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Resumo para estudo sobre Homicídio

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Dos Crimes Contra a Vida.
A parte especial do Código Penal tem inicio tratando de sua tutela mais importante que são os Crimes Contra a Pessoa. Este título, que divide-se em seis capítulos, expõe as contravenções penais que impõe mais risco a pessoa, seja ofendendo sua personalidade (Crimes contra a honra) ou colocando em perigo o mais precioso dos bens, o bem da vida.
O primeiro capítulo desse título corresponde aos crimes praticados contra a vida. Segundo o CP esses crimes são o homicídio (Art. 121); o induzimento, instigação ou auxilio a suicídio (Art. 122); infanticídio (Art. 123);e o aborto (Art. 124 á 128).
Artigo 121 – Homicídio.
O direito de viver é inerente a todos e entende-se como vivo todo ser humano, independente das condições físicas e/ou psicológicas, que respire, tenha batimentos cardíacos, fluxo sanguíneo, dentre outros sinais vitais. A forma de vida tutelada pelo Estado neste artigo é a extrauterina, não sendo essa uma proteção subjetiva e sim direcionada a ordem social.
Das contravenções citadas anteriormente o homicídio é taxado como o mais grave dos crimes contra a vida pois impõe risco direto contra a vida (objeto jurídico) e a pessoa (objeto material) em que recai a conduta criminosa; esta é a vitima que configura o sujeito passivo da ação, onde o sujeito ativo é aquele que pratica a conduta e/ou tem participação na ação.
Sobre os sujeitos, o passivo pode ser qualquer pessoa viva segundo os padrões da medicina titular do bem jurídico sendo esse o perfil do sujeito passivo material. Havendo também o sujeito passivo formal caracterizado pelo Estado dado que este é detentor da proteção aos interesses sociais.
Do sujeito ativo é mister esclarecer que mesmo não praticando o núcleo do tipo aquele que participa, influencia de alguma forma para a execução da conduta delituosa responde ( logicamente na condição de partícipe) juntamente com o(s) autor(es) da ação.
Assim como a norma é genérica sobre quem pratica o tipo, ela também é a respeito de como executa-lo não estabelecendo nenhuma descrição específica sobre como tirar a vida de outra pessoa, “podendo-se” utilizar de diversos meios para tal. Fernando Capez expõe que são meio possíveis para matar:
Os físicos ( mecânicos, químicos ou patogênicos);
Ex: Envenenar a vítima, efetuar disparo com arma de fogo contra ela.
Os Morais ou psíquicos;
Ex: Utilizar de medo ou fobia.
E por meio de palavras;
Dizer a alguém que determinado animal venenoso é inofensivo.
Esse meios podem ser executados de forma direta (ex: mata alguém a pauladas) ou indiretamente ( Homicídio culposo), e por ação ou omissão.
A ação é matar alguém. Agir de forma, intencional ou não, que venha a resultar na realização do núcleo do tipo penal.
A morte por omissão resulta justamente do contrario da morte por ação. Enquanto a primeira conduta exige que o agente faça algo que ocasione a morte, no caso de omissão a conduta do agente é não fazer em razão disso ocorrer a morte. Porém, a simples falta de ação não coloca o agente na posição de responsável pelo resultado, é necessário que ele se encaixe nas hipóteses do Art. 13, §2º do CP.
Do elemento subjetivo.
O elemento objetivo do delito de homicídio é a tipicidade estabelecida na norma e como a conduta do agente se encaixa nessa tipicidade. É o que esta descrito na norma e caracteriza a figura típica.
O elemento subjetivo do homicídio divide-se em dois polos, o dolo e a culpa. Qualquer modalidade além dessas duas não é aceita pelo CP que adota a exclusão da tipicidade penal como na hipótese de força maior. Esta assim o elemento subjetivo ligado a motivação expressa do infrator, a sua decisão de praticar ou não a ação delituosa.
Dolo e culpa diferem-se pela vontade do agente de realizar o verbo do tipo, aliás, esse é o ponto que difere qualquer modalidade dolosa das demais, a vontade e consciência da pratica do delito; o querer matar. Na culpa inexiste essa vontade.
O homicídio doloso se aplica em três modalidades:
Direto ou determinado.
Aqui há a pratica da conduta com intento claro de realizar o verbo com total consciência do resultado a ser promovido. É o homicídio doloso sendo praticado em sua forma pura.
Indireto ou indeterminado.
