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ALUNO: CAIO CÉSAR CÂMARA, DIREITO, 8º SEMESTRE. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA **** VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL (nome completo), advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de (estado), sob o n.(numero), com escritório no (end. completo), nesta Capital, vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal, e 647 e seguintes do Código de Processo Penal, impetrar ordem de HABEAS CORPUS em favor de TÍCIA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), com registro geral de n. (numero), e cadastro de pessoas físicas de n. (numero), residente e domiciliada no (end. completo), nesta Cidade e Comarca, contra ato ilegal praticado pelo Delegado de Polícia Titular da Delegacia de Polícia da Capital, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: DOS FATOS Na data ****, o Senhor Delegado de Polícia ****, este que, autoridade coatora, em conferência à rádio local, definiu, aos seus agentes, a prisão de todas as meretrizes que cingem na Capital, pois os “bons costumes” deveriam ser “restabelecidos”. Depois a nota, a paciente, que avaliza o seu sustento por meio de “encontros amorosos”, interrompeu o exercício da prática, pois passou a temer a ação da polícia, que vem, de fato, exercendo a determinação da autoridade policial. DO DIREITO Com tudo, a ordem provinda do ilustre Delegado de Polícia compõe ato ilegal, pois confere à paciente restrição imérita em seu livre-arbítrio de locomoção, haja vista que, como é sabido, a prostituição não institui fato típico, nos termos do artigo 648, I, do Código de Processo Penal, já que o fato é atípico. “Ex positis” requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se a expedição de salvo-conduto em favor da paciente, como medida de justiça. Nesses termos, pede deferimento. Local, data. __________________________ Advogado, OAB/Estado
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