, à maioria de substân- cias 510 Resistente às temperaturas de esterilização até ioocc. Perfeita impermeabilidade Não transmite odor e sabor. Prescinde de revestimentos De fácil abertura e possibilidade de fechar o recipiente, depois de aberto Facilmente colorível Forma que atende funcionalmente ao uso Ré-utilização domesticamente e êri o. A matéria prima destinada à fabricação dos recipientes de vidro, fundida sob alta tempe- ratura, se origina da maioria de elementos básicos da superfície da terra (99 elementos), que, combinados entre si, tornam possível milhares de fórmulas, capazes de gerar vidros para as mais diversas utilizações. Da matéria prima para a obtenção de vidros, fazem parte: areia, barrilha, quartzo, felds- pato, dolornita, cacos de vidro etc. Vantagens Ti"l~''''-:;'~!r.l''-de esterili- A transparência do vidro, branco ou colorido, é fator positivo para que o consumidor. observando o produto, se convença de seu virtuosismo e, a seguir, sinta o desejo de adquiri-Io. Por sua relativa resistência a temperaturas elevadas, as embalagens de vidro permitem que os produtos que acondicionam sejam tratados por métodos de conservação de calor. A impermeabilidade do material à umidade e aos gases é uma das condições de defesa que recebem os produtos contra influências ambientais, capazes de gerar processos de deteriora- ção; quanto ao seu caráter de inocuidade, nenhum outro recipiente o iguala. Pesando bem os fatores favoráveis e inconvenientes das embalagens de vidro, podemos concluir que as suas vantagens superam as condições desvantajosas e que, por isso, em muitos casos, a opção de sua escolha é absolutamente correta. CARACTERfSTICAS DOS VIDROS Os diversos tipos de vidro utilizados para embalar produtos alimentícios, são fabricados através de processos mais ou menos similares e com matéria prima adequada a cada caso, A indústria vidreira, dentro de sua técnica especializada, procura criar recipientes que satisfaçam as seguintes condições: Resistência - ao calor - à corrosão de ácidos - aos choques Consistência - macia - dura Permea bilidade - a determinados agentes físicos Qualidade - de condução ou de isolamento de eletricidade COMPOSiÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA 511 o vidro empregado para recipientes de alimentos líquidos e sólidos (em caldas. etc.), é composto de areia, calcáreo, barrilha (carbonato de sódío), feldspato e cacos. As variações qualitativa e quantitativa de elementos de sua composição é que determinam os diversos tipos de vidro, produzidos com as qualidades pretendidas para a sua utilização. Essa é a razão da existência de inúmeras fórmulas para a elaboração de vidros, que são modificadas segundo a experiência e o interesse do fabricante. Segundo essa prática, os tipos de vidro mais vulgarmente fabricados são os seguintes: Branco ordinário· sodocálcio De maior custo, difícil manuseio e pouco fun- dível Neutralizado na superfície e não estabilizado: não aguenta esterilização seca Não tratado na superfície e estabilizado. aguenta sucessivas esterlizações úmidas, antes ou depois de cheio - usado em farmácia (Neu- tro B, Parasolvex e Neutroval). Vidro duro com elevada resistência e alto ponto de amolecimento. É usado a 300-400oC; é bastante resistente aos choques térmicos e tem baixo coeficiente de dilatação. Utilizado em produtos que exigem proteção contra raios luminosos. Neutro com massa - borosilicado Tratado na superfície --------- Tipos de Vidros Pyrex - borosilicado _ Colorido - vários elementos químicos --~I ICristal - silicose dupla dechumbo e de potássio Empregado em produtos de luxo Ao lado do fabrico de vidros da linha tradicional, novos tipos do produto têm sido elabo- rados e estudos constantes se desenvolvem, para a criação de outros que possam ser aplicados em vários setores, como melhor opção técnica. Alguns dos principais elementos químicos que podem modificar as características dos vi- dros, são os seguintes: IAumenta a dureza do vidro.Alumínio IAumenta o peso do vidro (eleva o índice de refração; é em-pregado em ótica). IAumenta o pe~o do vidro e lhe dá aspe~to d.aro e brilhante,(usado em lapidação); o chumbo pode influir na menor du- heza do produto. IAumenta a dureza do vidro e sua resistência ao calor. IAumenta a dureza do vidro. Bário Chumbo Zinco Óxido de mag- nésio Elementos quí- micos modifica- dores de caracte- rísticas dos vidro I Aumenta a resistência mecânica e melhora a trabalhidade do vidro (maior rapidez para trabalho em máquinas). IDiminUi o coeficiente de dilatação do vidro (aumenta a re-sistência ao calor). IAumenta a transmissão, possibilitando sua aplicação em vi-dros específicos (para tubos de televisão). Soda e carbona-I tos de Na e Ca Têm ação fundente. Alumina Borosilicato Lítio 512 Elementos químicos modificadores de características dos vidros Cal ou óxido de Ca Silício Alumínio e SÓdiolMaior quanti '3 ~ menta a resistên - I Magnésio I Aumenta também A adição de cacos aumenta a carga do vidro, ajudan 0=-_- tura. A cor do produto também é influenciada pela presença de zados, por isso, na obtenção dos variados tons de vidros coloridos. Amarela sulfato de cádmio óxi o antimônio Amarela fluorescente __ fluorescente-uranio Amarela verde óxido crômico Âmbar carvão e enxofre ou pirita e carvão --==- (compostos de carbono e enxofre) Azul óxido de cobalto Branca fluoreto ou alumínio Castanha férricos Opala fluoreto cá1cico Rosada dióxido de manganês Verde crômo ou sais de erro Vermelha óxido U 050 o "-00. Violeta ês Elementos empregados na coloração de vidros A antiga cor pardacenra de prima contendo impurezas, prin . te ao disfarce da cor parda, colocava-se, no ma erial manganês, prática hoje abandonada, pela melhor - e = normalidade do produto. Para a elaboração de vidros coloridos, o vidro perdido (cacos, eve ser se o 7 correspondente àquela do produto que se propõe fabricar. A ação protetora de vidros coloridos contra raios luminosos se faz sentir através da especi- ficidade de certos matizes. 0, vidro de cor verde esmeralda filtra raios de 4000 a 4.5000 A e o de cor âmbar de 2.900 a 4.5000 A (United States Pharmacopeae). ESTRUTURA DE VIDRO "O vidro é um produto inorgânicode fusão, resfriado em temperatura escalonada, até adquirir estado de rigidez, sem que haja cristalizado". Sob o ponto de vista físico, o vidro tem estrutura "sui generís", pois não é sólido cristali- zado. Durante seu processo de fusão, não há transição direta de um estado para outro, como su- cede como gelo, e sim uma pré condição de amolecimento; este estado pastoso, antes de tor- nar-se líquido, é devido a que o vidro não tem ponto estável de fusão. 5J3 FORMA DE RESISTÊNCIA DOS RECIPIENTES Os recipientes para produtos alimentícios de grande consumo, princi -=-;> li midos, são fabricados em feitio redondo, pois a forma não angulosa, impedindo a heter e ei - de da espessura do vidro protege melhor contra os diversos riscos. Em conseqüência da dilatação do vidro, quando soprado, os cantos do recipiente podem se adelgaçar; o ponto mais exposto a rotura, durante as manobras de envasamento e de trans- porte, é o da parte inferior do vidro. Com o intuito de resguardar a resistência do vidro, silo utilizados revestimentos de super- fície, que, atuando como lubrificantes, diminuem os estragos ocasionados pelos atritos entre o recipiente e a máquina e dos vidros entre si. Entre esses agentes lubrificantes, indicados nos casos previstos, estão o polietileno, o óleo silício, o polióxietileno, o óxido metálico, o estearato etc. PARTES CONSTITUINTES DOS RECIPIENTES Os potes e as garrafas, pela diversidade de suas formas e tamanhos, apresentam, em sua linha "anatômica", algumas ligeiras variações. Podemos apreciar, no esquema seguinte, as partes constituintes de um pote de vidro. CONSTITUINTES DO POTE DE VIDRO SUPERFfCIE DE ROSCA LOCAL DE VEI?AÇAO /1 ....~EMENDA VERTICAL " / I --:,:::::;' DO GARGALO ""~tt='-~...."'é=::. '.... " l:==~~~~~~~~BOCA ••.•...•..: ): -- ·CORDÃO DE TRANSFEB~N.CIA OMBRO----- I I I I I I I I / CORPO ( \ \ \ \ \ \ \ \ \ '\ ..-~ ,. --='-C-'---- t:~~2==~:=::::;:;:;7'- - EMENDA HORIZONTAL DO FUNDO I, PONTO DE APOIO --- - - EMENDA HORIZONTAL DO GARGALO ...• ...• <, -, <,-, ...• _-~) EMENDA VERTICAL .// DO CORPO ;' ,/ ./ ;' ;' ./ ,/ Parede lateral --- _J»-- Curvatura do fundo FUNDO 514 CONSTITUINTES DA GARRAFA Os recipientes de vidro têm três ::G::::S;:::::~S ~==::~J=::~'S... partes da forma: gargalo ou remate, corpo ~: - Partes do Pote Remate ou gargalo de Vidro Corpo Fundo Remate ou gargalo É o local onde a tampa é presa. Esta denominação adveio do fato de que, no antigo pro parte final de acabamento do recipiente. Superfície de vedação É a parte limitante com a guarnição de selagem. Orelha de vidro É uma ou mais saliências do vidro, situadas na superfície do remate e sobre escorregam os frisos da tampa, que, por torção, se prendem ao recipiente. A quantidade de orelhas, está em relação com o número de frisos da tampa. Filete contínuo É o ressalto espiralado, onde a tampa, em forma de rosca, se encaixa. Rebarba de transferência É o relevo (friso horizontal), junto à base do gargalo e que, durante a elaboração do re- cipiente, é utilizado como apoio para a sua transferência de local. Sutura vertical do gargalo É o vestígio deixado pela fusão de ambas as po •ões o. Linha divisória do gargalo É o sinal que se verif a na por. ão i e' or o _ - C. CO'r1Si"~C1! o corpo do vidro. Corpo E constitu ído pela região mais ex tensa do recipiente. Ombro É a zona do corpo que se estreita para se adaptar ao gargalo, dando assim continuidade ao pote. Parede lateral É a região compreendida entre o calcanhar e o ombro, Calcanhar É o arco que se projeta do final da parte reta da parede lateral, até o calcanhar. Sutura da Forma É a marca indicando o ponto onde as duas partes da forma do corpo se fundiram. Linha divisória da chapa de fundo Se situa na periferia do pote e é conseqüência da união da chapa de fundo com as partes da forma do corpo. Fundo É o espaço localizado na área inferior do pote, formando a base deste. 515 Basede apoio É a parte do recipiente que possibilita a sua posição de equilíbrio, quando posto oé. Alguns vidros têm dispositivo específico, que permite o seu empilhamento, pelo sistema o aj - te entre o fundo do pote e a tampa de outro. 516 CONSTITUINTES DA GARRAFA Interior do gargaloAbrindo para cima ou pl baixo isto é I V 1\ I I ''~- R I I 1..---- Superfície do gargalo os c a----:r -':":'1 ," '~ .Gargalo Moldura~,± - ~ Colo -~' I ~ Cordão Junção pescoço e colo ~unta da forminha Pescoço 1 Ponto de enchimento Meio do ombro---..... I Capo útil (a ....mm) I I i I '--I , I I PAINEL I I : I . I L_I_---J,, corpo~ __ Parede Picura interna / Friso"" -, ',/ Registro p_ara" y==./ decoraçao Rodapéabaulado""IÇ;~RaIO do fundo Fundo~~! Base Picura externa FORMAS DE RECIPIENTES DE VIDRO Os recipientes fabricados para en potes,garrafas, litros, garrafões e copos, que vidro. ão constituídos de o e qualidade do FORMAS DE RECIPIENTES EMPREG.-u...o',-,,,,, PRODUTOS ALlMENTfCIOS LfQ...,••..,"""' FECHAMENTO DE RECIPIENTES O gargalo é a região onde ocorre a operação de fechamento do recipiente, isto é, o locar em que a tampa é fixada ao vidro. São partes importantes do sistema de fechamento, a superfície de vedação, os fios de ros- ca do vidro e o filete em rosca contínua. A superfície de vedação, que pode ser no bordo superior do gargalo ou em sua parte la- teral, ou em ambos, é onde se aloja a arruela ou o vedante. Os fios de rosca do vidro se situam em redor do gargalo; são saliências que emergem em posições horizontal ou inclinada, onde se encaixam as garras da tampa. O filete ou rosca contínua é o segmento contínuo espiralado, no qual se atarracha a rosca da tampa. LOCAIS DE VEDAÇAO E FECHAMENTO DE RECIPIENTES ~f ,~ " -, 'Vo .•~ 'x f' 0I.i ~~ , -".-' '.I': f " I.~~, ~: FILETE t 'I~ SELAGEM CONTINUO ~t~LATERALif (tampa de rosca) , f I " /f ., , ~i ~:'J ,~~ ,1 , . ~ "l1 '.f '~ t. ~':,. .... ~ Jf....' ;~~.. j~ r. J' j"".-.0.- i(~-' ,,» l,I'" "i,\'f! O fechamento à vácuo do recipiente se faz através de tampas adaptadas â anatomia do gar- galo. A parte inferior da tampa, denominada sáia, se apresenta em formas serrilhada ou estria da e lisa. 517 o fechamento à vácuo do recipiente se realiza através de tampadeiras mecânicas 50- • (produtos secos), ou com fluxo de vapor (produtos de baixa acidez). PROCESSOSDE FABRICAÇAO DE RECIPIENTES DE VIDRO Os processos de fabricação de recipientes de vidro se realizam em várias etapas, desde a análise da matéria prima, à inspeção e seleção do produto acabado. Na fabricação de vidros, são os processos de moldagem que possibilitam suas diferentes formas. Os processos básicos para a fabricação, são os de sopro ou assopramento e o de prensagem Processos básicosde moldagem De assopramento Por sopro humano Por sopro industrial IEmpregado para o fabrico em pequena escalae para recipientes sofisticados. !Utilizado na produção em massa, de vidros. (ar comprimido) De prensagem De prensagem e assopramento IIndicado para a obtenção de pyrex '1 Usado no fabrico em massa, de potes Para melhor compreensão e efeito didático, esquematizaremos, em diversas fases, o pro- cessamento da fabricação da garrafa utilizada para embalar alimentos líquidos; o processo para a criação de potes segue a mesma linha de produção observada. para as garrafas, com pequenas variações (comparar as figs. e ), inclusive a de que a obtenção de potes, se faz por prensa- gem e-assopramento. FABRICAÇÃO DE GARRAFA 1~ Fase Preparo da matéria-prima Mobilização da matéria-prima - Escolha da matéria. prima - Misturada matéria-prima - Estocagerrr da matéria-prima 1) Escolha da matéria-prima Para a fabricação, além dapreservação da pureza da matéria-prima, deve ser levado em conta o tipo e a quantidade do vidro pretendido. Em sua totalidade, é imprescindível a análise, em todos os seus detalhes, de todos os com- ponentes do produto, para que este atenda às especificações planejadas e à produção requerida. Essa análise deve começar pela areia silicosa, que, conferindo ao produto seu maior per- centual em silício, necessita apresentar-se sem qualquer conteúdo de ferro. Outro integrante da matéria-prima e que obriga a apurada escolha, é o refugo de vidro, constituído pelos recipientes rejeitados durante as operações de seleção, pelos vidros de classes inferiores, pelos resíduos de vidro dos fornos esvaziados para limpeza ou reparos e, principal- mente, pelos cacos (vidro perdido). No aproveitamento de cacos de vidro, estes são submetidos à prévia limpeza, para que se- jam despojados de terra e demais detritos, capazes de influir na qualidade do produto. Após as manobras de limpeza, o refugo é triturado e guardado em caixas de grande por- te, ou empilhado em cômodos protegidos. 518 2) Preparo da matéria pri A matéria prima, por processo dem quada. •. é= _ -! ometria ade- 3) Estocagem da matéria prima Depois de pulverizada, a matéria prima é conu de armazenagem, onde fica estocada. 4) Mistura da matéria prima Na oportunidade, a matéria prima é conduzida às balanç - rolantes ou calhas; das balanças; providas de comunicações independe - levado ao misturador, através de carros aéreos dotados de caçambas ou ~ ~lC4,:':> I10!2:IHi!S O misturador, que funciona impulsionado por motor, pode ser do tipo o e o primeiro, pelas suas pequenas dimensões, se destina a vidros especiais e o segun o para envasar alimentos. Do misturador, por intermédio de caçambas, a matéria prima é enviada ao fomo. 2'! Fase F.- d,"""ri, pri""h-.