Aqui abre-se o leque para mais duas formas de dolo, o eventual e o alternativo.
A linha determinante entre eles é a relevância dada ao possível resultado. Em ambos os casos o agente não almeja o resultado morte, porém, ele assumi esse risco. A diferença é que no dolo eventual o agente não se importa que suas ações possa resultar em morte, onde no dolo alternativo o agente não se importa que qualquer tipo de resultado venha a acontecer, seja ele morte, lesão, etc.
E por fim o Dolo geral ou erro sucessivo.
Também chamado de “aberratio causae” essa modalidade de dolo consiste no engano do infrator sobre a consumação do delito. Acreditando que efetuou o resultado de morte, que não ocorreu, o agente vem a efetuá-lo em ato posterior como na tentativa de ocultação do corpo ou abandonando a vitima gravemente ferida que pela falta de socorro vem a óbito.
Há casos em que o resultado produz duvida a respeito do elemento subjetivo da ação, entre dolo e culpa, tentativa e lesão corporal. A resolução dessa questão é possível pela análise dos fatos e circunstancias externas da ação, como, quando e porque meios foi executado o delito.
Consumação.
A consumação do crime de homicídio ocorre quando é efetuado o resultado natural de morte da vitima. A constatação desse resultado segue os padrões da medicina, que estabelece três tipos de morte: clínica, biológica e cerebral. Dentre as três a morte cerebral é a mais relevante pois segundo expõe Capez após a destruição irreversível das células e do tecido encefálico não há a mínima condição de vida. O termo que a lei propõe para esse critério é o de morte encefálica.
A paralisação das atividades neurológicas, respiratória e cardíaca, dentre outras indicações clinicas são os indícios necessários para constatação de morte. Depois disso são realizados procedimentos periciais indicados no Código de Processo Penal como autopsia que irão revelar a causa mortis. 
A realização da perícia médico-legal deve ser efetuada nas primeiras seis horas após a morte dados os efeitos resultantes desta que ocorrem com o passar do tempo dificultando a identificação das causas.
Tentativa.
Ocorre a tentativa de crime quando este não atinge a consumação devido a circunstâncias alheias a vontade do agente. São realizadas as fases iniciais de cogitação e preparação porém no momento da execução algo sai do controle do agente e impede a fase final de consumação.
Até que se inicie a fase de execução não há que se falar em tentativa de homicídio pois o entendimento doutrinário é de que ainda que todas a fases sejam realizadas com sucesso e o intento mais puro de dolo, antes de agente iniciar a execução o bem jurídico ainda não esta em risco. Somente após o primeiro golpe, o primeiro disparo, o primeiro gole de veneno... e sua sucedida falha estará caracterizado o homicídio (ou outro tipo de crime) tentado.
O crime tentado dispõe de quatro modalidades:
Tentativa imperfeita (ou propriamente dita).
Trata-se da hipótese onde o agente é interrompido no momento da execução, seja por terceiro ou por circunstancia fora de seu controle frustrando sua intenção de consumar o crime.
Tentativa perfeita ou acabada (também denominada crime falho).
Ocorre quando o agente utiliza de todos os meios disponíveis para a realização do verbo tipo e ainda assim a vitima se salva de sua intenção. Como por exemplo a desintoxicação da vitima após a ingestão de veneno ministrado pelo autor.
Tentativa branca (ou incruenta).
É a frustração do delito que ocorre por imperícia do autor no manuseio do meio utilizado ou pela ineficiência desse meio para provar o resultado desejado na vitima. Nesse tentativa a vitima não sofre qualquer tipo de ferimento.
Tentativa cruenta.
Acontece aqui o mesmo da tentativa acima, porém a vitima sofreferimentos.
Não há o que se falar de tentativa em crime culposo. Não existe lógica na conduta de um autor que tenta matar a vitima sem intenção de faze-lo.
Homicídio Simples.
O crime de homicídio possui uma única tipicidade que é matar alguém. A partir dai a lei estabelece agravantes e relevantes da execução do tipo, que provocam a divisão do delito de homicídio em quatro formas: Homicídio Simples; Homicídio Privilegiado; Homicídio Qualificado; e Homicídio Culposo.
Antes de dar inicio ao homicídio simples esclarecemos rapidamente que a modalidade culposa é aquela onde o agente pratica o verbo do tipo sem a intenção de faze-lo dando causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia (Art. 18, II do CP).
