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Abate Humanitário de Bovinos

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Abate humanitário de bovinos
Integrantes: Gustavo de Paula, Camila Santos, túlio Henrique morais pimpão, Carolina Ferrari
introdução
Algumas décadas atrás, o abate de animais possuía um baixo nível cientifico, sendo pouco pesquisado por universidades.
A tecnologia do abate de animais teve sua importância cientifica ao se perceber sua grande influência na qualidade da carne.
Assim em países desenvolvidos houve um crescimento na demanda pelos processos denominados abates humanitários para reduzir sofrimentos inúteis no abate.
Abate humanitário é uma serie de procedimentos científicos e técnicos que garantem o bem-estar do animal desde o embarque na propriedade rural ate a operação de sangria no matadouro-frigorifico. 
O abate dos animais deve ser realizado sem sofrimentos desnecessários e com uma sangria eficiente 
As condições humanitárias devem prevalecer em todos os processos antes e durante o abate.
ABATE HUMANITÁRIO
Há vários critérios que definem um bom método de abate:
Os animais não devem ser tratados com crueldade;
Não deve haver um estresse desnecessário aos animais;
A sangria deve ser a mais rápida e completa possível; 
As contusões na carcaça devem ser mínimas;
O método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para os operadores. 
Os métodos convencionais envolvem a operação de insensibilização antes da sangria, exceto abates realizados conforme os rituais judaicos ou islâmicos.
Cada país deve estabelecer regulamentos em frigoríficos, para garantir condições humanitárias à diferentes espécies.
O manejo do gado no frigorifico é de extrema importância para a segurança dos operadores, qualidade da carne e bem-estar animal.
As instalações dos matadouros frigoríficos bem delineadas minimizam os efeitos do estresse e melhoram as condições do abate 
As etapas de transporte, descarga, descanso, movimentação, insensibilização e sangria são de extrema importância para o abate dos animais, evitando todo o sofrimento desnecessário. Neste sentido, o treinamento, capacitação e sensibilidade dos magarefes são fundamentais.
Os problemas de bem-estar animal estão sempre relacionadas a:
Distrações que impedem o movimento do animal;
Falta de treinamento pessoal;
Falta de manutenção dos equipamentos;
Manejo inadequado. 
Transporte de animais
O transporte rodoviário é o meio mais utilizado para a condução de animais de corte para o abate.
No brasil não é diferente, o transporte é realizado nos chamados “caminhões boiadeiros” tipo “truque”.
A capacidade de carga media é de 5 animais na parte anterior e posterior e 10 animais na parte intermediaria, dando um total de 20 bovinos
O transporte rodoviário em condições desfavoráveis pode provocar morte, contusões, perda de peso e estresse dos animais.
A mortalidade de bovinos durante o transporte é extremamente baixa, sendo que novilhos são mais susceptíveis que os adultos e os animais gordos são mais susceptíveis que os mais magros. 
Altas temperaturas, maiores distâncias de transporte e a diminuição do espaço ocupado por animal também contribuem para que ocorra problemas de transporte. 
A perda de peso dos animais tem razão direta com o tempo de transporte, variando de:
	4,6% para 5 horas 
	7,0% para 15 horas 
Sendo recuperada somente após 5 dias.
A perda de peso é motivada inicialmente pela perda do conteúdo gastrintestinal.
O acesso a água durante a privatização de alimento reduz as perdas de peso do animal.
As perdas de peso da carcaça também são variáveis:
	> 1% a valores de 8% após 48 horas de privatização de alimento e água. 
Algumas propostas são recomendadas para a redução na perda de peso do animal e carcaça, que ocorre durante o transporte, como a utilização de soluções eletrolíticas (via oral).
A administração de de soluções injetáveis de vitaminas A, D e E não apresentam efeito na redução da perda de peso.
O principal aspecto a ser considerado durante o transporte de bovinos é o espaço ocupado por animal, ou seja, a densidade de carga, que pode ser classificada em:
	