__I ..., ~entador 1 1)Forno A entrada de matéria prima ao fomo é feita por intermédio de enfornadores, que são con- trolados eletronicamente, de acordo com a tiragem dos vidros. No fomo, o material é aquecido gradativamente e, quando suficientemente quente para se tomar pastoso (1.7000C) e por força da gravidade, ele se dirige ao a1imentador (fornecedora). Visando ao aparecimento de defeitos nos vidros fabricados, especial cuidado deve ser dis- pensado ao fomo, no que se relaciona com o desgaste a que está sujeito, pela presença do vidro em fusão. Sendo construído de tijolos refratários recobertos ou não, estes estão expostos à dissolu- ção, por processos de corrosão e erosão, provocados pelo vidro fundente. O combustível usado para o aquecimento do fomo é o "óleo baiano", por suas melhores condiçoes econômicas. 2) Alimentador ou fornecedora Depois da entrada da matéria prima, o alimentador expede, a seguir, a tonelagem precisa para fabricar por minuto, hora e dia, o número calculado de recipientes. O material permanece no alimentador, na temperatura de I.OOOoC;o combustível empre- gado é o gás comum. 3~ Fase Elaboração do· recipiente Gota de vidro 1) Gota de vidro Do a1imentador, a matéria prima passa à máquina moldadora, comprimida dentro de um tubo, por pino que a empurra contra uma arruela; está formada a chamada "gota de vidro", que depois de adquirir comprimento e peso devido, é cortada por tesouras apropriadas. 2) Etapas de elaboração No pré-molde e na forma é que são formados os recipientes. Feito o corte da gota de vidro, esta penetra no pré-molde (fig. 2a"), começando assim, a seqüência do processamento do recipiente. Dentro do pré-molde, a gota de vidro é comprimida por pressão de ar (Fig. "b"), para a parte inferior, onde se localiza a "forrninha", responsável pela boca ou gargalo do recipiente; nessa ocasião, por aplicação de ar comprimido, é feita urna abertura na boca do recipiente, por onde será feito o assopro (fig, "c"). PRE-GARRAFA (PARISON OU VELA) (Cortesia da Vidraria Santa Marina) Formado o pré-recipiente (parison ou vela), este que se encontrava de cabeça para baixo (fig. "d"), pelo dispositivo adequado, é colocado de boca para cima, na forma final (fig, "e") e depois de reaquecido (fig. "f'), é submetido à segunda e definitiva assopragem - cerca de 30 libras de pressão - (fig. "g"); com isso o "parison" se transforma em garrafa pronta. Já elaborada, a garrafa é retirada da máquina moldadora, pelo dispositivo denominado alicate (fig. "h"). 520 DIAGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇAO DA GARRAFA Chegada da carqa Assõpro final AlicateReaquecimento (Cortesia da Vidraria Santa Marina) 4Ç1Fase Resfriamentoi §eCOzimento Em seguida à sua formação e depois de sua remoção da forma de acabamento, a garrafa . apresenta diferenças de temperatura entre suas partes interior e exterior; também a superfície externa mostra zonas heterogêneas de temperatura. Essas variações de temperatura obrigam o resfriamento da garrafa, ao ar livre, a tempera- tura ambiente e em seguida, ao seu recozimento, para impedir as tensões geradoras de futuras quebras. Para o seu recozirnento, as garrafas conduzidas sobre esteiras, são levadas ao túnel de re- cozimento, durando o processo, de 40 minutos à uma hora. 5\1 Fase Seleção do bloco Resfriada, a garrafa é inspecionada, escolhida e posta à prova de seleção, para efeito de avaliação de qualidade. Com essa finalidade, são realizados testes de choque térmico (40 a 600C) para as garrafas comuns e o teste de pressão, em se tratando de recipientes destinados a envasar refrigerantes e cervejas. Visando à prevenção de ferimentos labiais, por ocasião em que são ingeridas as bebidas, as garrafas destes produtos são requeimadas por maçaricos, na parte da boca, com o propósito de serem removidas pequenas pontas e arestas de vidro. 521 DIAGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO POTE ~~ ~J "J'C;1j1'/ Chegada da carga Compressão da carga por pressão do ar Assôpro do bloco Transferência do molde do bloco, ao molde da forma (Cortesia da Vidraria Santa Marina) L-_R_e_aq_u_e_ci_rne_n_t_o A_S_sô_p_ro_fin_a_I A_Ii_Ca_t_e__ -.J o processo de fabricação de potes para alimentos, tem as mesmas diretrizes seguidas para a obtenção de garrafas, com a diferença porém, de que para os primeiros, são empregados os métodos de prensagem e assopramento. Enquanto as garrafas são fabricadas pelo sistema de assopragem, o pote, outros recipien- tes, inclusive os "pirex", são obtidos por prensagem. Durante a seleção de garrafas, são levadas em conta, inúmeros defeitos, que podem de imediato, impedir o lançamento do produto no mercado. DEFEITOS DE FABRICAÇÃO DE RECIPIENTES DE VIDRO Originados por causas diferentes, podem aparecer, nas garrafas e potes, numerosos tipos de defeitos de fabricação. Por irregularidade de assopramento, surgem, 'nos vidros, finas partículas de areia ou au- mento de grossura do fundo. Como resultado de desgastes da parte interna do forno, se destacam, no vidro, pequenos pedaços de material refratário dissolvido, defeito conhecido como "pedra". Em razão de chóque de calor produzido no túnel de recozimento e por compressão im- própria no interior da forma, ocorrem "rachaduras". Outros defeitos podem suceder: "manchas claras" (paredes finas), "farinha" (bolhas pe- quenas), "nervuras" (rugas devido â imperfeição da união das emendas do molde), "marcas em c" (produzidas pela tesoura no corte da gota de vidro), "escamas" (resíduos do óxido de ferro dos moldes), "corda" (faixas heterogêneas do vidro), "bolhas miúdas" (bolhas de gás), "vesí- cula" (bolhas grandes de gás), "marca de frio" (ondeamento da superfície do vidro, ocasionada pelo esfriamento rápido). A Vidraria Sta. Marina, na rigorosa seleção que faz em suas garrafas, alinha como defeitos em garrafas as anomalias que citamos a seguir. 522 DEFEITOS DO üA_"'U:;u.:U' 1. Formmha c..:s:s:.::l:E:::~ gargalo formado com - nhamento, tantove·rríi..--.........,.~D=:::3::!::=~:.3:==.. 2. Petada gargalo que tem trinca sobre estende do topo para baixo. 3. Gargalo recalcado gargalo soprado fóra da medida. 4, Lascado no cordão pequena parte do gargalo quebrada. S. Decepada em baixo do gargalo petadas horizontais perto da linha divisória entre peseoço ~ gargalo. 6. Rebarba no gargalo excesso de vidro projetando para cima, de dentro do garga- 10. 7. Petada na parte superior do gargalo petada leve, não muito profunda localizada no interior do topo do gargalo. 8. Rebarba na costura do gargalo rebarba nos lados ou no topo do gargalo. 9. Petada no gargalo gargalo que tem leve trinca (petada) na rosca ou no meio dele. 10. Rugas gargalo que tem uma série de fraturas (riscos) superficiais. Ll ,Gargalo vazio (incompleto) gargalo que não está bem formado (faltando vidro para preencher a fonninha). 12. Gargalo achatado e oval gargalo incompleto em sua forma normal (cilíndrico). 13. Gargalo sujo gargalo com aparências de escamas e que poderá apresentar pontos pretos. 14. Rosca incompleta gargalo com rosca ou saliências que não são completamente assopradas ou comprimidas na fonninha. 15. EscaIhado (lascado) em baixo do gargalo lasca superficial aparecendo logo abaixo do gargalo. 16. Gargalo (cabeça) torto gargalo entortado ou amassado. 17. Gargalo sujo (áspero) gargalo com pequenas imperfeições que tornam a superfície rugosa. 18. Gargalo lascado gargalo que tem lasca ou mesmo pedaços destacados da suo superfície. 19. Rebarba na riga (costura) da junta entre bloco e forminha costura que tem um cordão' de vidro entre o gargalo e o pescoço da garrafa. .= 523 DEFEITOS NO PESCOÇO 20. Gargalo fora de centro pescoço inclinado para o lado, não permitindo o enchimen- to. 21. Tapados no interior do gargalo gargalo que contém excesso de vidro em seu interior, ta- pando-o. 22. Pescoço espichado pescoço que se espichou mais do que o especificado. 23. Pescoço claro pescoço cujas paredes são muito fmas. 24. Pescoço sujo pescoço que tem aspecto sujo ou de escamas. 25. Mordidas de forma pescoço com aparência de amassado. DEFEITOS NOS OMBROS 26. Petadas nos ombros (costas) petadas rasas e na superfície usualmente aparecem em for- ma de ondas. 27. Lanterna nos ombros os ombros não estão bem preenchidos. 28. Ombros vazios ombros que não foram bem soprados. DE FEITOS NO CORPO OU APEST AS 29. Calcinada (rachada) petalas caracterizada por trincas profundas em forma de V, aparecendo nas arestas ou lados. 30. Petadas na costura petadas finas, verticais, localizadas na riga 31. Riga de bloco e molde rigas largas, extendendo desde os ombros até o fundo da garrafa. 32. Lanternas manchas claras, características de paredes finas. 33. Gaiola fio de vidro atravessando o interior da garrafa. 34. Petala no corpo pequenas trincas nas arestas ou lados das garrafas. 35. Petadas nas letras pequenas trincas nas letras. DEFEITOS NO FUNDO 36. Rebarba entre fundo e forma cordão de vidro saliente na linha divisória entre fundo e forma. 37. Fundo fraco área no fundo da garrafa, apresentando parede fina. 38. Fundo grosso área no fundo da garrafa com parede muito grossa. 524 ;> • fundo d brio in . - 40. riga entre o fun 41. Petadas r..•• pequenas trincas fundo, junto à su 42. Fundos em vidro acumulado num DEFEITOS GE 43. Dobras série de ondas ou dobras horizontais o - - =-=- =:.:':::.... --"-!:... 44. Riscos verticais pequenas dobras no lado ou pescoço da garraf 45. Pedras inclusões do refratário ou composição mal fundi . 46. Bolhas glóbulos de ar na massa. 47. Farinha bolhas de tamanho diminuto. 48. Corda faixas de vidro não homogêneo. 49. Traços escuros de ferro pequenas manchas pretas no vidro. 50. Marcas da tesoura marcas em forma de letra "c", bem sublinhadas no vidro. 51. Marcas de óleo estrias curtas de bolhas no vidro. 52. Quebras garrafas lascadas ou quebradas 53. Onduladas ondulações verticais, finas, na superfície. 54. Costas estriadas ondulações verticais, finas perto do pescoço ou om _ - 55. Dobras no corpo da garrafa dobra grande na superfície externa da garrafa. , 56. Deformada garrafa entortada para um lado, chupada, bojuda. 57. Má distribuição Área de paredes finas e grossas, especialmente ==- _ ' _ laterais. 58. Marteladas superfície interna ou externa irregular 59. Forma suja frascos com depósitos de carvão o 525 Utilização de recipientes de vidro O vidro ainda é o grande apresentador para a venda de produtos alimentícios, ? _ mente pelo seu atributo maior, que é a expressão visual e comunicabilidade que dá ao produto, suficiente para que conquiste, de pronto a preferência do consumidor. Assim sendo, e com o objetivo de mostrar bons produtos, seus fabricantes procuram em- balar em vidros, alimentos das mais atraentes cores e formas especialmente selecionados. Os produtos obedecendo suas caracterfsticas de consistência e quantidade, são expedidos em grandes e pequenos tamanhos: garrafas, potes e copos. São envasados em: garrafas copos - Água mineral - Bebidas alco6licas - Ketchup - Leite de coco - Mate - Mel - Melado - Molhos - Refrigerantes - Sucos - Xaropes Potes - Alcachofra - Azeitona - Baby foods - Beterraba em vinagre - Café - Caldos -Cebolinha - Cereja - Cogumelo - Doces em calda - Geléia -Karo - Maionese -Mel - Melado - Nescafé - Palmito - Picles - Purês - Toddy - Tremoço PRODUTOS ALlMENTICIOS ENVASADOS EM RECIPIENTES DE VIDRO - Alcachofra - Cogumelo - Doce de leite - Geléias - Produtos dietéticos - Queijos cremosos 526 EMBALAGENSDEPAPELAO o papelão, por seus diferentes tipos, con:~::! ;;:::s:eriEl U<='-"_-'" empregadas: - para o envasamento de produtos secos; - como embalagem auxiliar, protegendo uni - como embalagem de transporte o Na fabricação de caixas para produtos alimentí ' tolina ou cartão duplex, papelão liso e ondulado ou corr ::.-. As embalagens de papelão são utilizadas principalmerxe .::2::;' ~!:::::;=:::::;:::~s:::x:!;= "",--.;..c;.o~ também são empregadas para o envasamento de líquidos, materiais; também são usadas para a locomoção de garrafas o"...:;' A escolha da embalagem de papelão depende da densida 'e, :?-:::-~~ e de sua disposição em contato direto ou não com o papelão· neste alimentos gordurosos, estes devem ser protegidos por envoltóríos i:'~_e.:::.=::t:=t=r.:::: '!l::c::;3::.::lw- dos em caixa tratada por revestimentos adequados. Antes de serem focalizadas as embalagens obtidas com as vãrizs espé ' deteremos em breve análise de suas peculiaridades, O papel, a cartolina e o papelão, se distinguem por sua gramatura, espessur ;;-~-=- modo geral, se admite como papelão, a folha de papel de espessura a partir de 300 _ décimos de mm) e de gramatura acima de 200,250g/m2 . Segundo sua diferença por gramatura, espessura e rigidez, podemos definir o pape tolina e o papelão, quando eles apresentam as seguintes especificações: ::.=-- :: PAPEL CARTOLINA PAPELÃO É a folha de papel de elevada gramatura e espessura. • Cramatura: a partir de 200/ 250gr/m2 • Espessura: mais de 300 mi- cras Folha rígida É o cartão leve ou fino .Cramatura: 120/150 a 200/ 250 g/m2 • Espessura: 150 a 300 micras. Folha rígida É a lâmina ou folha de fibras cruzadas, geralmente vegetais. • Gramatura: até 120 a 130 g/m2 • Espessura: até 150 micras Folha flexível Essa classificação, no entanto, não é absoluta, pois não engloba as excessões que ocorre em relação ao emprego, hábitos e denominações tradicionais, porém impróprios, dadas a cenas papéis, cartolina e papelões, como: "papéis" pesados, de elevada gramatura, empregados como "liners" no papelão on 'o e que, segundo sua especificação, não são papéis e sim papelões;- "papel secante", que, por suas características, na realidade também é papelão; - "papéis de alta grarnatura", utilizados para impressão, que efetivamente são papelões, Sobre gramatura, espessura e rigidez, será útil recordar seus significados e Gramatura Enquanto o peso correto de materiais é computado por unidade de '01 ~, o peso o papel é expresso em unidade de superfície, em razão de sua utilização ser por área e não por volume. Gramatura se define pois, como o peso 1 em gramas, de um metro quadrado de papel. Espessura É a bitola ou medida da distância entre uma face e outra do papel. 