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Texto TeoriadeCampodeKurtLewin 2014

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TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN 
ESPAÇO VITAL OU CAMPO PSICOLÓGICO
A TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN
INTRODUÇÃO -
A teoria de campo é um conjunto de conceitos por meios dos quais se pode representar a realidade psicológica; esses conceitos provêm da física e estão relacionados aos campos eletromagnéticos; o campo é definido como a totalidade de fatos coexistentes e interdependentes; dessa forma, o comportamento de um indivíduo é função dos fatos interdependentes no momento em que ele ocorre.
A situação deve ser vista como um todo e depois diferenciadas cada uma das partes; as relações existentes entre a pessoa e a situação vivida pode ser representada matematicamente.
A teoria de campo pode ser focalizada sob três aspectos: a estrutura da personalidade, a dinâmica e o seu desenvolvimento.
A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE -
KURT LEWIN em relação a estrutura da personalidade utiliza representações espaciais e matemáticas para descrever interconexões e intercomunicações entre as estruturas.
A pessoa é percebida como um ser distinto e como parte de uma totalidade que representa o mundo do qual o indivíduo faz parte e a isto KURT LEWIN denomina de meio psicológico; para representar a pessoa ele utiliza um círculo, uma figura fechada; individualizada, separada do resto do mundo.
Na representação do meio psicológico a figura utilizada é uma elipse; a pessoa estaria inserida na elipse como mostra a figura abaixo:
A relação existente entre a pessoa e o meio psicológico é chamada de espaço vital (V).
O espaço vital contém a totalidade dos fatos possíveis e capazes de determinar o comportamento do indivíduo em um dado momento.
O espaço vital são regiões separadas e diferentes que integram uma totalidade maior que é denominada de meio não psicológico, onde estão contidos os fatos do mundo físico e social que podem influenciar o meio psicológico da pessoa (ver figura abaixo).
Entre essas estruturas existe a propriedade de permeabilidade, ou seja, os fatos existentes no meio psicológico podem influenciar o meio não psicológico; como os fatos desse meio podem vir a mudar o curso da vida de uma pessoa.
A função de permeabilidade também existe entre a pessoa e o meio psicológico, este pode influenciar a pessoa e esta o seu meio.
Para LEWIN a pessoa não é um círculo vazio; a estrutura da pessoa é heterogênea e contém diversas necessidades que buscam ser satisfeitas pelo indivíduo no meio psicológico; este é composto de regiões que são sistemas de fatos interconectados. Fato é tudo que acontece; para LEWIN tudo é fato; essas regiões podem estar muito próximas e não sofrer interinfluência ou podem estar separadas e uma influenciar a outra.
O número de regiões é determinado pelo número de fatos psicológicos separados, que existem em determinado momento, se, por exemplo, o meio contém dois fatos: o fato de trabalhar e o fato de brincar; então o meio ter que ser dividido em área de brinquedo e área de trabalho; assim o número de regiões na pessoa é determinado pelo número de fatos relacionados com a mesma.
Os fatos da região intrapessoal são chamados necessidades e os fatos do meio psicológico são chamados de valências. Cada necessidade ocupa uma célula na região intrapessoal e cada valência ocupa uma região separada no meio psicológico.
A posição do círculo na elipse não importa, contanto que o círculo não toque a elipse, isso é válido para um meio indiferenciado e homogêneo, no qual os fatos se concentram na mesma região; onde todos os fatos são idênticos. Quando o meio se diferencia em regiões, a posição do círculo na elipse faz diferença; qualquer que seja a posição que ocupem, os fatos de uma região, influencia mais a pessoa do que os fatos de outra região.
Duas regiões intimamente conectadas são acessíveis, uma a outra, influenciam-se mutuamente quando as locomoções se tornam possíveis entre regiões, a locomoção no meio psicológico não significa movimento físico através do espaço; ao realizar uma locomoção a pessoa move-se através do meio.
O espaço vital pode se reestruturar, pois o número de regiões pode aumentar ou diminuir, dependendo de que fatos novos sejam acrescentados ou fatos antigos sejam subtraídos ao espaço vital.
A DINÂMICA DA PERSONALIDADE – 
A dinâmica da personalidade se refere ao comportamento, ao funcionamento da pessoa em seu meio. Os conceitos envolvidos para explicar a dinâmica são: energia, tensão, necessidade, valência, força ou vetor.
Energia: Para LEWIN a pessoa é um sistema complexo de energia, esta energia se libera quando a pessoa tenta retornar ao equilíbrio após um estado de desequilíbrio; este é produzido por um aumento de tensão em uma parte do sistema.
Tensão: É o estado da pessoa; é o estado de uma região intrapessoal em relação as outras regiões, pois a tensão de um sistema tende a passar para os outros sistemas. O meio psicológico pelo qual a tensão se equilibra chama-se processo e este pode ser o ato de pensar, rememorar, sentir, perceber, agir, etc... O equilíbrio significa que a tensão no sistema está bem distribuída.
