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O impacto do positivismo no Direito

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Sociologia
Professora: Ana Cândida.
O impacto do positivismo no Direito
Francisca Jessyele Sousa dos Reis Oliveira – 201603654.
Brasília, setembro de 2016. 
O impacto do positivismo no Direito
Auguste Comte (1798-1857) inaugurou a sociologia como ciência da racionalidade humana e das relações sociais, não mais se detendo a explicações de pouca valia para o meio que passava por grandes transformações no que tange a organização territorial, a criação de classes sociais, a concepção e importância do trabalho para o ser humano e o desenvolvimento das ciências (física, química e biologia). A inteligência humana, bem como o homem passam a ser o centro do universo.
Comte evocava a urgente necessidade de explicação, de investigação e fundamentação das bases e princípios que regem a vida humana, sendo o certo, definitivo e seguro – o que é positivo -, como o meio mais que razoável de fornecer o equilíbrio essencial a ação humana. 
O período histórico vivenciado por Auguste Comte foi fundamental para o desenvolvimento dessa corrente filosófica que mais tarde viria a se transformar em ciência da sociologia. O desenvolvimento tecnológico (revolução industrial, século XVIII), o colonialismo europeu, o êxodo do campo para as cidades, o advento da burguesia, a repercussão dos ideais da revolução francesa de 1789, bem como o notável avanço do cientificismo não mais eram passíveis ao comando clerical. A crescente complexidade da nova sociedade exigia uma nova configuração de pensamento capaz forjar estruturas que sustentassem a racionalidade humana como pilar central.
Comte ainda estabelece a lei dos três estados,- teológico, metafisico e positivo- para mostrar a inevitável necessidade de evolução do pensamento humano, sendo o último estado, o positivo, onde as explicações acerca do mundo e das relações sociais fossem fornecidas através do método científico, aplicáveis em todos os tempos e nas diversas sociedades, criando desta forma, leis universais.
Com o positivismo, assim denominado o reconhecimento do conhecimento científico como único conhecimento verdadeiro, o amor, a ordem e o progresso estariam aptos a estabelecer a organização social indispensável a vida. Esta concepção influencia diretamente o Direito, que com suas normas e leis, prevalece, imperativamente, a vontade humana.
Por muito tempo, o Direito Natural – aquele que reconhece como lei fundamental as leis advindas da natureza -, exercia sobre os povos poder de único Direito capaz de harmonizar a vida em sociedade. Contudo, com o surgimento do positivismo e posteriormente, o desenvolvimento do juspositivismo, vemos que a soberania da razão humana prevalece, embora tanto o Direito Natural, como o Direito Positivo estejam presentes em nosso ordenamento jurídico, em virtude dos princípios deste primeiro (como respeito a vida e liberdade do homem) e da criação de normas regulatórias do segundo.
O positivismo no Direito tende a sofrer a ação do tempo, revelando sua característica mais iminente: a relatividade. Sendo construção do pensamento humano, sua formulação, estrutura e vigência estão destinados a estabelecer a ordem em um determinado território, respeitando princípios, valores e necessidades locais, deixando de ser Direito universal, como preconizava Comte.
O positivismo de Comte instruiu o Direito “horizontalmente”, a verticalidade deste ocorre em virtude de perfazer uma necessidade do homem, capaz de criar seus próprios instrumentos de desenvolvimento, sendo também, uma ciência.

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