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Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Já estamos na reta final de nosso curso! Peço desculpas pelo atraso na postagem desta aula. Irei antecipar a aula 07 para que vocês estudem, bastante, no final de semana. Vamos ao nosso estudo de hoje! Aula 04: Sentença e coisa julgada; liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa; efeito suspensivo. 4.1. Da sentença e da coisa julgada: A sentença é o ato processual praticado pelo juiz, que extingue o processo com resolução do mérito (art. 267 do CPC) ou sem resolução do mérito (art. 269 do CPC). O parágrafo 1º do art. 162 do CPC estabelece: sentença é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos artigos 267 e 269 do CPC. A CLT emprega o termo “decisão” em sentido amplo, podendo ser utilizada ora como sentença e ora como decisão interlocutória. Exemplificando: O art. 799, parágrafo segundo da CLT fala “Das decisões sobre exceção de suspeição e incompetência...” (que são decisões interlocutórias). Quando a sentença extinguir o processo, sem resolução do mérito, nas hipóteses do artigo 267 do CPC, denomina-se sentença terminativa e, contra ela, a parte poderá ingressar com nova ação, postulando os mesmos pedidos, salvo nos casos estabelecidos no inciso V do art. 267 do CPC (perempção, litispendência ou coisa julgada). Quando a sentença extinguir o processo, com a resolução do mérito ela será denominada de sentença definitiva. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 Estudaremos as sentenças definitivas e terminativas, mais adiante. O artigo 832 da CLT, em conjunto com o art. 458 do CPC, traz os requisitos necessários que uma sentença deverá ter que são basicamente: ⇒ Relatório: (é um resumo de tudo o que acontece no processo) ⇒ Fundamentação: É a base intelectual da sentença, ou seja, a razão de decidir do juiz. (o juiz apresenta as razões de fato e de direito para fundamentar a sua decisão). ⇒ Decisão, dispositivo ou decisum: (é a decisão, propriamente dita. Uma sentença sem dispositivo é nula). Também denominado de conclusão. Aqui, o juiz deverá observar o princípio da congruência. DICA: O Dispositivo poderá ser direto ou indireto. O primeiro é aquele no qual o juiz exprime diretamente a conclusão da sentença (Ex: julgo procedente o pedido, condenando o réu a pagar ao reclamante as horas extraordinárias postuladas.) O dispositivo indireto é aquele no qual o juiz reporta-se ao pedido descrito na petição inicial (Ex: julgo procedente a ação na forma do pedido do autor). Podemos considerar como requisitos da sentença: a) o nome das partes (relatório); b) o resumo do pedido e da defesa (relatório); c) a apreciação das provas (fundamentação); d) os fundamentos da decisão (fundamentação); e) a respectiva conclusão (decisão/dispositivo). Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 Art. 832 da CLT - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. § 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento. § 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida. § 3º - As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. § 4º A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. § 5º Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminação de que trata o § 3o deste artigo. § 6º O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União. No procedimento sumaríssimo, o juiz é dispensado de elaborar o relatório ao proferir a sua sentença. No procedimento ordinário, uma sentença sem relatório, será considerada uma sentença nula. O artigo 834 da CLT, ao mencionar publicação da sentença/decisão significa que o juiz julgou o processo proferindo a sua decisão. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 DICA: Princípio da Congruência é aquele segundo o qual o juiz deverá ao julgar a ação ficar restrito ao pedido formulado pelo autor, ou seja, a sentença deverá estar limitada aos pedidos, que estiverem contidos na petição inicial. Deverá haver uma correlação entre o pedido e a sentença prolatada pelo juiz. O art. 460 do CPC, estabelece que é proibido ao juiz proferir sentença a favor do autor de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. O art. 128 do CPC prescreve que o juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Assim, temos a sentença que julga ultra petita (aquela que vai além do que o autor postulou), a sentença que julga citra petita ( aquela na qual o juiz não se manifesta em relação a alguns pontos do pedido) e extra petita (aquela que julga fora do que foi postulado pelo autor). As sentenças que julgam extra, ultra ou citra petita, podem ser atacáveis por ação rescisória (art. 485, V do CPC). É importante mencionar a OJ 41 da SDI – II do TST que permite em sede de ação rescisória a desconstituição de sentença “citra petita”, ainda que não sejam opostos embargos declaratórios. OJ 41 da SDI – II do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA "CITRA PETITA". CABIMENTO. Revelando-se a sentença "citra petita", o vício processual vulnera os arts. 128 e 460 do CPC, tornando-a passível de desconstituição, ainda que não opostos embargos declaratórios. Após a prolatação da sentença, pelo juiz, as partes deverão ser intimadas deste ato. Elas serão intimadas da publicação da sentença, na própria audiência, em que ela for proferida. Quando forem intimadas, para comparecer á audiência de publicação da sentença e não comparecerem, o prazo para a interposição de recurso contará da publicação (Súmula 197 do TST). Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 Art. 833 da CLT - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho. Art. 834 da CLT - Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua notificação aos litigantes, ou seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas. Art. 835 da CLT - O cumprimento do acordo ou da decisão far-se-á no prazo e condições estabelecidas. A Súmula 30 do TST estabelece que a ata da audiência de julgamento, deverá ser juntada ao processo em 48 horas contados da audiência, e quando isto não ocorrer, o prazo para a parte interpor o recurso será contado da intimação da sentença. Súmula 30 do TST Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. � Um ponto muito cobrado em prova é a classificação da sentença em: a) sentença declaratória: é aquela que declara a autenticidade ou falsidade de um documento ou a existência ou inexistência de uma relação jurídica (art. 4º do CPC); b) sentença constitutiva: é aquela que cria, modifica ou extingue uma relação jurídica; c) sentença condenatória: é aquela sentença que julga procedente uma ação condenatória, é a mais comum no processo do trabalho. Como exemplo, podemos citar a sentença que condena a reclamada a pagar ao reclamante aviso prévio, férias, FGTS, etc. