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UNIDADE I 46 páginas 1.0 SISTEMAS DE CONTROLE O que é um sistema? O que é um sistema de controle? O termo sistema é usado para descrever uma série de componentes que interagem para realizar uma determinada função. O aspecto importante de um sistema é a relação entre as entradas e as saídas. Fig. 1.1 - Blocos representativos de sistemas As relações entre as saídas e as entradas de alguns sistemas podem ser similares: Fig. 1.2 - Circuito elétrico RC Fig. 1.3 - Sistema de aquecimento a) b) Fig. 1.4 - a) Tensão no capacitor b) temperatura no recipiente Em alguns casos é conveniente dividir um sistema em vários subsistemas acoplados. UNIDADE I 2 Fig. 1.5 - Vários subsistemas acoplados Em um sistema de controle, a saída é controlada para ter um valor específico ou variar de forma determinada pela entrada do sistema. . sistemas em malha aberta . sistemas em malha fechada Em um sistema em malha aberta, a entrada é escolhida com base na experiência. Fig. 1.6 - Sistema em malha aberta Em um sistema em malha fechada, um sinal é realimentado da saída para a entrada, para manter a saída constante, mesmo havendo modificações nas condições de operação. Fig. 1.6a - Diagrama de blocos em malha fechada Elementos básicos de um sistema em malha aberta Elemento de controle: determina a ação que deve ser tomada visando a entrada do sistema de controle; UNIDADE I 3 Elemento de correção: responde ao sinal de saída do sinal de controle e age de forma a levar a variável controlada ao valor desejado; Processo ou planta: sistema no qual uma variável é controlada. Fig. 1.7 - Diagrama de blocos de um sistema em malha aberta Fig. 1.8 - Sistema de controle de temperatura em malha aberta Fig. 1.9 - Diagrama de blocos de um sistema em malha fechada UNIDADE I 4 Fig. 1.10 - Sistema de controle de temperatura em malha fechada Controle de velocidade de um motor elétrico Fig. 1.11 - Sistema de controle de um motor de CC em malha fechada Controle de direção e velocidade de um automóvel Fig. 1.12 - Sistema de controle de direção e velocidade de automóvel UNIDADE I 5 2.0 TRANSFORMADA DE LAPLACE A transformada de Laplace é um método de transformar equações diferenciais em equações algébricas mais facilmente solucionáveis. Através da transformada de Laplace é possível converter senóides, exponenciais, etc.., em funções algébricas de uma variável complexa "S". Definição: o st )s(Fdte)t(f)]t(f[ Exemplo: Uma resistência elétrica é percorrida por uma corrente que varia no tempo: logo: )t(Ri)t(v (1.1) o o stst dte)t(Ridte)t(v )s(RI)s(V (1.2) Função degrau 1)t(f para t>0 a)t(f para t>0 0)t(f para t<0 0)t(f para t<0 então: s 1e s 1dte.1)s(F o o stst (1.3) Se a função degrau tem amplitude "a" tem-se: s a )s(F (1.4) Função exponencial ate)t(f (1.5) as 1e as 1dtee)s(F o o t)as(stat (1.6) 2.1 Regras básicas )s(F)s(F)t(f)t(f 2121 )s(F)s(F)t(f)t(f 2121 UNIDADE I 6 )s(F.a)t(f.a )s(Fe)Tt(f sT )0(f)s(F.s)t(f dt d dt )0(df)0(sf)s(Fs dt )t(fd 2 2 2 n 1k 1kknn n n )0(fs)s(Fs dt )t(fd onde: 1k 1k 1k dt )t(fd )t(f Tab. 1.1 - Transformadas de Laplace Exemplo: Determinar a transformada de Laplace das seguintes funções: a) at2et b) )e1(t at2 a) Consultando uma Tabela tem-se: UNIDADE I 7 atnet p/ (n=1,2,3...) 1n)as( !n)s(F 312 )as( 2 )as( !2 b) at22at2 ett)e1(t Consultando uma Tabela Tem-se: 31n 2 s 2 s !n )s(Ft)t(f e 3 at2 )as( 2)s(Fet)t(f 33 )aS( 2 s 2)s(F Transformada de Laplace de uma equação diferencial 4)t(x2 dt )t(dx 3 )]0(x)s(sX[3 dt )t(dx 3 )s(X2)t(x2 e s 44 se 0)0(x s 4)s(X2]0)s(sX[3 s2s3 4)s(X 2 Quando um termômetro é inserido em um líquido a uma temperatura Ti, a temperatura lida na saída To é dada pela seguinte equação diferencial: )t(TT dt )t(dTk oio (1.7) )s(sT dt )t(dT o o com 0)0(To e s TT ii logo: )1ks(s 1 T )s(T )s(T s T )s(ksT i o o i o (1.8) UNIDADE I 8 2.2 Transformada Inversa de Laplace A transformada inversa de Laplace é definida por: jc jc st1 0tpara,dse)s(F 2 1 )t(f)]s(F[ (1.9) Esta equação é complicada, por isso, seu uso não é recomendado para obter a transformada inversa. Se a transformada não está na forma reconhecível na tabela, recorre-se às frações parciais. Se F(s) for decomposta em componentes: )s(F....)s(F)s(F)s(F n21 (1.10) e se as transformadas inversas estiverem disponíveis, então: )]s(F[.....)]s(F[)]s(F[)]s(F[ n 1 2 1 1 11 )t(f....)t(f)t(f n21 (1.11) Exemplo: A transformada inversa de Laplace para: )2s(s 3 s2s 3 )s(X 2 Consultando uma tabela tem-se: )e1( a 