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BALÃO INTRAORTICO PROFª MÔNICA VENTURA A Terapia de contra-pulsação Introduzida na prática clínica no final dos anos 60. O BIA é posicionado descendente toráxica da aorta, distal a artéria subclávia esquerda. A contra-pulsação é uma terapia estabelecida para inúmeros tratamentos médicos e cirúrgicos. O balão é ajustado para inflar e desinflar em harmonia com o ciclo mecânico cardíaco aumentando a oferta de oxigênio e diminuindo a demanda de oxigênio pelo miocárdio. Histórico: 1958: Harken descreveu o princípio de contrapulsação que consistia em remover uma quantidade de sangue pela artéria femoral, durante a sístole para a injeção rápida durante a diástole, com o objetivo de aumentar a pressão de perfusão coronariana. 1962: Moulopoulos e colaboradores sugeriram um balão colocado na aorta descendente com o objetivo de produzir o mesmo efeito da contrapulsação idealizada por Harken. 1967: Kantrowitz, tratou com sucesso dois pacientes com BIA que apresentavam Insuficiência ventricular esquerda pós IAM. Indicações 1. Angina instável refratária 2. Infarto iminente 3. Infarto agudo do miocárdio ( IAM) 4. Falha ventricular refratária 5. Complicações do infarto agudo do miocárdio (ex. Defeito do septo ventricular, Regurgitação mitral aguda, ruptura do músculo papilar) 6. Choque cardiogênico 7. No suporte para procedimentos percutâneos diagnóstico ou de revascularização Indicações 8. Isquemia intratável relacionada a arritmia ventricular 9. Choque séptico 10. Geração de fluxo pulsátil intra-operatório 11. Desmame de extra-corpórea 12. Suporte cardíaco para procedimentos cirúrgicos não cardíacos 13. Suporte profilático na preparação para cirurgía cardíaca 14. Disfunção miocárdica pós cirúrgica / síndrome de baixo débito cardíaco Indicações 15. Contusão do miocárdio 16. Ponte mecânica na assistência a outros devices 17. No suporte cardíaco seguido a correção de defeitos congênitos Contra-indicações 1. Insuficiência aortica severa 2. Aneurisma abdominal e/ou aórtico 3. Calcificação aorto-ilíaca severa ou doença vascular periférica 4. Inserção sem bainha em pacientes com obesidade severa e muitas cicatrizes no local de inserção Cateter: poliuretano biocompatível, com enchimento a gás hélio – ( 25, 34, 40 e 50cc) balão de uma única câmara propicia um fluxo bidirecional. Apresenta luz central – medida de pressão aórtica. 50 cc 40 34 25 cc cc cc INSERÇÃO DO BALÃO INTRA-AÓRTICO A - representa a inserção através a arteriotomia. B - representa a inserção por punção percutânea (técnica de Seldinger). Obs: Terminado o procedimento de inserção do balão é recomendável a sua verificação, mediante uma radiografia simples. Pressão arterial Balão Console Colocação do catéter balão Intra-aórtico: • Preferencialmente deve ser colocado usando fluoroscopia • A ponta do balão deve estar posicionada aproximadamente de 1 a 2 cm. Distal a subclávia esquerda. • [Nota: Deve se tirar um raio X do paciente logo após a inserção para que se verifique a localização correta. O catéter BIA deve estar posicionado entre o segundo e terceiro espaço intercostal CORRETO INCORRETO Seleção de disparo: R P Q S T Electrocardiograma Ponto de disparo Tempo exato: Pressão arterial Nó dicrótico Marcador de inflação A bomba do balão intra - aórtico Fácil operação: • Liga • Tela de Ajuda • Preferências do usuário • Transportável Automatizada: • Sincronização • Procedimento de re-carga do hélio • Remoção da condensação Diástole: Inflação do BIA • Aumenta a perfusão coronariana Sístole: Deflação do BIA Diminui o esforço cardíaco Diminui o consumo de oxigênio Aumenta o débito cardíaco Indicações de desmame: Estabilidade hemodinâmica Sinais de função cardíaca adequada (pulsos periféricos; débito urinário; ausência de edema agudo de pulmão; boa perfusão cerebral) Sinais de boa perfusão coronariana (ECG) Vazamento do balão Agravamento do quadro clínico COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO BIA Durante a passagem: - Sangramento - lesão arterial - Infecção - Dor - isquemia do membro cateterizado Durante a permanência: - obstrução do cateter - perfuração do balão - infecção por manipulação - Sangramentos - isquemia do membro cateterizado (síndrome compartimental) - isquemia cerebral (deslocamento de êmbolos) - piora hemodinâmica Retirada do cateter: - Sangramento - formação de hematomas no local da punção - isquemia do membro trombos - instabilidade hemodinâmica na primeiras 24h Assistência de Enfermagem na utilização do BIA AÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA Verificar condições cardiovasculares: perfusão periférica e hemodinâmica a cada 15 minutos na primeira hora pós instalação do BIA A avaliação dos sinais vitais, do DC; PAP; débito urinário demonstram a efetividade da terapêutica aplicada. Avaliar pulso radial esquerdo Indica migração do cateter e obstrução da a. subclávia esquerda. Verificar extremidades do membro onde o BIA está inserido O exame periódico das extremidades é fundamental para a avaliação da perfusão periférica. Realizar exercícios – flexão dos pés Evitar estase sanguínea Manter decúbito elevado, inferior a 45° Previne quebra ou migração do cateter Realizar mudança de decúbito a cada 2horas Previne UPP Manter integridade da pele: utilizações de colchões específicos; hidratação; proteção de saliências ósseas – cuidados com o membro onde está instalado o BIA Previne UPP Fixar a extensão do BIA a perna do paciente. Evitar deslocamento do cateter. Avaliar o sítio de inserção do BIA a cada 2horas Monitorar hematomas ou sangramentos; presença de petéquias; controle de TS e TC Trocar curativo do sítio de inserção do BIA Prevenir infecções Controle de função renal (balanço hídrico; exames laboratoriais; débito urinário) Cateter pode progredir e obstruir as aa. renais. Efetividade da terapêutica aplicada. Suspender a heparina 4 a 6 horas antes da retirada do BIA (verificar resultados de TTPA) Prevenir sangramento e formação de hematomas. Orientar ao paciente não fletir o membro por até 6h após retirada do cateter. Prevenir sangramento e formação de hematomas. Monitorar com freqüência condições hemodinâmicas; neurológica, pulmonar e renal nas primeiras 24h após retirada do cateter. Devido ao risco de instabilidade hemodinâmica.
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