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 � Outra classificação: a) sentença terminativa: É aquela na qual o juiz não aprecia o pedido das partes. Ele não chega a entrar no mérito da ação, porque extingue o processo, nas hipóteses do art. 267 do CPC antes de entrar no mérito. b) sentença definitiva: é aquela que aprecia o mérito, o pedido. É o que ocorrerá com as hipóteses descritas no art. 269 do CPC. 4.2. Da Coisa Julgada: A Coisa Julgada ocorrerá quando a sentença não estiver mais sujeita a recurso, ou seja, ela transitou em julgado. Verifica-se a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada, sendo certo que uma ação é idêntica a outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. Bizu de Prova: Para a corrente majoritária a coisa julgada é uma qualidade da sentença. Já outros a consideram como efeito da sentença. Para FCC, devemos avaliar como a banca formulará a questão. Mas, ressalto que já vi questões de prova na qual ela considera a coisa julgada como efeito da sentença. A coisa julgada pode ser: a) Coisa Julgada material: Ocorrerá quando o pedido for julgado, e a parte, portanto não poderá interpor nova ação idêntica a esta: b) Coisa Julgada Formal: Não impedirá a propositura de nova ação pela parte, uma vez que o mérito/pedido da ação não foi apreciado. Tanto as sentenças terminativas quanto as sentenças definitivas fazem coisa julgada formal. Apenas as sentenças definitivas fazem coisa julgada material. Agora, prestem muita atenção: a sentença terminativa fará coisa julgada formal e material apenas nas hipóteses do art. 267, V do CPC, uma vez que nesta hipótese a parte não poderá mais interpor novamente a ação. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 A doutrina afirma que a coisa julgada material deverá obedecer alguns limites, são eles: a) limites subjetivos: É aquele que está ligado às pessoas que serão atingidas pela autoridade da coisa julgada (art. 472 do CPC). b) limites objetivos: É aquele que está ligado às matérias que não são acobertadas pela coisa julgada (art. 469 do CPC). Estudaremos execução nas próximas aulas, mas por ora, já vou mencionar a relativização da coisa julgada. DICA: Por força da MP 2.180-35/2001, ocorreu acréscimo do parágrafo 5º ao art. 884 da CLT, que introduziu no processo do trabalho uma forma de relativização da coisa julgada material. Isto porque, quando estiverem presentes as hipóteses mencionadas no referido parágrafo, a coisa julgada não será obstáculo para afastar a exigibilidade do título judicial. Ocorrendo a relativização da coisa julgada, sempre que esta fosse inconstitucional. Art. 884 da CLT Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.§ 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo, declarados inconstitucionais, pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. 4.3. Liquidação de sentença: Toda vez que a sentença proferida pelo juiz for ilíquida, ou seja, não contiver o valor devido ao vencedor da demanda, será necessário liquidá-la, apurando-se assim o quantum devido. Vale registrar que nem todas as sentenças condenatórias que reconhecem obrigação de pagar estão quantificadas, permitindo desde logo a execução. Assim, será preciso liquidá-las. A rigor, não é a sentença que é liquidada, mas sim o comando obrigacional contido no seu dispositivo. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 As sentenças condenatórias tornam certo, apenas, o débito, cabendo à liquidação a fixação do quantum devido. Com exceção das sentenças proferidas nas ações trabalhistas sujeitas ao procedimento sumaríssimo que devem, por expressa disposição legal, estabelecer no seu bojo o valor líquido, no processo do trabalho é comum que as sentenças sejam proferidas de forma ilíquida. Carlos Henrique Bezerra Leite ressalta que nos domínios do processo do trabalho não tem sido admitido o entendimento de que a liquidação de sentença é um ação ou um processo autônomo, mas sim como uma simples fase preparatória da execução. Segundo o jurista o art. 879 ao estabelecer “ordenar-se-á previamente a sua liquidação”, deixa claro que a liquidação constitui simples procedimento prévio da liquidação. Para ele a liquidação no processo do trabalho individual é um incidente processual situado entre a fase cognitiva e a fase executiva, tendo por objeto a fixação do valor líquido ou a individuação do objeto da obrigação constante da sentença condenatória. Nas ações coletivas, a liquidação de sentença será regulada pela lei da ACP e pelo CDC. Ao passo que nas ações individuais ela será regulada pelo art. 879 da CLT. Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. As modalidades de liquidação de sentença são: a) Liquidação por cálculos: ocorrerá quando a determinação do valor da condenação depender apenas de simples cálculos aritméticos, uma vez que todos os elementos necessários para se chegar ao quantum devido já se encontram nos autos; Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 b) Liquidação por artigos: Ocorrerá quando houver necessidade de alegar e provar fatos novos que servirão de base para apuração do valor devido. Esta forma de liquidação dependerá de requerimento das partes, não podendo ser determinada de ofício pelo juiz; Aplicar-se-á o art. 475 – E do CPC de foram subsidiária. Um exemplo é o caso de sentença que reconhece a existência de horas extras prestadas pelo empregado, mas não estabelece o quantitativo. Haverá necessidade de apurar estes fatos através da liquidação poro artigos. c) Liquidação por arbitramento: Ocorrerá quando não se puder chegar ao “quantum debeatur” através de cálculos, sendo necessário arbitrá-lo. Aplica-se de forma subsidiária o art. 475-C do CPC determinando que a liquidação por arbitramento poderá ocorrer quando;a) determinado pela sentença; b) convencionado pelas partes; c) o exigir a natureza do objeto da liquidação. No processo do trabalho a liquidação de sentença por cálculo ou arbitramento poderá ser determinada de ofício. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. Este parágrafo veda a rediscussão da matéria, que foi objeto da fase de conhecimento, no procedimento liquidatório. Nem mesmo modificar ou inovar a sentença, conforme o parágrafo acima. § 1o-A. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o-B. As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. § 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares d a Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. É importante ressaltar que o art. 879 da CLT em seus parágrafos 1º B e 3º colocam em dúvida a possibilidade do juiz não determinar a intimação prévia das partes para apresentarem o cálculo da liquidação. Ao utilizar o termo “inclusive” o legislador quis determinar que a apresentação dos cálculos de liquidação deverá ser feita pelas partes que serão intimadas para tal. Porém, o parágrafo terceiro afirma que a conta poderá ser elaborada pelas partes ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho. § 4o A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram o salário-de-contribuição, na forma do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. § 6o Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderá nomear perito para a elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com observância, entre outros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 4.4 Questões FCC comentadas: 1. (FCC- Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 14ª Região – 2011) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação de sentença: I- Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sob o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. II- Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. III- Far-se-á a liquidação por artigos, quando para determinar o valor da condenação, houver a necessidade de alegar e provar fato novo. IV- Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de preclusão. Está correto o que se afirma apenas em a) I, II e III. b) I e III. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. Comentários: Letra E. As modalidades de liquidação de sentença são: Liquidação por cálculos: ocorrerá quando a determinação do valor da condenação depender apenas de simples cálculos aritméticos. Liquidação por artigos: Ocorrerá quando houver necessidade de alegar e provar fatos novos que servirão de base para apuração do valor devido. Liquidação por arbitramento: Ocorrerá quando não se puder chegar ao “quantum debeatur” através de cálculos, sendo necessário arbitrá-lo. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 Art. 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1o-A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o-B - As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão § 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. § 4o - A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. A assertiva I está incorreta. Há na CLT lacuna em relação ao procedimento da liquidação por arbitramento. Assim, aplicam-se os artigos 475-C, 475- D e 607 do CPC. Apresentado o laudo as partes terão 10 dias para manifestar-se. É importante registrar que, segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, no processo do trabalho a liquidação por arbitramento poderá ser determinada de ofício pelo juiz. A assertiva II está incorreta porque o prazo não será comum, mas sucessivo conforme estabelece o art. 879, parágrafo segundo da CLT. As assertivas, III e IV, estão corretas. A liquidação por artigos ocorrerá sempre que houver necessidade de alegar e provar fatos novos para que o valor devido possa ser apurado. O art. 879, parágrafo terceiro da CLT foi abordado na assertiva IV. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 2. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 24ª Região - 2011) Camila, advogada de Ana, pretende ajuizar reclamação trabalhista cujo valor da causa é de R$ 17.000,00. Neste caso, em regra, (A) Camila deverá arrolar previamente até duas testemunhas na petição inicial, sob pena de preclusão. (B) na data da audiência, Ana deverá trazer até três testemunhas, independentemente de intimação. (C) o pedido deverá ser certo e determinado, indicando o valor de R$ 17.000,00. (D) Camila poderá requerer a citação por edital se a empresa ré, comprovadamente, possuir endereço incerto. (E) Camila deverá arrolar previamente até três testemunhas na petição inicial, sob pena de preclusão. Comentários: Letra C. Trata-se de procedimento sumaríssimo, uma vez que o valor da causa não ultrapassa a quarenta salários mínimos. No procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo e determinado e o autor deverá indicar o valor do pedido. Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigentena data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Art. 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. § 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. Assim, estão incorretas as letras “a”, “b” e “e”, porque cada parte deverá trazer à audiência de instrução e julgamento até duas testemunhas, independente de intimação. A letra “d” está errada porque não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimento sumaríssimo. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 3. (FCC- Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 20ª Região - 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, o Procedimento Sumaríssimo (A) poderá ser aplicado nas demandas em que é parte a Administração Pública autárquica e fundacional. (B) será aplicado nos dissídios individuais cujo valor não exceda a sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. (C) será aplicado nos dissídios individuais cujo valor não exceda a vinte vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. (D) terá todas as provas produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (E) permite às partes arrolarem até no máximo 3 testemunhas cada, as quais comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. Comentários: Letra D. O art. 852- H da CLT estabelece que todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. Vamos relembrar as principais características deste tipo de procedimento! � Não poderá ser aplicado o procedimento sumaríssimo nas causas em que figuram os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional. (Pessoas jurídicas de direito público) � Aplica-se o procedimento sumaríssimo às empresas públicas e sociedades de economia mista. (Pessoas jurídicas de direito privado). � As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo deverão ser apreciadas num prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento. � O processo submetido ao procedimento sumaríssimo deverá ser instruído e julgado em audiência única, exceto se a critério do juiz for impossível não interromper a audiência quando a parte contrária tiver que manifestar-se sobre documentos juntados pela outra parte. � O Procedimento sumaríssimo somente terá lugar nas ações trabalhistas individuais, cujo valor da causa seja inferior a 40 salários mínimos. � Nas ações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado indicando o valor correspondente. � Não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimento sumaríssimo. � O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 � Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no prosseguimento das audiências e do processo deverão ser decididos de plano. � Cada parte somente poderá apresentar até duas testemunhas. Só haverá intimação de testemunhas que comprovadamente convidada pela parte não comparecer a audiência. � A prova pericial somente será cabível quando a prova do fato a exigir ou for legalmente imposta como por ex. o art. 195 CLT. � O juiz é dispensado de fazer o relatório nas sentenças sujeitas ao procedimento sumaríssimo. � Solução imediata de incidentes e exceções que interfiram no prosseguimento do processo. � Prazo comum de cinco dias para manifestação sobre o laudo pericial. Principais distinções: Procedimento Ordinário Procedimento Sumaríssimo Até 3 testemunhas para cada parte Até 2 testemunhas para cada parte Relatório é exigido na sentença Relatório é dispensado Permite-se citação por Edital Não se admite citação por Edital Aplica-se às pessoas jurídicas de direito público Não se aplica às pessoas jurídicas de direito público Parecer oral ou escrito dos membros do MPT nos recursos Parecer oral dos membros do MPT nos recursos Não há exigência de pedido certo e determinado Há exigência de pedido certo e determinado. 4. (FCC- Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 20ª Região - 2006) Extingue-se o processo sem julgamento de mérito (A) quando o juiz pronunciar a prescrição. (B) quando o réu reconhecer a procedência do pedido do autor. (C) quando as partes transigirem. (D) quando o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação. (E))pela convenção de arbitragem. Comentários: Letra E. A sentença é o ato processual praticado pelo juiz, que extingue o processo com resolução do mérito (art. 267 do CPC) ou sem resolução do mérito (art. 269 do CPC). Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 O parágrafo 1º do art. 162 do CPC estabelece: sentença é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos artigos 267 e 269 do CPC. Quando a sentença extinguir o processo, sem resolução do mérito, nas hipóteses do artigo 267 do CPC, denomina-se sentença terminativa e, contra ela, a parte poderá ingressar com nova ação, postulando os mesmos pedidos, salvo nos casos estabelecidos no inciso V do art. 267 do CPC (perempção, litispendência ou coisa julgada). Quando a sentença extinguir o processo, com a resolução do mérito ela será denominada de sentença definitiva. Art. 267 do CPC Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Vll - pela convenção de arbitragem; Vlll - quando o autor desistir da ação; IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; XI - nos demais casos prescritos neste Código. Art. 269 do CPC Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; III - quando as partes transigirem; IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 5. (FCC – Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 20ª região/2006) A respeito da liquidação de sentença é correto afirmar que (A) o juiz poderá na liquidação modificar a sentença que julgou a ação procedente, julgando-a, em face da prova colhida, improcedente. (B) proceder-se-á a liquidação por arbitramento quando o valor da condenação depender de cálculo aritmético. (C)far-se-á liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. (D) as partes poderão, na liquidação, discutir novamente a lide, revendo o que já foi decidido no processo de conhecimento. (E) o juiz poderá, na liquidação, modificar a sentença que julgou a ação improcedente, julgando-a, em face da prova colhida, procedente. Comentários: Letra C. Na liquidação de sentença as partes não poderão rediscutir a lide e o juiz não poderá modificar a sentença. Art. 879 da CLT Sendo ilíquida a sentença exeqüenda,ordenar- se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. A assertiva da letra B está errada porque descreve a liquidação por cálculos. Vamos relembrar o conceito de liquidação descrito na questão 01 desta aula. As modalidades de liquidação de sentença são: Liquidação por cálculos: ocorrerá quando a determinação do valor da condenação depender apenas de simples cálculos aritméticos. Liquidação por artigos: Ocorrerá quando houver necessidade de alegar e provar fatos novos que servirão de base para apuração do valor devido. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 Liquidação por arbitramento: Ocorrerá quando não se puder chegar ao “quantum debeatur” através de cálculos, sendo necessário arbitrá-lo. 6. (FCC - Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT- 2ª Região - 2004) Considere: I- A execução da sentença pode ser promovida, ex officio, pelo juiz. II- A liquidação dos créditos previdenciários será feita em autos apartados. III- Na liquidação, não é possível modificar ou inovar a sentença nem discutir matéria pertinente á causa principal. IV – As partes têm o prazo de 20 (vinte) dias para impugnar, fundamentalmente, a conta de liquidação. É correto o que se afirma apenas em: a) I. b) IV. c) I e III. d) I e IV. e) II e III. Comentários: Letra C. (art. 879 da CLT). As assertivas I e III estão corretas. O erro da assertiva II é que a liquidação dos créditos previdenciários será feita, nos mesmos autos. Já o erro da assertiva IV é que o prazo para impugnação da liquidação será de 10 dias, conforme art. 879 da CLT. Art. 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1o-A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o-B - As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão § 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. § 4o - A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. 7. (FCC – Analista Judiciário - TRT 17ª região - 2004) Tendo em conta a necessidade de observância da correlação entre o pedido e o provimento jurisdicional, o juiz pode corrigir a sentença que for proferida (A) ultra ou extra petita, somente se o fizer de ofício. (B) infra petita, somente se o fizer de ofício. (C) infra petita, desde que provocado por embargos de declaração. (D) ultra ou extra petita, desde que provocado por embargos de declaração. (E) infra, ultra ou extra petita, desde que provocado por embargos de declaração. Comentários: Letra C. Quando ocorre julgamento “infra petita”, o juiz se omitiu em relação a algum pedido do autor e poderá corrigir via embargos de declaração, previsto no art. 897-A da CLT. DICA: Princípio da Congruência é aquele segundo o qual o juiz deverá ao julgar a ação ficar restrito ao pedido formulado pelo autor, ou seja, a sentença deverá estar limitada aos pedidos, que estiverem contidos na petição inicial. Deverá haver uma correlação entre o pedido e a sentença prolatada pelo juiz. O art. 460 do CPC, estabelece que é proibido ao juiz proferir sentença a favor do autor de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 O art. 128 do CPC prescreve que o juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Assim, temos a sentença que julga ultra petita (aquela que vai além do que o autor postulou), a sentença que julga citra petita ( aquela na qual o juiz não se manifesta em relação a alguns pontos do pedido) e extra petita (aquela que julga fora do que foi postulado pelo autor). 8. (FCC- Juiz do Trabalho/TRT- 11ª Região/2007) No procedimento sumaríssimo, o juiz deverá decidir de plano, (A) litispendência, conexão e coisa julgada. (B) prescrição e decadência. (C) compensação e retenção. (D) prescrição e litispendência. (E) compensação e coisa julgada. Comentários: Letra A. Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no prosseguimento das audiências e do processo deverão ser decididos de plano. As demais questões serão decididas na sentença (Art. 852- G da CLT). A litispendência, a coisa julgada e a conexão são exceções. 9. (FCC – Analista judiciário – Área Judiciária – TRT 15ª Região/2009) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação de sentença: I- Na liquidação não se poderá modificar ou inovar a sentença liquidanda, mas poderá discutir matéria pertinente à causa principal. II- As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. III- Elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. IV- A manifestação da União é ato obrigatório que, não sendo intimada legalmente, gerará nulidade absoluta dos atos processuais posteriormente praticados. Está correto o que se afirma somente em a) II. b) I, II e IV. c) III e IV. d) III. e) I, II e III. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 Comentários: Letra A. I- Incorreta. (Art. 879, parágrafo 1º da CLT) II- Correta. (Art. 879, parágrafo 1ºB da CLT) III- Incorreta. (Art. 879, parágrafo 2º da CLT) IV- Incorreta. (Art. 879, parágrafo 3º da CLT). A lei fala sob pena de preclusão, logo não acarretará nulidade absoluta. Portanto a manifestação da União não é um ato obrigatório. Art. 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se- á, previamente, a sua liquidação, que poderá serfeita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1o-A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o-B - As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão § 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 10. (FCC – Técnico judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo os dissídios individuais cujo valor não exceda a a) quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. b) quarenta vezes o salário mínimo vigente na data da extinção do contrato de trabalho. c) vinte vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. d) vinte vezes o salário mínimo vigente na data da extinção do contrato de trabalho. e) sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. Comentários: Letra A (art. 852-A da CLT). Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 11. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 23ª Região – 2004) No procedimento sumaríssimo, deverão ser decididos de plano as questões relativas à (A) compensação e à coisa julgada. (B) prescrição e à decadência. (C) compensação e à retenção. (D) prescrição e à litispendência. (E) litispendência, à conexão e à coisa julgada. Comentários: Letra E (art. 852-G da CLT). Serão decididos de plano todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência ou do processo. As demais questões serão decididas na sentença. Assim, as alegações de prescrição, a decadência a retenção e a compensação serão decididas na sentença. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 12. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 13ª Região – 2005) No procedimento sumaríssimo da Justiça do Trabalho, as causas até quarenta salários mínimos deverão (A) ser sempre aforadas por advogado. (B) apresentar valor certo para cada um dos pedidos e requerimento das provas a serem realizadas. (C) indicar apenas o correto endereço do réu, sendo vedada a citação por correio. (D) apresentar valor certo para cada um dos pedidos e indicar o endereço correto do réu. (E) ser sempre apresentadas verbalmente. Comentários: Letra D (art. 852-B- I da CLT). Art. 852-B, I da CLT Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente. II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 13. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa– TRT 23ª Região – 2007) Proferida a decisão, os evidentes erros de cálculo dela constantes, antes da execução, poderão ser corrigidos (A) somente pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. (B) somente a requerimento das partes. (C) apenas pela superior instância, se houver recurso. (D) pela secretaria do juízo. (E) pelo juiz ex officio. Comentários: Letra E. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Art. 833 da CLT - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho. 14. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa– TRT 17 ª Região – 2004) A liquidação da sentença por simples contas é denominada por (A) arbitramento. (B) artigos. (C) cálculos. (D) estimativa. (E) acordo. Comentários: Letra C. Vamos mais uma vez nesta aula estudar os conceitos das modalidades de liquidação. As modalidades de liquidação de sentença são: Liquidação por cálculos: ocorrerá quando a determinação do valor da condenação depender apenas de simples cálculos aritméticos. Liquidação por artigos: Ocorrerá quando houver necessidade de alegar e provar fatos novos que servirão de base para apuração do valor devido. Liquidação por arbitramento: Ocorrerá quando não se puder chegar ao “quantum debeatur” através de cálculos, sendo necessário arbitrá-lo. 15. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa– TRT 17 ª Região – 2004) Na sentença, podem ser corrigidos de ofício os (A) pontos omissos. (B) pontos contraditórios. (C) pontos obscuros. (D) seus fundamentos. (E) erros materiais. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 Comentários: Letra E. Art. 833 da CLT - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho. Gabarito: 1. E 4. E 7. C 10. A 13. E 2. C 5. C 8. A 11. E 14. C 3. D 6. C 9. A 12. D 15. E Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 4.5. Questões FCC: 1. (FCC- Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 14ª Região – 2011) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação de sentença: I- Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sob o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. II- Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. III- Far-se-á a liquidação por artigos, quando para determinar o valor da condenação, houver a necessidade de alegar e provar fato novo. IV- Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de preclusão. Estácorreto o que se afirma apenas em a) I, II e III. b) I e III. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. 2. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 24ª Região - 2011) Camila, advogada de Ana, pretende ajuizar reclamação trabalhista cujo valor da causa é de R$ 17.000,00. Neste caso, em regra, (A) Camila deverá arrolar previamente até duas testemunhas na petição inicial, sob pena de preclusão. (B) na data da audiência, Ana deverá trazer até três testemunhas, independentemente de intimação. (C) o pedido deverá ser certo e determinado, indicando o valor de R$ 17.000,00. (D) Camila poderá requerer a citação por edital se a empresa ré, comprovadamente, possuir endereço incerto. (E) Camila deverá arrolar previamente até três testemunhas na petição inicial, sob pena de preclusão. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 3. (FCC- Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 20ª Região - 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, o Procedimento Sumaríssimo (A) poderá ser aplicado nas demandas em que é parte a Administração Pública autárquica e fundacional. (B) será aplicado nos dissídios individuais cujo valor não exceda a sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. (C) será aplicado nos dissídios individuais cujo valor não exceda a vinte vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. (D) terá todas as provas produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (E) permite às partes arrolarem até no máximo 3 testemunhas cada, as quais comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 4. (FCC- Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 20ª Região - 2006) Extingue-se o processo sem julgamento de mérito (A) quando o juiz pronunciar a prescrição. (B) quando o réu reconhecer a procedência do pedido do autor. (C) quando as partes transigirem. (D) quando o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação. (E))pela convenção de arbitragem. 5. (FCC – Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 20ª região/2006) A respeito da liquidação de sentença é correto afirmar que (A) o juiz poderá na liquidação modificar a sentença que julgou a ação procedente, julgando-a, em face da prova colhida, improcedente. (B) proceder-se-á a liquidação por arbitramento quando o valor da condenação depender de cálculo aritmético. (C) far-se-á liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. (D) as partes poderão, na liquidação, discutir novamente a lide, revendo o que já foi decidido no processo de conhecimento. (E) o juiz poderá, na liquidação, modificar a sentença que julgou a ação improcedente, julgando-a, em face da prova colhida, procedente. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 6. (FCC - Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT- 2ª Região - 2004) Considere: I- A execução da sentença pode ser promovida, ex officio, pelo juiz. II- A liquidação dos créditos previdenciários será feita em autos apartados. III- Na liquidação, não é possível modificar ou inovar a sentença nem discutir matéria pertinente á causa principal. IV – As partes têm o prazo de 20 (vinte) dias para impugnar, fundamentalmente, a conta de liquidação. É correto o que se afirma apenas em: a) I. b) IV. c) I e III. d) I e IV. e) II e III. 7. (FCC – Analista Judiciário - TRT 17ª região - 2004) Tendo em conta a necessidade de observância da correlação entre o pedido e o provimento jurisdicional, o juiz pode corrigir a sentença que for proferida (A) ultra ou extra petita, somente se o fizer de ofício. (B) infra petita, somente se o fizer de ofício. (C) infra petita, desde que provocado por embargos de declaração. (D) ultra ou extra petita, desde que provocado por embargos de declaração. (E) infra, ultra ou extra petita, desde que provocado por embargos de declaração. 