	alta 600 Kg/m² , media 400 Kg/m² , baixa 200 Kg/m².
Teoricamente do ponto de vista econômico procura-se transportar com alta densidade de carga, no entanto, isso provoca contusões e estresse
As resposta fisiológicas aumentam no terço final do veículo de transporte em razão direta com a movimentação
As operações de embarque e desembarque, se bem conduzidas, não provocam reações estressantes importantes
As contusões representam uma forma de avaliação da qualidade do transporte e resultam em perda econômica, pois são aparadas da carcaça
As contusões aumentam com o aumento da densidade de carga
A maior influencia do transporte inadequado na qualidade da carne, é a queda anômala do pH post-mortem originando carne D.F.D.
É agravado com o tempo de duração do transporte
Descanso e dieta hídrica
O período compreende o tempo para que os animais se recuperem totalmente das perturbações do seu deslocamento do local de origem ao local de abate
Permanecerem de 12 à 24 horas em jejum e dieta hídrica
O descanso tem como objetivo principal reduzir o conteúdo gástrico para facilitar a evisceração e também reestabelecer as reservas de glicogênio muscular
Durante o período de descanso e dieta é realizada a inspeção ante-mortem com as seguintes finalidades:
Exigir e verificar os certificados de vacinação e sanidade
Identificar o estado higiênico 
Isolar os animais doentes e suspeitos
Isolar vacas com gestação adiantada e recém-paridas
Verificar as condições higiênicas dos currais e anexos
Basicamente há cinco causas de problemas do bem-estar animal nos matadouros-frigoríficos:
Estresse ocasionado por equipamentos e métodos impróprios
Transtornos que impedem o movendo natural do animal, como ruídos de alta frequência e brilho de metais
Falta de treinamento pessoal
Falta de manutenção de equipamentos e instalações, como pisos e corredores 
Condições precárias de transporte
O bem-estar também é afetado pela, raça ou linhagem e pelo manejo inadequado como mistura de lotes de origem diferente, promovendo brigas
Principais causas do estresse físico
Extremos de temperatura
Fome
Sede
Fadiga
Injúrias
Banho de aspersão
Após o descanso os animais seguem por uma rampa de acesso ao boxe de atordoamento dotado de comportas tipo guilhotina
É onde se realiza o banho de aspersão
Na “seringa” que é o a parte afunilada da rampa de acesso, também existem borrifadores
O banho de aspersão foi adotado em substituição ao banho de imersão, devido aos resíduos que este deixava no fundo do tanque e pela disseminação de contaminação que proporcionava.
O objetivo do banho é limpar a pele para garantir uma esfola higiênica e diminuir a poeira que irá para a sala de abate
É recomendável que os animais permaneçam um pequeno espaço de tempo na rampa de acesso para secar a pele, tendo em vista que a esfola higiênica só é possível com a pele seca
Os bovinos que ainda apresentarem sujeira na fase do abate, somente suas patas e cascos devem ser aspergidos após o atordoamento.
Na rampa de acesso ao boxe de atordoamento é onde deve ser realizado as avaliações de estresse ante-mortem
Propõe-se a quantificação dos deslizamentos e quedas dos animais, como também das vocalizações ou mugidos
Todas as áreas devem ter piso antiderrapante
As vocalizações e mugidos são indicativos de dor
A utilização do bastão elétrico para condução é um dos motivos do alto índice de mugidos e manejo inadequado
INSENSIBILIZAÇÃO
A insensibilização tem o objetivo de fazer com que o animal fique inconsciente no abate, para que este possa ser abatido de forma eficiente, sem lhe causar dor e angústia.
Martelo pneumático não penetrante
Marreta (não permitido)
Armas de fogo
Pistola pneuminática de penetração
Pistola pneuminática de penetração com injeção de ar
Pistola de dardo cativo
Degola cruenta (método kasher)
Instrumentos utilizados na insensibilização
Insensibilizador dardo cativo 
Momento da insesibilização
Armas de fogo alto risco de acidentes
Marreta amplamente utilizado em abatedouros clandestinos, proibido.
Martelo pneumático pouco eficiente
Pistola pneumática boa eficiência 
Pistola de dardo cativo mais eficiente e humanitário
Sobre os métodos
Os sinais de uma insensibilização deficiente são vocalizações, reflexos oculares presentes, movimentos oculares, contração dos membros dianteiros.
Contenção do animal, estiramento da cabeça, e incisão sem movimentos bruscos, entre a cartilagem cricóide e a laringe.
O objetivo é permitir a máxima remoção de sangue. 
Kasher ou kosher: Alimentos preparados seguindo as leis judaicas de alimentação
Ritual kasher
Schechita: ritual de abate para prepare da carne kasher.
Chalaf: instrument cortante utilizado
Schochet: realizador do ritual
O problema do ritual no Brasil, é o fato das estruturas de contenção serem ineficientes para o gado zebuíno.
Esquema do boxe de contenção ASPCA
Ritual Schechita 
Sangria
 Consiste em realizar um corte na região da barbela rompendo as artérias carótidas e as veias jugulares.
Utiliza-se duas facas para a sangria.
O sangue é recolhido pela canaleta de sangria.
Se o sangue for destinado para a alimentação ele é então retirado através de facas especiais (tipo vampiro).
Na canaleta de sangria deve ser observada a eficiência da insensibilização.
Os sinais de uma má insensibilização são: vocalização, movimentos oculares, contração dos membros dianteiros.
Fatores que interferem na eficiência da sangria:
Estado físico do animal.
Método de insensibilização.
Tempo entre insensibilização e sangria.
Enfermidades no animal.
O problema encontrado na sangria é o surgimento de hemorragias nos músculos.
A eficiência da sangria é difícil de ser determinada devido a dificuldade dos métodos em calcular a quantidade de sangue que permanece no animal.

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