Agora sobre o homicídio simples... este é a forma mais pura do tipo do delito. A conduta do agente nesse modo segue o descrito pelo legislador.
Quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio ou em nome de tal o homicídio passa a ser equiparado ao crime hediondo, seja tentado ou consumado (Art. 1º, I, da Lei nº 8.072/90, determinada pela Lei nº 8.930, de 6-9-1994).
Homicídio Privilegiado.
Abre-se aqui o caso de diminuição de pena da modalidade anterior que é denominado homicídio privilegiado. Esta previsto no §1º do Art. 121 e permite a diminuição da pena de um sexto a terço.
Os requisitos para que seja admitida essa forma são que o agente tenha cometido o delito “impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vitima”.
Por motivo de relevante valor social ou moral entende-se da parte do social que seja um senso, um intuito almejado por toda a coletividade. E da parte moral refere-se ao entendimento intimo do agente que seja aprovado moralmente pelos demais (homicídio piedoso). Ambos os valores devem ser de extrema relevância e são avaliados pelo juiz de acordo com o senso comum, jamais pelo do autor.
Quanto ao domínio de violenta emoção, que como já dito é provocado pela injusta provocação da vitima e se difere da paixão por ser um estado passageiro enquanto a paixão é permanente. A provocação gera no agente um estado de afetação tanto psicológica quanto física (ex: aceleração do batimento cardíaco) levando o mesmo ao descontrole que resulta na execução do tipo. 
A reação de violenta emoção e resultado de morte advindo dela devem acontecer com nexo temporal “imediato”, sem um longo período de separação da injusta provocação, que se caracteriza como provocação ou afronta feita ao agente sem motivo justificável ou aceitável. Sendo também imprescindível para o critério de diminuição que o agente esteja dominado e não influenciado pela violenta emoção. Quando estiver ligada a doença ou deficiência metal ocorre a exclusão da imputabilidade do agente.
Homicídio Qualificado.
No modo anterior verificamos a forma de diminuição de pena do delito devido a circunstancias que levam ao privilégio. Tratando agora de homicídio qualificado a situação é totalmente oposta a anterior. Aqui veremos as circunstâncias agravantes da conduta delituosa e sua pena.
As qualificadoras do homicídio correspondem ao aumento da periculosidade da conduta praticada pelo agente em sua execução, os motivos que o levam a cometer o delito e os meios que ele utiliza para tal; que além de qualificar a conduta a equipara aos crimes hediondos. O art. 121, §2º e incisos estabelece essas qualificadoras que são:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Comecemos pela paga ou promessa de recompensa que como podemos identificar lendo o enunciado se encaixa como motivo torpe (que logo mais será explicado). Essa qualificadora é denominada como homicídio mercenário.
O pagamento para a execução do delito é materializado em dinheiro e anterior a consumação do tipo. Não há necessidade de que os motivos do mandante e do executor estejam em conformidade; o motivo do mercenário é receber o dinheiro pela execução do serviço enquanto que o mandante pode ter motivos diversos para almejar a morte da vitima, inclusive as hipóteses de privilégio.
O conceito da promessa de recompensa é similar ao do de pagamento, pórem nesta não é necessário que o pagamento seja em dinheiro podendo ser qualquer tipo de “moeda” de troca aceita pelo agente. Sendo também de livre escolha dos partícipes o tempo para o recebimento da recompensa podendo ser antes ou depois do fato ou dividir-se entres esses dois polos.
Sobre o motivo torpe este se configura como a execução do crime baseadas em razões reprováveis moralmente e consideradas indignas e taxáveis de repulsa por toda a sociedade. São exemplos de motivo torpe as motivação de cunho sexual ou relacionadas a qualquer tipo de preconceito, enfim, as motivação que causam inequívoca reprovação geral.
II – por motivo fútil;
Assim como a anterior é uma qualificadora de caráter subjetivo dado que trata das motivações intimas do agente. 
Entende-se como fútil a motivação que se baseia em ato ou circunstancia insignificante, leviana e vã (que são as definições para a palavra fútil). O delito de homicídio impulsionado por brigas de fácil resolução amigável, atitude ou expressão que desagrada o agente ou qualquer outra situação que em situação normal causaria reações como irritação, discordância, dentre outras de pouca relevância configuram a qualificadora.
Uma hipótese de possível exclusão do motivo fútil seria o delito cometido por agente em estado de total embriaguez de modo a comprometer de maneira significativa seu discernimento.