1 )as(s 1 at onde a = 2 logo: )e1( 2 3 )t(x t2 O processo de converter uma expressão algébrica em frações simples é chamado de decomposição em frações parciais. Os três tipos básicos de frações parciais: 1. Fatores lineares no denominador; Expressão: )cs)(bs)(as( )s(f (1.12) Fração parcial: )cs( C )bs( B )as( A (1.13) UNIDADE I 9 2. Fatores lineares repetidos no denominador; Expressão: n)as( )s(f (1.14) Fração parcial: n2 )as( N .... )as( B )as( A (1.15) 3. Fatores quadráticos no denominador, quando o fator tem raízes complexas conjugadas. Expressão: cbss )s(f 2 (1.16) Fração parcial: cbsas BAs 2 (1.17) Se existe um fator linear no denominador: Expressão: )ds)(cbsas( )t(f 2 (1.18) Fração parcial: )ds( C cbsas BAs 2 (1.19) Exemplo: 2s B 1s A )2s)(1s( 5s 2s3s 5s 2 )2s)(1s( )1s(B)2s(A 5s)1s(B)2s(A logo ss)BA( e 5BA2 3B e 4A logo: 2s 3 1s 4 2s3s 5s 2 Exemplo: Encontrar a solução da seguinte equação diferencial: UNIDADE I 10 ,3x5x2x 0)0(x e 0)0(x A transformada de Laplace conduz a: s 3)s(X5)s(sX2)s(Xs 2 Resolvendo para X(s) tem-se: 222 2)1s( 2 10 3 s5 3 )5s2s(s 3 )s(X 22 2)1s( 1s 5 3 A transformada de Laplace inversa é: )]s(X[)t(x 1 22 1 22 11 2)1s( 1s 5 3 2)1s( 2 10 3 s 1 5 3 ,t2cose 5 3t2sene 10 3 5 3 tt para 0t Tab. 1.2 - Teoremas da transformada de Laplace UNIDADE I 11 Expressões em frações parciais com o Matlab Exemplo: Converter em frações parciais a seguinte expressão: 6s11s6s 6s3s5s2 )s(A )s(B 23 23 Comandos: NUM=[2 5 3 6] e DEN=[1 6 11 6] [r,p,k]=residue(NUM,DEN) resultados r = -6.00/-4.00/3.00; p = -3.00/-2.00/-1.00 k = 2 2 1s 3 2s 4 3s 6 )s(A )s(B O comando [NUM,DEN]=residue(r,p,k) efetua o processo inverso. 3.0 MODELAGEM MATEMÁTICA DE SISTEMAS DINÂMICOS É um conjunto de equações que representam a dinâmica do sistema e que pode ser descrito por equações diferenciais. Sistemas Lineares - Quando é possível aplicar o princípio da superposição. Sistemas não-lineares - não se aplica o princípio da superposição. Fig. 1.13 - a) função linear; b) função não-linear 3.1 Modelagem matemática de um sistema massa-mola Determinar o modelo matemático do sistema massa-mola mostrado na Figura (1.14). UNIDADE I 12 Fig. 1.14 - Sistema massa-mola A equação dinâmica dosistema é: 2 2 dt xd mcvkxfma (1.20) kx dt dxc dt xdmf 2 2 (1.21) Na ausência de amortecimento a massa "m" oscilará com uma frequência natural m k n . E a razão de amortecimentoé: mk2 c (1.22) logo: k/fx dt dx2 dt xd1 n 2 2 2 n k/)s(F)s(X)s(sX2)s(Xs1 n 2 2 n 2 nn 2 2 n n 2 n 2 s2s k/)s(F 1s2s k/)s(F)s(X (1.23) Se f for respectivamente, um impulso e um degrau unitários tem-se: )1tsen(e 1k 1)t(x 2n t 2 n n (1.24) )1tsen(e 1 1 k 1)t(x 2n t 2 n n (1,24a) UNIDADE I 13 3.2 Modelagem matemática de um motor de corrente contínua com o campo constante Fig.1.15 - Diagrama esquemático de um motor de CC aa a aba iRdt di L)t(v)t(e (1.25) onde: dt )t(dk)t(v mbb (1.26) ou )s(IR)s(sIL)s(V)s(E aaaaba (1.27) onde: )s(sk)s(V mbb (1.28) Substituindo (1.28) em (1.27), tem-se: )s(IR)s(sIL)s(sk)s(E aaaamba (1.29) O torque no eixo do motor é dado por: )t(ik)t(T atm ou )s(Ik)s(T atm (1.30) onde k t é a constante de torque A Figura (1.16) mostra um carregamento típico de um motor, onde Jm e Dm são a inércia e o amortecimento viscoso equivalentes referidos ao eixo do motor. Fig. 1.16 - Carregamento mecânico típico de um motor logo: )s(sDsJ)s(T mm2mm (1.31) UNIDADE I 14 Substituindo (1.30 e 1.31) em (1.29) resulta: t mm 2 maa mba k )s(sDsJsLR )s(sk)s(E (1.32) Admitindo que a indutância de armadura é muito menor que a resistência tem-se: t mmma a k )s(sDsJR)s(E (1.33) A função de transferência desejada é: a bt m m mat a m R kkD J 1ss JRk )s(E )s( (1.34) ou ass k )s(E )s( a m (1.35) A Figura (1.17) mostra um motor de inércia Ja e de amortecimento Da acionando uma carga de inércia JL e de amortecimento DL. Fig. 1.17 - Motor mais carga A inércia e o amortecimento referidos à armadura são: 2 2 1 Lam N NJJJ e 2 2 1 Lam N NDDD (1.36) Substituindo (1.30) em (1.29) e fazendo La= 0 tem-se: )s(sk)s(T k R )s(E mbm t a a (1.37) Aplicando a transformada de Laplace inversa resulta: )t(k)t(T k R)t(e mbm t a a (1.38) UNIDADE I 15 Para o motor operando em estado estacionário o torque Tm é dado por: a a t m a tb m eR k R kk T (1.39) Estudo de caso Fig. 1.18 - Sistema de controle de posicionamento de uma antena Fig. 1.18 - Diagrama esquemático do sistema de controle Fig. 1.19 - Diagrama de blocos do sistema de controle UNIDADE I 16 Tab. 1.3 - Parâmetros do sistema Potenciômetro