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CRISE ASMÁTICA NA INFÂNCIA Prof. Matheus Mendonça FTC 2016 DEFINIÇÃO Doença inflamatória crônica das vias aéreas Infiltração de mastócitos, eosinófilos e linfócitos Episódios recorrentes de sibilância, tosse, falta de ar. Obstrução variável e reversível do fluxo aéreo Hiper-responsividade das vias aéreas PREVALÊNCIA Mudança na prevalência de asma em crianças e adultos jovens Estados Unidos 1961 a 1991 2,1% para 7,1% 3,4 vezes Canadá 1980 a 1993 3,8% para 6,5% 1,7 vez Inglaterra 1966 a 1990 3,9% para 6,1% 1,6 vez Austrália 1982 a 1992 5,6% para 10,5% 1,9 vez França 1968 a 1982 3,3% para 5,4% 1,6 vez Noruega 1981 a 1994 1,6% para 5,5% 3,4 vezes Hong Kong 1989 a 1994 4,6% para 7,6% 1,6 vez Japão 1982 a 1992 3,3% para 4,6% 1,4 vez Singapura 1967 a 1994 4% para 20% 5 vez FISIOPATOLOGIA Doença inflamatória das vias aéreas Hiper-responsividade brônquica Obstrução brônquica: fenômeno principal Broncoespasmo Hipersecreção Edema de mucosa Descamação epitelial BRONQUÍOLOS Normal Inflamação Bronquíolo normal Asma CLASSIFICAÇÃO DA CRISE Sinais/Sintomas Leve/moderada Grave Muito grave Fala Sentenças Frase Palavras Consciência Normal Normal Agitado/sonolento Geral Normal Normal Cianose/exaustão Ausculta pulmonar Sibilos no fim da expiração Sibilos inspiratórios e expiratórios Ausência de sons Uso de musculatura acessória Sem uso ou leve retração Retrações moderadas intercostais Retrações intensas de fúrcula/declínio de FR Saturação de O2 > 95% 91 a 95% <90% PFE > 50% 30 a 50% < 30% FATORES DE RISCO PARA ASMA FATAL Crise anterior grave ou de deterioração rápida Crise anterior com falência respiratória (IOT, UTI) Crise anterior com alteração de SNC Incapacidade de reconhecer gravidade da crise Não aderência ao tratamento ambulatorial AVALIAÇÃO GASOMÉTRICA - FASES Alcalose respiratória Hipoxemia e alcalose respiratória Hipoxemia Hipoxemia e acidose respiratória Hipoxemia e acidose mista RADIOGRAFIA TORÁCICA Não está indicada como rotina. Exceções: Doente intubado/ventilado Suspeita de barotrauma Suspeita de atelectasia Suspeita de pneumonia Suspeita de sibilância de outra etiologia ABORDAGEM INICIAL Tratamento da hipoxemia Tratamento da desidratação Taquipneia Febre Aumento do esforço respiratório Incapacidade de ingerir líquidos ABORDAGEM INICIAL Desidratação vs sobrecarga fluídica Avaliar habilidade de ingerir líquidos Ajustar infusão fluídica (restrição x expansão) ABORDAGEM INICIAL Suplementação de oxigênio Monitorar saturometria transcutânea Oferecer O2 se Sat < 92% ABORDAGEM INICIAL Acessórios para fornecimento de O2 Máscara não-reinalante Fluxo: 10-12 L/min, FiO2: 95% ABORDAGEM INICIAL Antibióticos A maioria das infecções que precipitam a crise asmática é de etiologia viral. Antibióticos não estão indicados de rotina. CRISE ASMÁTICA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DROGAS BETA-2 AGONISTAS DROGAS BETA-2 AGONISTAS - USO INALATÓRIO Droga Inalação* Aerossol** Fenoterol (Berotec®) 1 gota/3 kg Máx. 10 gotas 100 a 200 mcg/dose Salbutamol (Aerolin®) 1 gota/2 kg Máx. 20 gotas 100 a 200 mcg/dose *A cada 15 a 20 min, 3 vezes. **4 a 10 puff, a cada 20 minutos, 3 vezes DROGAS BETA-2 AGONISTAS - USO INALATÓRIO Salbutamol (nebulização) Crianças: 1ª hora: 1gt/1,5kg (mínimo 10 gotas), 3 vezes a cada 20 minutos Após: 1gt/1 a 1,5kg (máximo 40 gotas?) a cada 1 a 4 horas Adolescentes (> 12 anos) 1ª hora: 10 a 20 gotas a cada 20 minutos Após: 10 a 40 gotas a cada 1 a 4 horas DROGAS BETA-2 AGONISTAS - USO INALATÓRIO Salbutamol (spray dosimetrado) 4 a 10 puffs, 3 vezes a cada 20 minutos. Repetir a cada 1 a 4 horas. DROGAS BETA-2 AGONISTAS - INFUSÃO CONTÍNUA Monitorar PA, FC, K e glicemia Diminuir dose se FC > 200 bpm Droga Ataque Manutenção Máximo Salbutamol 500 mcg/ml 10 ou 15 mcg/kg Em 10 minutos aumenta 0,2 mcg/kg/min 5 mcg /kg/min Terbutalina 500 mcg/ml 10 mcg/kg Em 10 minutos aumenta 0,2 mcg/kg/min 10 mcg/kg/min ANTICOLINÉRGICOS Ipatrópio Dose (associado ao beta-2, 3 vezes a cada 20 minutos) Crianças < 20 kg: 20 gotas Crianças > 20 kg: 40 gotas Uso precoce diminui tempo de hospitalização Acrescentar se crise refratária ao beta-2 CORTICOSTERÓIDES Asma é uma doença inflamatória Corticosteróides são um fármaco de primeira linha Efeitos da hidrocortisona IV vs. placebo CORTICOSTERÓIDES: MODOS DE UTILIZAÇÃO Parenteral (IV ou IM) Metilprednisolona - 1 a 2 mg/kg/dose Hidrocortisona - 5 a 10 mg/kg/dose Oral Prednisona - 1 a 2 mg/kg/dose Prednisolona sol. oral - 1 a 2 mg/kg/dose CORTICOSTERÓIDES: VANTAGENS DO USO Uso precoce na crise Reduz risco de internação Melhora a recuperação Diminui a recorrência OUTRAS DROGAS - TEOFILINA Não é recomendada Pode ser considerada em BCE severo sem resposta a dose máxima de Beta-2 + corticóides OUTRAS DROGAS - MgSO4 Não é rotina. Pode ser usado em crises graves, com risco de morte, sem resposta adequada ao tratamento com altas doses de beta-2. Tentativa de evitar intubação, mas caso seja necessária, a IOT não deve ser retardada. INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO Fadiga progressiva ou exaustão Alteração no nível de consciência Alteração na frequência respiratória PCR (ou PCR iminente) Hipoxemia grave Hipercarbia progressiva
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