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Aqui analisamos uma qualificadora de caráter objetivo pois corresponde aos meios empregados pelo agente na execução do delito. Podemos deduzir claramente que a modalidade divide-se em três tipos de meios: insidioso; cruel; e que possa resultar em perigo comum.
O meio insidioso é o empregado com o intuito de ludibriar a vitima a respeito da conduta que esta está sendo executada, como no caso de envenenamento onde o agente cuida para que a vitima não desconfie que esta ingerindo substância mortífera.
Já o meio cruel é mais agravante pois consiste em sofrimento excessivo e desnecessário provocado na vitima pelo agente que geralmente se baseia no sadismo de encontra mais contentamento com o sofrimento da vitima do que em sua morte.
Todo os meios de que o agente possa se utilizar para prolongar o sofrimento da vitima até o momento do óbito se encaixam nesse quesito, como por exemplo mutilar lentamente diferentes partes do corpo da vitima.
Quando esse prolongamento é provocado por imperícia do agente sobre o meio empregado exclui-se o meio cruel.
E o ultimo meio refere-se a qualquer resultado que apresente perigo não só para a vitima mas também para os demais integrantes da sociedade, como o agente que coloca fogo na casa da vitima com ela dentro e o fogo ao se propagar e espalhar oferece risco também as residências ao redor.
Quanto aos métodos citados no inciso comecemos pelo veneno. Entendemos por veneno qualquer substancia que ofereça risco a vida da vitima utilizado pelo agente de modo insidioso como já vimos anteriormente. A desqualificadora dessa conduta é possível pelo arrependimento eficaz.
O emprego de fogo e explosivos são meio cruéis e que podem resultar em perigo comum como no exemplo apresentado para esse meio. Se enquadram como fogo as substancia altamente inflamáveis e o explosivo se configura na dinamite e seus similares.
Da asfixia estão incluídos todos os meios possíveis de suprimir o oxigênio da vitima inibindo sua capacidade respiratória. Fernando Capez expõe como meios de asfixia o estrangulamento, enforcamento, esganadura, esganadura, afogamento, soterramento ou sufocação da vitima. Se enquadra também a asfixia por meio de substâncias tóxicas como o gás.
Sobre a tortura, esta é crime de meio cruel por excelência aplicando-se aqui o já exposta na explicação do meio em questão.Enquadrando-se também perfeitamente o exemplo de mutilação.
IV – á traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
Essa é mais uma qualificadora objetiva, referindo-se ao meio de execução, que são todos uma espécie de “preparação” desleal para abarcar a vitima no resultado dificultado alguma chance de reação defensiva.
A traição e a dissimulação são similares; em ambos os casos o agente é munido de certa parcela de confiança da vitima. A primeira possui duas variáveis correspondentes a revelação da sua conduta. O agente pode revelar a traição de forma moral, declarando suas intenções; ou pode se utilizar da forma material ou física, que é a mais incidente, onde o agente executa diretamente o delito sem comunicação e geralmente pelas costas da vitima.
A dissimilação também possui dois modos operandi que podem ser através de disfarce ou demonstração falsa de amizade. Na primeira hipótese o agente dispõe de disfarce para ludibriar a vitima a respeito de sua identidade e suas intenções (ex: se disfarçar de agente da lei para que a vitima abra a porta), facilitando assim a execução de seu intento.
E na segunda forma o agente se faz passar por amigo da vitima dando demonstrações do falso sentimento de amizade para conquistar sua confiança e assim pega-la desprevenida para o momento do ataque.
Da emboscada tem a se dizer que corresponde ao sentido próprio da palavra; é o ato de esperar as escondidas armando cilada para capturar a vítima para dar efeito a seus planos. Pressupõe a premeditação do agente para a execução da armação.
Quanto a parte genérica do inciso que são os demais recursos que possa dificultar ou tornar impossível a defesa do ofendido, estes tratam do “elemento surpresa”. Não é necessária a quebra de confiança como na traição ou a dissimulação do agente, bastando apenas o ataque repentino sem possibilidade de previsão por parte da vitima. Não seria necessária também a premeditação da emboscada.
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
Esse inciso trata da conexão teleológica ou consequencial entre dois delitos distintos sendo que o delito a ser assegurado pode ou não já ter sido cometido. O intuito do agente é esconder e/ou facilitar a execução de um delito já cometido ou futuro podendo ser de sua autoria ou não e de gravidade superior ou inferior ao crime principal.

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