de entrada Desprezando a dinâmica do potenciômetro, a relação entre a tensão de saída e o deslocamento angular de entrada é: 1 10 10 )s( )s(V i i Pré-amplificador Supondo que não há saturação, e que a dinâmica é desprezada, a relação entre a tensão de entrada e de saída é: K )s(V )s(V i p Amplificador de potência Considerando a dinâmica do amplificador de potência, devido este ser muito mais lento do que o pré-amplificador tem-se: 100s 100 )s(V )s(E p a Motor mais carga A inércia total com relação ao eixo do motor é: 03.0 100 1102.0 250 25JJJ 2 Lam O coeficiente de amortecimento Dm, equivalente ao eixo de armadura é: 02.0 100 1 101.0 250 25 DDD 2 Lam onde DL é o coeficiente de amortecimento viscoso referido a 0. UNIDADE I 17 A função de transferência, que relaciona o deslocamento angular do eixo da armadura e a tensão de armadura é dada por: 71,1ss 083,2 R KK D J 1 ss )JR(K E a bt m m mat a m onde Kt é a constante de torque; Ra a resistência de armadura e Kb a constante de velocidade. Fig. 1.20 - Resposta do sistema para dois ganhos distintos do controlador 4.0 DIAGRAMA DE BLOCOS Para mostrar as funções desempenhadas por cada componente de um sistema de controle, costuma-se usar um diagrama chamado "Diagrama de blocos". Elemento de um diagrama de blocos Ponto de soma UNIDADE I 18 Ponto de distribuição Diagrama de blocos a malha aberta Fig. 1.21 - a) blocos separados; b) bloco equivalente Diagrama de blocos de um sistema a malha fechada Fig. 1.22 - Sistema em malha fechada Função de transferência de ação direta. )s(G)s(G )s(E )s(C 32 FTAD (1.40) Função de transferência a malha aberta )s(H)s(H)s(G)s(G )s(E )s(B 2132 FTMA (1.41) Função de transferência a malha fechada )s(E)s(G)s(EG)s(G)s(C 32 (1.42) )s(H)s(H)s(H 21 (1.43) UNIDADE I 19 Fig. 1.23 - Diagrama de blocos equivalente )s(C)s(H)s(R)s(B)s(R)s(E (1.44) Eliminando E(s) tem-se: )]s(C)s(H)s(R)[s(G)s(C (1.45) )s(H)s(G1 )s(G )s(R )s(C FTMF (1.46) Fig. 1.24 - Diagrama de blocos equivalente Sistema a malha fechada sujeito a uma perturbação Fig. 1.25 - Diagrama de blocos com perturbação Neste caso, aplica-se o princípio de superposição. Fazendo R(s) =0, tem-se: )]s(C)s(H)s(G)s(D)[s(G)s(C D12D (1.47) )s(C)s(H)s(G)s(G)s(D)s(G D122 )s(D)s(G)]s(H)s(G)s(G1)[s(C 212D )s(H)s(G)s(G1 )s(G )s(D )s(C 12 2D (1.48) UNIDADE I 20 Fazendo D(s) = 0, tem-se: )s(H)s(G)s(G1 )s(G)s(G )s(R )s(C 21 21R (1.49) logo: )s(C)s(C)s(C RD )]s(D)s(R)s(G[ )s(H)s(G)s(G1 )s(G 1 21 2 (1.50) se 1)s(H)s(G1 e 1)s(H)s(G)s(G 21 a FTMF )s(D )s(CD é quase zero e os efeitos do distúrbio podem ser suprimidos. Esta é uma vantagem dos sistemas a malha fechada Neste caso, )s(H 1 )s(R )s(CR (1.51) se )s(R)s(C1)s(H Exemplo: Simplificar o seguinte diagrama de blocos Fig. 1.26 - Diagrama de blocos de um sistema 11121121 CGRGXGHGCHX 1121211 RGCGCH)HGG1(X 121 112 1 HGG1 RG)GH(C X 121 112 32132 HGG1 RG)GH(CGGXGGC RGGG)]HG(GGHGG1[C 3212132121 UNIDADE I 21 232321121 321 HGGGGGHGG1 GGG R C Fig. 1.27 - Diagrama de blocos equivalente Note-se que o numerador da FTMF é o produto das FT do percurso de ação direta e o denominador é igual a: malha)cadadelongoaoFTdasproduto(1 5.0 REPRESENTAÇÃO NO ESPAÇO DE ESTADO Estado: O estado de um sistema dinâmico é o menor conjunto de valores de variáveis, chamadas variáveis de estado. Variáveis de estado: são as grandezas cujo conjunto de valores determina o estado do sistema (descrevem completamente o comportamento dinâmico do mesmo). Vetor de estado: são as variáveis de estado representadas por um vetor. Espaço de estado: o espaço n-dimensional cujos eixos coordenados consistem nos eixos x1,x2,...xn é chamado espaço de estados (qualquer estado pode ser representado por um ponto no espaço de estados). A análise no espaço de estado envolve três tipos de variáveis: variáveis de entrada, de saída e de estado, conhecidas para t=to e ttº O número de variáveis de estado necessárias na definição completa da dinâmica de um sistema é igual ao número de integradores envolvidos. Circuito RL Fig. 1.28 - Circuito elétrico com uma indutância e uma resistência em série Escrevendo a equação do circuito tem-se: )t(vRi dt di L (1.52) A transformada de Laplace é: )s(V)s(RI)]0(i)s(sI[L (1.53) Admitindo que a entrada v(t) é um degrau unitário tem-se: UNIDADE I 22 L Rs )0(i L Rs 1 s 1 R 1)s(I (1.54) logo: t L R t L R e)0(ie1 R 1)t(i (1.55) onde i(t) é um subconjunto de todas as variáveis possíveis do circuito e pode ser determinada se v(t) e i(0) forem conhecidos. Neste