527 · Rigidez É a qualidade contrária à da flexibilidade, capaz de permitir que o material se dobre ou curve. EMBALAGENS DE PAPELÃO LISO O papelão liso se caracteriza por elaborar caixas inteiriças, sem vincos e dobragem. O papelão empregado é o de tipo Paraná, cuja gramatura varia de 250 a 400 gfm2; este papelão não é absolutamente liso; é poroso e quebradiço. Para que este papelão ofereça melhor aspecto, geralmente é revestido ou laminado em sua parte externa, com papel branco ou com outros materiais. CAIXAS DE PAPELAO LISO , A embalagem de papelão liso é pouco utilizada para produtos alimentícios, servindo para acondicionar doces de leite, de batata, abóbora ou coco, salgadinhos, frutas secas e outros pro- dutos de confeitaria e de panificação. EMBALAGENS DE CARTOLINA A cartolina, que tem constituição duplex, de excelente receptividade à impressão, apre- senta uma face branca e outra de cor parda ou creme; por sua maleabilidade,·é matéria prima que se presta facilmente para a elaboração de caixas e cartuchos, submetidos à processos de vin- cagem e dobragem. As embalagens de cartolina são usadas para o acondicionamento direto de alimentos secos como a maizena, farinhas, féculas, pós para bolos, protegidos por envoltórios de papel ou plásticos; para melhor proteção e com a finalidade de conferir ao produto maior "status", as embalagens de cartolina também envolvem garrafas de bebidas finas e vários produtos de apresentação sofisticada. Em embalagens de cartolina, os principais produtos comercializados entre nós são: Açúcar cristal Açúcar mascavo Araruta Arroz Atum Bacon em fatias Biscoitos Bombom Café Caldo de carne Canjiquinha Chá Chocolate em pó Com flakes Creme de. arroz Cremogema Cremovita Dextrosol Doce de caju Farinha de aveia Fécula de batata Flococo Gelatina Germe de trigo Grissini Leite em pó Maizena Margarina Mate Mistura para bolo Mistura para salgadinhos Ovo de paschoa 528 Pão de queijo Pastel Picolé para congelar Pipoca PÓ para manjar Pó para pudim Pó para sorvete Polvilho Queijo fundido Raviole Sardinha Sagu Tempero para feijão Vodka Whisky PRODUTOS ACONDICIONADOS EM EMBALAGENS DE CARTOLINA EMBALAGENS DE PAPELAO ONDULADO Apesar da série de concorrentes que possui, principalmente o plástico, a embalagem de pa- pelão ondulado registra o maior índice de consumo entre todos os acondicionantes rígidos, pelas vantagens do menor custo de seu material, de fabricação e de montagem e, ainda, por sua versatilidade em tamanho e estilo. Essas razões justificam o largo emprego das embalagens de papelão ondulado, como acon- dicionantes exclusivo, auxiliar ou coletivo (para resguardar várias unidades) e, principalmente, para o transporte de produtos alimentícios (contentores e tabuleiros). VANTAGENS DAS EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO - Menor peso, apesar de sua rigidez - Capacidade de amortecer choques - Mais baixo custo em comparação com as de outros materiais rígidos - Facilidade de impressão de manuseio de receber adesivos de aceitar grampos metálicos de combinar com outros materiais (plástico, alumínio, etc.) - Conservaçao do odor, coloração e umidade' dos vegetais - Aptidão para as operações de corte, vincagem, entalhagem e colagem - Excelente compatibilidade com produtos alimentícios - Quando impermeabilizadas, resistem a longos transportes e armazenamento - Permitem a recic1agem do material utilizado, para nova matéria prima - Não constituem problemas de poluição MATÉRIA PRIMA PARA ELABORAÇÃO DO PAPELÃO ONDULADO Para a obtenção do papelão ondulado, são utilizados diferentes tipos de miolo e faces, que, segundo a matéria prima empregada, influem no rendimento funcional da embalagem. É o seguinte o material destinado à elaboração do papelão ondulado: I Papel comum para envoltórios I B o papel reciclado, fabricado com papéisatirados fora. Matéria prima para a fabricação do papelão ondulado 529 Matéria- prima para a fabricação do papelão ondulado Papel comum para envoltórios Papel de polpa de palha Papel ou cartão de duas camadas Papel de polpa serni- química Papel "Kraft" - Pela heterogeneidade do material utilizado, este papel contém fibras de diversas formas e qualidade, que transmitem ao produto menor resistência. Por essa razão é somente empregado na ondulação e constituição da face interna, como material de partida. É obtido pela desintegração semi-quírnica ou mecânica da palha. Com seu uso a lâmina ondulada se torna astan e rígida. camada interna é feita de material reei- clado e a externa, de polpa químíca.uímica. B utilizado na camada ondulada, com a fi- nalidade de tornar o papelão mais rígido. A polpa semiquímica é obtida principal- mente de madeiras duras e de bambu, por processo de degradação química. A base de polpa do sulfato, constitui o melhor material para a obtenção do miolo, conferindo ao papelão mais capacidade de resistência à tensão e ao estalido. TIPOS DE PAPELÃO ONDULADO A estrutura do papelão ondulado é constituída por uma ou mais chapas onduladas deno- minadas "miolo", que, por substâncias adesivas, são coladas em folha ou folhas de papel (faces). DESIGNAÇAO DO PAPELÃO ONDULADO SEGUNDO O NOM_ERO DE SEl!S ELEMENTOS • CAPA (OU FACE) COI""? .E 'TO \ . .IV\/\/\ f\ f\ f\ IVVV\/\/\f\ ~""~~ = ~ ;;;:" _\Z\ZVV~(' (Cortesia de Klabin Embalagens SA.l 530 , CAPA l~uFACE) ª§~~ªªª mmâM~ I. Papelão de face simples - constituído papel (face). 2. Papelão de dupla face - formado pela lâmina ondula de papeL 3. Papelão de dupla parede - composta de 3 elementos planos C- tos ondulados (miolo), intercalados. É indicado para caixas de grande u::::::::!::::::, alto empilhamento e conteúdo pesado. 4. Papelão de tripla parede - consta de três elementos ondula - (:::::±:i). c::!::;::.:.:s quatro faces. É empregado para embalagens volumosas, com pesada carga e para "'>"..-T--=- engradados de madeira. 5. Papelão de quatro ou mais paredes - contém quatro ou mais lâminas llil==='=-=<'" caladas por cinco ou mais faces. Segundo as características do produto a ser acondicionado e príncípalnu resistência do papelão ondulado, são empregados diferentes tipos de ondas, com mLoc5:z;::a: de sua largura, altura e número. Variações de Altura das Ondas Tipos de ondas Altura das ondas emmms 4,70 - 4,80 2,46 - 3,00 3,60 - 4,00 1,15 A B C D Outras particularidades dos diferentes tipos de onda podem influir na capacidade funcio- nal do papelão ondulado. Aproveitando essas peculiaridades, são empregadas várias combinações de tipos de ondas: A + B, A + C, B + B e B + C. A onda A, por exemplo, dá à caixa de papelão ondulado melhores condições de acol- choamento, qualidade necessária para proteger produtos frágeis e passíveis de empilhamento. Com essa especificação, a altura desta onda deve ter cerca de 4,8, com onze a treze ondas por 10 em. A onda B confere à embalagem de papelão ondulado proteção para produtos que possuam sustentação própria no empilhamento, como vidros de conservas, enlatados e caixas de pequeno tamanho. A altura desta onda é de 2,8 mm, com 16-18 ondas por 10 em. A onda C tem as mesmas qualidades que a onda A, no que se refere aofator econômico em relação ao miolo; por oferecer apreciável resistência no esmagamento, pode, em parte, substi- tuir a onda B. FABRICAÇÃO DA CAIXA DE PAPELÃO ONDULADO A fabricação da caixa de papelão ondulado se faz através das etapas de preparação do papelão e da formação e montagem da caixa. A operação de fabricação do papelão ondulado é realizada através de maquinaria provida de sistema automático. O papelão ondulado é elaborado em máquina "Coladeira ou Corrugadeira" de grande versatilidade, pois ela, recebendo a matéria-prima .ern bobinas, executa os trabalhos de ondula- ção, colagem e corte do papelão no tamanho necessário para a execução da caixa. A ondulação do miolo se faz através de cilindros de aço acanelados, segundo a especifica- ção desejada. 531 FLUXOGRAMA DA FABRICAÇAO DE CAIXAS DE PAPELAO ONDULADO - MATÉRIA PRIMA Impressora- I""'- I-- Acabamento -Convencional , Onduladeira - ~ Expedição - ImpressoraFlexografica Acessórios ~ o plano ondulado ou miolo é aquecido e umedecido com vapor e alimentado entre os dois cilindros acanelados através dos quais o papel liso adquire a sua forma. Ocorrida a ondulação, o miolo, através de rolo aplica dor de adesivo à base de amido, é colado à parte superior da onda. A capa interna se estende sobre um pré-aquecedor e à medida em que é aplicado, o adesi- vo é colado sobre o miolo; a operação de colagem é assegurada por rolo de pressão. Por idêntico processo passando o adesivo no topo das ondas, se processa a colagem da ex- terna. Nas chapas de dupla parede, ao produto inicial é colado outra peça simples. Ainda na onduladeira, procedida a colagem, o papelão, depois de cortado no tamanho exato da caixa, é enviado, segundo o caso, às impressoras, convencional ou flexográfica. As máquinas impressoras, além de executarem as manobras de impressão, também rea- lizam operações de recortes, vincos transversais, entalhes e orelhas, quando necessárias. Na máquina impressora convencional, é feito o vinco, o "slotter" e a impressão do pape- lão que, em seguida, é enviado para a sua colagem. Este acabamento da caixa é feito através da aplicação do adesivo plástico, de fita gomada ou de grampeamento. O fechamento por grampos é reservado para caixas grandes e mais pesadas. Na impressora flexográfica ocorrem o vinco do papelão, o "slotter", a impressão e a colagem da caixa. As caixas, por exigências de especificação (corte-vinco, divido, calço etc) podem ser en- viadas para a adaptação dos acessórios necessários. Após sua passagem pelas impressoras convencional ou flexográfica, ou seção de provimen- to de acessórios, a caixa de papelão, já pronta, é encaminhada à expedição; ESTRUTURA DA CAIXA DE PAPELÃO A caixa de papelão "é embalagem rígida, constituída de chapas de papelão ondulado de dupla face ou mais, que são vincadas com o objetivo de formar dobras para a produção das faces". As caixas de papelão, de modo geral, apresentam a mesma constituição, porém, em casos especiais, ocorrem variações. 532 ESTRUTURA DE EMBALAGE DE PAPELÃO O DULADO .ABAS EXTERNAS GC"- PAINEL LATERAL . L __ ~C_O_M_P_R_IM_E_N_T_O_~__~ JiORELHA (Cortesia de Klabin Embalagens sAJ Painel - é qualquer face da caixa, com exceção da tampa e do fundo; os 2 painéis da área me- nor são denominados testeiras e os 2 da área maior, painéis laterais. Abas - são as partes dobráveis da caixa, situadas no fundo e na tampa. As abas das testeiras que se dobram primeiro são as internas; as abas laterais que se dobram sobre as testciras são as abas externas. TIPOS DE EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO Os vários tipos de caixas, "containers" e bandejas de papelão, obedecem ao objetivo de desempenhar funções de embalagem, atendendo aos requisitos de proteção que devem dar, em . todos os sentidos, aos diferentes produtos alimentícios. As figuras a seguir mostram os tipos de embalagem de produtos, de emprego mais comum entre nós. EMPREGO DAS EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO As embalagens de papelão ondulado são constituídas por caixas, contentores (containers) e bandejas, que desempenham suas funções de acondicionar, transportar e proteger os produtos por pequeno espaço de tempo. CAIXAS As caixas de papelão para embalar produtos alimentícios, salvaguardando as exigências de seu conteúdo e a proteção que lhes deve ser dada, podem ser feitas com papelão de diversas qualidades. Os produtos mais densos, de maior volume e que reclamam maior grau de proteção, prin- cipalmente mecânica, devem ser acondicionados em embalagens de papelão ondulado, que ofe- recem condições mais elásticas para atender aos requisitos que se apresentam. Há portanto exigências que devem ser cumpridas, tomando compatíveis as características do produto alimentício com as da embalagem. 533 TIPOS DE EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO Caixa Normal Aba Parcial ,D,O-------- I I I I I I I I Caixa Normal Aba Total Caixa Especial I I I :r - - - - -lbt ----- Cai xeta Corte e Vi nco de 1 peça - O rei has nos dois painéis extremos J,ODç:J, Caixeta Corte e Vinco de 1 peça - Tampa com Abas Parciais que superpõem o fundo externamente (Cortesia de Klabin Embalagens S.A.) 534 TIPOS DE EMBALAG 11 0111 I li Bandeja Corte e w~ com duas espess laterais e com flanges Caixa Corte e Vinco com alça Caixa Corte e Vinco com alça q <J d Porta Garrafas I I-- --- --~-.J.r~------- " I I111 I IIhV O I 10 G111 I I 111 I I 411 I I til : I- - - - - - ~ -,I.; - - - --- •• I ,'" Porta Garrafas (Cortesia de Klabin Embalagens S.A.) 535 Assim sendo, para certas linhas de alimentos são indicadas as caixas de papelão correspon- ente. Caixa para vegetais As verduras, legumes e frutas, serão acondicionadas em embalagens de papelão ondulado, providas de segurança mecânica e inclusive munidas dos dispositivos necessários para não inter- romper a circulação do ar e com isso não interromper o processo de perspiração do produto; essa caixa é destinada não só ao mercado interno como externo, para a exportação de frutas como laranjas, abacates, maçãs etc. EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO PARA VEGETAIS (Cortesia de Klabin Embalagens S.A~) Em casos especiais, é necessano o uso de caixas tratadas por revestimentos internos e impregnadas por substâncias destinadas a impedir o crescimento de mofos nas superfícies das frutas. ta••• para carnes Carnes bovinas, porcinas, de aves e de pescado, tanto em estado fresco como congeladas, podem ser embaladas em caixas de papelão ondulado, desde que adequadas às características destes produtos. O principal problema causado por estes alimentos se deve ao seu elevado teor aquoso. Essa ocorrência obriga a utilização de embalagem impermeabilizadora; a providência deve ser tomada, especialmente quando se trata de carnes congeladas. Quando retirada do frigorífico, a caixanão impermeabilizada fica umedecida pela con-i- densação que ocorre nas suas partes interna e externa. Caixa para recipientes de vidro Tratando-se de embalar litros, garrafas e potes de vidro contendo produtos líquidos, 536 semisolidos ou pastosos, a caixa deve ser 2.C4~:ro:0-s, papelão, intercalados entre os recipientes direção lateral e sobre a parte superior da caixa, Essa capacidade de proteção é bastante iníl ~- _-_ pel gramamra, dade do papelão, pela altura, número e direção das o iolo. forçada por acessórios, como tiras de - resistir aos oques c impactos de íensídade e elastici- Caixa para enlatados A caixa de papelão ondulado para embalar enlatados. tos ou as latas são dispostas em várias camadas, precisa ser ortiâcada, ques e forças de compressão. Essa caixa deve ser fabricada com papelão sólido e resistente e da por cintas de material plástico ou metálico. s produ- os cho- Caixa para outros produtos Segundo os produtos alimentícios,as caixas para a sua embalagem devem ter as sesuinres características: - Ovos: a caixa, para a segurança do alimento, será compartimentada e suficientemente forte para suportar as manobras de empilha- mento. as caixas deverão conter material refratário à absorção de substân- cias graxas. - Produtos variados: a caixa de papelão ondulado, com as especificações exigidas, pode embalar grande número de produtos, funcionando, ainda, como depósito provisório de alimentos já acondicionados, para fins de armazenamento e de transporte. Entre os recursos da adequação das caixas aos alimentos embalados, se incluem os revesti- mentos capazes de transmitir ao papelão, resistência à abrasão, impermeabilidade à umidade c ao vapor de água, brilho e melhor aceitabilidade de impressão. - Produtos graxos: EMOALAGENS DE POLPA MOLDADA A polpa moldada, elaborada por aparas de papel, é material utilizado para embalagens de vários produtos. Preparada a massa de papel, esta é colocada em formas de metal e comprimida, para sua devida secagem. A Klabin Embalagens S.A. e a Parapolpa S.A., fabricam embalagens de polpa moldada, a primeira para ovos e maçã e a segunda para ovos. EMBALAGENS DE POLPA MOLDADA PARA OVOS 537 Estas embalagens como as de trinta unidades, são destinadas ao uso de cooperativas agrí- colas. ao abastecimento de supermercados eíndústrías. O processo de fabricação da polpa de papel é bastante similar ao do papelão. EMBALAGENS DE MADEIRA No Brasil, a indústria de embalagens de madeira ainda não alcançou o seu mais alto está- gio técnico, apesar da abundância e da alta qualidade da matéria-prima existente. As embalagens de madeira são largamente utilizadas emnosso meio em forma de engrada- dos, de caixas e caixotes, usados, em sua maioria, para o transporte de produtos hortículas e de frutas. Não há padronização de caixas para cada tipo de vegetais e de frutas, com exceção das que existem para o manuseio e o transporte de tomate, laranja, cenoura, pepino, berinjela etc. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS E EMPREGO Essas caixas, apesar de sua resistência, de poderem ser empregadas várias vezes e serem de custo razoável, têm o inconveniente de conter cantos vivos, que podem danificar os produtos, por amassamento; as caixas de tipo americano (stock box), cujos cantos arredondados evitam a produção de choques por compressão, são, por isso, recomendadas. Algumas madeiras, como material de embalagem de transporte, também têm aspectos desfavoráveis: podem ser atacadas por insetos (brocas), quando verdes ou secas; são acometidas, às vezes, por fungos, o que prejudica grandemente a sua capacidade de resistência. Por não ter utilização "one way" servindo para conter produtos em várias viagens, a embalagem de madeira pode se transformar em focos de microrganismos, principalmente fungos. Os principais tipos de caixas de madeira, empregadas em nosso meio para embalagens de produtos, principalmente vegetais, são os seguintes: Tipos de caixas: caixas pregadas engradados caixas aramadas EMBALAGENS DE MADEIRA 538 Segundo suas características mecânicas e físicas, as madeiras destinadas a embalagens se dividem: Madeiras duras e pesadas Conferem às embalagens bastante resistência aos choques. Têm exígua capacidade de serem pregadas. Estão sujeitas a rachaduras, durante sua pregagem. São úteis como peças de engradados. Madeiras de estrutura média Racham e quebram com menor dificuldade do que as madeiras do 1<? grupo. Aceitam facilmente a introdução de pregos. Madeiras moles Secam velozmente e são fáceis de serem trabalhadas. Resistentes aos choques. Têm aptidão para rachaduras por pregos. Para a elaboração de caixas, a madeira empregada deve atender aos necessários requisitos, principalmente à condição de se apresentar bem seca, com cerca de 15% de conteúdo de água. As madeiras, como matéria-prima para embalagens, devem, então, ter características es- pecíficas, principalmente no que se refere às suas condições estruturais, densidade, resistência, facilidade de pregagem e não tendência a rachaduras. Para caixotaria, as madeiras disponíveis se dividem em três grupos: MADEIRAS UTILIZADAS EM CAIXOTERIA Grupo 2 -".---------------------------------------------------------------------- Grupo 3Grupo 1 Agaçu Andá-açu Boleiro Breu-sucuruba Caixeta Canela-guaruba Cedro Copoibarana Guivira Faveira Faveira-de-arara Figueira Guaricica Imbiruçu Jacaran dá-mimoso Japacamim Açoita-cavalo Aguano ou Araputanga Amapá Amapã Amapã-da-terra-firrne Amburana ou cerejeira Araiba Baguaçu Barriga d'água Bicuíba Bicuíba branca Burici Cajuaçú Canela-branca Capixingui Caroba Almécega Amendoim Andiroba Angelin-aroroba Angico-branco Araribá-vermelho Bicuíba-rosa Bracatinga Breu-preto Cambara Canela-batalha Canela-oiti Canela-parda Canela-rosa Canjerana Coerana 539 Jequitibá rosa Louro Mandioqueira Maria-mole Pau-de-sangue Para-para Pero ba-d 'água-amarela Pinho-de-paraná Pinho bravo Pinho-eliote Pinho teda Sangue-de-drago Tacacazeiro Taperebá Tapiá Tatapiririca Ucuuba Freijó Guacá Guariuba Embuia Ingá-chichí Jacareuba ou Guanandi Mandioqueiro Mototó Mututi Passariuba Quaruba-vermelha Sorva Sucuuba Tamaraque Tuchaua Ucuubarana Copafba Eucalipto saligna Grubixa Grumixava Guatambu-amarelo Ipê-peroba Jequitibá-branco Louro-inhamui Murici Pau-d'alho Pau-jacaré Pelada Peroba-de-campos Peroba-rosa Puna Quaruba-jasrnirana Quarubatinga Sangue-de-boi Tamboril-branco Ucuubarana ou morgonçalo o pinho do Paraná é a madeira mais empregada; em sua falta têm sido utilizadas; baguaçu, canela, eucalipto, farinha seca, pinus, virola etc. As caixas reservadas a frutas são fabricadas com pinho do Paraná, madeira de extrema leveza e fácil de ser trabalhada; seu fechamento é feito com arame, fita de aço ou com pregos. As frutas sensíveis como a uva, o morango, caqui,nêspera,figo,pêssego etc, são embala- das em pequenas caixas, feitas de compensado. Certas hortaliças, frutas e raizes, são postas em caixas de expedição, confeccionadas com madeira forte; por seu peso, pelo difícil manuseio que acarreta e por não possuir frestas para a de ar, esse tipo de embalagem favorece a deterioração do produto, por deficiência de eliminação do C02. Existem caixas especiais, com tabuleiros de papelão ou de plástico, ou com armação de arame, para a finalidade de transporte de ovos. Outros tipos de caixas de madeira e de engradados existem, com a função auxiliar de dis- tribuir produtos já embalados. Pela inconveniência de seu peso e preço, a madeira, em muitos casos, está sendo preterida, como material de embalagem, pelo papelão ondulado e pelo plástico rígido, que constituem, no momento, seus mais sérios rivais. Frutas de exportação, como a laranja, já estão sendo expedidas em caixas especiais de pepelão, visando à redução do custo operacional do produto. A substituição da madeira por material plástico, já ocorre com caixas de distribuição e de transporte de sacos de leite, de refrigerantes e de cervejas. EMBALAGENS RIGIDAS DE PLÃSTICO Presentemente as embalagens rígidas de plástico, de diferentes tipos, (caixas, jaulas, cestos), são usadas principalmente como substitutas de caixas de madeira, para o transporte e guarda temporária de garrafas, leite, de alimentos de fácil desagregação e de unidades de outros produtos já embalados. As embalagens de função de transporte, geralmente são feitas de polietileno de alta densi- dade. 540 CAIXAS RfGIDAS DE PLÁSTICO Para embalagem de ovos, também são empregadas embalagens duras de plástico, de fácil manuseio por seu sistema de encaixe, segurança e ventilação. 541 EMBALAGENS DE POLlPROPILENO Ainda para embalagens rígidas de plástico, para alimentos especialmente frutas e outros vegetais, se utilizam chapas deestrutura alveolar de polipropileno. Por sua resistência à baixas temperaturas, exigência de menor espaço quando desmontadas e facilidade de serem armadas no próprio barco, estas embalagens de polipropileno são emprega- das para peixes. A chapa de polipropileno tem excelentes propriedades: de resistência aos choques e umi- dade; leveza, impermeabilidade, facilidade de coloração e de impressão de "silk-screen", oposi- ÇáO à deterioração por agentes atmosféricos mesmo diante de longa exposição e como o papelão ondulado, ótimo desembaraço durante as operações de corte, dobragern, soldagem e pregagem. A chapa plástica de polipropileno é constituída de 2 folhas contínuas, ligadas através de nervuras longitudinais. À disposição do mercado nacional, as embalagens de chapa alveolar de polipropileno, são fabrica das por "Plásticos Mimo S.A." (policarton) e "Comércio e Indústria T. Habib S.A. (po- lionda). EMBALAGENS SEMI-RrGIDAS As embalagens serni-rígidas conquistam cada vez mais espaço de utilização para o envasa- mento de produtos alimentícios líquidos. Os recipientes semi-rígidos são elaborados por combinação de plásticos e outros materiais que transmitem à embalagem certo grau de rigidez e capacidade de proteção mecânica para a defesa do produto. Desse tipo de acondicionamento resultam benefícios econômicos, pela substituição de va- zilhames de vidro, como garrafas, e a desnecessidade de gastos com tratamentos de frio para a conservação do leite e de outros produtos perecíveis. As embalagens semi-rígidas mais utilizáveis em nosso meio são constituídas pelas garrafas plásticas e laminados formados por diferentes matérias-primas. GARRAFAS E RECIPIENTES Sua utilização para o envasamento de produtos líquidos tem crescido bastante, pelas qua- lidades excepcionais que ostentam. As garrafas plásticas comparadas as de outros materiais convencionais apresentam. as se- guintes vantagens: - são de reduzido peso; - têm características "one way"; - quebram mais dificilmente do que as de vidro; - resistem mais à corrosão do que os recipientes de lata; - são de fácil enchimento; - oferecem melhores condições de transporte; - dão ao consumidor maior comodidade de manuseio; - sua fabricação, quase automática, requer menores investimentos em máquinas e insta- lações; - em caso de rompimento, durante seu processamento, há ausência de fragmentos perigo- sos como os de vidro e bordos cortantes como os das garrafas comuns; - por não haver rotura nas enchedoras, as paradas de linha são menores do que quando se trata de vidros; - pelo material com que são constituídas, as garrafas plásticas não causam ruídos por choques nas linhas de produção ou durante seu transporte. - não despertam ruídos nos recintos de engarrafamento. 542 Contrapondo a estas vantagens, as garrafas _ I icas apresentam algumas inconveniências, segundo a matéria-prima utilizada: - têm pequena resistência à temperaturas altas: somente as garrafas com determinados materiais resistem à temperatura de pasteurização e de esterilização; -' não podem ser recic1adas para uso e novas embalagens para alimentes. PRINCIPAIS PRODUTOS ENVASADOS EM GARRAFAS P ·STICAS -i" MATÉRIAS-PRIMASPARA A ELABORAÇÃO DE GARRAFAS PLÁSTICAS SEMI-RIGIDAS Para a obtenção de garrafas plásticas, os materiais recrutados são os termoplásticos, que podem ser rígidos amoldáveis ou elásticos à temperatura do meio. Submetidos a alta temperatura, esses materiais se tornam moldáveis ou aderentes, em con- dições de serem modelados em diferentes formas. . Os principais tipos de plásticos empregados para a fabricação de garrafas plásticas, suas características e utilização para envases são: Ctoreto de Polivinilo (PVCI ------ _ Caracteristicas °PVC apresenta excelente transparência, quando combinado com estabi- lizantes; é impermeável às substâncias gordurosas. A facilidade de aceitação de pigmentos dá ao PVC, proteção contra a luz solar. Dos plásticos destinados à elaboração de garrafas, o P -Cé o ': Utilização: é usado principalmente para envasar água mine nhum sabor estranho. Outros produtos embalados são.os de média permanência na garrafa: vinagre, óleos es- tíveis, sucos concentrados, bebidas com pouco CO2. Não resulta adequada para "ketchup", por ser este altamente sensível ao O2, .---- Polipropileno (PP) Caractertsticas: 0\ PP, material pouco transparente, é empregado para a produção de gar- rafas esterilizáveis, desde que protegidas contra a luz. Utilização: serve para o envasamento de leite, em condições assépticas. ,----Polietileno (PE) -----...::....------------------- Caractertsticas: por sua grande permeabilidade aos gases e afinidade às gorduras, não pode envasár produtos indiscriminadamente. Utilizações: para embalagens de vinagre, água mineral, refrigerantes e refrescos de frutas. Com processamento asséptico pode envasar leite esterilizado. 543 ......---- Poliestireno (PSI ----------------------- Características: este plástico e seus copolímeros são bastante permeáveis ao vapor de água; é raramente usado para envasar alimentos, por transmitir a eles odor inconveniente. Utilizações: é indicado para garrafas contendo produtos de curto consumo: sucos concen- trados, bebidas não alcoólicas sem a adição de óleos aromáticos e.substâncias terpênicas. Outros materiais são ainda empregados para a confecção de garrafas plásticas, como o PET (polietileno tereftalato) e o ANS (acrilonitrico estireno). O PET é um poliéster modificado por processos químicos, que proporciona ao plástico formado, ótimas características, inclusive a de ser utilizado em garrafas para bebidas gasosas; no mercado argentino a Coca-cola foi lançada fora de sua apresentação universal, em embalagem de PET. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO A fabricação de garrafas e de frascos plásticos ocorre por diversos processos, equipamen- tos e tecnologia. Processos de Fabricação Por injeção e sopro Dupla etapa Simples etapa Por extrusão Formado por compressão Sopro POI injeção Sopro Du Ia etapa Dentro da tecnologia de fabricação de garrafas plásticas, salientam-se os processos desen- volvidos: por injeção e sopro - Milacron dos Estados Unidos; por extrusão - Akso européia; por injeção - Nissei do Japão. DIAGRAMA DE MOLDEO POR SOPRO DE GARRAFA PLÁSTICA 44 6 1. Boca do molde. 2. Nesta boca é injetado plástico fundido, proporcionando a formação de um tubo de consis- tência branda. 3. Alcançando seu tamanho estipulado, este tubo é cortado por faca especial. 4. O tubo cortado se insinua entre as cavidades do molde. 5. Pela parte inferior do molde injetado ar dentro do tubo, que expandido toma a forma do molde. 6. As duas metades do molde se separam, libertando a garrafa formada. 544 Visando a sua segurança, as garrafas semi- .~-==- ;::_ ~ tenham maior resistência vertical; suas formas ofer influência da pressão interna. Estas garrafas que exibem excelente transparên .~_ ~ G·-'CU:!'lli;;:~ ou azulada; em casos especiais as garrafas podem ser co ...:.- titâneo, ftalocianina etc). Em nosso mercado os produtos envasados em garraf - e ~_ .~.~ seguintes: água mineral, refrigerantes, vinagre, suco de frutas e Ó 005- =o::::;s;;~::s. que . à MÃQUINA DE SOPRO PARA RECIPIENTES PLà TIPOS DE RECIPIENTES ---= --=-- = MAQUINA DE PRODUÇÃO DE RECIPIENTES PLÁSTICOS SI DEL-DSL 1CS-500cc at' 1.500cc Produção de 1.500 recipientes por hora 545 Como embalagens semi-rígidas se consideram os laminados mistos, compostos de mate- riais que modificam em parte sua estrutura flexível, conferindo-Ihes relativa rigidez. Exemplos de laminados semi- rígidos Com 3 películas Polietileno/papel impresso/polietileno /Papel/ alurnínio/polietíleno Com 5 películas Polietileno/papel impresso/ polietileno/alúmf- nio/polietileno Os tipos de embalagem semi-rígidas, constituídas por laminados mistos, são aPure Pack,de fabricação desativada no Brasil e a Tetra Brick, desenvolvida pela Tetra Pack. A embalagem Tetra Brick é destinada ao envasamento asséptico de inúmeros produtos: leite (longa vida, desnatado, adicionado de sabores e fermentado), óleos comestíveis, sucos de frutas, água mineral, toddy, leite de soja (Vital). P,RODUTOS ENVASADOS EM EMBALAGEM TETRA BRIK (Cortesia da Tetra-Pack) A embalagem Tetra BriCKé formada pela superposição de cinco películas: polietileno/pa- pel cartão/polietileno/alumínio/polietileno. As virtudes de cada uma das películas desta embalagem e a complementação ocorrida entre elas, são fatores que somados possibilitam a sua segurança, para manter as condições do processamento asséptico e dar ao produto, mais dilatada vida de prateleira. Polietileno -i Papel cartão -i Polietileno ~ Alumínio 1 Polietileno H 546 CARACTERISTICAS DA EMBALAGEM lETRA BRI K Tem função estética e é responsável pela proteção do papel cartão. Confere estrutura ao laminado, resistência à tração e fácil impressão. Atua como adesivo entre o papel e à alumínio. Com sua colocação entre dois polietilenos, os póros do alumínio são vedados o alumínio pois é impermeável ao 02, vapor de água e raios ultraviolet as. Responsável pelo sucesso da terinossoldagem e isolamento do produto contido no interior da embalagem. Como se infere, a embalagem Tetra Bríc ~ ver defesa do produto contra freqüentes agente-s ~ c.·~xi!ç20 Entre esses agentes podemos citar a a, ão . permeabilidade desses raios produz no alimento na; a beta-casefna por foto-oxidação, transmite ao leite desazrad Ainda no caso do leite, a degradação da meti Tetra Brick; a influência dos raios ultravioleta sobre era -.-=~ produz metional, que dá ao leite sabor queimado e mais CO_. (Cortesia da Tetra-Pack) O material de embalagem que compreende um rolo de papel com revestimentode alumí- nio, depois de colado forma um tubo que é enchido com óleo; em seguida a embalagem é colada abaixo do nível do envase, que assim tem condição de empilhamento, EMBALAGENS FLEXIVEIS Por suas características excepcionais, tanto de caráter de proteção dos alimentos, como do ponto de vista de marketing, as embalagens flexíveis modificaram completamente o antigo panorama, pela instituição de novas formas geométricas dos acondicionantes, pela substituição de materiais tradicionais e mais caros, pelo menor custo do material, pela redução de dispendios de armazenamento e exclusão dos envases de retomo. As embalagens flexíveis, destinadas ao acondicionamento de produtos alimentícios sóli- dos, líquidos e pastosos, são elaboradas com plástico, celulose, alumínio e papel. Desses materiais básicos, o plástico evidentemente é o de maior importância. 