8. (FCC- Juiz do Trabalho/TRT- 11ª Região/2007) No procedimento sumaríssimo, o juiz deverá decidir de plano, (A) litispendência, conexão e coisa julgada. (B) prescrição e decadência. (C) compensação e retenção. (D) prescrição e litispendência. (E) compensação e coisa julgada. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 9. (FCC – Analista judiciário – Área Judiciária – TRT 15ª Região/2009) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação de sentença: I- Na liquidação não se poderá modificar ou inovar a sentença liquidanda, mas poderá discutir matéria pertinente à causa principal. II- As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. III- Elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. IV- A manifestação da União é ato obrigatório que, não sendo intimada legalmente, gerará nulidade absoluta dos atos processuais posteriormente praticados. Está correto o que se afirma somente em a) II. b) I, II e IV. c) III e IV. d) III. e) I, II e III. 10. (FCC – Técnico judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo os dissídios individuais cujo valor não exceda a a) quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. b) quarenta vezes o salário mínimo vigente na data da extinção do contrato de trabalho. c) vinte vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. d) vinte vezes o salário mínimo vigente na data da extinção do contrato de trabalho. e) sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. 11. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 23ª Região – 2004) No procedimento sumaríssimo, deverão ser decididos de plano as questões relativas à (A) compensação e à coisa julgada. (B) prescrição e à decadência. (C) compensação e à retenção. (D) prescrição e à litispendência. (E) litispendência, à conexão e à coisa julgada. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 12. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 13ª Região – 2005) No procedimento sumaríssimo da Justiça do Trabalho, as causas até quarenta salários mínimos deverão (A) ser sempre aforadas por advogado. (B) apresentar valor certo para cada um dos pedidos e requerimento das provas a serem realizadas. (C) indicar apenas o correto endereço do réu, sendo vedada a citação por correio. (D) apresentar valor certo para cada um dos pedidos e indicar o endereço correto do réu. (E) ser sempre apresentadas verbalmente. 13. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa– TRT 23ª Região – 2007) Proferida a decisão, os evidentes erros de cálculo dela constantes, antes da execução, poderão ser corrigidos (A) somente pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. (B) somente a requerimento das partes. (C) apenas pela superior instância, se houver recurso. (D) pela secretaria do juízo. (E) pelo juiz ex officio. 14. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 17 ª Região – 2004) A liquidação da sentençapor simples contas é denominada por (A) arbitramento. (B) artigos. (C) cálculos. (D) estimativa. (E) acordo. 15. (FCC- Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 17 ª Região – 2004) Na sentença, podem ser corrigidos de ofício os (A) pontos omissos. (B) pontos contraditórios. (C) pontos obscuros. (D) seus fundamentos. (E) erros materiais. ------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocês: 1. 4. 7. 10. 13. 2. 5. 8. 11. 14. 3. 6. 9. 12. 15. ------------------------------------------------------------------------------ Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 4.6. Dos Dissídios Coletivos: “Dissídio Coletivo é uma espécie de ação coletiva conferida a determinados entes coletivos, geralmente os Sindicatos, para a defesa de interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no âmbito dessas mesmas categorias (Carlos Henrique Bezerra Leite)”. Em outras palavras: O Dissídio Coletivo é uma forma heterocompositiva de solução de um conflito coletivo de trabalho, solucionado pela Justiça do Trabalho, que irá interpretar as normas já existentes ou criar novas normas e condições de trabalho que serão aplicadas às categorias representadas pelos Sindicatos. Nos dissídios coletivos, os Sindicatos postulam interesses abstratos da categoria que representam e as partes são em regra os Sindicatos, que representam categorias. Esta é a grande distinção entre o dissídio coletivo e o dissídio individual, pois no segundo as partes envolvidas são determinadas e individualmente consideradas. Os Dissídios Coletivos poderão ser classificados em: � Dissídio Coletivo de natureza econômica: É aquele que objetiva a prolatação de uma sentença que irá criar novas normas ou condições de trabalho. DISSÌDIO COLETIVO NATUREZA ECONÔMICA NATUREZA JURÍDICA NATUREZA MISTA Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 � Dissídio Coletivo de natureza jurídica: É aquele que objetiva uma sentença que dará interpretação às normas coletivas que já existam e que vigoram para determinadas categorias. � Dissídio Coletivo de natureza mista: A doutrina exemplifica este tipo de dissídio com a greve, esclarecendo que caso o Tribunal julgue apenas a abusividade o dissídio será de natureza jurídica e caso ele julgue e conceda as reivindicações dos trabalhadores com a greve aí o dissídio será de natureza econômica também. Os requisitos da petição inicial e os documentos que deverão acompanhar a Inicial do dissídio coletivo são: a) designação e qualificação dos reclamantes e dos reclamados e a natureza do estabelecimento ou do serviço; b) os motivos do dissídio e as bases da conciliação; c) o edital de convocação da Assembléia geral da categoria sindical; d) a ata da assembléia geral; e) a lista de presença da Assembléia Geral; f) o registro da frustração da negociação coletiva; g) a norma coletiva anterior quando o dissídio for de revisão; h) a procuração passada ao advogado; i) o mútuo consentimento, que é a concordância entre as partes para o ajuizamento do dissídio coletivo (art. 114, parágrafo 2º da CF/88). Procedimento e normas do Dissídio Coletivo: O Dissídio Coletivo tem o seu procedimento especial regulado nos arts. 856/875 da CLT. Observem o resumo do procedimento, abaixo. ⇒ O ajuizamento do Dissídio Coletivo será feito através de uma petição inicial escrita formulada pela entidade sindical da categoria profissional ou da categoria econômica, geralmente. ⇒ A petição inicial será sempre escrita, assim não se admite o Dissídio Coletivo verbal. ⇒ A conciliação no Dissídio Coletivo é tentada em uma única audiência, presidida pelo Presidente do Tribunal que possui a competência funcional para presidir esta audiência. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 1. Os Sindicatos apresentarão o requerimento para a instauração da instância ficando subordinado à aprovação de assembléia, da qual participem os associados interessados na solução do dissídio coletivo, em primeira convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou, em segunda convocação, por 2/3 (dois terços) dos presentes. 2. Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o Presidente do Tribunal designará a audiência de conciliação, dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando a notificação dos dissidentes, com observância do disposto no art. 841. 3. Quando a instância for instaurada ex officio, a audiência deverá ser realizada dentro do prazo mais breve possível, após o reconhecimento do dissídio. 4. É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, ou por qualquer outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por cujas declarações será sempre responsável. 