caso, i(t) é uma variável de estado e (1.52) é uma equação de estado. As outras variáveis são: )t(Ri)t(vR (1.56) )t(Ri)t(v)t(vL (1.57) e )]t(Ri)t(v[ L 1 dt di (1.58) A Equação (1.52) combinada com (1.56 e 1.58) formam uma representação no espaço de estados. A Equação (1.52) não é única. Poderia ter sido escrita em termos de qualquer outra variável do circuito. Por exemplo: fazendo R vi R em (1.52) resulta: )t(vv dt dv R L R R (1.59) que pode ser resolvida conhecendo-se a condição inicial: )0(Ri)0(vR e )t(v Circuito RLC Fig. 1.29 - Circuito RLC série UNIDADE I 23 A equação do circuito é: )t(vidtC 1 Ri dt di L (1.60) Expressando em função da carga e usando dt dq )t(i tem-se: )t(vq C 1 dt dq R dt qd L 2 2 (1.61) A Equação (1.61) pode ser representada por duas equações diferenciais de primeira ordem, simultâneas, em termos de i(t) e q(t), escolhidas como variáveis de estado, que são as seguintes: )t(i dt )t(dq (1.62) )t(v L 1 )t(i L R )t(q LC 1 dt )t(di (1.63) As Equações (1.62 e 1.63) são as equações de estado e podem ser resolvidas para obter q(t) e i(t) se q(0), i(0) e v(t) são conhecidas. Com base em (1.62 e 1.63) pode-se calcular todas as outras variáveis do circuito: )t(v)t(Ri)t(q C 1 )t(vL (1.64) )t(Ri)t(vR (1.65) )t(q C 1)t(vC (1.66) As Equações (1.62 e 1.63), combinadas e a equação de saída (1.64), constituem uma representação no espaço de estados. Uma outra escolha de variáveis de estado pode ser feita, por exemplo, com vR(t) e vc(t). Atenção! Nenhuma das variáveis de estado pode ser escrita como combinação linear das outras variáveis de estado. As variáveis de estado devem ser linearmente independentes. Se o sistema for linear, as equações de estado (1.62) e 1.63) podem ser escritas na forma matricial: )t(Bu)t(Ax)t(x (1.67) onde dt di dt dq )t(x ; LC R- LC 1- 10 A ; UNIDADE I 24 i q )t(x ; L 1 0 B e )t(v)t(u A Equação de saída (1.64), pode ser escrita da seguinte forma: )t(DuCxy (1.68) onde: ;R- C 1 C 1D e )t(v)t(u O circuito analisado representa um sistema com uma única entrada e uma única saída, nos quais y, D e u são grandezas escalares. Análise de um sistema com múltiplas entradas, múltiplas saídas e n integradores: )t(u),.......t(u),t(u r21 variáveis de entrada (1.69) )t(y),........t(y),t(y m21 variáveis de saída (1.70) Definindo as n variáveis do sistema dos integradores como variáveis de estado com valores: x1(t),x2(t),....,xn(t). O sistema pode ser descrito por: )t;u,...,u,u;x,...,x,x(f)t(x r21n2111 )t;u,...,u,u;x,...,x,x(f)t(x r21n2122 : (1.71) : )t;u,...,u,u;x,...,x,x(f)t(x r21n21nn )t;u,...,u,u;x,...,x,x(g)t(y r21n2111 )t;u,...,u,u;x,...,x,x(g)t(y r21n2122 : (1.72) : )t;u,...,u,u;x,...,x,x(g)t(y r21n21mm Definindo-se: )t(x : )t(x )t(x )t(x n 2 1 , t;u,...,u,u;x,...,x,x(f )t;u,...,u,u;x,...,x,x(f )t;u,...,u,u;x,...,x,x(f )t,u,x(f r21n21n r21n212 r21n211 (1.73) UNIDADE I 25 )t(y : )t(y )t(y )t(y n 2 1 , t;u,...,u,u;x,...,x,x(g )t;u,...,u,u;x,...,x,x(g )t;u,...,u,u;x,...,x,x(g )t,u,x(g r21n21n r21n212 r21n211 (1.74) )t(u : )t(u )t(u )t(u n 2 1 (1.75) )t,u,x(f)t(x e )t,u,x(g)t(y )t(u)t(B)t(x)t(A)t(x (1.76) e )t(u)t(D)t(x)t(C)t(y (1.77) onde )t(A é a matriz de estado, )t(B é a matriz de entrada, )t(C é a matriz de saída e )t(D é a matriz de transição direta. Se as matrizes A,B,C,D independem do tempo (constantes), o sistema é dito invariante no tempo. )t(Bu)t(Ax)t(x (1.78) )t(Du)t(Cx)t(y (1.79) Na Figura (1.30) tem-se a representação das Equações (1.76 e 1.77), sob a forma de diagrama de blocos. Fig. 1.30 - Diagrama de blocos na forma de espaço de estado Exemplo: Admita-se que o sistema da Figura (1.31) seja linear e que a força u(t) seja a entrada do sistema. O deslocamento y(t) é medido a partir da posição de equilíbrio, na ausência da força externa. UNIDADE I 26 Fig. 1.31 - Sistema mecânico A equação do movimento é: ukyybym Como o sistema é de Segunda ordem, o mesmo envolve dois integradores. Definindo- se as variáveis de estado como x1(t) e x2(t), tem-se: )t(y)t(x1 e )t(y)t(x2 logo: 21 xx e u m 1x m bx m ku m 1ybky m 1x 212 Sob a forma matricial tem-se: u m 1 0 x x m b- m k- 10 x x 2 1 2 1 e 2 1 x x 01y A Figura (1.32) mostra o diagrama de blocos do sistema mostrado na Figura (1.31). Fig. 1.32 - Diagrama de blocos UNIDADE I 27 Correlação entre função de transferência e equações no espaço de estados Considere-se o sistema cuja função de transferência é dada por: )s(G )s(U )s(Y (1.80) que pode ser representado no espaço de estados pelas seguintes equações: )t(Bu)t(Ax)t(x (1.81) )t(Du)t(Cx)t(y (1.82) onde x(t) é o vetor de estado, u(t) é a entrada e y(t) é a saída. A transformada de Laplace das Equações (1.81 e 1.82) é: )s(BU)s(AX)0(x)s(sX (1.83) e )s(DU)s(CX)s(Y (1.84) Admitindo que X(0)=0, tem-se: )s(BU)s(AX)s(sX (1.85) )s(BU)s(X)AsI( (1.86) Multiplicando a esquerda de ambos os membros por 1)AsI( : )s(BU)AsI()s(X 1 (1.87) Substituindo (1.87) em (1.84) resulta: )s(UDB)ASI(C)s(Y 1 (1.88) onde DB)ASI(C)s(G 1 AsI )s(Q )s(G (1.89) onde )s(Q é um polinômio em S e AsI é o polinômio característico de G(s). Exemplo: Considere o sistema da Figura (1.31): DB)ASI(C)s(G 1 UNIDADE I 28 0 m 1 0 m b- m k 10 s0 0s 01 1 m 1 0 m b s m k 1-s 01 1 s m k - 1 m bs m k s m b s 1 m b s m k 1-s 2 1 m 1 0 s m k- 1 m bs m ks m bs 1 01)s(G 2 kbsms 1 2 Representação de sistemas dinâmicos no espaço de estados sem derivadas de excitação uyaya...yay n1n 1n 1 n (190) )1n( n21 yx........;;yx;yx n1-n3221 xx;..........;xx;xx uxa.......xaxax n121n1nn onde: n 2 1 x : x x x ; 12-n1-nn a-...a-a-a- 0000 :::: 0...100 0...010 A ; 1 0 : 0 0 B UNIDADEI 29 x : x x 0...01y n 2 1 A Figura (1.33) mostra a realização dessas equações na forma de diagrama de blocos. Fig. 1.33 - Diagrama de blocos do sistema representado por (1.90) Na forma de função de transferência n1n 1n 1 n asa...sas 1 )s(U )s(Y (1.91) Representação de sistemas dinâmicos no espaço de estados com derivadas de excitação ubub..ububyaya..yay n1n )1n( 1 n on1n 1n 1 n (1.92) n1-n3221 xx;..........;xx;xx n121n1nn xa.......xaxax ubub.....ubub n1n )1n( 1 n o Para eliminar as derivadas da excitação do segundo membro as n variáveis são definidas da seguinte forma: uyx o1 uxuuyx 111o2 uxuuuyx 2221o3 uxuu..uuyx 1n1n1n2n )2n( 1 )1n( o )1n( n (1.93) Substituindo (1.93) em (1.92) tem-se: UNIDADE I 30 oo b o111 ab o21122 aab on11n1n1nn aa...ab (1.94) Solução das equações de estado no domínio do tempo Admita-se, primeiramente, a equação de estado homogênea na forma: )t(Ax)t(x (1.95) A solução pode ser dada pela seguinte série: ...tbtb....tbtbb)t(x 1k1k k k 2 21o (1.96) Substituindo (1.96 em 1.95), tem-se: ...tb)1k(tkb...tb2b k1k 1k k21 ...tbtb...tbtbbA 1k1kkk221o (1.97) Igualando os coeficientes semelhantes resulta: o1 Abb (1.98) o 2 12 bA2 1 Ab 2 1 b (1.99) o k k bA!k 1 b (1.100) 0 1k 1k bA!1k 1b (1.101) Substituindo (1.98, 1.99, 1.100 e 1.101 em (1.96) tem-se: kok2o2oo tbA!k 1 ...tbA 2 1 tAbb)t(x ...tbA!1k 1 1k o 1k o 1k1kkk22 b...tA !1k 1tA !k 1...tA 2 1AtI (1.102) Da Equação (1.96) tem-se que ob)0(x e: UNIDADE I 31 ...tA!1k 1 tA !k 1 ...tA 2 1 AtIe 1k1kkk22At (1.103) onde Ate é chamada de matriz de transição de estados e é simbolicamente representada por )t( . )0(xe)t(x At (1.104) assim: Ate)t( )0(x)t()t(x (1.105) Fazendo t=0 em (1.103) tem-se: I)0( primeira propriedade (1.06) onde I é a matriz identidade. Da Equação (1.105), com t=0 resulta; )0(x)0()0(x (1.107) Derivando (1.105) e igualando a (1.95) tem-se: )t(Ax)0(x)t()t(x )0(Ax)0(x)0( logo A)0( segunda propriedade (1.108) As Equações (1.106 e 1.108) são a solução do sistema homogêneo ou não forçado. Para o sistema forçado ou não-homogêneo tem-se: )t(Bu)t(Ax)t(x (1.109) Rearranjando e multiplicando ambos os membros por Ate tem-se: )t(Bue)t(Ax)t(xe AtAt )t(Bue)t(xe dt d AtAt Integrando ambos os membros resulta: t0 AAt t 0 At d)(Bue)0(x)t(xe)t(xe (1.110) UNIDADE I 32 Resolvendo (1.110) em termos de x(t) tem-se: t0 )t(AAt d)(Bue)0(xe)t(x t0 d)(Bu)t()0(x)t( (1.111) A integral em (1.111) é chamada integral da convolução. A primeira parcela em (1.111) é chamada resposta à entrada zero e a segunda, resposta no estado zero. Cálculo de )t( Da Equação de estado: )t(Ax)t(x (1.112) tem-se: )s(AX)0(x)s(sX (1.113) Rearranjando (1.113) resulta: )0(x)]s(AXsI[ (1.114) Pré-multiplicando ambos os membros de (1.114) por 1)AsI( : )0(x)AsI()s(X 1 (1.115) )0(x )AsIdet( )AsI(adj (1.116) logo: )t( )AsIdet( )AsI(adj)AsI( 111 (1.117) Exemplo: Para a Equação de estado e o vetor inicial mostrado em (1.118a e 1.118b), onde u(t) é um degrau unitário, determine a matriz de transição de estados e em seguida calcule x(t). u(t) 1 0 x(t) 6-8- 10 )t(x (1.118a) 0 1 )0(x (1.118b) Fazendo 0AsIdet , obtém-se os pólos do sistema que são -2 e -4. UNIDADE I 33 Como cada termo da função é a soma das respostas geradas pelos pólos, a matriz de transição pode ser escrita da seguinte forma: t4 8 t2 7 t4 6 t2 5 -4t 4 -2t 3 t4 2 t2 1 eke(k)eke(k )eke(k)ekek( )t( Usando as propriedades da matriz de transição resulta: I)0( 1kk 21 0kk 43 