547 EMBALA D PL I S O emprego de plásticos começoui em 1909, após as experiências de Leo Bakeland, através de reações de fenol e forrnalde ído; a expansão do seu uso só ocorreu por volta da grande guer- ra, pela necessidade de solucionar o problema de abastecimento alimentar dos exércitos de am- bas as facções combatentes. O primeiro material plástico conseguido e colocado no mercado foi a baquelite, e poste- riormente a galalite e outros polímeros e combinações destes, cuja lista cada vez mais tem sido acrescida. O número de plásticos tem aumentado, principalmente em razão do maior crescimento da indústria petroquímica, que contribui em grande parte para a produção de matéria-prima para embalagens. Em todos os setores de atividade onde é aplicado, o aproveitamento e a evolução do plás- tico provocou verdadeira revolução, pelo seus estilo funcional e modificador de hábitos. Por todas estas razões, na atualidade, de todas as embalagens, é a de plástico a que reveste o maior número de produtos alimentícios; as fabrica das com polietileno e poliester por exemplo, são utilizadas em quantidades que atingem milhões de toneladas. Os acondicionantes plásticos empregados para embalar sucos e fabricados com po- lietileno, PVC atóxico e delaminados, têm se desenvolvido extraordinariamente. Estudando as particularidades das embalagens flexíveis, as focalizaremos em conjun- to, apesar de suas origens distintas; é que muitas vezes, principalmente em se tratando de la- minados, os diversos materiais se completam em figurações variadas. co nstitu ição dos PI ásticos Os materiais flexíveis emp ~ dos _ já foi mencionado, são constituídos de plásticos, de celulose, de tos de combinações destes, os denominados larninados. Os filmes utilizados nas embalagens são formados por polímeros, que são grarvíes molé- culas, resultantes da condensação de moléculas menores, os monômeros. A junção dessas moléculas mais simples, variáveis em sua qualidade e quantidade, produ- zem diferentes estruturas, cruzadas, com ou sem ramificações, em forma de cadeias ou lineares. Os pol ímercs, que com exceção do alumínio e da celulose, são originados da indústria petroquímica, são obtidos por adição e condensação. Por adição simples, se encontram Poliolefinas, polivinil, poliedóxidos e poliacetal; por unidades repetidas, o polietileno, polivinilideno e pOliformaldeÍdo. Na polimerização por adição, a união dos monõmeros é feita por simples junção; a com- posição centesimal do produto final equivale a do monômeno. No processo por condensação, os monômeros se reúnem em conseqüência de uma reação química de condensação, com elimi- nação de pequenas moléculas; isso ocorre com poliamidas, com o polietileno (eliminação de água), com policarbonatos (ácido clorídrico etc). Quanto à sua contituição, os polímeros se dividem em: I Compostos de um só tipo de monômeros, queHomopolímeros forma o polímero por repetição. '" ? i", tos, como ínio e papel ou de produ- Divisão constitutiva dos polímeros Copolímeros São polímeros compostos de moléculas conten- do grande número de unidades de dois ou mais diferentes tipos em seqüência irregular. Em relação à estrutura estereoquímica, os polímeros podem ser isotáticos e singiotáticos. Quando os radicais da substância se apresentam com a mesma estrutura estereoquímica (dextrogira ou levogira). lsotáticos 548 Polipropileno isotático CH3 - ÇH3 " CH2 - C - CH2 - C -ti II Poliestireno isotá tico C6H5 C6HS CH2 - C - CH2 - C - H H SingiOtáticos Quando os radicais se alteram em sua estrutura estere~oq~:±i!.. PVC ou polivinil CI H CH2 - C - CH2 - C I ,. H CI Polímetil-meta acrilato CH3 Ç02 CH3 I CH2 - C - CH2 - C - I C02 CH3 I CH3 No que conceme à sua estrutura física, os polímeros são: Estrutura física dos polímeros Amorfos I,NlIO há estrutura ordenada entre as cadeias ( Há certa ordenação entre as cadeias, com a presença de espa-Cristalin os . ços intermoleculares característicos. Em referência à sua coloração, os polímeros podem ser opacos, como os de natureza fenó- lica e claros, quando de origem acrílica. Com a finalidade de dotar as embalagens flexíveis, de caracteristicas indispensáveis em re- lação ao produto, são adicionados ao material de sua elaboração substâncias químicas, capazes de estabelecerem as modificações desejadas. Entre estas, se contam principalmente os revestimentos e os plastificantes. São constituídos de vernizes e outros materiais, que se aplicam num só ou nos dois lados do filme, visando à facilidade das operações de trabalho Revestimentos e as condições protetoras da embalagem. Os vernizes são empregados aeravés de solvente orgânico e em seguida re- cuperados.-------- São substâncias agregadas a um plástico ou a um elastômero, aos quais concede mell.oria principalmente de sua flexibilidade e distensibilidade, Plastificantes transmitindo ao material condições mais fáceis de ser tralhado. Os revesti. mentos utilizados usualmente, são a nitrocelulose, a parafina, o polieti- leno etc. 549 Segundo a sua ação.vos plastificantesse juntam em váriosgrupos químicos, dos quais alguns deles são I empregados correntemente nos materiais de embalagem de alimentos. Quando se trata de produtos alimentícios, há restrições para o emprego de certos plastifi- cantes de material de embalagem, pelos problemas de incompatibilidade que provocam. Entre os plastificantes utilizados para dar flexibilidade aos polímeros, estão adipatos e ftalatos, derivados respectivamente dos ácidos adipico e ftálico. Nem todos os ftalatos e adipatos podem entretanto ser usados em embalagens de alimen- tos, por ocasionarem, muitos deles, intoxicações. Grande número de baldes plásticos' contêm material tratado por ftalatos e adipatos tóxi- cos, que transmitem sua impropriedade ao alimento, como acontece com sucos ácidos. Também são incorretos para serem utilizados como acondicionantes de alimentos, os bujões vazios de gasolina ou querosene, feitos de polímeros que são sempre tóxicos. Nossa indústria usa como plastificantes o diocliftalato e o acetilcitrato de tributila; este último, não se enquadra no grupo de ftalatos ou adipatos. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DE EMBALAGENS PLÁSTICAS É de inegável transcedência o conhecimento das propriedades das matérias-primas desti- nadas às embalagens de produtos alimentícios. _-o caso de embalagens flexíveis não só os filmes como as diferentes combinações destes, necessitam ser avaliados em todas as suas características, visando à sua inteira adequação as especifica> ões do produto. As prin ipais p o embalagem flexí- - vel, são as seguintes: Permeabilidade ao vapo! de água Perrneabilidade aos gases (especialmente O2 e CO2) Termossoldabilidade Faixa de temperatura de trabalho Propriedades Fundamentais De boa aparência De presença no mercado De variabilidade na qualidade De maquinalidade De custo Condições Principais propriedades de embalagens flexíveis Outras Propriedades De claridade De atoxidade De compatibilidade com o produto De rigidez Qualidades - Aos choques - Química, De resistência: especialmente às gorduras - Ao abrasão 1 - De elasticidade De capacidade: _ De encolhimento De não exalar odor De não transmitir sabor 550 ~E~!IlS são: agem de vá- . larga con· íbrio da ;;:""';nT'iril' nento Na hierarquia de sua importância, as pro rie '''''::5 ~ diais Permeabilidade ao vapor de água: a proj r: .", '" ~e Permeabilidade ao vapor de água: na emb ~ síderação, a barreira à água, atendendo príncípalmerae '- eza umidade relativa do ambiente e do produto, inclusive . '" -' ~rer-::I!::mtEs;?== de contaminações microrgânicas. água, medida em graus, que em 24 horas, sob condições ratura, atravessa um metro quadrado de material". Permeabilidade aos gases: a penetração de gases, princi dos produtos, estabelece inconveniências, que não ocorrem e esses agentes. A penetração de O2 no interior de produtos, pode ocasionar PItlOeS'Sol:)5 -~ ::z::~±3::::~J.. perdas de substâncias voláteis e o crescimento de microorganismos aeróbios, A permeabilidade ao O2, é definida como: "a junção de O2, medida '" _ diferença de pressão e sob prévia temperatura, durante 24 horas, atravessa l m? '0 ~--"- • Faixa de temperatura de trabalho: é uma propriedade assinalada, de eficiênci ~'. que visa à avaliação de comportamento do material, dentro de uma temperatura máxima e ~'- nima; por exemplo, com temperatura mínima o material se quebra e com máxima ela amole- ce ou se toma pegajoso. Melhor tipo de avaliação porém, é o que se estabelece por comparatividade, segundo o Dr. Oswin da "British Cellophane", os valores comparativos são obtidos através do polietileno, to- mado como padrão. Com esse critério, é muito mais fácil e prático caracterizar as propriedades de outros materiais, como melhores ou piores do que as do polietileno padrão. Termossoldabilidade: é propriedade investiga da obrigatoriamente, na criação do protó- tipo da embalagem. As suas características de fechamento são de grande influência sobre a preservação do alimento e portanto sobre a vida de prateleira do produto. Para o fechamento de embalagens compostas de filmes, a camada interna do laminado, deve ter ampla faixa de temperatura, para que não ocorra problemas de termossoldagem. PRINCIPAIS PLÁSTICOS FLEXIVEIS E SUAS CARACTERISTICAS OS principais materiais flexíveis para embalagens de produtos alimentícios são encontra- dos em forma de filmes simples ou combinados, produzindo os laminados. FILMES SIMPLES Da longa lista de materiais postos à disposição da indústria de embalagens, destacamos os de maior evidência: Acetato de celulose Acrilonitrila Álcool polivinílico Cloropolivinila Cloropolivinilideno Nylon Poli carbonatos poliéster Poliestireno Polietileno IAltaBaix> densidade j0rientadoPolipropileno não orientado 551 ACETATO DE CELULOSE o acetato de celulose é plástico de origem celulósica, elaborado através <dotratamento da celulose, por ácido acéticoe anidrido acético, sob ação catalítica. De suas particularidades, sobressai a da sua extrema rigidez e sua facilidade para a aceita- ção de substâncias corantes; por sua dureza os plásticos com acetato de celulose resistem firmemente aos choques. Como os plásticos vinílicos, os de acetato de celulose são modificados em suas proprie- dades, pela adição de outros elementos, buscando o atendimento das especificações necessárias. O acetato de celulose tem numerosas aplicações em vários setores; como material de em- balagem, ele é empregado em forma de chapa. ACRI LONITRI LA É monômero bastante empregado em copolímeros e que resulta da junção do acetileno ao ácido cianídrico sobre influência catalítica. Com o estire no e o butadieno, origina resinas de.acrilo-nitrilo-butadieno; com o butadieno a acrilonítrila, produz caucho de nitrilo. ALCOOL POLlVIN(LlCO O álcool polivinílico é obtido pela hidrólise do acetado de polivinilo, em solução alcoóli- ca, com a presenç te tzliza Como mate - _125 - - o I cool polivinflico é dos plásti- cos vinilicos dos mais utilizados. Contendo em sua molé ula, pos hi roxíla - s, o álcool polivinilico apresenta solubili- dade aquosa, que aliada à sua resistência à tensão e facilidade de deslocação, fazem com que ele tenha condições para a produção de filmes acondicionantes. Além dessa função, o álcool polivinílico é empregado sobre tecidos e papéis e em adesivos. Os resíduos originados do álcool polivinílico são mobilizados para certas finalidades, por suas características de flexibilidade e de resistência. CLOROPOLlVINILA - "PVC" A cloropolivinila, (polyvinylchloride), clareto de polivinila ou mais vulgarmente conhecida por PVC, resulta da polimerização do clareto de vinila, sob ação catalítica. É o principal representante da família dos polímeros dos plásticos vinílicos, Pela grande variação de seu peso molecular, o PVC é o material mais versátil de todos os: plásticos, através de suas diferentes propriedades: solubilidade, resistência química, fluidez, faci- lidade de elaboração e de receber tinturas, baixo preço etc. As principais características do PVC são: Vantagens: É seis vezes melhor como barreira ao O2, do que o polietileno. Apresenta maior rigidez do que o polietileno. Desvantagens: É dez vezes menos resistente à água do que o polietileno. Por seu caráter de maior dureza do que o polietileno, o PVC é utilizado para a produção de bandejas e "blester", Como o PE é aplicado em filmes encolhíveis. O fato de ser necessário agentes plastificantes para transmitir flexibilidade ao PVC, pode conferir a este propriedades tóxicas. O PVC não é empregado com vulgaridade para embalar certos alimentos. Certos copolimeros de origem vinílica favorecem o seu encolhimento em embalagens destinadas ao acondicionamento de carnes e de produtos lacticínicos. 552 CLORETO DE POLlVI IUCIENO o PVdc (polyvinylidene chloride), é ob '- por polirnerizaçãode diferentes monômeros, dos cia, de flexíveis a rígidos. Vulgarmente o cloreto de polivinilideno é copoliJ:r.e:~b rística é conhecido comercialmente sob os nomes de Saran Q C;; Como material de embalagem, o PVde tem as seguintes _ :.cc.-=...c:..-= Vantagens: É excelente barreira contra a umidade. Apresez - :. - neste particular é 600 vezes mais potente do que o polietileno. Sua '-C.,_~-'-'~ é de 40%de seu volume. É 4 a 5 vezes mais resistente do que o polietilez Desvantagens: É de preço elevado. Apresenta precária claridade. A faixa de temperatura de trabalho do PVdc oscila entre -30 e + 650(. As qualidades de impermeabilidade à água e gases, poder de resistência e tilidade, fazem do PVdc ótimo acondicionante para vários produtos alimentícios, z: elevado custo. Para queijos e carnes, principalmente, o PVde é utilizado para a fabri cos de grande formato, porém de reduzida espessura (cerca de 25 microns). O PVdc, por ser de alto custo e nos casos previstos, é empregado comumente como tura de outros materiais de menor preço, como por exemplo o papel, o polietileno, celof PVC. NYLON "POLlAMIDAS" A denominação genérica "Nylon" abrange as poliamidas sintéticas, das quais várias delas podem ser consegui das na forma de fibras. O nylon é produzido pela policondensação de diaminas com diácidos ou pela condensa- ção de omega-aminoácidos. Entre os tipos básicos com que se apresenta o nylon, se destacam: 6/6, 6, 6/10,11,12, e 66. O nylon 6/6. é o representante mais vulgar da classe; o 6 é o polímero resultante da aber- tura do anel de caprolactam; o nylon 6/10 é originado pela substituição do ácido sebácico pelo ácido adipico; por junção deste agente plastificante, o produto adquire maior elasticidade. As propriedades e características destes três tipos de nylon quase que se equivalem. Em relação ao poliéster, do qual é bom substituto, o nylon tem as mesmas característi- cas de resistência e as mesmas condições como barreira à água e ao oxigênio. Sobre o poliéster, o nylon leva ainda vantagem, por ser possível ser formado à vácuo, em- balar pedaços maiores de carne, em sistema de pré-soldagem de "poches" na mesma linha do processo de enchimento. O fato do nylon suportar calor, até o limite máximo de l40oC, favorece a exposição do produto embalado, a temperaturas de esterilização. Corno desvantagens para o uso do nylon, como material de embalagem flexível estão as de sua dificuldade de ser fechado sozinho e o seu alto custo. POLIÉSTER--------------------------------------------------------- O poliéster (tereftalato de poliestireno) é material plástico surgido da condensa ão que ocorre entre um diácido ou seu anidrido. No que diz respeito aos interesses ligados às emgalagens, o poliéster demonstra as seguin- tes particularidades: Vantagens: É oitenta vezes superior ao polietileno, como barreira ao O2, É quatro vezes mais resistente do que o PE. Possui boa faixa de temperatura de trabalho (estabilidade até 1500C). Desvantagens: É três vezes menos resistente à umidade do que o PE. Utilizado sozinho, é de difícil termossoldagem. Tem alto custo. Como PE, o PVC e o poliestireno, também o poliéster possui qualidades de terrno-enco- 'iimento. 