5. Na audiência designada, comparecendo ambas as partes ou seus representantes, o Presidente do Tribunal as convidará para se pronunciarem sobre as bases da conciliação. Caso não sejam aceitas as bases propostas, o Presidente submeterá aos interessados a solução que lhe pareça capaz de resolver o dissídio. 6. Havendo acordo, o Presidente o submeterá à homologação do Tribunal na primeira sessão. Não havendo acordo, ou não comparecendo ambas as partes ou uma delas, o presidente submeterá o processo a julgamento, depois de realizadas as diligências que entender necessárias e ouvida a Procuradoria. 7. Da decisão do Tribunal serão notificadas as partes, ou seus representantes, em registrado postal, com franquia, fazendo-se, outrossim, a sua publicação no jornal oficial, para ciência dos demais interessados. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 Extensão: O art. 868 da CLT estabelece que em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa, que forem da mesma profissão dos dissidentes. Trata-se do juízo de equidade conferido ao Tribunal por força do art. 468 da CLT. Havendo extensão dos efeitos da sentença normativa, o Tribunal fixará a data em que a decisão deve ser cumprida, bem como o prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a quatro anos. É importante assinalar que esta decisão sobre novas condições de trabalho poderá ser estendida, também, a todos os empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal (geralmente esta jurisdição será dentro de um Estado), desde que haja: � solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato destes; � solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados; � ex officio, pelo Tribunal que houver proferido a decisão; � solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho. Quando o Tribunal estender os efeitos da sentença normativa por ele proferida deverá fixar a data na qual a decisão entrará em execução e, também o prazo de sua vigência que não poderá sersuperior a 4 anos. Ressalta-se que a validade da extensão dos efeitos da sentença normativa dependerá da concordância de pelo menos 3/4 (três quartos) dos empregadores e 3/4 (três quartos) dos empregados, ou dos respectivos sindicatos. Para a manifestação desta concordância o Tribunal competente marcará prazo, não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias, a fim de que se manifestem os interessados. Decorrido o prazo para manifestação dos interessados, e ouvido o Ministério Público do Trabalho será o processo submetido ao julgamento do Tribunal. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 Quando a decisão do Tribunal concluir pela extensão dos efeitos da sentença normativa, deverá marcar a data em que ela entrará em vigor (art. 871 da CLT). De acordo com o art. 114, parágrafo segundo da CF/88, o dissídio coletivo de natureza econômica não poderá mais ser instaurado de ofício, por provocação do MPT ou de uma das entidades sindicais. Observem a OJ 02 da SDC. OJ 02 SDC É inviável aplicar condições constantes de acordo homologado nos autos de dissídio coletivo, extensivamente, às partes que não o subscreveram, exceto se observado o procedimento previsto no art. 868 e seguintes, da CLT. Cumprimento: A decisão proferida em um dissídio coletivo chama-se sentença normativa e caso não seja cumprida, não será executada como acontece nos dissídios individuais. Assim, será necessária a interposição de uma ação de cumprimento quando as normas estabelecidas por uma sentença normativa não forem cumpridas. A ação de cumprimento tem por finalidade assegurar o cumprimento da decisão proferida em um Dissídio Coletivo, assegurando assim o cumprimento dos direitos abstratamente outorgados a determinadas categorias. Os direitos criados abstratamente por uma sentença normativa de proferida em Dissídio Coletivo de natureza econômica poderão ser postulados individualmente por cada trabalhador interessado ou coletivamente através do Sindicato da respectiva categoria profissional. Art. 872 da CLT Celebrado o acordo ou transitada em julgado a decisão seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste título.Parágrafo único. Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou os seus Sindicatos, independente de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão apresentar reclamação à Vara de Trabalho, sendo vedado questionar sobre matéria de fato e de direito já apreciada na decisão. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 A sentença normativa vigorará a partir da data de sua publicação, quando ajuizado o dissídio após o prazo do art. 616, § 3º(60 dias antes do termo final da sentença normativa anterior), ou, quando não existir acordo, convenção ou sentença normativa em vigor, da data do ajuizamento; Porém, a sentença normativa vigorará a partir do dia imediato ao termo final de vigência do acordo, convenção ou sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no prazo do art. 616, § 3º. Revisão da Sentença Normativa: O Dissídio Coletivo de Revisão está previsto nos artigos 873/875 da CLT. Para que possa ser instaurado um Dissídio Coletivo de Revisão é indispensável que tenha decorrido mais de um ano da sentença normativa que se pretende rever. Art. 873 da CLT Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, caberá revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. Art. 874 da CLT - A revisão poderá ser promovida por iniciativa do Tribunal prolator, da Procuradoria da Justiça do Trabalho, das associações sindicais ou de empregador ou empregadores interessados no cumprimento da decisão. Parágrafo único - Quando a revisão for promovida por iniciativa do Tribunal prolator ou da Procuradoria, as associações sindicais e o empregador ou empregadores interessados serão ouvidos no prazo de 30 (trinta) dias. Quando promovida por uma das partes interessadas, serão as outras ouvidas também por igual prazo. Art. 875 da CLT - A revisão será julgada pelo Tribunal que tiver proferido a decisão, depois de ouvida a Procuradoria da Justiça do Trabalho. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 BIZU DE PROVA: As inovações da Emenda Constitucional 45/04, observem na questão abaixo: (UnB/CESPE – TRT 5.a Região /Juiz do Trabalho) No referente aos pressupostos e condições do dissídio coletivo, assinale a opção correta, considerando o texto constitucional e a legislação aplicável. Uma das inovações introduzidas pela Emenda Constitucional 45/2004 à redação originária do art. 114 da Constituição Federal foi a concordância das partes quanto ao ajuizamento do dissídio coletivo de natureza econômica. Comentários: Correta. (art. 114, parágrafo 2º da CF/88) 4.7. Ação de Cumprimento: A Ação de cumprimento é o meio processual adequado para defesa dos interesses ou direitos dos trabalhadores constantes de sentença normativa, convenção coletiva ou acordos coletivos de trabalho não cumpridos, espontaneamente, pelos empregadores. Art. 872 da CLT Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título. § único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão. Súmula 246 do TST AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA NORMATIVA É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 As sentenças normativas proferidas nos dissídios de natureza econômica podem ser objeto de cumprimento, por meio de: a) ação individual de cumprimento simples ou plúrima (litisconsórcio ativo) proposta diretamente pelos trabalhadores interessados; b) ação coletiva de cumprimento, proposta pelo sindicato da categoria profissional em nome próprio na defesa dos interesses individuais homogêneos dos trabalhadores (substituição processual) integrantes da respectiva categoria profissional. A competência material e funcional para processar e julgar a ação de cumprimento é das Varas do Trabalho do local da prestação de serviços. É importante falar do entendimento pacificado do TST em relação à prescrição da ação de cumprimento, cujo marco inicial conta-se da data do trânsito em julgado da decisão normativa. Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. Não poderemos esquecer da súmula 277 do TST! Súmula 277 do TST I - As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordos coletivos vigoram no prazoassinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. II - Ressalva-se da regra enunciado no item I o período compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei 8.542, revogada pela Medida Provisória 1.709, convertida na Lei 10.192, de 14.02.2001. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 39 4.8. Questões de prova comentadas: 1. (FCC- Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 14ª Região – 2011) Quanto aos Dissídios Coletivos de natureza econômica é correto que a) o acordo judicial homologado no processo de dissídio coletivo, envolvendo a totalidade ou parte das pretensões, tem força de decisão irrecorrível para as partes. b) o dissídio coletivo, deferido ou não o protesto judicial, será ajuizado no prazo máximo de 30 dias, contado da sessão que o julgou, sob pena de perda da eficácia da medida. c) a instrução dos processos de dissídio coletivo, revisão ou extensão de dissídio coletivo deverá ser concluída no prazo de quarenta e cinco dias, a contar da paralisação ou protocolo no Tribunal. d) os autos, não havendo acordo, colhida a contestação e documentos serão remetidos ao Revisor, que continuará a instrução do dissídio se entender necessário. e) o Presidente, verificando que a petição não preenche os requisitos da lei ou está em desacordo com as instruções em vigor, ou ainda que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar sua apreciação, determinará incontinenti a extinção do feito sem resolução do mérito. Comentários: Letra A (art. 198 do Regimento Interno). Observem que o regramento para o procedimento do dissídio coletivo é regulamentado também pelos Regimentos Internos dos Tribunais. Art. 198. O acordo judicial homologado no processo de dissídio coletivo, envolvendo a totalidade ou parte das pretensões, tem força de decisão irrecorrível para as partes. A letra B está incorreta devido ao que diz o art. 192 do Regimento. Art. 192. O pedido de instauração de dissídio coletivo de natureza econômica, devidamente fundamentado, atenderá ao disposto no artigo 858 da CLT, bem como às instruções expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, devendo vir acompanhado, se for o caso, de certidão ou cópia autenticada do último aumento salarial concedido à categoria profissional. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 40 § 2º Deferido o protesto judicial, o dissídio coletivo será ajuizado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado da intimação da decisão, sob pena de perda da eficácia da medida. As letras C e D estão erradas (art. 193, parágrafos 3º e 4º). Art. 193. A audiência será conduzida pelo Presidente do Tribunal ou pela autoridade competente a quem delegar a instrução do feito. § 1º Comparecendo as partes ou seus representantes, o Presidente os convidará à conciliação. Não havendo acordo, colhida a contestação e documentos, os autos serão remetidos ao Ministério Público para manifestação. Retornando os autos, serão distribuídos a um Relator que continuará a instrução do dissídio se entender necessário. § 2º Havendo acordo, o Presidente o submeterá ao Tribunal para homologação, na próxima sessão. § 3º A instrução dos processos de dissídio coletivo, revisão ou extensão de dissídio coletivo deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias. § 4º Inexistindo acordo, e respeitados os prazos de 20 (vinte) e 10 (dez) dias para o Relator e o Revisor, respectivamente, o feito será incluído em pauta para julgamento imediato. § 5º A publicação dos acórdãos em dissídios coletivos, de revisões de dissídios coletivos e de extensões de decisões terá preferência e será realizada independentemente da publicação de outros processos. § 6º Nos casos de urgência, Relator e Revisor examinarão os autos de modo a possibilitar o julgamento imediato do dissídio, que poderá ser colocado em pauta preferencial sobretudo na ocorrência ou iminência de paralisação do trabalho. A letra E está incorreta porque o art. 191 do Regimento estabelece que o juiz determine a emenda da inicial no prazo de 10 dias. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 41 Art. 191 do Regimento Interno Recebida e protocolada a petição de dissídio coletivo, revisão ou extensão de dissídio coletivo, estando regular a representação, será designada audiência de conciliação, no prazo máximo de 10 (dez) dias. § 1º Verificando o Presidente que a petição não preenche os requisitos da lei ou está em desacordo com as instruções em vigor, ou, ainda, que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar sua apreciação, determinará que o suscitante a emende ou complete, no prazo de 10 (dez) dias. § 2º Não cumprida a diligência, o processo será extinto sem resolução de mérito. § 3º A citação far-se-á por via postal, por meio de registro em AR. Nos casos de urgência, poderá ser feita por oficial de justiça, fac-símile ou outro meio eletrônico. § 4º Será assegurado ao suscitado prazo não inferior a 5 (cinco) dias para responder aos termos da representação, salvo nos casos em que estejam em risco necessidades inadiáveis da comunidade e seja necessário, a juízo do Presidente do Tribunal, a apreciação do dissídio em caráter de urgência. 2. (FCC/ Analista Judiciário – Executor de Mandados/TRT-18 ª Região/2008) No que diz respeito à extensão das decisões em Dissídios Coletivos, analise: I. O Tribunal que houver julgado o dissídio coletivo fixará a data em que a decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual não pode ser superior a quatro anos. II. Em regra, nos dissídios de natureza jurídica que não tratarem de condições de trabalho, as decisões poderão ser estendidas a todos os empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal competente. III. Sempre que o Tribunal competente estender a decisão em dissídio coletivo marcará a data em que a extensão deva entrar em vigor. IV. Mesmo em dissídio coletivo que for suscitado em nome de toda a categoria, haverá necessidade da extensão das decisões, tendo em vista que a decisão não possuirá eficácia erga omnes. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que consta APENAS em (A) II e IV. (B) I e III. (C) III e IV. (D) I e II. (E) I, II e III. Processo do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 42 Comentários: Letra B. “Dissídio Coletivo é uma espécie de ação coletiva conferida a determinados entes coletivos, geralmente os Sindicatos, para a defesa de interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no âmbito dessas mesmas categorias (Carlos Henrique Bezerra Leite)”. I- Correta. (art. 868, parágrafo único). O art. 868 da CLT estabelece que em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa, que forem da mesma profissão dos dissidentes. Quando o Tribunal estender os efeitos da sentença normativa por
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