0kk 65 1kk 87 uma vez que A)0( então: 0k4k2 21 1k4k2 43 8k4k2 65 6k4k2 87 Portanto: )e2(-e)e4e4( e 2 1 e 2 1 )ee2( )t( t42t-t4t2 t4t2t4t2 )t(4)t(2 )t(4)t(2 e2e( e 2 1 -e 2 1 B)t( O primeiro termo de (1.111) é: )e4e4( )ee2( )0(x)t( t4t2 t4t2 e o último termo de (1.111) é: t 0 t4t2 t4t2 e4e 2 1 e 8 1 e 4 1 8 1 d)(Bu)t( O resultado final é: UNIDADE I 34 t 0 t4t2 t4t2 e 2 7e 2 7 e 8 7 e 4 7 8 1 d)(Bu)t()0(x)t()t(x A matriz de transição )t( pode também ser obtida utilizando a transformada de Laplace usando (1.117), ou seja: )t( )AsIdet( )AsI(adj )AsI( 111 Para o exemplo acima: 6-s8 1s )AsI( 8s6s s 8s6s 8 8s6s 1 8s6s 6s 8s6s s8- 16s )AsI( 22 22 2 1 Aplicando a transformada de Laplace inversa a cada um dos termos tem-se: )e2(-e)e4e4( e 2 1 e 2 1 )ee2( )t( t42t-t4t2 t4t2t4t2 7.0 LINEARIZAÇÃO A linearização de uma equação diferencial não-linear é feita para pequenos valores do sinal de entrada em torno da solução de estado estacionário e é chamada de equilíbrio. Fig. 1.34 - Linearização em torno de um ponta A UNIDADE I 35 Se a inclinação do ponto A da Figura (1.34) for ma, uma pequena excursão da entrada em torno deste ponto, x , acarreta pequenas variações na saída )x(f , relacionado pela inclinação no ponto A: )xx(m)]x(f)x(f[ 0a0 (1.119) xm)x(f a e )xx(m)x(f)x(f 0a0 (1.120) O novo conjunto de eixos x e )x(f é criado no ponto A e f(x) é aproximadamente igual a f(x0). Exemplo: Linearizar f(x) = 5 cos(x) em torno de x = 2 . 5 dx )x(df 2x e 0)x(f 2x0 De acordo com (1.120), f(x) = -5 x , para pequenas excursões de x em torno de 2 . Fig. 1.35 - Linearização de 5cos(x) em torno de 2 Aplicando a série de Taylor: ... !2 xx dx fd !1 xx dx df )x(f)x(f 2 0 xx 2 2 0 xx 0 00 (1.121) Desprezando os termos de ordem mais alta tem-se: )xx( dx df)x(f)x(f 0 xx 0 0 (1.122) UNIDADE I 36 xm)x(f 0xx (1.123) Exemplo: Linearizar a Equação (1.124) para pequenas excursões em torno de x= 4 . 0)xcos( dt dx 2 dt xd 2 2 (1.124) Fazendo 4xx e substituindo em (1.124) tem-se: 0 4 xcos dt 4 xd 2 dt 4 xd 2 2 (1.125) mas 2 2 2 2 dt xd dt 4 xd e dt xd dt 4 xd (1.126) O temo 4 xcos , pode ser linearizado por meio da série de Taylor truncada (1.122): x 4 senx dt xcosd 4 cos 4xcos 4 x x 2 2 2 2x 4 sen 4 cos 4 xcos (1.127) Substituindo (1.126 e 1.127) em (1.125) tem-se a seguinte equação diferencial linearizada: 2 2 x 2 2 dt xd 2 dt xd 2 2 (1.128) UNIDADE I 37 EXERCÍCIOS DA UNIDADE I 1.1- Obter a transformada de Laplace inversa de F(s)=10/[s(s+2)(s+3)2]. 1.2 - Obtenha a expansão em frações parciais da seguinte função utilizando o MATLAB: 2)5s)(3s)(1s( )4s)(2s(10 )s(F Em seguida, obtenha a transformada inversa de Laplace de F(s). 1.3 - Considere a seguinte função: 30s46s21s6s 30s9s6s5s )s(F 234 234 Utilizando o MATLAB obtenha a expansão em frações parciais de F(s) e em seguida determine a transformada de Laplace inversa de F(s). 1.4 - Resolva a seguinte equação diferencial: 0xx2x 2nn onde b(0)xea)0(x , com a e b constantes. 1.5 - Obter a FT, G(s) = X2(s)/F(s) para o sistema mecânico em translação mostrado na Figura (1.1). Fig. 1.1 - Sistema mecânico em translação 1.6 - Obter a FT )s(T/)s(2 para o sistema em rotação mostrado na Figura (1.2). UNIDADE I 38 Fig. 1.2 - Sistema mecânico em rotação 1.7 - Escreva, por inspeção, a forma geral da resposta ao degrau para cada uma das seguintes FT. a) 400s12s 400)s(G 2 b) 900s90s 900)s(G 2 c) 225s30s 225)s(G 2 d) 625s 625)s(G 2 1.8 - Obter a função de transferência, )s(E)s()s(G aL , de um motor e carga mostrado na Figura (1.3). A curva torque-velocidade é dada por 2008T mm , quando a tensão de entrada for 100 V. Fig. 1.3 - Sistema eletromecânico 1.9 - Obter a função de transferência linearizada, )s(I)s(V)s(G , para o circuito elétrico mostrado na Figura (1.4). O circuito contém um resistor não linear, cuja relação tensão-corrente é definida por rvr ei . A fonte de corrente i(t) é um gerador de pequeno sinal. Fig. 1.4 - Circuito elétrico não-linear UNIDADE I 39 1.10 - Simplifique o diagrama de blocos mostrado na Figura (1.5), e obtenha a FT de malha fechada C(s)/R(s). Fig. 1.5 - Diagrama de blocos de um sistema 1.11 - Obtenha a representação no espaço de estados do sistema mostrado na Figura (1.6). Fig. 1.6 - Sistema de controle 1.12 - Obtenha os modelos matemáticos dos sistemas mecânicos mostrados nas Figuras (1.7 a e b). a) b) Fig. 1.7 - Sistemas mecânicos UNIDADE I 40 1.13 - Considere o sistema descrito por: u 1 1 x x 1-3 1-4 x x 2 1 2 1 e 2 1 x x 01y Obtenha a função de transferência do sistema. 