553 Utilizado como envoltório ("over wrapps") de vegetais e carnes, o poliéster sob ação calá- rica, se retrai, fazendo com que a embalagem adquira bastante rigidez. Nas embalagens "retortable pouches", geralmente dois filmes plásticos envolvem uma fo- lha de alumínio; o plástico externo, quase sempre é o poliéster. Essas embalagens se destinam a alimentos congelados ou para acondicionar comidas já prontas, bolos, etc. -_ Há pouco tempo, foi conseguido novo tipo de poliéster, caracterizado por sua notável resistência mecânica à tensão; essa peculiaridade, permite à embalagem suportar impactos e levar quedas de grandes alturas sem qualquer estrago. O poliéster é encontrado no comércio, sob a denominação de.Dacron, Mylar e Mellnex. POLlESTIRENO O poliestireno, "também conhecido como poliestirolene, é material termoplástico, obtido da polímerização do estireno. Os produtos de poliestireno são produzidos por processos de moldagem, injeção e extru- são. Os moldados são extremamente leves e destituídos de odor ou sabor; podem ser elabora- dos em tonalidades claras ou em diferentes colorações. Buscando conseguir materiais especiais, principalmente com maior rigidez e resistência ao calor, se faz a polimerização do monômero estireno, com outros monômeros e polímeros. Por razões de suas diversas aplicações o poliestireno pode ser modificado em várias de suas características por: -. Copolimerização - Direção orientada das moléculas o oolíraem Modificadores das características do poliestireno aditivos polímeros de mais alto peso molecular plastificantes tipo látex, caucho cargas (farinha de madeira, fibra de vidro) etc. As principais características do poliestireno são a sua rigidez, dureza, transparência e ótimas qualidades isolantes; certas propriedades do poliestireno, variam com a temperatura a que são submetidas. VANTAGENS E DESVANTAGENS DE APLICAÇÃO DO POLlESTIRENO Vantagens Sem sabor -Incolor Moderada resistência aos produtos químicos (essa resistência é inferior à do polietileno). Absorção reduzida de água Fácil moldagem Baixo preço Fragilidade Baixa resistência à temperatura de 1OooC (água fervendo). Fraca resistência aos óleos O poliestireno é empregado em vários tipos de embalagens, em forma de copos, para iogur- te, geléias, de caixas para margarina, doces e temperos e de pequenas bandejas para o acondi- cionamento de vários alimentos vendidos em unidades. 554 POLI ETllENO Destaca-se dos demais plásticos, por sua versatilidade. É substância termoplástica, originada da familia poliolefínica dos plásticos obtidos pela polimerização do etileno. O polietileno elaborado, pode ser de alta e de baixa densidade; o primeiro, para sua fabri- cação, exige baixas temperaturas e pressão e a ação de catalizadores coordenadores, ao passo que o segundo necessita de altas temperaturas e pressão. Em relação à sua aplicação, o PE apresenta inúmeras vantagens, pela sua compatibilidade com muitos alimentos, pela sua transparência, resistência, termossoldagem fácil, boa impermea- bilidade à água, pela sua faixa de temperatura de trabalho (em torno de - 50 à 700C), custo ba- rato e de farta presença no mercado. A boa resistência que denota contra a umidade, não é satisfatóriaporém, no caso do PE de baixa densidade, por ser mais permeável do que o de alta densidade; por isso, não deve acon- dicionar certos produtos, como sopas desidratadas, bolachas, biscoitos etc. O filme de PE de baixa densidade, tem ainda pequena resistência ao calor (acima de 700C) e por isso não podem os produtos que envolve, serem tratados por fervura ou ensacados quando ainda quentes. Em razão do fluxo contínuo de O2, que nela se processa, a embalagem do polietileno de baixa densidade, não é suficiente para deter a contaminação de produtos, pela penetração de microorganismos da flora aeróbica; também nesse tipo de plástico, pode ocorrer no produto perdas de substâncias voláteis e processos de rancifícação de gorduras. O PE de alta densidade, em relação ao de baixa, tam melhores características técnicas: é mais rígido, resiste à água fervente e ao vapor, é três vezes mais eficiente contra o trânsito de O2, duas vezes contra a umidade e melhor como barreira às gorduras. Apesar das vantagens enumeradas do PE de alta densidade, a sua utilização não é generali- zada, pelo seu custo, que é o dobro; seu emprego se limita a determinados alimentos, fervidos com a própria embalagem. No que diz respeito ao seu aproveitamento como material para embalagens, o PE é usado sob a forma de filmes ou laminados, conjuntamente com alumínio, papel, celulose ou outros tipos de plásticos. Sobre o procedimentodo PE, quando unido a outro filme, ele tem relativamente alta per- meabilidade ao O2 e CO2 e baixa ao vapor de água. Estas particularidades fazem com que os alimentos embalados em sacos de polietileno, possam "viver e respirar" no congelador, sem que haja no produto perda de peso em conse- qüência da saída de água. POLlPROPllENO O polipropileno pertence à família poliolefínica dos plásticos. É originado da polimerização do propileno, sob a ação de catalizadores. Pela sua transparência e brilho, é utilizado para o acondicionamento de produtos de pani- ficação e de confeitaria. Os filmes de polipropileno podem ser orientados e não orientados; estes, ao contrário do filme orientado, tomam-se quebradiços, quando no congelador. Em comparação com o polietileno, para a termossoldagem do propileno, é preciso o em- prego de maior temperatura (10 à 150C); também ainda em confronto com o PE, ele constitui mais enérgica barreira à umidade e ao oxigênio. A indústria nacional de plásticos tem evoluído bastante na fabricação destes materiais, identificados sob diversas denominações comerciais, apresentando inovações úteis, quer como películas simples ou combinadas. 555 Entre estes filmes se encontram: polipropileno da Edeá e da Impiass, Milkbag (polietileno de baixa densidade) para envasar leite; Pylen (polipropileno axialmente orientado); Zytel (poliamida não estabilizada) para embalagem de pratos prontos congelados e cozimento de pre- suntos; Shirnk Film (LDPE especial) para embalagens encolhíveis; Risan (poliamida 100% vegetal) de alta confinidade para embalar carne, embutidos e derivados lácteos. Para embalagens a vácuo de produtos frigorificados, existem vários tipos de filmes combi- nados, como por exemplo e Coex (larninado de nylon, surlyn e poliéster), o cryovac e o Barrier Bag. CRYOVAC Este termoplástico (tipo especial de "saran") é um copolímero à base de polivinilideno, destinado a embalagem à vácuo, de vários produtos alimentícios. Seu emprego se deve às suas qualidades de impermeabilidade ao oxigênio e outros gases e principalmente pela sua capacidade de contração imediata e uniforme; em contração atinge mais de 30% de seu tamanho, ao se por em contato com a água entre 93 e 960C. As principais características do cryovac são: - baixíssima permeabilidade ao oxigênio - reduzida permeabilidade ao vapor de água - excepcional redução -·ótima resistência mecânica - excelente transparência e brilho - fechamento por grampos ou solda Outras vantagens apresenta, na prática, a embalagem a vácuo pelo cr yovac: - Por ser impermeãvel ao ar e à ". o evit e a ração e a baixa de peso no produto. - por seu isolamento com o meio ambiente o produto não é desidratado - por suas características o cryovac assegura a manutenção das propriedades organoléticas do produto - por seu poder encolhível, o cryovac se amolda aos contornos do produto, tornando seu visual mais atraente. A embalagem de produtos perecíveis, principalmente a carne e seus derivados, contitui um método complementar ao da refrigeração, possibilitando ao alimento vida útil mais prolon- gada. O acondicionamento a vácuo através do cryovac tem por objetivo criar condições desfavo- ráveis aos fatores capazes de promover a deterioração do produto, a sua oxidação, descoloração e outros desvios de caracteres organoléticos A principal característica desse acondicionamento é a retirada de oxigênio por equipa- mento adequado e o seu fechamento hermético por solda eletrônica ou grampo de alumínio. A extração do oxigênio confere ao meio incompatibilidade absoluta de vida microbiana aeróbica. O encolhimento do cryovac faz com que o filme forme no produto uma segunda pele, que se tornando mais espessa pelo calor, adquire menos permeabilidade e maiores condições de proteção contra injúrias microorgânicas. A embalagem a vácuo pelo cryovac é utilizada para acondicionamento de carnes bovinas e fresca e industrializada, seus derívados.aves e queijos. Não só no mercado interno de carnes se tem empregado a embalagem a vácuo; também grande parte de nossa produção de carne tem sido exportada, embalada a vácuo em sacos enco- lhíveis. Outro processo de embalagem a vácuo ocorre por materiais procedentes da American Can, Continental Can, Soplaril e Smith & Nephen, empregados nas máquinas Autovac, Swissvac, Eurovac e Supervac. A firma W. R. Grace & Co. tem o Barrier Bag R., para embalagem de carne resfriada, que se desenvolve em máquinas automáticas e semi-autornãtícas específicas. 556 \ o material deste tipo de embalagem ao no constituído de camadas múltiplas;sua facilidade de enco.zzzaenro gases e capacidade mecânica são propriedades que se " ~~_ outras películas. INFLUÊNCIA DA EMBALAGEM A VAcUO SOBRE P é co-estrudado e " perrneabilidade a ~~ões superiores às de ENTICIOS Determinados alimentos, que por sua perecibilidade têm maior frazi -~C:! tra os agentes deteriorantes, necessitam mais do que os outros, de reeeb e. tratamentos de conservação, complementados geralmente pelas embalagens. As carnes, o leite e o queijo, por exemplo, além do tratamento a frio bem, quando destinados ao mercado de consumo, necessitam ser adequadamente embalados, • prolongue sua vida de prateleira. ~ Melhor do que outros materiais de embalagem, inclusive plásticos, por suas características no acondicionamento é o que mais segura função de proteção desempenha, principalmente e carnes, produtos derivados e de queijos. efesa con- uamente que CARNE E PRODUTOS DE SALSICHARIA As carnes e produtos de salsicharia (salsicha, mortadela, salame, fiambre, linguiça, etc.) necessitam de tratamentos de frio para que tenham mais longo período de conservação. Esse processo, no entanto, apesar de sua eficiência, é desvantajoso no que diz respeito ao aparecimento no produto, de fenômenos que podem suceder no decorrer do arrnazenamento e que são a desidratação crescente que ocorre, perda de peso, ressecamento e descoloração do produto, assim como processos oxidativos. Pelas características do material e da embalagem a vácuo, as perdas por desidratação são intensamente reduzidas, não mais ocorrendo desde sua armazenagem em câmara fria, transporte e locais de venda. Também os processos de ranço e sua correspondente influência sobre o sabor do alimen- to, são impedidos pela embalagem a vácuo. QUEIJOS O queijo, por seu alto conteúdo de água, é bastante suscetível à perda de peso por desidra- tação. Esta água deve ser conservada em seu teor adequado, até mesmo depois da maturação do queijo, para que sejam mantidas suas virtudes organoléticas, nutritivas e físicas. Com a perda de umidade do queijo, este se torna ressecado, fenômeno que se processa da periferia para o interior do produto, ocasionando a formação de crosta conhecida por casca; esta adquire mais espessura quanto maior for a perda de umidade. A perda de peso e a formação de casca constituem ônus para o lacticinista, por ocorrer em cada remessa de produção o desperdício de vários quilos do alimento; para o consumidor, que se vê privado de aproveitar totalmente o queijo, pela rejeição da casca. Visando conter a perda de umidade e conseqüente perda de peso do produto é que os queijeiros têm revestido o produto com camadas isolantes, utilizando, como por exemplo, a pa- rafina. Essa operação, apesar de retardar a desidratação, gera entretanto inconveniências ao pro- dutor e consumidor, pelo custo da aplicação e o problema de remover e rejeitar a casca, por não ser a parafina comestível. A utilização da embalagem a vácuo é a solução, pois detém a perda de peso e impossibilita a obtenção do queijo desprovido de casca. O plástico flexível a vácuo, de baixa permeabilidade ao oxigênie, ao encolher-se adere ao redor do produto, esmo se fora uma segunda pele; com isso não há no queijo formação de cas- ca, podendo o produto, sob refrigeração,permanecer estocado até durante um ano; a pele plástica, aberto o produto, dele se desprega com a maior facilidade. 557 Aiguns tipos de queijos não podem, entretanto, ser embalados a vácuo; 85% dos queijos tipo Prato e suas variedades Estepe, Reino e Cobocó, a Mussarela, Minas, Provolone e ParmeslO, podem e devem ser conservados em embalagens Cryovac. Outra excelente qualidade da embalagem cryovac é o de sua utilização para a maturação de queijos. Para o êxito do processo, o queijo.segundo suas características, deve ser embalado entre dez e vinte dias de sua fabricação. Entre as vantagens conferi das ao produto, com essa maturação não convencional, se sa- lientam: - ausência de perda de peso - não formação de casca - alto padrão higiênico - redução de manobras operacionais - facilidade de fatiamento - diminuição de perdas por raspagem e escovamento do queijo Para a maturação do queijo parmesão, a melhor embalagem indicada é o Barrier-Bag BK-l. TIPOS DE EMBALAGENS PLÁSTICAS As embalagens de plástico desenvolvem importantes funções de envasamento, de trans- porte e de utilização auxiliar na guarda e locomoção de produtos alimentícios. TIPOS DE EMBALAGENS PLÃSTICAS Os materiais- plásticos por sua extraordinária versatilidade, possibilitam a obtenção de em- balagens de qualidades estruturais, que por seus diversos graus de rigidez, tornam difícil muitas veses enquadrá-Ias corretamente, como acontece com embalagens semi-rígidas, SACOS PLÁSTICOS Os saquinhos plásticos empregados no envasamento de alimentos, em sua maiona são fabricados de polietileno, que apresenta alta impermeabilidade ao vapor de água e que por não conter estabilizantes e plastificantes são fisiologicamente inócuos aos alimentos. Os produtos desidratados e os que necessitam permanecer secos, como o sal, o açú- car, leite em pó desidratado e outros, preferencialmente são protegidos por sacos plásticos de polietileno. 558 Estes sacos quando perfurado- vapor de água ou gases com a atm - - limão, maçã). Os sacos de polietileno de baixa ti- e:sb~ ;:;:.~::::c:.:mE ~r:::::II R :II_~_,"E- mas, odor e sabor, não são indicados para ~~--":....:;;...~:é::~ zenados por longo tempo. . Em determinadas condições, inclusive -::; _ empregados não são somente de polietileno binados entre si. PRODUTOS ENVASADOS E CAIXAS E BANDEJAS Em caixas de pequeno e médio porte, em que o poliestireno e o polietileno -..- cos mais empregados, são envasados margarina, temperos, chantibom, massa dutos pastosos. Em pequenas bandejas moldadas, são embalados frutas (uva, pera, maçã, ara . camarão seco, bacalhau e expostos em balcões e mostradores refrigerados, carne . bucho, doces cristalizados, passa etc. COPOS Os copos e recipientes similares, feitos de plásticos,são altamente utiliza - ~.....•_.,..,.;_~.