Necessidade: O aumento de tensão ou a liberação de energia na região intrapessoal é causado pelo aparecimento de uma necessidade; necessidade pode ser uma condição fisiológica como a fome, a sede, o sexo...
Valência: É a propriedade conceptual de uma região do meio psicológico. Ela é o valor dessa região para a pessoa. Existem duas espécies de valor para a valência, ou seja, valência positiva e valência negativa. A região de valor positivo é aquela que contém um objetivo que reduz a tensão; a região de valor negativo é aquela que aumenta a tensão.
As valências positivas atraem, as negativas repelem; as necessidades comunicam valores ao meio indicando o que satisfaz e o que não satisfaz, dirigindo assim a pessoa através de seu meio psicológico.
Força ou Vetor: A locomoção ocorre sempre que uma força de energia suficiente age sobre uma pessoa. A força existe no meio psicológico e a tensão é uma propriedade do sistema intrapessoal; as forças psicológicas são propriedades do meio e não da pessoa.
A dinâmica da personalidade funciona da seguinte forma: surge uma necessidade que libera energia, que aumenta a tensão comunicando valor ao meio psicológico, valência positiva ou negativa e criando assim uma força em busca de atingir o equilíbrio.
O valor da região pode mudar quantitativamente tornando-se mais positivo ou qualitativamente passando de positivo para negativo novas valências podem aparecer e as antigas podem desaparecer.
O objetivo final de todos os processos psicológicos é o retorno da pessoa a um estado de equilíbrio, realizando uma locomoção adequada no meio psicológico. Locomoção adequada é o que leva a pessoa a região onde se encontra o objeto desejado; a tensão também pode ser reduzida por meio de uma locomoção substituta ou imaginária.
As locomoções e as reestruturações têm por fim reduzir a tensão, satisfazendo as necessidades.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE – 
LEWIN não rejeita o papel da hereditariedade e da maturação no processo evolutivo, mas ele não discute a sua influência; para ele a hereditariedade e a maturação pertencem ao domínio dos fatos biológicos e conseqüentemente existem fora do espaço vital juntamente com os fenômenos físicos e sociais; ele discute algumas mudanças de comportamento que ocorrem durante o desenvolvimento, que são os seguintes:
Variedade: Com o crescimento a variedade das atividades, emoções, necessidades, informações e relações sociais aumentam pelo menos até certa idade depois pode apresentar limitações.
Organizações: Com a idade as atividades revelam mudanças de organização. O comportamento se torna mais hierárquico em estrutura.Extensão das áreas de atividades: A criança de mais idade tem mais liberdade de movimento do que o bebê.
Independência de comportamento: Na criança há reações difusas de todo o corpo, com o aumento da maturidade, formas especializadas e independentes de ação se diferenciam da atividade geral.
Grau de realismo: Comumente a pessoa se torna mais orientada para a realidade à proporção que a idade avança.
Em sendo assim, tendo estabelecido algumas importantes mudanças que ocorrem durante o desenvolvimento, como mudanças na variedade, complexidade, extensão, organização.
Integração e realismo, LEWIN procura conceituá-las. Os dois conceitos chaves sobre desenvolvimento da personalidade são:
Diferenciação: É definido como um aumento do número de parte de um todo; é o aumento do número de regiões da esfera intrapessoal com o aumento da idade: em sendo assim, o adulto tem mais sistemas de tensão diferenciados do que a criança, ou seja, o meio psicológico se torna cada vez mais diferenciado com a idade.
Integração: Há uma integração crescente do comportamento com o correr da idade, há uma interdependência organizacional.
Para LEWIN o desenvolvimento é um processo contínuo em que é difícil reconhecer estágios discretos; segundo ele mudanças importantes ocorrem por volta dos 3 anos e que depois há um período de relativa estabilidade até a adolescência, onde acontece uma reorganização dinâmica, culminando finalmente na estabilidade da vida adulta.
Em resumo, pode-se dizer que com o crescimento da maturidade existe maior diferenciação tanto da pessoa quanto do meio psicológico, aumento das delimitações e um sistema de relações hierárquicas e seletivas, mais complicado entre os sistemas de tensão.
Referências:
MAILHIOT, Gerard Bernard. Dinâmica e Gênese dos Grupos. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1969.
N
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O
P
S
I
C
O
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G
I
C
O
P
M
M
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Necessidades
Sentimentos
P = Pessoa 
Valores
M = Meio Psicológico
C = Comportamento
C = f (P . M)
FAMÍLIA
AFETIVIDADE
TRABALHO
SOCIAL
LAZER
SEXUAL
ESPIRITUAL
P
M
P = pessoa
M = meio psicológico
P + M = V
Meio Não Psicológico
P
M
P = pessoa
M = meio psicológico
Vera Lúcia Nogueira Araújo
Processos Grupais

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