1.14 - Obtenha a matriz de transferência do sistema definido por: 2 1 3 2 1 3 2 1 u u 01 10 00 x x x 6-4-2- 100 010 x x x e 3 2 1 2 1 x x x 010 001 y y 1.15 - Obtenha as FT )s(U)s(X1 , do sistema mecânico indicado na Figura (1.8). Fig. 1.8 - Sistema mecânico 1.16 - Represente o circuito elétrico da Figura (1.9) no espaço de estados, onde vo(t) é a saída. Fig. 1.9 - Circuito RLC 1.17 - Obter a representação no espaço de estados do sistema mecânico mostrado na Figura (1.10). Fig. 1.10 - Sistema mecânico 1.18 - Representar o sistema mecânico em translação, mostrado na Figura (1.11), no espaço de estados em torno do deslocamento de equilíbrio. A mola é não- linear: a relação entre a força da mola, xs(t), e o seu deslocamento , xs(t) é UNIDADE I 41 (t)2x(t)f 2ss . A força aplicada é f(t)10f(t) , onde f(t) é uma pequena força em torno de um valor constante de 10N. Admita que a saída seja o deslocamento da massa x(t). FIG. 1.11 - Sistema mecânico 1.19 - Obtenha a representação no espaço de estados do sistema mecânico mostrado na Figura (1.12), onde u1 e u2 são as entradas e y1 e y2 são as saídas. Fig. 1.12 - Sistema mecânico 1.20 - A Figura (1.13) é o diagrama esquemático de um sistema do controle de leme do profundor de uma aeronave. O sinal de entrada do sistema é o ângulo , de deflexão da alavanca de controle e o sinal de saída é o ângulo de elevação . Suponha que os ângulos e sejam relativamente pequenos. Mostre que para cada valor do ângulo da alavanca de controle, existe um valor (de regime permanente), do ângulo de elevação do leme do profundor . Fig. 1.13 - Sistema de controle do leme do profundor de uma aeronave UNIDADE I 42 PROGRAMAS MATLAB UNIDADE I 1. Operações básicas 'Título' % Exibe título. -3.96 % Exibe o número real -3,96. -4+7i % Exibe o número complexo -4+7i. -5-6j % Exibe o número complexo -5-6i. (-4+7i)+(-5-6i) % Adiciona os números complexos e % Exibe a soma. (-4+7j)*(-5-6j) % Multiplica dois num. complexos e % Exibe o produto. M=5 % Atribui o valor 5 a M e exibe o % resultado. N=6 % Atribui o valor 6 a N e exibe o % resultado. P=M+N % Atribui o valor M+N a P exibe o % resultado. pause 2. Operações com polinômios '(Título)' % Exibe o título. P1=[1 7 -3 23] % Armazena o polinômio s^3 + 7s^2 -3s + 23 % como P1 e exibe o resultado. P2=[3 5 7 8]; % Atribui 3s^3 + 5s^2 +7s + 8 a P2 sem % mostrar na tela. P3=poly([-2 -5 -6]) % Armazena o polinômio % (s+2)(s+5)(s+6) como P3 e % exibe os coeficientes. P4=[5 7 9 -3 2] % Forma 5s^4+7s^3+9s^2-3s+2 e % exibe o resultado. raizes_P4=roots(P4) % Acha as raízes de 5s^4+7s^3+9s^2-3s+2, % atribui os valores a raizes_P4, e exibe % o resultado. P5=conv([1 7 10 9],[1 -3 6 2 1]) % Forma o produto %(s^3+7s^2+10s+9)(s^4-3s^3+6s^2+2s+1) %(3s^3+6s^2+2s+1), atribui a P5, e % mostra o resultado. Pause 3. Função de transferência numf=[7 9 12]; % Define o num. de F(s). denf=conv(poly([0 -7]),[1 10 100]); % Define o den. de F(s). [K,p,k]=residue(numf,denf)% Acha os resíduos e os atribui a K; % acha as raízes do denominador e as % atribui a p; acha a % constante e a atribui a k. pause UNIDADE I 43 numy=32; % Define o numerador. deny=poly([0 -4 -8]); % Define o denominador. [r,p,k] = residue(numy,deny)% Calcula os resíduos, os pólos, e % o quociente. Pause 4. Método vetorial 'Método Vetorial,Forma Polinomial,' % Exibe título. numf=150*[1 2 7] % Armazena 150(s^2+2s+7) em numf e % mostra o resultado. denf=[1 5 4 0] % Armazena s(s+1)(s+4) em denf e % mostra o resultado na tela. 'F(s)' % Exibe título. F=tf(numf,denf) % Forma F(s) e mostra o resultado. clear % Apaga valores anteriores armazenados % na área de trabalho. 'Método Vetorial,Forma Fatorada' % Exibe título. numg=[-2 -4] % Armazena (s+2)(s+4) em numg e % mostra o resultado. deng=[-7 -8 -9] % Armazena (s+7)(s+8)(s+9) em deng e % mostra o resultado. K=20 % Define K. 'G(s)' % Exibe título. G=zpk(numg,deng,K) % Forma G(s) e mostra o resultado. clear % Apaga valores anteriores armazenados % na área de trabalho. 'Método da Expressão Racional,Forma Polinomial'% Exibe título. s=tf('s') % Define 's' como um objeto LTI em % forma polinomial. F=150*(s^2+2*s+7)/[s*(s^2+5*s+4)] % Forma F(s)como uma função % de transferência % LTI em forma polinomial. G=20*(s+2)*(s+4)/[(s+7)*(s+8)*(s+9)] % Forma G(s) como uma % função de transferência % LTI em forma polinomial. clear % Apaga valores anteriores armazenados % na área de trabalho. 