-'---ct sujeitos à refrigeração. Na fabricação de copos plásticos, os materiais empregados são o polie e;J e polipropileno, utilizados segundo as particularidades do produto alimen í ·0. COPOS DE POLlETILENO' POLlESTIRENO E POLlPR Os copos de polietileno são obtidos por injeção e são indicados para prodmos processamento suportam 80 a 90oC, como o doce de leite por exemplo. Os copos termoformados de poliestireno, por tornarem-se quebra altas temperaturas e por isso não são empregados para todos os produtos, o polipropileno é empregado em copos termoformados e injetados pazes de se metidos a temperaturas até 1200C; os copos termoformados são de película mais fina e O-SD-=- tados, de lâminas mais grossas. Os copos utilizados para água mineral, de espessura mais delgada, são feitos de polipro- pileno termoformado. O fechamento dos copos plásticos geralmente é feito por folha de alumínio. COPOSDE POllETILENO, POllESTIRENO E POLlPROPILENO (Cortesia da Brasholandial SACOLAS E BOLSAS Para o transporte de alimentos entre armazéns, feiras livres e'supermercados a domicílio, são usadas sacolas plásticas ou de papel. Estes tipos de embalagem, além de seu caráter funcional, são bastante úteis, pela possibi- lidade de poderem ser utilizadas várias vezes. EMBALAGENS DE LAMINADOS Os laminados são constituídos por duas ou mais películas amoldadas entre si através de adesivos; podem ser somente de plásticos ou mistos, de diferentes matérias. A instituição dos laminados permitiu o aproveitamento das melhores qualidades de cada película, somadas ao produto formado. Como se sabe, nem todos os tipos de filme flexível exibem virtudes, como impermeabilí- dade a gases e umidade, barreira ao vapor de água e facilidade de termossoldagem. 560 Por isso essas películas não podem acondi ionar indiferentemente todos os produtos ali- mentícios, que apresentam peculiaridades distintas. Daí a necessidade de reunir em laminados . I3QS películas que se completam quando combinadas entre si. A elaboração então desses laminados, além de sol ionar problemas de custo para dotar os plásticos tradicionais de maior eficiência (aumento espessura etc.), veio assegurar também a acentuada melhoria de requisitos de impermeabilida e e ennossoldagem, de resistência à tração, facilidade de impressão, etc. O lado vantajoso da união de diferentes filmes, repeti os, é o re o melhorar ou proporcionar ao material formado, maior capacidade funcion Para a elaboração de laminados, se incluem combinações, em _ ~ - n1ateriais: plásticos (polietileno, PVC, poliestireno, poliéster, cel 1 celulose, papel (comum, Kraft, sulfito, glassine, etc), e alumínio. De modo geral para que respondam às exigências dos produto os - evem possuir as seguintes características: Ú_ barreira a gases T _ barreira à umidade I _rigidez M - aptidão de fechamento ~ -impermeabilidade Características indispensáveis 1-+ dos larninados LAMINADOS EXCLUSIVOS DE PLÁSTICOS A combinação de plásticos puros, ocorre pela superposição de materiais plásticos iguais o diferentes, de várias espessuras, que são amoldados entre si. Estes laminados se acoplam pelo emprego de processos químicos e físicos. PROCESSOS ENVOLVIDOS NA FABRICAÇÃO DE LAMINADOS A produção de laminados é realizada através de vários processos. A superposição ou acoplamento de películas terrnoplásticas ou termoestáveis, de diversas espessuras, assim ocorre: Processos de acoplamento de películas plãsticas por laminação ISão empregadas películas sólidas Por revestimento I Sob um substrato sólido é derramada película líquida ou "coating" ou em forma de pó. Por co-extrusão I São solidificadas conjuntamente duas ou mais pelícu-las líquidas. Por foto deposiçãO/ Sob uma película sólíéa é depositado material em for- ma gasosa. TIPOS DE LAMINAÇÃO Há vários tipos de laminação que se condicionam às características apresentadas por cada película. Tipos de laminação de plásticos seca: empregada no caso de dois substratos não porosos. O adesivo é empregado em uma das películas. úmida; utilizada quando um dos substratos é poroso. O adesivo é aplica- do na película menos porosa; a junção dos filmes é feita antes da seca- gem do adesivo. 561 à quente: empregada em casos excepcionais. com "hot-melts": usada somente em casos em que se queira que o ade- sivo reforce as qualidades de proteção o laminado. por extrusão: bastante utilizado espe . para aumentar a capacidade protetora nte com polietileno, também mbinação. MATERIAIS COMPLEMENTARES PARA P çÃO DE LAMINADOS Para a fabricação de laminados é utilizada VasI2 ~~ -== eriais complementares.adesi- vos ou colas, tintas, parafinas, cercas, "hot-melts", _ - rermoresistentes e termocolantes, dispersões aquosas (PVdc) etc. Elementos importantes para a união de pe",,-_-_ !:!~2.d=as, são os adesivos, que além de sua função colante, são , em certos casos me ~ - -= __ o por exemplo, quando atuam na vedação de filmes porosos, no aumento ~ _ - =- - . (reticulado do polímero)etc, Os adesivos mais indicados para a eu Tipos de adesivos para filmes plásticos Sill s Segundo as necessidades a utilização de adesivos eve relacionada com as especifi- cações exigi das pelo material. Os adesivos são produzidos pelas seguintes matérias primas: Matérias primas para a fabricação de adesivos Agentes umectantes e dispersantes Ex tendedores ou reguladores de penetração Plastificantes Resinas modificadoras de pegajosidade Resinas sintéticas base e elastômeros (tackifiers) Solventes FORMAS INDUSTRIAIS DE LAMINADOS Para seu uso na indústria de emebalagens, os Iaminados se apresentam nas seguintes formas: Formas de Laminados Para a indústria Bobinas Utilização: equipamentos automáticos e máquinas "form-fill-seal" ou "over wap" Formatos (cortes) Utilização: equipamentos semi-automáticos (linha manual ou "over wap"). TIPOS DE LAMINADOS Os laminados flexíveis são combinações de películas plásticas ou de outros materiais que não proporcionem ao filme certa rigidez. LAMINADOS PLÁSTICOS As principais películas plásticas utilizadas na produção de laminados são: Celofane Cioreto de polivinilideno • 562 CIoreto de polivinilo Copolímeros de propileno Nylon de vários tipos Poliéster Polietileno de alta, média e baixa densidade Polipropileno Como exemplos de laminados exclusivamente de plásti os itamos: Exemplos de Is mínados exclusivamente de plásticos Poliéster metalizado 1_ rnicras oliolefina especial de 50-100 micras Poliéster/polietileno Celofanejpolietileno Nylonjpolietileno Poliéster j polietileno Polietileno/polipropileno Com 2 películas Com 3 películas Copolímero de propilenojpropilenojpropileno orientado Polipropileno/cloreto de polívínilideno/etil vinil acetato Nylon/propileno revestido com cloreto de polivi- nilideno jpolietileno Nylon/Surlin/polietileno Outras- combinações são ainda realizadas, sempre nas dependências de cobrir os interesses tecnológicos. Vejamos particularidades de alguns dos laminados acima referidos: - Poliéster metalizado 12 mícras/poliolefina especial de 50 a 100 rnicras. Características: recobrimento especial protegendo a impressaõ sobre a metalização (resis- tência na abrasão, a alta temperatura) e brilho. Utilização: bebidas alcoólicas em sachets, chocolate em pó, coco ralado, condimentos, frutas secas, leite em pó, óleo vegetal e suco de frutas. - Poliéster NU 12 mlcras/políetileno de média densidade 80-100 micras. Características: laminação a seco com colas especiais. Utilização: embalagens de água, saquinhos de mate. - Nylon/polietileno Características: apresenta facilidade de termossoldagem, de impermeabilidade, boa barrei- ra contra gases e umidade e bastante resistência. Utilização: para embalar carnes cortadas e fiambre a vácuo. - Polietileno/polipropileno. Características: é o Paplyn da Edeá, ótimo substituto do celofane e do celopoli. Utilização: para biscoitos, massas, doces, café etc. - Nylon/Suerlin/polietileno. Características: é o COEX da Edeá, obtido da coestrusão destas três camadas. Utilização: para embalagem a vácuo de produtos frigoríficos fatiados, leite estéril, salsicha café etc. 563 Laminados mistos Os laminados mistos são excelentes materiais para a embalagem de vários produtos alimentícios, que com eles adquirem condições para vida útil mais extensa. Como já foi dito anteriormente, a presença de diferentes películas com suas várias fun- ções, complementam suas qualidades originais e conferem ao novo material, maior riqueza de proteção. Com o polietileno por exemplo, o laminado se torna impermeável à umidade e de mais fácil fechamento a quente e com o papel, maior rigidez, impermeabilidade e resistência à tra- ção; o acoplamento de alumínio entre dois filmes de polietileno, faz com que este fique menos quebradiço, tornando possível o aproveitamento de suas outras virtudes. Papel/alumínio Papel/ polietileno Papel/celulose regenerada Papel/acetato de celulose Polietoleno/alumínío Alumínio/papel Celofane/polietileno _--,lonfpolietileno Com _ películas Exemplos de Laminados Mistos Co telí ,,- Detalhemos algumas características de alguns laminados mistos: - Papel/alumínio: o papel confere a embalagem, mais rigidez, resistência à tração e à distensão; boa aparência e fácil imprimibilidade. - Papel/polietileno: o papel dá rigidez ao laminado, ótima aceitabilidade a impressão e opacidade. O polietileno garante suficiente proteção contra a umidade e boa aptidão de fechamento a quente. - Polietíleno/alumínio/polietileno: com a presença do polietileno os poros do alumínio' são vedados; com a junção destas duas películas, a impermeabilidade ao vapor de água e ,oxigênio é maior mil vezes do que a do polietileno isolado; em relação à umidade é 50 vezes melhor; fácil termossoldagem. - Celofane/polietileno: oferece boa característica de ie1primibilidade e impermeabilidade a gases; o polietileno assegura a termossoldagem e coratituí barreira contra a umidade. É utilizado na embalagem de azeitona, doces cozidos e queijos ralados. - Nylonfpolietileno: demonstra forte resistência e boa impermeabilidade aos gases e umi- dade; por ser barreira aos gases, favorece a aplicação de vácuo. É empregado para embalar carnes cortadas e preparadas. CELULOSE REGENERADA (CELOFANE) O celofane é material plástico, transparente e brilhante, obtido da mistura de xantato de celulose com uma solução diluída de hidróxido de sódio, até originar uma substância viscosa; em seguida, esse corpo viscoso é extrudado em forma de chapa e imerso em banho ácido, para regenerar a celulose. 564 Dos produtos elaborados por filmes de ma - ----,o Iofane que de todos eles é o -~ melhor apresentação, foi o primeiro dos filmes =-e '._~ =-~=- :. omercialmente; seu parecimento, ocorreu na Suiça, no ano de 1908. Para diversas finalídades, existem atualmente, cerca e .: quais os PT, MSAT, MAT, OSAT e R.2.000; este é impermeabilizado c:;: cloreto de polivinilideno (Saran e Cryovac). O celofane tem particularidades diferentes, como filme simples ou "5'·••..8" .•...·0 à outro ma- terial. Na primeira hipótese, ele apresenta as seguintes características: Vantagens a) constitui ótima barreira à gases (700 vezes mais forte do que o polietileno). b) apresenta boas propriedades elétricas c) é resistente a gorduras e óleos d) demonstra ótima transparência e facilidade de impressão lofane, entre os - duas faces, com Desvantagens a) é péssima barreira contra a umidade b) não pode ser fechado à quente. O celofane PT, isento de verniz (a 250C e 75% R.V.), em confronto com o polietileno, é cem vezes menos resistente do que este, à umidade; como barreira ao O2 entretanto, seu valor é de cerca de 700 vezes mais. Ligado a outros elementos, o celofane adquire melhores virtudes, que alargam a faixa de seu emprego. Recoberto por verniz de nitrocelulose, o celofane pode ser submetido à termossoldagem e aumenta bastante sua capacidade de proteção à passagem de água. A aplicação desse verniz no celofane não é entretanto, satisfatória, pois ele se quebra em suas dobras e coberto com excesso de nitrocelulose, reduz consideravelmente sua condição de impermeabilidade. O celofane MSAT, impermeabilizado por nitrocelulose em suas duas superfícies, compa- rado ao polietileno, é 15 vezes mais eficiente do que este à penetração de umidade; quanto ao O2, constitui o celofane, barreira 600 vezes maior do que a oferecida pelo polietileno. Combinado a outros plásticos, o celofane se torna maior obstáculo à ação dos gases, óleos e gorduras. Juntado ao polivinilideno (Saran ou Cryovac), o filme amplia acentuadamente a sua resis- tência à água e ao O2. O celofane é utilizado externamente no setor geral de embalagem em envoltórios, por sua excepcional transparência e brilho. O emprego do celofane simples, como acondicionante de alimentos,se reduz hoje, à sua condição de envoltório de produtos de panificação. Como parte de moldados plásticos reforçados, o celofane é apróveitado para envolver vá- rios produtos alimentícios. Combinado ao polietileno, o celofane é usado especialmente para embalar carnes frescas. O filme Saran ou Cryovac, é utilizado em embalagens para batatas fritas, pele de porco, biscoitos amanteigados, salgadinhos etc. EMBALAGENS DE FOLHA DE ALUtJ\11\IIO A folha de alumínio, como material de embalagem flexível, é utilizada diretamente como invólucro de determinado} alimentos e como parte de laminados. Geralmente a folha aplicada tem a espessura de 0,009 mm; para a contenção de alimentos preparados, as folhas atingem cerca de 50 microns de espessura. O emprego da folha de alumínio tem implicações interessantes, pois que apresenta ca- racterísticas dessemelhantes, quando usada sozinha e associada a outros materiais. 565 Consumida individualmente, a folha de alumínio apesar de sua insofismável utilidade, re- vela alguns inconvenientes, que são o seu alto custo, sua difí il termossoldagern, a facilidade com que pode ser rasgada e principalmente por conter furos o p{)[OS de variados diâmetros (cerca de 0,001 mm). . O número dessas perfurações, em folhas de espessura enor e 0,05, ultrapassa o de mil por metro quadrado; essa circunstância dá à folha de al - -~- . ?éssi:na condição em matéria '.k barreira contra a umidade. Essa impropriedade porém é sanada, se a folha "~:=.f::-iío for revesti da por outro mate- rial, o polietileno ou outro indicado. Com a aplicação do revestimento, os póros eA.-~:a.",~ ~ folha de alumínio são por ele cobertos, o que possibilita ao alumínio, qua'í - - - ~LeS de barreira coma gases e a umidade. Esse poder de imperrneabilidade, que :10 ,,_.!..-~-;;-, do que o PE, (umidade), após a laminação se -":""""- -=-: a barreira se fortalece mil vezes mais. Como se vê, na forma de larainad - _: predicados de outros materiais, . balagem programada. Como invólu o, a :O~ --=~== entre os quais a solúvel chá em -= era de somente 5 vezes mais ::_ maior, e quanto ao oxigênio, .~::=i-:::::-':J. enindo as suas qualidades aos matéria prima, para a em- cremes, sopas, " numerosos produtos, desidratadas, café bons, fermento, PRODUTOS E BALADOS CO FOLHA DE J'"'\f..'VIUIII' -) Outra linha de embalagem flexível de alumínio, é o da denominada "Kentinha", usada para a expedição de preparações vendidas em restaurantes, cantinas etc. Dentro dessa variante, existem várias embalagens que, por suas propriedades de resistência a temperaturas extremas, permitem que os alimentos nelas contidos, possam ser aquecidos ou congelados. EMBALAGENS DE PAPEL O homem desde eras primitivas manifestou tendências de se comunicar com outros e até mesmo de fazer história, através de sinais, símbolos e principalmente de inscrições em objetos, pedras, metais e mármores. 566 Vários materiais foram experimentados potamia foram empregados tijolos de argila; <r =- das de cera; os chineses escreviam em pequeno- _ -._ Ill AC, com pincel, em tiras de seda. A mais positiva tentativa de comunicação por por meio de tiras de papiro, em substituição às peles animais. Os egípcios fabricavam folhas da planta "Cyperius africanos. Para a elaboração dessas folhas, utilizavam compridas e - ::.- - com seu miolo; em seguida as tiras eram colocadas sobre mesas, Sobre estas folhas, nova camada era disposta (formando uma si, eram fortemente prensadas por malho; com a água produzida pela r-:~".....,.:.-=.=::....... transformavam em composta massa, tornada assetinada pelo deslizamento .