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CARNES: USOS GASTRONÔMICOS A descoberta do fogo e os novos sabores. O surgimento das preparações. O Clássico é uma inovação que deu certo. A globalização e a difusão das “verdades” gastronômicas. A culinária dietética: “a preocupação é produzir preparações alimentares aceitáveis do ponto de vista gastronômico e saudáveis sob o aspecto nutricional; seguras quanto às contaminações que representam perigo para a saúde; e econômica, podendo assim manter uma alimentação nutricionalmente desejável, segura e de custo acessível aos grupos aos quais se destina”. A cozinha enquanto laboratório e unidade de produção. O uso dos índices para as porções, o uso de utensílios e equipamentos para as etapas gastrotécnicas. As adaptações de fichas técnicas em busca de satisfação de hábitos e costumes alimentares. A interferência externa nas preparações gastronômicas: cultura, clima, hábitos etc. Qualidades sensoriais x Cultura CARNES: PREPARO Conjunto de procedimentos para transformação de um insumo alimentar bruto em produto para o consumo. Etapas: pré-preparo, cocção e preparo e montagem. CARNES: PRÉ-PREPARO Limpeza: Retirada de ossos e espinhas, do excesso de tecido conjuntivo, de tendões, do excesso de gordura, das vísceras, das peles, das escamas e das penas. As perdas podem chegar a 25%. Subdivisão: Moer, picar, fatiar. Peças inteiras ou em cortes, de acordo com as preparações. União: Mistura de ingredientes e condimentos. Amaciamento e condimentação: Métodos mecânicos: amaciador de bifes e o “martelo”. Métodos enzimáticos e químicos: Uso de substâncias naturais que aumentam a acidez: abacaxi, mamão, figo, kiwi, limão, laranja. Método enzimático tem ação superficial e necessidade de controle. Uso do sal (solução salina) e do vinagre. Métodos físicos: Choque térmico. Indicado para carnes mais elásticas. Condimentação: Ressaltar e diversificar o sabor. Uso de caldos, sal, limão, laranja, vinagre, molhos, aromáticos, ervas, bebidas, refrigerantes, gorduras, etc. Uso moderado. Sal: Como visto anteriormente, pode ser usado para condimentar ou amaciar. Quando em calor seco, apenas na superfície e após o início da cocção. Grosso, refinado, puro ou com ervas, flor de sal, defumado. Marinadas ou vinha-d’alhos: Mistura de ácidos, ervas e especiarias, aromáticos, óleo, vinho, cerveja, etc. Podem ser quentes ou frias, longas ou rápidas, líquidas ou em pastas. Sabor e maciez. Gordura: Sabor, suculência e maciez. As localizadas sob a pele são as mais saborosas para a preparação em calor seco. A gordura do coelho não é de uso recomendado. Lardear e bardear. Manteigas e óleos. CARNES: COCÇÃO “A cocção é um processo por meio do qual se submete o alimento ao calor, originado de uma fonte, a temperaturas mais ou menos elevadas”. Torna mais palatáveis, macias, digeríveis, com melhor apresentação e mais seguras para o consumo humano. Cocção: amaciamento x enrijecimento. Mudança da estrutura. Mais colágeno, mais maciez. Mais elastina, menor maciez. Carnes com ossos cozinham mais depressa. Cocção em utensílios de metal é mais rápida. Carnes mais duras: cocção em meio líquido. Cada tipo de carne tem temperatura e tempo próprios para cocção (índice). Quanto maior o tempo de cocção, existe a possibilidade de endurecimento, em decorrência do encolhimento das proteínas quando submetidas ao calor. Após 60º C, o colágeno começa a dissolver, formando uma gelatina e induzindo ao amaciamento das fibras. Quanto mais gordura distribuída entre os feixes musculares, mais macia é a carne. (Gordura marmorizada). Diminuição do volume: Aos 70º C as fibras musculares se encolhem, e ocorrer a desnaturação (perda de água), há perda de oxigênio, pelo rompimento da estrutura da mioglobina, e o interior da carne começa a ficar rosado (nas carnes vermelhas). Acima de 80º C ocorre a liberação da gordura. Resultado: Perda de 10% do volume e do peso após cocção. Diminuição de nutrientes: Perda pequena das proteínas. Os minerais passam para o molho. São as vitaminas as que mais sofrem perdas, conforme o método de cocção. Altas temperaturas e tempo prolongado de cocção em meio líquido aumentam as perdas. Em altas temperaturas as proteínas sofrem grande desnaturação, podendo grudar na panela e queimando, alterando o odor e sabor. O suco de cozimento pode, e deve ser utilizado para a preparação de vários molhos. Aumento da maciez e digestibilidade: Uso de condimentos no pré-preparo e o acrescimento de líquido, durante a cocção, proporcionam amaciamento da carne, facilitando a sua digestão. Uso de fundos como meio líquido: maciez com mais sabor. Sabor e aroma: Proporciona mais sabor e aroma característicos. Aspecto: Principalmente nas vermelhas, transforma a aparência de sangue em vermelho pardo ou marrom. Estrutura: Ganham maciez. Podem perder suculência. Para os peixes e os frutos do mar, a cocção deve ser rápida, evitando o ressecamento. Segurança: Diminui, ou elimina, a presença de microorganismos. CARNES: MONTAGEM Etapa mais artística das preparações gastronômicas. De grande importância para o primeiro encantamento: o apetite visual.
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