'Método da Expressão Racional,Forma Fatorada' % Exibe título . s=zpk('s') % Define 's' como um objeto LTI em % forma fatorada. F=150*(s^2+2*s+7)/[s*(s^2+5*s+4)] % Forma F(s)como uma % função de transferência % LTI em forma fatorada.G=20*(s+2)*(s+4)/[(s+7)*(s+8)*(s+9)] %Forma G(s)como uma % função de transferência % LTI em forma fatorada. pause UNIDADE I 44 numftf=[10 40 60] % Forma o numerador de F(s) = % (10s^2+40s+60)/(s^3+4s^2+5s+7). denftf=[1 4 5 7] % Forma o denominator de F(s) = % (10s^2+40s+60)/(s^3+4s^2+5s+7). 'Raízes de F(s)' % Exibe título. [numfzp,denfzp]=tf2zp(numftf,denftf) % Converte F(s) para a % forma fatorada. 'Raízes de G(s)' % Exibe título. numgzp=[-2 -4] % Forma o numerador de K=10 % G(s) = 10(s+2)(s+4)/[s(s+3)(s+5)]. dengzp=[0 -3 -5] % Forma o denominador de % G(s) = 10(s+2)(s+4)/[s(s+3)(s+5)]. 'Coeficientes de G(s)' % Exibe título. [numgtf,dengtf]=zp2tf(numgzp',dengzp',K) % Converte G(s) % para a forma polinomial. Pause 'Fzpk1(s)' % Exibe título. Fzpk1=zpk([-2 -4],[0 -3 -5],10) % Forma Fzpk1(s)= % 10(s+2)(s+4)/[s(s+3)(s+5)]. 'Ftf1' % Exibe título. Ftf1=tf(Fzpk1) % Converte Fzpk1(s) à % forma de coeficientes . 'Ftf2' % Exibe título. Ftf2=tf([10 40 60],[1 4 5 7]) % Forma Ftf2(s)= % (10s^2+40s+60)/(s^3+4s^2+5s+7). 'Fzpk2' % Exibe título. Fzpk2=zpk(Ftf2) % Converte Ftf2(s) à % forma fatorada. Pause 5. Transformada de Laplace inversa syms s % Constrói objeto simbólico para % a variável de Laplace 's'. 'Transformada de Laplace inversa' % Exibe título. F=2/[(s+1)*(s+2)^2]; % Define F(s) no exemplo do Caso 2. 'F(s) do Caso 2' % Exibe título. pretty(F) % Apresenta F(s) na forma "bonita". f=ilaplace(F); % Obtém a transformada de Laplace inversa. 'f(t) do Caso 2' % Exibe título. pretty(f) % Apresenta f(t),do Caso 2, na forma "bonita". F=3/[s*(s^2+2*s+5)]; % Define F(s) no exemplo do Caso 3. 'F(s) do Caso 3' % Exibe título. UNIDADE I 45 pretty(F) % Apresenta F(s) do Caso 3 na forma "bonita". f=ilaplace(F); % Obtém a transformada de Laplace inversa. 'f(t) do Caso 3' % Exibe título. pretty(f) % Apresenta f(t),do Caso 3, na forma "bonita". Pause 6. Transformada de Laplace syms t % Constrói objeto simbólico para % time variable 't'. 'Transformada de Laplace' % Exibe título. 'f(t) do Caso 2' % Exibe título. f=2*exp(-t)-2*t*exp(-2*t)-2*exp(-2*t); % Define f(t) do % exemplo do Caso 2. pretty(f) % Apresenta f(t) do Caso 2 na forma "bonita". 'F(s) do Caso 2' % Exibe título. F=laplace(f); % Obtém a transformada de Laplace. pretty(F) % Forma "bonita" das frações parciais de % F(s) do Caso 2. F=simplify(F); % Combina frações parciais. pretty(F) % Forma "bonita" das frações parciais combinadas. 'f(t) do Caso 3' % Exibe título. f=3/5-3/5*exp(-t)*[cos(2*t)+(1/2)*sin(2*t)]; % Define f(t) do exemplo do Case 3. pretty(f) % Apresenta f(t) do Caso 3na forma "bonita" . 'F(s) do Caso 3 - Frações simbólicas' % Exibe título. F=laplace(f); % Obtém a transformada de Laplace. pretty(F) % Forma "bonita" das frações parciais de % F(s) do Caso 3. 'F(s) do Caso 3 - Representação decimal' % Exibe título. F=vpa(F,3); % Converte frações numéricas simbólicas em % representação decimal de F(s) com 3 % casas decimais. pretty(F) % Forma "bonita" da representação decimal. F=simplify(F); % Combina frações parciais. pretty(F) % Forma "bonita" das frações parciais combinadas. Pause 7. Conv. da representação numerador-denominador para espeço de estado 'Conv. da representação numerador-denominador'% Exibe título. num=24; % Define o numerador de G(s)=C(s)/R(s). den=[1 9 26 24]; % Define o denominador de G(s). [A,B,C,D]=tf2ss(num,den) % Converte G(s)para a % forma canônica % do controlador, UNIDADE I 46 % armazena as matrizes A, B, C, D, e % mostra o resultado. % Exibe título. 8. Conv. da representação espaço de estado para numerador-denominador A=[0 1 0;0 0 1;-9 -8 -7]; % Representa da matriz A. B=[7;8;9]; % Representa da matriz B. C=[2 3 4]; % Representa da matriz C. D=0; % Representa da matriz D. [num,den]=ss2tf(A,B,C,D,1) % Converte uma representação % no espaço de estados % em função de transferência % representada por % um numerador e um denominador,G(s)=num/den, % em forma polinomial, % e mostra num e den. Tss=ss(A,B,C,D) % Form LTI state-space model. Ttf=tf(Tss) % Transforma a representação no espaço de % estados em função de transferência % na forma polinomial. 'Forma fatorada, Tzpk(s)' % Exibe título. Tzpk=zpk(Tss) % Transforma a representação no espaço de % estados em função de transferência % na forma fatorada. Pause
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