~ v-••••..••..•.•.•:.;:, "'~ ,-1.""7--:-5, objetos próprios. O papel (denominação advinda de "papyrus"), se constitui o sucessor do pa_ . '= prego prossegue até nossos dias. A origem do papel ocorreu na China, onde foi inventado por Ts'ai Lun; em sua ?rillE:2 fase, o papel foi preparado com cascas de amoreira, fibras de cânhamo, de rami e de dive vores e até de tecidos de linho e de redes de pescar. . Da China, a fabricação e uso do papel, se expandiu por todos os cantos d'b mundo, então conhecido. Em 610, através da China, via Coréia, os japoneses buscaram conhecimentos sobre o pa- pel, que aplicaram em seu país. No ano 751, depois de suas vitórias sobre os chineses, os árabes aprisionaram papeleiros que foram levados em cativeiro para Samarkand, onde instalaram sua primeira fabrica de papel. Ainda os árabes em 1450, transmitiram aos espanhóis, os segredos da elaboração do papel; posteriormente fizeram o mesmo na Sicilia e dali para o sul da Alemanha. O papel introduzido nos Estados Unidos, foi industrializado em Filadelfia. Produzido durante muito tempo, folha por folha, o papel passou a ser fabricado em 1799, por processo contínuo, desenvolvido pelo francês Nicholas-Louis Robert. DEFINiÇÃO O papel é contínua e delgada lâmina, resultante do íntimo entrelaçamento de matérias fibrosas, esgotadas, comprimidas e secadas, depois de previamente misturadas com água e adicionadas ou não de outras substâncias. B assim definido: "papel é o nome genérico dado a uma folha formada, seca e acabada em máquina de papel, partindo-se de urna suspensão de fibras vegetais, constituída essencialmente de celulose polimerizada, fibras estas que foram desagregadas, refinadas e depuradas e .~ ou não adição de outros ingredientes para dar ao produto final, características de utilização." - " MATJ:RIAS PRIMAS A principal matéria prima para a fabricação do papel, é a celulose, porém ou ~_~~ tos poderão ser aproveitados, como por exemplo: fibras de aparas de papel, de rami.. - mo, de linho, de trapos de pano, de juta e polpa de madeira, esparto e palha. A presença desses diversos materiais para a elaboração da polpa é às vezes tajosa, pela oportunidade de proporcionarem papéis de diferentes tipos. Tem grande influência na qualidade dos materiais para papel, a estrutura das fibras; ao contrário das que se apresentam nos tecidos (fibras longas), para a produção de papel, elas devem ser curtas. Por essa razão é que os trapos de algodão são tidos como material inferior, em relação aos outros. Os papéis jogados fora, constituem ótima matéria prima para a fabricação do papel e a 567 operação de seu aproveitamento é conhecida como "reciclagem"; silo divididos em "papéis usa- dos" e "aparas". São considerados "papéis usados", todos os seus tipos, abandonados depois de serem úteis: sacos de inúmeros produtos, inclusive os de cimento e rações, jornais e revistas, livros, embalagens de papelão, cartazes etc. As aparas são tiras de papel ou cartão descartadas, oriundas de oficinas gráficas, de carto- nagem ou de editoras. A reciclagem do papel proporciona a indústria .na~~..",r,,,"= tagens econômicas, por me- nor custo de matéria prima; ao meio ambiente, melhor ~~ogia por redução do lixo e menor consumo de recursos naturais (menos devastação de áIT As fibras existentes nos papéis de reciclagem, sulbs:S":::e::: 2S fibras virgens, tanto em pastas químicas, como pastas serni-químicas e de madeira.. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ::::=-_ ?=;:;=.=~~!::::1uências, segundo o tipo da ma-Os processos de fabricação do pape _ téria prima preferida. Para a transformação da :-n~,"'?~ ~ madeira, que pode apresen A obtenção da pol; Pelo processo ~í=::o. e dos hidratos .~ Os processos qnfmícos ~:O-ú:cdns tados dependem do tipo de :: .::= finalidade de uso do produto. -:--.~:-.t .:::::=5::::: = - 00. .::_,.:~pela remoção da lignina Processos químicos para a obtenção de po pa Processo Características Soda Sulfato Sulfito ~ o mais antigo, porém atualmente é muito pouco usado, só sendo indi- cado para madeiras duras. Os agentes químicos empregados, são o hidróxido e o carbonato de sódio. É processo alcalino, conhecido como Kraft. Os agentes químicos são o hidróxidode sódia e o sulfeto de sódio. A polpa é marron, de grande resistência e de trabalhoso branqueamento. É processo ácido; os agentes utilizados no cozimento são o cálcio ou o bissulfito demagnésio e o ácido sulfuroso. A polpa é clara e mais resis- tente do que a produzida pelo processo soda. O processo mecânico se realiza com a trituração de pequenos toretes de madeiras moles, em presença de água. Ao contrário do que acontece no processo químico, a lignina e os hidratos de carbono não são removidos e por isso aproveitados. Este tipo de massa, produz papéis pouco resistentes, como os que são utilizados para toalhas e jornais. Da associação dos processos químico e mecânico se conseguem papéis frágeis somente apli- cados quando deles não são exigidas qualidades de rigidez, coloração e resistência; geralmente são indicados para o enchimento (miolo) do papelão ondulado. Neste processo, a madeira é convertida em polpa, através da seguinte seqüência: lavagem em soda cáustica ou sulfito de sódio neutro, para o abrandamento da lignina e dos hidratos de carbono; moagem do material, por disco refinador. 568 A inconveniência deste tipo de papel, -ocorre quando de ex. . - àalta temperatura e acidez, ocasião em que o formaldeído evaporando-se da solução.ooée problemas. Os papéis recobertos respondem à determinadas exigências de 0••rodatos alimentícios (per- meabilidade à água, vapor e estrutura). Na aplicação dos papéis recobertos ou laminados, estes devem ser -;3C didos de qualquer impacto que prejudique suas qualidades de resistência mecânica e malea m'" ie. Também é importante a escolha das substâncias de combinação de reforço do papel, no sentido de evitar durante o seu preparo, interações e danos que possam anular as funções previs- tas para o seu desempenho. O papel ainda pode ser recoberto por cera, material asfáltico, plástico e por alumínio. Na parte destinada aos compostos laminados na embalagem de alimentos, acrescentamos outras referências. O papel crepe ou crepon é caracterizado pela sua propriedade de alongamento, o que pos- sibilita seu emprego em corpos assimétricos. O papel crepon é utilizado também, para a confecção de sacos especiais. O papel tecido em razão da natureza do processo com que é produzido (batido baixo), apresenta enorme flexibilidade e suavidade pelo tato. O uso deste papel é destinado a proteger produtos de superfície sensível aos atritos. PRINCIPAIS TIPOS DE PAPÉIS E SUA UTILIZAÇÃO EM ALIMENTOS Para a utilização em alimentos, existe grande número de papéis, funcionalmente aptos para o seu desempenho. Em razão disso, recebem até denominações que os identificam de acordo com a destina- ção de seu emprego. Principais papéis utilizados no acondicionamento de alimentos Denominação Características Utilização Estiva Parecido com papel Manilhinha Para embrulhos de carne em açougues Glassine ou cristal Fruta Similar ao papel "seda" Para acondicionamento de frutas produzido por parte química especial e caracterizado por sua transparência Para envoltórios e recipientes "Grease-proof' (fosco) Para envolver alimentos gordurososFabricado por matéria prima especial; sua translucidez é igual a do papel vegetal. Hamburguês Feito de aparas, pasta mecânica, semi-química, e de resíduos agrícolas. Para embalagens e embrulhos Havana e L.D. Impermeável Similar ao Hamburguês Apresenta alta impermeabilidade às substâncias graxas Para emhãIagens e embiUlhos Para embalagens e embrulhos Kraft Denominação genérica de série de papéis de elevada resistência me- cânica, feitos com celulose não branqueada Para embalagens e embrulhos Kraft branco ou colorido Macarrão Idêntico ao "kraft natural" e produzido com massa química submetida ao branqu::.:e~am~e::::n!..:t::ó.0 "";\l-- _ É semelhante ao &mburguês, Para embalagem de macarrão porém sua cor é azul Para sacos de farinha, de açúcar e de balas 570 Durante o processo de fabricação do _ _ ciais, são adicionados na polpa ou batedeira.I . - - Como exemplo podem ser citados: para o - . ximetil celulose, alginato e algodão); imperrneal :e.:_-=: ~ ~ lhoradores, misturados diretamente à polpa ou por _. - -::::-5:::lClSiijv.~ ;:.L=>o'""'---= máquinas. Os equipamentos empregados na fabricação de cilíndrico e Inverform; este constitui uma combinação e cilíndrico. alid_.:: ::=' =-= - _ -'-10 a usos espe- ~~cias.. EMPREGO DO PAPEL Dadas suas versatilidades e finalidades de emprego, o papel e o _~ ~=~CCJ material de embalagem mais profundamente utilizado em todo o mun o. Outras vantagens contribuem para o destaque do papel,.no acondi .O::".......--~ :ê tos; seu reduzido custo, baixo peso, grande maliabilidade, facilidade de ser CO~:.4::~~--'~ substâncias melhoradoras ou de fazer parte de laminados, alargam bastante o o ção. O emprego do papel, se destina a envolver ou envasar em combinação com ou riais, grande número de alimentos, atendendo sempre as características destes; para isso -o s: duzidos papéis, com as propriedades requeridas. resistentes Iàs substâncias graxas à umidade melhorados Irecobertos laminados Propriedades de papéis especiais papel crepon papel tecido Com resistência a substâncias gordurosas são elaborados diferentes tipos de papel, alguns deles também impermeáveis à umidade. A fabricação destes papéis tem como operação básica a íntima fibrilação da fibra celuló- sica, obtida através da agitação da massa, em batedeiras. Essa modificação produz grande número de uniões superficiais das fibras, que justapos- tas suprimem os poros, tornando o papel refratário às gorduras; tal papel se denomina "grease- proof. " Submetido a processo especial, o "grease-proof" fica polido em sua superfície e adquire grande densidade; é o papel "grassine". Com a junção de carboximetil-celulose, o papel pode elevar mais ainda, sua faculda e e resistência. O papel vegetal é outro tipo de papel altamente resistente às gorduras; depois de o damente batido, o material é tratado algumas vezes por ácido sulfúrico; após sua ne rraíizaç ão, o material é suficientemente lavado, para a eliminação do ácido, adquirindo assim, quali es de flexibilidade e resistência à gordura e umidade. O papel resistente à umidade é obtido pela adição ao material, de solução aquosa de re- sina de uréia-formaldeído ou melanina-formaldeído, mistura que é condensada antes de sua secagem. O produto deste tratamento torna-se bastante insolúvel, o que faz com que o papel fique impermeável à umidade. Por adquirir esta qualidade, este papel pode envasar não só alimentos conservados ao desa- brigo, como também acondicionar produtos úmidos. 569 Manilha Para embFabricado com aparas e pasta e às vezes com adicionamento de pasta de resíduos agrícolas. Manilhinha Para embrulhos panificação Fabricado com o mesmo material do manilha. Monolúcido de cor' natural branco e branco acinzen- tado. Miolo E ordinariamente fabricado com pasta serni-química, aparas, palha e resíduos agrícolas. Para forrar papelão ond Padaria Para embrulhos ue produtos de panificação Idêntico ao manilhinha Vegetal Papel tratado por ácido sulfúrico resistente às substâncias gorduro- sas Para envoltórios de manteiga e margarinas o papel é utilizado para o acondicionamento direto de arroz, feijão, açúcar, farinha de mandioca, farinha de trigo etc. E empregado ainda como acondicionante interno de vários alimentos embalados principal- mente por cartolina e papelão liso, como no caso de farinha de arroz, maizena, fécula. ADEQUAÇAODAS EMBALAGENS AOS PRODUTOS ALlMENTfCIOS Finalizando a parte destinada às embalagens-de alimentos, será evidenciada, com a maior ênfase, a importância do acondicionante responder, sempre, às necessidades de proteção do produto. Para que isso ocorra éimprescindível a prática constante da adequação da embalagemàs condições do produto alímentíci-. 571 Os alimentos possuem características heterogêneas, em função de seus diferentes consti- tuintes, de sua disposição estrutural e de sua sensibilidade às in uências químicas, físicas e bio- lógicas. Por sua vez, os materiais de embalagem apresentam difere es graus de consistência, capa- cidade de resistência aos choques, permeabilidade aos agentes ' ientais etc. B fácil deduzir, então, porque não são coincidentes as erísticas dos alimentos e dos materiais convertidos em embalagens (que também têm =-"", ..•~f·" 'li' cas próprias) e a razão de não servir qualquer envase para todos os produtos e q para todas as embala- gens. A adequação da embalagem ao produto alimentí '0 se - flitantes existentes entre ambos. A adequação das embalagens aos produtos que -~ : -:::::=:?23 2';;.ohJl2 para a obten- ção de alimento padrão e elasticidade de sua vida . ~ Vejamos o porque da necessidade dessa 2.Ôoc-::z::C. tos e das embalagens. CARACTERfsTICAS ~"""' as condições con- os alimen- Os alimen tos em re reacionar de modo fa o • Expostos~~~=~~~ judicados em Os a1im :::iiX<:::=e iependendo de seu estado, podem '" os alimentos podem ser pre- ' atura. ao pIO éi de vitaminas C e beta-caroteno a alterações organoléticas de sabor de odor de cor de consistência a contaminações I por microrganismos por infestação de insetos a alterações químicas oxidação de lípides hidrólise reversão de aroma browning oxidação de pigmentos a alterações físicas por desidratação por temperatura inadequada por ação da luz por ação de oxigênio As modificações e alterações citadas são evitadas e combatidas através dos processos de conservação, que visam à proteção do alimento, que deve ser continuada e mantida pela em- balagem. CARACTERI~TICAS DAS EMBALAGENS As embalagens, pela origem e diversificação de suas matérias primas, guardam entre si apenas uma condição comum: a de proteger o produto. 572 Não apresentam todas elas idênticas quali ; balagens flexíveis e rígidas. De modo geral, sem aludir a que tipo de em cipais funções: Principais funções das embalagens Elasticidade Maleabili dade Encolhimento Compatibilidade com o produto Condutibilidade térmica ao vapor de água aos gases (02 e CO2) à luz e raios ultravioleta à gordura Impermeabilidade ou não aos choques às temperaturas de pasteurização e e-sreri!i.ZZ;~ à corrosão ao vácuo à pressão interna (alimentos fermentados) à abrazão Resistência ou não MECANISMO DA ADEQUAÇÃO A adequação da embalagem ao produto consiste em facultar ao alimento, novo meio ambiente, suficientemente manipulado, para que possa garantir a sua normal integridade. Para realizar essa adequação é necessário conhecer as características dos alimentos e das embalagens. Sobre os alimentos é indispensável saber sua natureza e sensibilidade à umidade e ao oxi- gênio; sobre os demais fatores prejudiciais à sua estabilidade e o mecanismo através do qual a deterioração se produz. Sobre as embalagens é essencial reconhecer suas aptidões, em face de seu aproveitamento em defesa do alimento. De posse de tais informações, é possível, então, efetuar o processo de adequação. Um produto, por exemplo, que contém frações lipídicas, para que não se torne rançoso, precisa ser envasado em embalagem com baixa permeabilidade ao gás.° alimento que carece permanecer seco, só poderá receber embalagens que constituam barreira contra a passagem de umidade. Produtos sensíveis à luz, para evitar fenômenos físicos, necessitam ser protegidos por en- vases opacos. Alimentos líquidos ou de estrutura frágil, serão sempre defendidos por embalagens resis- tentes aos manuseios violentos e aos choques. Muitos outros exemplos poderiam ser enumerados, todos eles exaltando a obrigatoriedade técnica de adequar as embalagens aos produtos alimentícios. 573